Quando os hereges são seguidos…

O Concílio [Vaticano II] conseguiu introduzir e integrar na catolicidade o paradigma da reforma protestante e o paradigma iluminista da modernidade.
(Hans Küng, apud MONTFORT).

Quem é Hans Küng? Um “teólogo”, herege proeminente. Por exemplo, é autor de uma Carta Aberta por ocasião do conclave que elegeu o atual Papa Bento XVI gloriosamente reinante, na qual pede (entre outros disparates), a eleição de um papa que [a grafia está no Português de Portugal, já que os excertos abaixo são retirados ipsis litteris do link acima indicado]:

  • “se coíba de dar veredictos moralizadores sobre problemas complexos como a contracepção, o aborto e a sexualidade”;
  • “permita a ordenação de mulheres que, à luz do Novo Testamento, é urgentemente necessária para a nova situação actual”;
  • “corrija a encíclica proibitiva de Paulo VI, Humanae vitae, sobre a pílula, que afastou inúmeras mulheres católica da sua igreja, e reconheça explicitamente a responsabilidade pessoal dos cônjuges pelo controlo de natalidade e pelo número de filhos que têm””;
  • “reconheça finalmente os ministérios protestante e anglicano, como há muito foi recomendado pelas comissões ecuménicas e como já é prática em muitos lugares”;
  • “não reclame o monopólio da verdade”.

Em resumo: Küng é um herege completo que queria a eleição de um Papa herege como ele. Graças a Deus, João Paulo II foi sucedido pelo grande Bento XVI, e não pelo “papa herege” no qual o “teólogo” suíço pediu que os cardeais votassem.

Qual é o valor, então, que têm as opiniões de um herege manifesto para os católicos? Nenhum, por certo; ou, ao menos, tais opiniões deveriam ser muito bem comparadas com as posições de pessoas de ortodoxia incontestável, antes de serem abraçadas e seguidas. Assim, por exemplo, quando se vê Lutero afirmando ser na Epístola de São Paulo aos romanos que se baseia a sua [de Lutero] doutrina da Sola Fide, ou então quando se vê Calvino dizendo que a mesma Epístola de São Paulo e o livro do Êxodo fornecem a base para se crer que alguns são predestinados por Deus ao Inferno, a reação católica imediata é a de rechaçar os hereges, e não as Escrituras Sagradas. Isso é óbvio.

Todavia, o sr. Orlando Fedeli, no link citado na epígrafe, faz justamente o contrário. O fato de um herege “reconhecer” que o Vaticano II ensinou heresias é a prova incontestável de que assim o foi. O herege torna-se Magistério abalizado para pronunciar as sentenças infalíveis sobre o Vaticano II. O fato de Bento XVI sempre afirmar a ortodoxia do Concílio é irrelevante, diante das sentenças de um teólogo herege. Afinal, se o herege diz que Vaticano II introduziu “o paradigma da Reforma Protestante” na Igreja, ergo o Vaticano II introduziu o paradigma da Reforma Protestante na Igreja de Cristo. Küng locuta, causa finita.

Pergunta, enfim, retoricamente, o professor: “Quando até os hereges enxergam, por que alguns, que se dizem católicos, negam o visível”? Oras, isso é muito fácil de se retorquir; afinal, por que alguns, que se dizem católicos, compartilham as mesmíssimas opiniões dos hereges?

Isso são as conseqüências de não se abraçar firmemente a idéia de que a Igreja não pode subsistir sem o Seu Magistério e que, portanto, se Cristo prometeu que Ela perdurará até o fim dos tempos, então o Magistério da Igreja também perdurará sem interrupções. Chesterton disse, certa vez, que os homens, quando não acreditam mais em Deus, não é que eles passem a não acreditar em nada – ao contrário, eles passam a acreditar em tudo. O mesmo acontece, desgraçadamente, com quem não acredita mais no Magistério da Igreja: passa a acreditar em qualquer coisa, até mesmo em Hans Küng.

11 comentários em “Quando os hereges são seguidos…”

  1. Eu li esse post pelo blog do Mortagua. Huhuhuhu! Você, Jorge Ferraz… Você… :-D Acho que nunca mais o professor vai provocar as pessoas a “abandonar a preguiça intelectual”. :-D Muito bom. Muito bom mesmo. Temos que fazer uma revista, rapaz! Tantas coisas boas na internet católica que não chegam a uma maioria…

  2. Hans Kung, não foi um dos participantes “notáveis” do Concílio?

    No Concílio existiam três correntes a do Dogma (Dom Marcel Lefebvre), a da letra (Cardeal Joseph Ratzinger) e a do espírito (Hans Kung). Será que quando participou do Concílio, não era um herege? Então é por isso que alguns, que se dizem católicos, compartilham as mesmíssimas opiniões dos hereges?

  3. Prezado “aaaaaaaaaaaaaaa”,

    Não sei se Küng era já herege à época do Concílio, e isso não tem nada a ver com a questão atual: o fato de que a posição Küngiana [= “Vaticano II trouxe protestantismo e modernidade para dentro da Igreja”] já foi repetida e expressamente contradita por Roma.

    Assim sendo, simplesmente não faz sentido que um católico acate esta posição como a mais singela e incontestável expressão da verdade.

    Abraços,
    Jorge

  4. Jorge, não deixa de ser um fato que ele e outros hereges participaram do Concílio. Se tudo o que Kung diz é condenável pelo simples fato dele ser um herege, é bastante óbvio que o que fez no Concílio também o é. Quero apenas dizer, aquilo que esta escrito no livro a Imitação de Cristo:

    “Não se deve olhar quem diz, mas o que foi dito.”

    Deste modo, antes de querer desqualificar os argumentos de Hans Kung, com falácias Ad homine, deveria ter refutado-lhe os argumentos demonstrando que não houve protestantização.

    Orígenes é sabidamente um herege, nem por isso tudo o que escreveu é heresia. Muito de sua obra deu origem a Teologia Cristã.

    Prove que Hans Kung neste ponto esta errado. Quem tem o espírito do Concílio são os modernistas e pela primeira vez quem tem somente a letra, é o Magistério. Algo não observado em 20 Concílios Ecumênicos.

  5. Prezado “aaaaaaaaaaaaaaa”,

    Jorge, não deixa de ser um fato que ele e outros hereges participaram do Concílio.

    De facto. Não deixa – e até concedo que Küng já era herege 40 anos atrás. Mas isso não tem relevância no caso em pauta.

    Se tudo o que Kung diz é condenável pelo simples fato dele ser um herege, é bastante óbvio que o que fez no Concílio também o é.

    Em primeiro lugar, as besteiras de Küng não são condenáveis “porque ele é um herege” simpliciter, e sim porque elas contradizem expressamente o que dizem os papas sobre o Vaticano II – esta é a questão.

    Quem tem autoridade na Igreja não é Küng – e o erro de Fedeli et caterva é dar ouvidos demais ao que diz gente da laia dele (de Küng) e fazer ouvidos de mercador ao que diz a Santa Sé. É bastante óbvio que isto é errado.

    Em segundo lugar, os documentos conciliares foram assinados por todos os bispos presentes, de modo que é um absurdo atribui-los simplesmente “a Hans Küng” para que os documentos fossem condenáveis por serem “da autoria de um herege”.

    Deste modo, antes de querer desqualificar os argumentos de Hans Kung, com falácias Ad homine, deveria ter refutado-lhe os argumentos demonstrando que não houve protestantização.

    Negativo, a falácia de inversão do ônus da prova é tua. É o herege do Küng [ou tu…] que tem que provar – contra o que diz repetidamente a Santa Sé – que houve protestantização.

    Sem contar que não existe “argumento” algum no artigo da Montfort. Há somente a citação de Küng como se fosse uma autoridade a justificar uma verdade apodítica.

    Orígenes é sabidamente um herege, nem por isso tudo o que escreveu é heresia. Muito de sua obra deu origem a Teologia Cristã.

    E deve estar se revirando no túmulo, agora, com esta comparação com o Küng.

    Mas, ainda concedendo que possa haver na obra do teólogo moderno alguma coisa que preste, com certeza não entra nesta conta aquilo que é expressamente contradito por Roma – como as acusações contra o CV-II ora em litígio.

    Prove que Hans Kung neste ponto esta errado.

    Está errado porque o Magistério diz o contrário.

    Me dê um único motivo pelo qual eu deveria seguir um herege reconhecido, em detrimento do Magistério da Igreja.

    Abraços,
    Jorge

  6. Prezado “aaaaaaaaaaaaaaa”,

    De facto. Não deixa – e até concedo que Küng já era herege 40 anos atrás. Mas isso não tem relevância no caso em pauta.

    O simples fato dele ter participado do Concílio é tão relevante quanto as posições heréticas que você citou dele. Será que poderia citar em qual Concílio um herege saiu sem condenação?

    Concordo que as besteiras de Kung são condenáveis por contradizerem o magistério. No entanto na citação específica dele não existe nenhum pronunciamento do Magistério que a refute em seu texto ou tem?

    De fato quem tem autoridade na Igreja é o Magistério, porém o Concílio adotou o Método-histórico crítico de Rudolf Buttman e neste caso não houve protestantização? Se não houve, por que devemos interpretar o Concílio a luz da tradição? A luz da tradição não é o magistério que interpreta o Concílio?

    A assinatura de um Bispo, não apaga a participação de um herege. Há não ser que se considere uma analogia a Sola Fides, onde pela assinatura dos Bispos a participação de hereges torna-se santa. Em momento algum deduz-se que tenha dito que Hans Kung fez o Concílio sozinho.

    Negativo, a falácia de inversão do ônus da prova é tua. É o herege do Küng [ou tu…] que tem que provar – contra o que diz repetidamente a Santa Sé – que houve protestantização.

    Negativo digo eu, pois ao afirmar que se tem o seguimento de um herege, compete a você provar o que se segue é uma heresia ou pelo menos citar o que diz a Santa Sé. Se não existe prova, resta a falácia do seguimento do herege. O mesmo pode se dizer em relação a uma doutrina de Tertuliano de cartago do período em que era fiel a Roma. Muito fácil acusar a pessoa que segue tal doutrina pelo simples fato de Tertuliano ter caído em heresia posteriormente. Isto seria honesto?

    Sem contar que não existe “argumento” algum no artigo da Montfort. Há somente a citação de Küng como se fosse uma autoridade a justificar uma verdade apodítica.

    Em matéria de Concílio Vaticano II, Hans Kung é uma autoridade, daí a importância de citar a sua participação. Ele era o líder da ala modernista radical (Consilium), enquanto Ratzinger era o da moderada (Comunio) e Dom Lefebvre o defensor do dogma.

    Orígenes é sabidamente um herege, nem por isso tudo o que escreveu é heresia. Muito de sua obra deu origem a Teologia Cristã.

    E deve estar se revirando no túmulo, agora, com esta comparação com o Küng.

    Mas, ainda concedendo que possa haver na obra do teólogo moderno alguma coisa que preste, com certeza não entra nesta conta aquilo que é expressamente contradito por Roma – como as acusações contra o CV-II ora em litígio.

    O fato de ser expressamente contradito por Roma não muda o fato dele ter participado efetivamente do Concílio. Como também não muda o fato do Magistério não possuir o Espírito do Concílio e sim eles que são hereges.

    Prove que Hans Kung neste ponto esta errado.

    Está errado porque o Magistério diz o contrário.

    Onde esta o documento da Igreja?

    Me dê um único motivo pelo qual eu deveria seguir um herege reconhecido, em detrimento do Magistério da Igreja.

    Não estou lhe dando motivos para seguir um herege, mas estou pedindo provas do que ele disse foi heresia. Se não pode provar o que fala, seu artigo é uma bela cortina de fumaça. Sobre quem disse você escreveu muito, mas sobre o que foi dito não escreveu absolutamente nada. No protestantismo são as pessoas que possuem o Espírito das escrituras, não as Igrejas, como no Concílio, onde quem tem o seu Espírito são os modernistas e não o magistério.

    Abraço

  7. Prezado “aaaaaaaaaaaaaaa”,

    O simples fato dele ter participado do Concílio é tão relevante quanto as posições heréticas que você citou dele. Será que poderia citar em qual Concílio um herege saiu sem condenação?

    Não, não é. Concedendo que Küng fosse herege no Concílio Vaticano II, os documentos conciliares não referendam as heresias dele. Portanto, a sua participação não invalida o Concílio.

    As citações foram colocadas para se mostrar que ele é herege mesmo e, assim sendo, simplesmente não faz sentido seguir as idéias dele em detrimento do que é expressamente dito por Roma.

    Em um Concílio que foi convocado não para condenar heresias, é natural que os hereges não tenham sido condenados, já que o Concílio não foi convocado para este fim. Poderia me citar onde está escrito que os Concílios precisam ser convocados para a condenação das heresias, e o Papa não pode fazer diferente, sob pena de invalidar o Concílio?

    No entanto na citação específica dele não existe nenhum pronunciamento do Magistério que a refute em seu texto ou tem?

    Na citação da protestantização?

    Tem uma coletânea de pronunciamentos de SS Bento XVI sobre o Vaticano II que está linkada. Reproduzo:
    AFINAL, BENTO XVI É FAVORÁVEL OU CONTRÁRIO AO CONCÍLIO VATICANO II?

    Dizer que as palavras de Küng prevalecem sobre as do Papa é exatamente seguir a um herege ao invés de seguir ao Sucessor de Pedro.

    De fato quem tem autoridade na Igreja é o Magistério, porém o Concílio adotou o Método-histórico crítico de Rudolf Buttman e neste caso não houve protestantização? Se não houve, por que devemos interpretar o Concílio a luz da tradição? A luz da tradição não é o magistério que interpreta o Concílio?

    Em primeiro lugar, o método histórico-crítico de interpretação das Escrituras [deve ser a isto que tu estás se referindo] é limitado, mas não “intrinsecamente mau”.

    Em segundo lugar, ele não foi adotado “sem ressalvas”. Aliás, nem aparece nenhuma referência a ele na Dei Verbum. Sobre a utilização dele em meios eclesiais, talvez valha a pena ler este texto do então cardeal Ratzinger

    Em terceiro lugar, é justamente por ser “o Magistério que interpreta o Concílio” que as opiniões sobre o Vaticano II abalizadas são as que vêm de Roma, e não de Küng.

    Em momento algum deduz-se que tenha dito que Hans Kung fez o Concílio sozinho.

    Se ele não fez o Concílio sozinho, e se as idéias heréticas dele não encontram eco nos textos conciliares, então a participação dele no Vaticano II não torna ipso facto o concílio herético. Q.E.D.

    Negativo digo eu, pois ao afirmar que se tem o seguimento de um herege, compete a você provar o que se segue é uma heresia ou pelo menos citar o que diz a Santa Sé.

    Já foi citado no texto [em link] e reproduzido acima, neste mesmo comment. Todos os papas, desde João XXIII, referendam o Vaticano II; Küng diz que ele protestantizou a Igreja, e a palavra dele, sozinha, deve valer mais do que a de todos papas durante 40 anos?

    Em matéria de Concílio Vaticano II, Hans Kung é uma autoridade, daí a importância de citar a sua participação. Ele era o líder da ala modernista radical (Consilium), enquanto Ratzinger era o da moderada (Comunio) e Dom Lefebvre o defensor do dogma.

    Repito: nem Küng e nem a “ala modernista radical” são os “donos” do Vaticano II, de modo que o fato dele ter participado do Concílio não transforma a sua visão sobre o ele em verdade incontestável.

    Ratzinger também participou do Concílio e tem uma posição diferente sobre o CVII. Ratzinger é Papa, Küng é herege. Por que a opinião deste deveria prevalecer sobre a daquele?

    Como também não muda o fato do Magistério não possuir o Espírito do Concílio e sim eles que são hereges.

    “Espírito do Concílio” é uma expressão destituída de significado objetivo, e cunhada pelos hereges para justificar as suas aloprações com os textos conciliares.

    Bento XVI fala sobre isso no seu famoso discurso de natal

    Onde esta o documento da Igreja?

    Os pronunciamentos papais sobre o assunto já foram citados.

    No protestantismo são as pessoas que possuem o Espírito das escrituras, não as Igrejas, como no Concílio, onde quem tem o seu Espírito são os modernistas e não o magistério.

    No protestantismo, os hereges dizem que as pessoas possuem o espírito das Escrituras. Mas isso não muda o fato objetivo de que quem possui efetivamente é a Igreja.

    No modernismo e no “rad-tradismo” (que compartilham a mesma opinião, só diferindo na posição que tomam diante dela), são os modernistas que possuem o espírito do Concílio. Mas isso em nada muda o fato de que é o Magistério o verdadeiro dono do Vaticano II, e o que vale é o que este Magistério diz, e não o que Küngs et caterva dizem.

    Qualquer semelhança não é mera coincidência.

    Abraços, em Cristo,
    Jorge Ferraz

  8. PERGUNTAS QUE OS PROTESTANTES NÃO RESPONDEM E NEM FAZEM A SI MESMO

    Para sermos totalmente justos com os protestantes, iremos utilizar os critérios que são habitualmente e insistentemente defendidos por eles.

    Aliás, trata-se de apenas um único critério.

    E qual seria este critério ?

    O critério “Sola Scriptura” de Lutero que em outras palavras significa “Só a Bíblia”.

    Como se sabe, os protestantes rejeitam a tradição apostólica e o magistério da Igreja.

    Pois bem, vamos ver se algum protestante pode responder as questões abaixo a partir da “Sola Scriptura”:

    1)Onde está na Bíblia a permissão para Lutero promover uma reforma na Igreja Católica ?

    2)Onde está na Bíblia a permissão para que qualquer um promova reformas na Igreja Católica ?

    3)Onde está na Bíblia a permissão para que alguém promova reformas em qualquer igreja, seja católica ou não ?

    Considerando que nós católicos “não” lemos a Bíblia, mas apenas os protestantes, iremos considerar que algum protestante não só encontrou permissão bíblica para que alguém promova reformas na Igreja Católica, mas também encontrou referências a Lutero como o escolhido e enviado por DEUS.

    Então perguntamos:

    4)Considerando que DEUS teria levantado Lutero para rever os “erros” do catolicismo, onde está na Bíblia a permissão para alguém separar-se de Lutero e do Luteranismo e fundar uma nova denominação protestante ?

    Vamos considerar agora que o protestante, assídulo leitor da Bíblia e ao mesmo tempo mestre e teólogo de si mesmo, também encontrou um texto bíblico que lhe permita fundar uma nova denominação protestante se constatar que Lutero cometeu também equívocos com sua pretensa reforma.

    Assim perguntamos:

    5)Onde está na Bíblia os critérios para que se conclua com total êxito as situações em que Lutero errou ou acertou ?

    6)Qual o texto bíblico que ensina ao protestante quando ele tem o direito ou não de consertar o Luteranismo ?

    7)Onde está na Bíblia as situações que permitem a qualquer protestante fundar novas denominações ?

    8)Onde está na Bíblia as situações que permitem a qualquer protestante mudar de denominação ?

    Se fosse possível aos protestantes responderam as questões acima pela Bíblia, ainda assim perguntaríamos:

    9)Onde está na Bíblia as explicações necessárias ao protestante para que ele saiba quando e quem deve fundar denominações e quando e quem deve apenas trocar de denominações ?

    E dentro desta pergunta, como se sabe que um crente deve mudar de igreja duas, três ou dez vezes ?

    Qual o protestante pode mudar mais, qual protestante pode mudar menos, qual deles não pode mudar e qual deles deve fundar uma nova denominação ?

    Quero texto bíblico para tudo isto.

    Mas então vem o protestante e diz em alto e bom som: “Foi Constantino que fundou a Igreja Católica. Temos o direito de fundar denominações também.”

    Então vamos lá.

    Lembrem-se protestantes: “Só a Bíblia”.

    10)Onde está na Bíblia que foi Constantino que fundou a Igreja Católica ?

    11)Onde está na Bíblia que Lutero deveria consertar os erros da Igreja de Constantino ?

    12)Onde está na Bíblia que após os consertos de Lutero, alguns protestantes deveriam permanecer com ele e outros deveriam fundar novas denominações para consertar também os erros de Constantino e do próprio Lutero ?

    Aliás, Sr.Protestante, como é possível seguir um reformador de uma Igreja de Constantino ?

    Sr.Protestante, o senhor rejeita a Igreja Católica, descartando que a mesma tenha sido fundada sobre Pedro por Jesus Cristo, mas tão e somente por Constantino e acaba por abraçar o seu pretenso reformador e sua pretensa reforma ?

    Me dê o texto bíblico para esta aberração por favor.

    Para tentar responder a qualquer destas perguntas acima o protestante terá que sair da Bíblia necessariamente.

    Terá que dizer que leu, ouviu, pesquisou, etc…

    Mas o fato concreto é que terá que sair da Bíblia e inventar visões e revelações dos seus “ungidos”.

    Pela Bíblia o protestante não pode provar Lutero e nem o protestantismo.

    Pela Bíblia o protestante não pode provar a necessidade de qualquer da milhares de seitas que andam por aí.

    Na prática, o que estamos dizendo é que o protestantismo é contraditório em si mesmo.

    Meras doutrinas de homens. E nada além disto.

    O que impera no protestantismo ?

    Pode-se encontrar soberba ?

    Certamente.

    Pode-se encontrar orgulho ?

    Seguramente.

    Mas o que encontramos no protestantismo em 100% dos casos é o ACHISMO.

    “Eu acho que está certo.”

    “Eu acho que está errado.”

    Quem promoveu a reforma achou que a Igreja estava errada.

    Quem não ficou com Lutero achou que Lutero não estava completamente certo.

    Quem copiou de Lutero o Sola Scriptura achou que Lutero estava certo.

    Quem não ficou com Calvino achou que Calvino estava errado.

    Quem ficou com Wesley achou que ele melhor do que Lutero e Calvino.

    E também discordando da Bíblia, o protestante achou que Paulo estava errado e achou que deve desprezar as tradições.

    Achando ainda o protestante que Tiago estava errado também despreza as obras.

    Achando que Isabel estava errada, o protestante já não pode chamar Maria de mãe do meu senhor. Nessa situação o protestante não só discorda de Isabel como também de Lucas.

    Discordando ainda de João Batista que estremeceu no ventre de Isabel ao ouvir a vóz de Maria o protestante se enfurece ao ouvir o seu nome.

    Discordando ainda de Isabel que ficou cheia do Espírito Santo com a saudação de Maria o protestante fica cheio de raiva.

    E discordando do próprio anjo de DEUS que disse Ave Maria, o protestante diz que Maria é uma mulher como outra qualquer.

    Essa é boa.

    Quantos de nós recebemos a saudação de um anjo de DEUS ???

    Pois Maria foi saudada por um anjo de DEUS.

    Mas o crente também acha que Abraão é maior.

    Abraão que ao contrário de Maria ajoelhou-se diante de um anjo.

    Como sempre a teoria do “eu acho”.

    E discordando do próprio altíssimo que fez de Maria alguém plena, repleta e cheia de Graça, o protestante diz que Maria não serve para nada.

    E finalmente, quem funda uma nova denominação é porque achou que alguém ou alguns estão errados.

    E quem troca de denominação é porque não tem certeza de nada ou apenas tem certeza de que outros estão errados e ele talvez seja o único certo. Nem ele sabe de si próprio.

    Quais são as únicas certezas do protestantismo, além do relativismo presente em todas as seitas e em todos os crentes ?

    Todos são contra o catolicismo, o catolicismo está 100% errado e todos os protestantes estão certos, ainda que todos sejam divergentes entre si.

    Assim, curiosamente e na visão distorcida do protestante, estariam certos ao mesmo tempo o defensor do divórcio e quem lhe faz oposição.

    Estariam certos ao mesmo tempo quem batiza e quem não batiza.

    É como se DEUS tivesse vontades diversas.

    Ao invés de um DEUS sim ou não, o protestantismo criou um DEUS tanto faz.

    Tanto faz ?

    Tanto faz não.

    Serve qualquer doutrina de qualquer seita protestante, mas não serve Igreja Católica.

    E não é só isso.

    O protestante que grita “Só a Bíblia” também não consegue responder:

    13)Onde está na Bíblia que o protestante pode chamar Maria de mãe de aluguel ou de mulher como outra qualquer ? Com que autoridade o protestante o faz ?

    14)Onde está na Bíblia que ao contrário de Jesus Cristo o protestante não deve de chamar de pai o Altíssimo DEUS ?

    15)Onde está na Bíblia que o protestante só deve batizar quando a pessoa tiver “entendimento” ?

    16)Onde está na Bíblia que o protestante está desobrigado de recitar o PAI NOSSO ?

    17)Onde está na Bíblia que o protestante pode ignorar o texto de Tiago que diz que a Fé sem obras é morta e ao contrário do que diz a Bíblia todo e qualquer protestante pode sentir-se salvo assim mesmo e com antecedência e sem julgamento ?

    18)Onde está na Bíblia a autorização para que o protestante ignore a Bem Aventurança de Maria ?

    19)Onde está na Bíblia que os “irmãos” de Jesus eram filhos carnais de Maria e José ?

    O protestante tudo que menos faz é sustentar suas teses pela Bíblia.

    E não é só isso.

    20)Onde está na Bíblia que interpretação alguma é de caráter particular ? A Bíblia diz o contrário. Pedro afirma o contrário.

    21)Onde está na Bíblia que o protestante deve desprezar a tradição ? São Paulo nos orienta a guardarmos as tradições.

    Com que autoridade o protestante interpreta a Bíblia e ignora a tradição ?

    E antes que alguém nos faça perguntas semelhantes sobre este ou aquele tema e respectivos amparos bíblicos, é bom que se lembre que nós católicos não estamos obrigados a responder tudo pela Bíblia.

    Seguimos o magistério da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade.

    E seguimos a tradição apostólica e conseqüente transmissão oral.

    Quem se obrigou ao “Só a Bíblia” foi o protestante.

    Criou um critério para cobrar dos católicos que ele mesmo não tem pretensão de seguir.

    E amarrou assim um pedra ao seu pescoço lançando-se mar adentro.

    E por que ?

    Porque dois protestantes jamais concordam entre si em todos os temas.

    Assim, necessariamente um dos dois está errados sobre determinado tema, quando não em raras vezes ambos estão equivocados.

    E não para nisso.

    22)Onde está na Bíblia que o protestante pode dizer e considerar que Igreja não serve para nada ou não salva ninguém ?

    Como não ?

    A Bíblia diz que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade.

    O que significa tal expressão ?

    Significa que sem a Igreja a verdade não se sustenta.

    E se a verdade não se sustenta sem a Igreja, como é possível ao protestante conhecer a verdade se despreza sua coluna e sustentáculo ?

    E terminou ?

    Não.

    23)Onde está na Bíblia de forma clara os pecados contra o Espírito Santo ?

    A Bíblia só diz que os pecados que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada.

    Mas o que seria a blasfêmia contra o Espírito Santo ?

    Algum protestante pode explicar pela Bíblia ?

    24)Onde está na Bíblia o motivo pelo qual as blasfêmias contra Jesus podem ser perdoadas e contra o Espírito Santo não são passíveis de perdão ?

    Por que tal distinção ?

    Acaso ambos não são pessoas do mesmo DEUS ?

    Sobretudo, o que o protestante não se pergunta é:

    24)Por que ele confia na Bíblia ?

    25)Por que ele confia em Lutero se já leu: “maldito o homem que confia em outro homem” ?

    26)Como o protestante pode saber pela Bíblia, portanto sem confiar no homem, se sua Bíblia tem todos os livros corretos e inspirados pelo Espírito Santo ? Como o protestante sabe que sua Bíblia com 66 livros está correta ? Por que não 67 livros ou 65 ? Como ele sabe pela própria Bíblia que os 66 livros da Bíblia protestante são os corretos ?

    27)Como pode o protestante pela Bíblia saber se a própria Bíblia é a única fonte de revelação ? Onde está escrito que o cristão deverá professar o Sola Scriptura de Lutero ? Quero texto claro.

    28)Onde está na Bíblia a doutrina da trindade ?

    Sr.Protestante, sabe por que a grande maioria dos protestantes confessa a trindade ?

    Não é porque a Bíblia diz.

    É porque Lutero, Calvino e outros acatavam os concílios católicos.

    29)Onde está escrito na Bíblia que alguém para ser salvo deve “aceitar” Jesus em uma seita protestante ?

    30)Onde está na Bíblia a tão falada Igreja invisível ? Quero capítulo e versículo Sr.Teólogo protestante.

    Nós até podemos falar em Igreja invisível.

    Recordo que seguimos o magistério infalível da Igreja e a tradição.

    A Igreja para nós é mais do que uma construção.

    Temos a Igreja triunfante que está no céu.

    A Igreja padecente do purgatório.

    Mas o protestante vive pela Bíblia.

    Se para o protestante purgatório não existe porque não está na Bíblia, também não deveria existir igreja invisível.

    E estranhamente esta igreja invisível da qual não fala a Bíblia é integrada apenas por protestantes e evangélicos, independentemente de doutrina e do cristianismo que se prega ou que se segue por cada crente e por cada denominação.

    Agora, sem embromação.

    Sem aquela “Tudo posso naquele que me fortalece” ou “Conhecereis a verdade e a verdade nos libertará.”

    Textos bíblicos.

    Sr.Protestante, viva pelo critério que deseja impor aos demais.

    Só a Bíblia e nada além dela.

    E não se esqueçam.

    Se os santos e Maria não podem interceder por nós, por que os protestantes oram uns pelos outros ?

    Não são vocês que dizem que só há um mediador ?

    Não utilizam tal passagem para caluniarem o catolicismo ?

    Leiam o texto até o final.

    A mediação ali descrita refere-se a redenção do gênero humano.

    Sem dúvida alguma apenas o sacrifício de Jesus Cristo é causa da nossa redenção.

    Não se ensina diferente no catolicismo.

    Mas se vocês que são dúbios e vacilantes podem interceder por que não os santos e Maria ?

    Acaso nunca leram que muito vale a oração de um justo ?

    De que justo a Bíblia está falando ?

    De vós ?

    Os santos e Maria estão mortos ?

    Não é o que diz a Bíblia.

    Moisés e Elias estavam bem vivos na transfiguração.

    E o mesmo se deu com o ladrão da cruz.

    Respondam usando apenas a Bíblia.

    Texto com capítulo e versículo completos.

    Fonte: André Silva

  9. André ! Se quiseres debater comigo por email! Eu topo! Caso queira eu ponho meu msn aqui e debateremos civilizadamente por email,pois eu tenho um zelo pela apologética,mas faço isto a luz do amor ágape!!!

    Se não aceitares…eu manterei o silêncio! Pois não quero e nem posso mais debater apologética aqui!

    A Paz de Cristo!

    Que Deus te abençoe abundantemente!

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