Os falsos símbolos natalinos

Para se acabar com o Natal, não é sempre necessário atacá-lo frontalmente. Uma das formas de se descristianizá-lo é esvaziá-lo do seu significado próprio, enchendo-o de futilidades, soterrando sob uma avalanche de elementos estranhos aquilo que lhe é essencial. Isso nós podemos ver com particular clareza, por exemplo, nas “decorações natalinas” das nossas cidades. Árvores, renas, neves, bolas, grinaldas, papais noéis, luzes piscando, etc, etc. O número de presépios – enfeite natalino por excelência – é irrisório diante do volume de coisas estranhas à festa celebrada.

Em uma cidade da Alemanha, vi há alguns dias uma notícia segundo a qual o Papai Noel havia sido proibido. “Zona livre de Papai Noel”. Um amigo gosta de me dizer que a figura natalina é vermelha e branca por causa de um comercial da coca-cola (antes ele era, sei lá, verde); não sei qual o grau de confiabilidade que merece a informação, mas me parece um fato incontestável que o “Bom Velhinho” dos nossos natais está longe o bastante do verdadeiro São Nicolau que (supostamente) o inspirou para que não tenhamos nenhum problema em rejeitá-lo como um símbolo espúrio e usurpador do verdadeiro espírito do Natal.

Num livro [recém-publicado] que estou lendo de um filósofo francês (Étienne Gilson, “O Filósofo e a Teologia”, Paulus, Santo André, 2009), falando em certo momento sobre a educação das crianças, ele diz:

A oração mais simples a Deus implica a certeza da sua existência. A prática dos sacramentos insere a criança numa vida de relações pessoais com Deus, não lhe parecendo evidente que essa vida possa ser desprovida de objeto concreto. As palavras “Deus”, “Jesus”, “Maria” logo significam para ela pessoas reais. É preciso que elas existam, pois ela lhes fala. A Igreja vela cuidadosamente para que nenhum cristão, por mais jovem que seja, pronuncie palavras para si mesmo destituídas de sentido. As controvérsias sobre a transubstanciação não atormentam a cabeça da criança que faz a primeira comunhão, mas sua piedade em relação à Eucaristia não se engana de objeto. (…) Sua religião inteira lhe é dada de uma só vez nesse grande sacramento e se ela ainda não a conhece senão imperfeitamente, ela já pode vivê-la perfeitamente. A criança não pode ser um doutor da Igreja, mas pode ser um santo.
[op. cit., Cap. I – “As infâncias teológicas”; p. 18]

Eu não saberia dizer com certeza se, para a criança, “Deus” e “Papai Noel” são conhecimentos da mesma ordem, capazes de provocar-lhe confusão; no entanto, eu sei que, para muitos adultos, são sim, de modo que a (in)capacidade cognitiva daqueles que (supostamente) já atingiram a idade da razão me faz temer pelos efeitos que possam advir da exposição das crianças, no mesmo natal, simultaneamente ao Menino Jesus e ao Papai Noel. Eu seria capaz de concordar que não há problema intrínseco com a fantasia, mas os dois problemas aqui levantados são (1) a virtual substituição da realidade pela fantasia, na medida em que o Papai Noel é amplamente preferido ao Menino Jesus e (2) a questão – bastante discutível – sobre se as crianças têm capacidade cognitiva para separar devidamente a realidade da fantasia.

É duro dizer isso, mas é necessário recristianizar o Natal – recristianizar o Nascimento de Jesus Cristo. Para citar mais um exemplo: própria substituição do “Feliz Natal” por um genérico “Boas Festas” ilustra bastante essa necessidade – aliás, há poucos dias saiu uma notícia segundo a qual uma mulher alega ter sido demitida por desejar “feliz Natal”, contrariando a orientação da empresa para a qual trabalhava de só dizer “boas festas”. Afinal de contas, qual o problema com as renas e os duendes, o Papai Noel e a neve, os pinheiros e as bolas, as grinaldas e as boas festas, as luzinhas piscando e tudo o mais? Ora, essas coisas – repitamos – são no mínimo supérfluas e soterram o essencial. Puer natus est – eis a verdadeira alegria natalina! Que possamos sempre proclamar esta verdade com destemor. Mesmo que – à semelhança do que aconteceu em Belém, há dois mil anos – este Nascimento não encontre lugar senão às escondidas, longe das hospedarias e estalagens que, abarrotadas de pinheiros e renas, não têm lugar para receber o Menino Deus.

19 comentários em “Os falsos símbolos natalinos”

  1. Eu iria até um pouco mais além.

    Acredito que o “Papai Noel” é um truque do demônio e logo sua figura é no fundo má.

    Vamos pensar um pouquinho.
    Todos esperam do papai Noel presentes que podem ser materiais ou não, ora, quem deve nos agraciar neste sentido é Jesus, a ele pedimos o pão de cada dia, mas todos fazem a promessa ao papai Noel de se comportar bem e então receber os presentes, devemos dar contas a Deus e não ao tão bom velhinho assim.

    Emerson

  2. Olá Sandra.

    Não é exagero não, ou será que o diabo está dormindo?
    Só porque o papai noel tem as bochechinhas rosadas?
    O bom velhinho desvia o foco e se coloca no lugar de Deus.
    Quem não está com Deus está contra Ele e quem não agrega, espalha.
    O papai noel é realmente uma afronta ao Natal.
    Mas os modernistas acham tudo normal.

    abç.
    Emerson

  3. Emerson

    Na sua opinião.

    Na minha família, as crianças sabem quem é Papai do Céu e Papai Noel.

    Não equipare todas as familias à sua.

  4. Sandra.
    PAX!

    Quem lhe disse que na minha familia não sabemos
    a diferença de Cristo e deste “bom velhinho”?

    Por favor, peço respeito com a minha familia, tenho uma esposa virtuosa e uma filha batizada na Santa Igreja Católica.

    A discussão não é essa.
    O que eu estou falando é que o Papai Noel para a maioria das pessoas tomou o lugar de Cristo, ele quer matar o menino Jesus.
    Na história temos Herodes, ele também queria matá-lo.

    Você me disse que na sua familia as crianças também sabem a diferença e isso é muito bom.

    abç
    Emerson

  5. Emerson

    “Quem não está com Deus está contra Ele e quem não agrega, espalha.
    O papai noel é realmente uma afronta ao Natal.”

    Me desculpa se entendi errado.

    Entendi que na sua familia o papai noel é a personificação do mau e que não entrava em sua casa.

  6. Emerson

    Eu sequer sabia que o Senhor tem mulher e filhos.

    Não sei onde viu a ofensa.

    Só disse que na minha família tem a hora consagrada a Jesus e a hora de brincar com as crianças de papai noel.

  7. Alto lá dona Sandra. Quer dizer então, que com toda essa candura que lhe é tão peculiar a senhora não disse nada sobre a família do Emerson?

    “Não equipare todas as familias à sua.” (sic)

    Essa frase acima dita pel asenhora foi b em casual não é?

    Emerson concordo plenamente com a sua opinião a respeito do papai noel.

  8. Edenilde

    Bom dia, tenho certeza que o Sr Emerson entendeu o que eu disse. Jamais houve intenção de ofender a a mulher dele.

    Mas só esperar de uma Senhora que apregoa o ódio venha aqui causar desavenças.

    Bem típico de uma mente rancorosa.

  9. Bom dia a todos.
    PAX!

    A Sandra me disse que não houve intenção de ofender a minha familia, dito isso colocamos o assunto nos trilhos.
    A Edenilde por sua vez concorda com a minha opinião a respeito do papai Noel.

    Ontem a noite eu estava pensando:
    Qual a diferença entre papai Noel, doendes e fadas?
    Não seriam todos eles figuras inventadas?
    Nós não acreditamos que existam realmente fadas e nem tão pouco doendes, porém isso não nos reserva o direito de ter estátuas deles em nossas casas.
    São figuras pagãs repletas de magia, os doendes e as fadas neste ponto causam menos mau pois não se colocam a frente de uma festa cristã tão linda.
    O dia em que Deus se fez homem.
    Na missa de Natal entrou um papai Noel no final, e foi aquele alvorosso, todas as crianças correram para pegar balinhas, neste momento todos esqueceram de Jesus menino na manjedoura, ficou num canto junto a José e Maria, sozinhos como na noite de Belém, é isso o que o papai Noel faz.
    Devemos deixar figuras pagãs para os pagãos, a nós basta a alegria de estar junto ao menino Deus.

    Abç.
    Emeson

  10. Prezados.

    Onde está escrito José e Maria leiam São José e Nossa Senhora, que falta de respeito o meu, escrevendo desta forma pareço protestante.

    abç
    Emerson

  11. Emerson

    Eu entendi que você falou que o papai noel era uma criação do demônio quando você disse:

    “Acredito que o “Papai Noel” é um truque do demônio e logo sua figura é no fundo má.”

    “Não é exagero não, ou será que o diabo está dormindo?
    Só porque o papai noel tem as bochechinhas rosadas?
    O bom velhinho desvia o foco e se coloca no lugar de Deus.
    Quem não está com Deus está contra Ele e quem não agrega, espalha.
    O papai noel é realmente uma afronta ao Natal.”

    Eu discordei por achar que é uma lenda, um conto de fadas. Foi trazido da Europa pelos Imigrantes e “comercializada” pelos Norte Americanos.

    Que não vejo o “espírito demoníaco” nele.

    Que, na MINHA família ( na minha casa, com nossas crianças), depois da comemoração do Advento, o Papai Noel é muito bem recebido.

    Por você entender que ele, é um “criação do demônio” acreditei que o PAPAI NOEL não era bem vindo na SUA CASA que você educa suas crianças que o Papai Noel é uma “afronta ao Natal”

    Eu disse que na MINHA família as crianças são ensinadas que ele é um velhinho bonzinho e que traz presente no Natal.

    Em nenhum momento, disse nada contra sua mulher, seus filhos ou qualquer pessoa da sua família.

    Nunca coloquei em dívida sua Fé em Jesus ou se são ou não batizados.

    Falei no sentido que as crianças DA MINHA FAMILIA acreditam e gostam do Papai Noel.

    Mas que elas SABEM a diferença entre Papai Noel ( que é uma lenda ) e JESUS que é uma verdade.

    Não houve, da minha parte, em nenhum momento a intenção de ofender sua mulher ( nem sei porque ela entrou no assunto) oi qualquer pessoa de sua familia.

    Se não quiser aceitar minhas desculpas e achar melhor se unir ao “ódio” patológico de outra pessoa, não posso fazer nada.

  12. Aceitei as suas desculpas.
    No meu último comentário nem toquei mais no assunto!
    Não precisa FALAR desta forma.
    Calma.

  13. Olá Emerson,

    Salve Maria,

    Desculpe tê-lo (não foi minha intenção mesmo) deixado nesta saia justa. Ralmente ela a Sandra, já havia se desculpado com você.

    Eu não tenho absolutamente ódio de nínguém, só contra a RCC, TL, essas loucuras psudo-católicas; mas a criatura cismou comigo.

    De qualquer forma, você não tem nada com isso.

    Fique com Deus.

  14. Olá Sandra,

    Salve Maria,

    Peço desculpas a você pela infelicidade do meu comentário num assunto que não era absolutamente da minha conta e sobre o qual, você já havia se explicado.

    Fique com Deus.

  15. Emerson
    Concordo plenamente com vc, papai noel tem que ser banido, ele não tem nada a ver com Natal, que significa nascimento, e pra nós Católicos o Nascimento de Cristo.
    Papai noel tem a ver com comércio, a corrida por presentes em nada ele faz lembrar o Nascimento de Cristo. Assim como papai Noel, tem muitas outras coisas que precisam ser banidas das casas e da vida dos Católicos (Isso tudo aprendido dentro da RCC).

    abraços e fikem na Paz.

  16. Bom, segundo a história, papai noel é um homen muito bom q dava presentes aos pobres, mas realmente ele ñ tem nd a ver com o natal, ele ñ lembra o nascimento de cristo, q é o verdadero significado do natal, muita gente pensa q natal é somente a fartura, comer, comer, mas ñ é verdade. Bjsssss!!! tenho somente 12 anos, porem já sei de muita coisa tá? ñ substime crianças e adolescentes.

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