Vaticano II, Missa Nova, Crise da Igreja, etc

– Frase de Paulo VI, no blog Adversus Haereses: Quem quer que visse no Concílio [Vaticano II] um relaxamento dos compromissos anteriores da Igreja para sua fé, a sua tradição,a sua ascese, a sua caridade, o seu espírito de sacrifício e a sua adesão à palavra e à cruz de Cristo, ou ainda uma indulgente concessão à frágil e versátil mentalidade relativista de um mundo sem princípios e sem fim transcendente, a uma espécie de cristianismo mais cômodo e menos exigente, estaria cometendo um erro. Não sei qual é a referência original da frase; ela, no entanto, mostra exatamente aquilo que eu sempre tenho falado aqui com relação ao Vaticano II: aqueles que o tratam como se fosse uma ruptura com a Fé da Igreja – não importa de que lado estejam, ou o grau de importância na hierarquia eclesiástica que ocupem – simplesmente estão errados. Assim, o Santo Padre Bento XVI – gloriosamente reinante -, com o seu governo da Igreja, não está “traindo” o Vaticano II; ao contrário, o Concílio foi traído ao longo das últimas décadas e o Papa está colocando as coisas nos seus devidos lugares. Rezemos pelo Sucessor de Pedro.

– No site da FSSPX, “O Problema da Reforma Litúrgica”, uma síntese esquemática feita por Dom Williamson do livro de mesmo nome. Tem o seu valor porque a coluna da direita, chamada de “Teologia Nova”, encontra-se realmente disseminada pelo mundo “católico” e é realmente digna de atenção e censura; o problema é que esta “Teologia Nova” não é [obviamente] a teologia da Igreja Católica. Também o Rito de Paulo VI pode e deve ser celebrado com a mentalidade católica e, aliás, celebrá-lo segundo esta “Teologia Nova” é um erro. Diria até, é traí-lo, como – mutatis mutandi – interpretar o Vaticano II de maneira contrária à Fé da Igreja é uma traição ao Concílio.

– No Fratres in Unum: a humilhação do papado de Bento XVI. O Santo Padre enfrenta heroicamente – saibamos disso! – uma enorme resistência para governar a Igreja. Oremus pro Pontifice Nostro Benedicto. “Irmãos, rezemos pelo Papa. Nenhum de nós sabe o que ele deve estar passando. Dom Fellay afirmou outrora que o Papa encontra hoje uma Igreja impossível de se governar. Os reiterados pedidos de oração mostram, caríssimos, o quanto o Papa precisa de nossos clamores aos céus”. E rezemos pela humilhação dos inimigos da Igreja (que, hoje, ostentam báculos, vestem púrpura…), como na Litaniae Sanctorum: ut inimicos Sancte Ecclesiae humiliare digneris, Te rogamus, Domine, audi nos!

87 comentários em “Vaticano II, Missa Nova, Crise da Igreja, etc”

  1. Sr. Cleir,

    Acho mesmo que o Sr. não entendeu o que leu porque as palavras de Cristo não contrariam o CVII que se inspirou nelas para ser proferido. O Papa ratificou o concílio. E se o CVII fosse coisa do demônio, estaria em contradição com uma promessa de Cristo que nos disse claramente através das Sagradas Escrituras:

    “As portas do inferno não prevalecerão sobre ela”.

    Está duvidando da Igreja de Cristo? Da Palavra de Cristo? Da garantia que Ele nos deu, aqui na terra, de estarmos no caminho seguro da obediência à Igreja de Deus, ou seja, ao Magistério da Igreja de Deus?

    Suas colocações sobre documentos do Concílio Vaticano citando frases aqui e acolá lembra-me discussões com protestantes sobre o que eles interpretam da Bíblia. É verdade que na Bíblia há contradições de fato? Claro que não. Existem contradições aparentes no livro sagrado que devem ser solucionadas por exegetas honestos que professam a fé católica (e já o foram muito bem). Aquele que possui esse “sentir católico” não procura, de nenhum modo, jogar frases soltas para tentar provar a qualquer custo sua tese, procura, por outro lado, harmonizar o sentido, encontrando a unidade que é sempre Cristo.

    Com os documentos conciliares, deve ser do mesmo jeito porque a autoridade espiritual da Igreja Católica permite: ou seja, a harmonização do sentido deve ser buscado e não a semente da discórdia.

    Seria a semente do joio que o do grande Divisor (que vem do grego diabolos) espalha por aí?

    Tome cuidado, Sr. Cleir.

    Que Deus tenha misericórdia de nós.

  2. Uma coisa é a obediência ao Papa…

    Outra coisa é a obediência cega a um Concílio Pastoral…

    Bento XVI dá amplas demonstrações de que, ao contrário do que afirma a sala de imprensa do Vaticano e a Agência Zenit, o Concílio fracassou…

    O Concílio é PASTORAL e para se ser católico, não é preciso aceitá-lo… A retirada das excomunhões dos bispos da FSSPX foi uma demonstração expressa disto.

    Antes mesmo de todo este ocorrido, o Papa Paulo VI dizia que a liberalização da Missa Tridentina seria a condenação do Concílio Vaticano II… Eis que Joseph Ratinger, papa gloriosamente reinante, libera a Missa através do Motu Proprio Summorum Pontificum… que dá liberdade à mais alta e elevada forma de latria, que é a Missa Gregoriana, bela, sóbria, ortodoxa e sacrificial, que se opõe à Missa protestantizada de Bugnini e às escandalosas histerias carismáticas…

    Aguardemos…. Tem rebordosa vindo por aí… a Santa Sé ainda não se manifestou sobre os últimos acontecimentos na Áustria (bispos e clero rebelde) e na Inglaterra (onde o cardeal de lá proibiu a realização da Missa Gregoriana em Westminster). Tenho certeza que, como no sonho de D. Bosco, o Papa vai guiar a Barca da Igreja em seu prumo certo… Podem os bispos cismáticos espernearem, assim como os neoconservadores, os modernistas, a maçonaria e os judeus… É tudo questão de tempo!

  3. E a rebelião não é só da hierarquia, mas de muitos “fiéis” que preferem um catolicismo à seu modo, missas do it yourself e outras aberrações. Aguardemos rezando, pois mais rajadas de vento se avizinham…

  4. Prezada Emanuelle,

    Primeiramente, com relação às suas respostas ao Cleir, sugiro a você que, ao invés de ficar citando manuais de teologia modernistas para dar sustentação a sua “exegese bíblica” protestantizada, leia, por exemplo, a Mystici corporis, do Pio XII:

    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_29061943_mystici-corporis-christi_po.html

    Para facilitar/encurtar o seu trabalho, vou transcrever os §§ 22 e 23:

    “…
    22. Não se deve, porém, julgar que já durante o tempo da peregrinação terrestre, o corpo da Igreja, por isso que leva o nome de Cristo, consta só de membros com perfeita saúde, ou só dos que de fato são por Deus predestinados à sempiterna felicidade. Por sua infinita misericórdia o Salvador não recusa lugar no seu corpo místico àqueles a quem o não recusou outrora no banquete (Mt 9,11; Mc 2,16; Lc 15,2). Nem todos os pecados, embora graves, são de sua natureza tais que separem o homem do corpo da Igreja como fazem os cismas, a heresia e a apostasia. Nem perdem de todo a vida sobrenatural os que pelo pecado perderam a caridade e a graça santificante e por isso se tornaram incapazes de mérito sobrenatural, mas conservam a fé e a esperança cristã, e alumiados pela luz celeste, são divinamente estimulados com íntimas inspirações e moções do Espírito Santo ao temor salutar, à oração e ao arrependimento das suas culpas.

    23. Tenha-se, pois, sumo horror ao pecado que mancha os membros místicos do Redentor; mas o pobre pecador que não se tornou por sua contumácia indigno da comunhão dos fiéis, seja acolhido com maior amor, vendo-se nele com caridade operosa um membro enfermo de Jesus Cristo: Pois que é muito melhor, como nota o bispo de Hipona, “curá-los no corpo da Igreja, do que amputá-los como membros incuráveis”. “Enquanto o membro está ainda unido ao corpo não há por que desesperar da sua saúde; uma vez amputado, nem se pode curar, nem se pode sarar”.
    …”

    O ensinamento é claro: mesmo antes da ceifa escatológica, alguns já se decidem por excluir-se da comunhão com a Igreja, e/ou a Igreja assim os reconhece e declara. Não se tendo íntegralmente a fé e a esperança católicas, toda caridade é tanto vã quanto falsa. Portanto, o joio que defende o evangelho é o pecador que, não contumaz de seus pecados, adere inteiramente ao depósito da fé, ainda que sujeito a fraquezas. Amputá-los juridicamente seria tanto ineficaz às suas conversões quanto temerário, porque só Deus lê plena e certeiramente seus corações. Merecem esses, e apenas esses, a caridade operosa como um membro enfermo.

    Aos demais, a única graça a qual podem ser dignos um herege, um judeu ou um gentio é aquela que os aproxime à sua santificante conversão e renúncia de seus erros de doutrina e conduta.

    Quanto a dizer ou insinuar que o Vaticano II merece adesão de fé absoluta e semelhantemente a Trento e Vaticano I, e contraditoriamente reconhecer que ele não é infalível (o que um levantamento de excomunhões não é capaz de fazer!!), ora, é preciso se decidir. O que não é infalível, é falível. Logo, pode falhar. Ao que pode falhar não se pode associar à promessa da indefectibilidade da Igreja, como se âncora doutrinária fosse. Longe disso, a promessa da indefectibilidade da Igreja no concílio Vaticano II faz-se evidente precisamente em sua própria e inegável intenção meramente pastoral, e nas formulações não dogmáticas através das quais embutiu suas inovações e contradições. Lembrando ainda que por indefectibilidade não se pode entender livre de tormentas e desafios.

    Cordialmente,

    Antonio

  5. CARTA APOSTÓLICA
    IN SPIRITU SANCTO
    DO PAPA PAULO VI

    Para perpétua memória

    O Concílio Ecumenico Vaticano II, reunido no Espírito Santo e colocado sob a proteção da bem-aventurada Virgem Maria, a quem declaramos Mãe da Igreja, de S. José seu ínclito esposo, e dos santos apóstolos Pedro e Paulo, deve ser contado, sem dúvida, entre os maiores acontecimentos da Igreja. Com efeito, foi o maior pelo número de padres, vindos de todas as partes da terra, mesmo daquelas onde só há pouco foi constituída a hierarquia; foi o mais rico pelos temas que, durante quatro sessões, foram tratados com empenho e perfeição; foi o mais oportuno, enfim, porque, tendo em conta as necessidades dos nossos dias, atendeu sobretudo às necessidades pastorais e, alimentando a chama da caridade, esforçou-se grandemente por atingir com afeto fraterno não só os cristãos ainda separados da comunhão da Sé Apostólica, mas até a inteira família humana.

    Assim, pois, com a graça de Deus, estando neste momento terminado tudo quanto diz respeito ao mesmo sagrado Concílio Ecumenico e tendo sido aprovadas por deliberação conciliar e por nós promulgadas todas as constituições, decretos, declarações e votos, com a nossa autoridade apostólica decidimos e estabelecemos encerrar, para todos os efeitos, o mesmo Concílio Ecuménico, convocado pelo nosso predecessor de feliz memória João XXIII no dia 25 de Dezembro de 1961, inaugurado no dia 11 de Outubro de I962, e por nós continuado depois da sua piíssima morte. Mandamos também e ordenamos que tudo quanto foi estabelecido conciliarmente seja observado santa e religiosamente por todos os fiéis, para glória de Deus, honra da santa mãe Igreja, tranquilidade e paz de todos os homens.

    Isto sancionamos e estabelecemos, decretando que a presente carta seja e permaneça plenamente firme, válida e eficaz; que tenha e consiga os seus efeitos plenos e íntegros; que seja apoiada por aqueles a quem, agora ou no futuro, diz ou poderá dizer respeito; que assim se deve julgar e definir; e que desde este momento se deve ter como nulo e sem valor tudo quanto se fizer em contrário, por qualquer indivíduo ou autoridade, conscientemente ou por ignorância.

    Dada em Roma, em S. Pedro, sob o anel do pescador, no dia 8 de Dezembro, festa da Imaculada Conceição da bem-aventurada Virgem Maria, do ano de 1965, terceiro do nosso Pontificado.

    PAPA PAULO VI
    http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p-vi_apl_19651208_in-spiritu-sancto_po.html

  6. “20. Nem se deve crer que os ensinamentos das encíclicas não exijam, por si, assentimento, sob alegação de que os sumos pontífices não exercem nelas o supremo poder de seu magistério. Entretanto, tais ensinamentos provêm do magistério ordinário, para o qual valem também aquelas palavras: “Quem vos ouve a mim ouve” (Lc 10,16); e, na maioria das vezes, o que é proposto e inculcado nas encíclicas, já por outras razões pertence ao patrimônio da doutrina católica. E, se os romanos pontífices em suas constituições pronunciam de caso pensado uma sentença em matéria controvertida, é evidente que, segundo a intenção e vontade dos mesmos pontífices, essa questão já não pode ser tida como objeto de livre discussão entre os teólogos.”

    (Pio XII, encíclica Humani Generis, 20)
    http://www.pcf.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_12081950_humani-generis_po.html

  7. § V. Erro sobre a Igreja e os seus direitos:

    22º A obrigação a que estão sujeitos os mestres e escritores católicos refere-se tão somente àquelas coisas que o juízo infalível da Igreja propõe como dogmas de fé para todos crerem.

    Epist. Ao Arceb. De Frising “Tuas libenter”, de 21 de Dez. de 1863.

    (erro condenado pelo papa Bem aventurado Pio IX, no Silabo).
    http://www.veritatis.com.br/article/457/

  8. Dizer que o magistério não infalível é, ipso facto, necessariamente falho, é um baita de um sofisma.

  9. Caro Aristóteles,

    Aparentemente, nesse tópico, ninguém afirmou que o magistério, por não ser infalível, seria automaticamente falho. A objeção à infabilidade do Vaticano II é motivada não para provar, por si, suas falhas, mas para vencer o argumento modernista da recusa em apreciar suas falhas, mesmo enquanto tese. Vencida essa questão, pela rememoração da própria intenção não dogmática dos padres conciliares, pode-se, com menos dificuldade, inaugurar um debate. Mas muitos voltam a insistir em sua infabilidade como suposto e suficiente motivo para se esquivar do debate. Diferentemente a que, por vezes, corajosamente se presta o autor do blog, Jorge.

    Cordialmente,

    Antonio

  10. O mais engraçado dessa história, é que eu não vejo os ”católicos carismáticos” combatendo os hereges protestantes!

    Porque os ”carismáticos” não combatem os inimigos da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, os protestantes, com a mesma vontade que vocês combatem os tradicionalistas (!!!???)?

    Ainda querem me fazer acreditar que os protestantes são: ”Nossos irmãos separados”.

  11. Realmente esses três papas devem ter sido mesmo uns modernistas, liberais e protestantizados, como todos os que discordam de vocês. Bom mesmo é o “magistério” do ilustre sr. Arnaldo Xavier da Silveira, que eu nem sabia que existia, e que não tinha mandato apostólico para ensinar em nome da Igreja.

    Obrigado, sres. pseudo-tradicionalistas, por comprovarem cabalmente que vocês apenas idolatram a própria opinião, a opinião do homem, acima daqueles que foram constituídos por Deus como autoridade magisterial com a promessa de assistência do Divino Espírito Santo. Consideram-se a si próprios como “A Tradição”, como se a Tradição pudesse ser apenas um grupo de homens dentro da Igreja, e não a Igreja mesma cuja cabeça é Cristo Senhor.

    Na boa, vocês têm é problemas psicológicos.

    Imagino que vocês esperam que o “magistério” do sr. Arnaldo Xavier da Silveira lhes valha de alguma coisa no dia do julgamento.

  12. Por falar em protestantismo…

    Quem promove o livre exame da Tradição Apostólica é o quê?

  13. Pior é tomar como Super-Concílio algo que é apenas PASTORAL!

    FAço minha aseguinte lição:

    “Há quem se pergunte que autoridade, que qualificação teológica o Concílio quis atribuir aos seus ensinamentos, pois bem se sabe que ele evitou dar solenes definições dogmáticas envolventes da infalibilidade do Magistério Eclesiástico. A resposta é conhecida, se nos lembrarmos da declaração conciliar de 6 de Março de 1964, confirmada a 16 de Novembro desse mesmo ano: dado o caráter pastoral do Concílio, evitou este proclamar em forma extraordinária dogmas dotados da nota de infalibilidade. Todavia, conferiu a seus ensinamentos a autoridade do supremo Magistério ordinário” (Paulo VI, Discurso no encerramento do Concílio, 12 – I 1966. Apud Compêndio do Vaticano II, Editora Vozes, Petrópolis, 1969, pg. 31).

    A Comissão Teológica do Concílio Vaticano II, tratando da autoridade dos pronunciamentos conciliares declarou em 16/11/1964 (portanto, no decorrer do próprio Concílio):

    “Tendo em conta a praxe conciliar e o fim PASTORAL do presente Concílio, este sagrado Concílio só define aquelas coisas relativas à fé e aos costumes que abertamente declarar como de fé. Tudo o mais que o Sagrado Concílio propõe, como doutrina do Supremo Magistério da Igreja, devem-no os fiéis receber e interpretar segundo a mente do mesmo Concílio, a qual se deduz quer do assunto em questão, quer do modo de dizer, segundo as normas de interpretação teológica”. (Compêndio do Vaticano II, Ed. Vozes, Petrópolis1969, p. 21-22.)

    Portanto, segundo própria Comissão Teológica do Concílio Vaticano II, este deve ser entendido como PASTORAL, e que ele só “propõe” (não impõe) como doutrina do Supremo Magistério da Igreja.

    O Cardinal Ratzinger (Papa Bento XVI), em discurso à Conferência Episcopal Chilena, citado no jornal “Il Sabato”, de 30 de julho – 5 de agosto de 1988, afirmou:

    “A verdade é que o próprio Concílio não definiu nenhum dogma e que ele conscientemente quis se exprimir num nível mais modesto, simplesmente como um Concílio pastoral” (O negrito é meu).

    O Padre Pierre Blet, S.J. – atual professor de História Eclesiástica na Universidade Gregoriana e autor de um famoso livro sobre Pio XII, recomendado pelo próprio Papa João Paulo II, declarou recentemente:
    “Considerando que o Concílio [Vaticano II] não proclamou nenhuma definição dogmática que seja obrigatória, cada um tem então o direito de examinar o que pode aceitar” (Padre Pierre Blet, entrevista publicada em Una Voce, Julho-Agosto de 2002).

    Dessa forma, o Concílio Vaticano II, como pastoral se enquadra unicamente no Magistério Ordinário da Igreja, que somente é infalível quando reafirma verdades sempre proclamadas ao longo do tempo, por diversos Papas e em épocas diferentes.

    Fonte: http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=polemicas&artigo=20041008134151&lang=bra

    Pior é ser MODERNISTA, e o Papa Pio X explicou muito bem o que é… Leia a Pascendi!

  14. Padre Pio e o Concílio…

    Um aspecto pouco conhecido da sua santidade: a sua recusa clara e nítida da reforma litúrgica e do “aggiornamento” do Concílio Vaticano II
    [Por ocasião da recente canonização do Padre Pio, publicamos a seguir um extrato do artigo do frei João, capuchinho de Morgon, França (artigo publicado na Carta aos amigos de São Francisco, nº 17, de 2 de fevereiro de 1999)]:

    Modelo de respeito e de submissão a seus superiores eclesiásticos e religiosos, em particular por ocasião das perseguições contra ele próprio, o Padre Pio de Pietrelcina não podia ficar mudo ante um desafio nefasto à Igreja.

    Antes mesmo do fim do concílio, em fevereiro de 1965, anunciaram-lhe que seria preciso em breve celebrar a missa segundo um novo rito “ad experimentum”, em língua vulgar, e elaborado por uma comissão litúrgica conciliar para responder às aspirações do homem moderno.

    Antes mesmo de ter o seu texto sob os olhos, escreveu imediatamente a Paulo VI, pedindo-lhe fosse dispensado dessa experiência litúrgica e pudesse continuar a celebrar a Missa de São Pio V.

    Tendo-se o cardeal Bacci deslocado para lhe levar esta autorização, Padre Pio deixou escapar esta queixa para o enviado do Papa: “O Concilio, por piedade, acabai com ele depressa!”

    No mesmo ano, na euforia conciliar que prometia uma “nova primavera” para a Igreja e para o mundo, confiava a um de seus filhos espirituais: “Rezemos nesta época de trevas. Façamos penitência pelos eleitos.” E sobretudo por aquele que deve ser o supremo pastor da Igreja católica: toda a sua vida ele “se imolará” pelo Papa reinante, cuja fotografia figurará sempre entre as raras imagens da sua cela.

    Quão significativas outras cenas: estas reações em face do “aggiornamento” que as ordens religiosas assimilaram no dia seguinte ao Vaticano II (citações extraídas duma obra munida de Imprimatur):

    “O Padre Geral (dos franciscanos) veio de Roma antes do capítulo especial para as constituições, em 1966, para pedir ao Padre Pio orações e bênçãos. Encontrou o Padre Pio no corredor do convento: ‘Padre, vim para vos recomendar o capítulo especial para as novas constituições…’ Apenas ouviu “capítulo especial”, Padre Pio fez um gesto violento e gritou: ‘Não são senão parlapatices e ruínas!’ — ‘Mas que quereis, Padre? As novas gerações… os jovens evoluem à sua maneira… há novas exigências…’ — ‘É o cérebro e o coração que faltam, eis tudo, a inteligência e o amor’.”

    Em seguida avançou para a sua cela, deu meia-volta, e apontou o dedo dizendo: “Não nos desnaturemos, não nos desnaturemos! Quando Deus nos julgar, São Francisco não nos reconhecerá como filhos!”

    Um ano depois, a mesma cena para o “aggiornamento” dos capuchinhos: “Um dia, confrades discutiam com o Padre Definidor Geral sobre a Ordem, quando o Padre Pio, tomando uma atitude espantosa, se pôs a gritar ao mesmo tempo que fixava o olhar longe: “Mas que estais prestes a fazer em Roma? Que combinais vós? Quereis mesmo mudar a Regra de São Francisco!” E o Definidor diz: “Padre, propõem-se estas mudanças, porque os jovens nada querem saber da tonsura, do hábito, dos pés descalços…” — “Expulsai-os! Expulsai-os! Mas quê? São eles que vão fazer um favor a São Francisco ao tomar o hábito e ao seguir o seu modo de vida, ou é antes São Francisco que lhes faz um grande dom?”

    Se se considera que o Padre Pio foi um verdadeiro alter Christus, que toda a sua pessoa, corpo e alma, foi tão perfeitamente conforme quanto possível à de Jesus Cristo, esta recusa nítida das inovações da Missa e do “aggiornamento” deve ser para nós uma lição que reter.

    É também notável que o Bom Deus tenha querido lembrar-se dele, seu fiel servidor, pouco tempo antes da imposição implacável das reformas do Concílio no seio da Igreja e da ordem capuchinha. E que Katarina Tangari, uma das suas filhas espirituais mais privilegiadas, tenha apoiado tão admiravelmente os padres de Ecône até à sua morte, um ano após as sagrações episcopais.

    E Padre Pio ainda era menos complacente em face da ordem — ou antes da desordem — social e política: “confusão de idéias e reino dos ladrões” (em 1966). Profetizou que os comunistas chegariam ao poder “por surpresa, sem desfechar golpe… Nós nos daremos conta disso da noite para o dia”. Chegou a precisar até, a Monsenhor Piccinelli, que a bandeira vermelha flutuaria sobre o Vaticano, “mas isso passará”.

    Ainda aqui a sua conclusão coincide com a da Rainha dos Profetas: “Mas por fim o meu Coração Imaculado triunfará!” Como? Pela onipotência divina, certamente, mas provocada pelas duas grandes forças do homem: a oração e a penitência.

    Foi a grande lição que Nossa Senhora nos quis lembrar com insistência, em Fátima, no princípio deste século: Deus quer salvar o mundo pela devoção ao Coração Imaculado de Maria, e não há nenhum problema, material ou espiritual, nacional ou internacional, que não possa ser resolvido pelo Santo Rosário e pelos sacrifícios.
    Fonte: http://www.santotomas.com.br/missa/pioaggiornamento.asp

  15. Ah, vocês citam São Pio de Pieltrecina…

    Mas ele foi canonizado por João Paulo II,

    E a Permanência diz que as canonizações de João Paulo II não eram infalíveis:
    http://www.permanencia.org.br/revista/Crise/canoniza2.htm

    (É a moda agora: tudo o que o Papa faz que eu não gosto, eu digo que não é infalível; de não ser infalível, “logicamente” concluo que só pode ser falho; assim eu coloco minha opinião acima dos ensinamentos da Igreja e ainda me acho supercatólico).

    PS – A canonização de um santo sempre é ato infalível do poder de magistério do Papa, por mais que a Permanência ou qualquer maluco diga o contrário.

  16. Anônimo Malicioso e ignorante,

    nenhum tradicionalista (???) promove o”livre exame” da Tradição Apostólica! Apenas é mostrado os documentos destes para mostrar as heresias dos modernistas e católicos protestantizados.

    Aliás, porque os ”carismáticos católicos” não gostam de ler os documentos dos PAIS DA IGREJA, dos Concílios da Santa Igreja Católica Apostólica Romana anteriores do CV II?

    Anos anteriores, nós católicos, tinhamos teologos do quilate de São Tomas de Aquino e Santo Agostinho; hoje, nós católicos, temos que agüentar ”teologos” protestantizados como; Monsenhor Jonas abib, padre Marcelo Rossi, Padre Antônio Maria, padre Juares de Castro, Fábio de Melo,… que tristeza!

  17. É triste ver que hoje, nestes tempos pós-conciliares, quem defende a Ortodoxia e o Sagrado Depósito da Fé é combatido, ridicularizado pelos católicos relaxados, que preferem uma Igreja sem identidade própria, mas uma casa da Mãe Joana, onde pode tudo, menos o que foi ensinado ao longo dos séculos…vai entender essa gente. Melhor rezar por elas…

  18. Vocês são mártires. Deviam pedir que o sagrado “magistério” da Permanência ou da Montfort os canonizassem em vida. Tadinhos!

  19. Reconheça que sua tentativa de fazer piada não foi feliz…mais sorte da próxima vez, quem sabe começando por colocar seu nome verdadeiro, afinal, cobrar isso dos outros é muito fácil.

  20. Como virou palhaçada esse tópico, por obra de pessoas pouco interessadas em discussões construtivas,mas que preferem se aparecer por uma questão de auto-afirmação, minha participação no mesmo aqui encerrada até que a ordem seja novamente restaurada.

  21. Eu acho que sou o anônimo mais aparecido da face da Terra. Aliás, tornei-me famoso pelo anonimato.

    Mas acho que vocês não deveriam projetar nos outros seus próprios conflitos interiores. Tem necessidade de aparecer quem pretende corrigir com suas próprias opiniões o sagrado magistério da Igreja. Vocês falam mal do Concílio e dos papas que o sucederam justamente por uma necessidade incontrolada de aparecer e se destacar. São apenas moços naquela idade em que é legal ser diferente. “Ah, não sou como os outros. Eu sou um católico tradicionalista. Sou um verdadeiro mártir! A Igreja precisa de mim”

    Menos, Batista!

    Se vocês quisessem fazer mesmo algum bem, em vez de perder tempo na internet criticando o magistério e arrumando contenda, iriam visitar algum doente, ensinar o catecismo na favela, salvar alguma criança do aborto ou simplesmente rezar o terço e meditar nos mistérios da fé. Isso não destaca ninguém, mas grangeia méritos para o Reino dos Céus. O Pai, que vê o escondido, recompensá-los-á.

  22. Certamente, o Pai que vê escondido, sabe a tua identidade e a malícia de teu coração para julgar quem vc não conhece, inclusive fazendo juízos falsos e temerários.
    Amadureça, criança!

  23. Aliás, se vocês não criticassem o Concílio, quem repararia em vocês?

    Pauvres gens! Pauvres gens!

  24. Seu problema é a imaturidade insuficiente para discutir assuntos que não entende porque sua postura demonstra a incapacidade de raciocínio, descambando para as ofensas gratuítas, aliás, coisa muito comum em suas postagens, não é mesmo?
    Pauvre crétien…

  25. ”Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás não tereis galardão junto de Vosso Pai, que está nos céus”.

    Quando pois deres esmola, não faças tocar trombetas diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mt 6: 1-2)

    Aparecido, é isso que da querer ser um ”carismático católico”, tem o mesmo comportamento dos hereges protestantes: Todos querem ser glorificados pelos homens!

  26. Sr. Rodrigo, o senhor é mesmo um moço muito divertido. Gostei da sua excelente capacidade de raciocínio:

    Como virou palhaçada esse tópico, por obra de pessoas pouco interessadas em discussões construtivas,mas que preferem se aparecer por uma questão de auto-afirmação, minha participação no mesmo aqui encerrada até que a ordem seja novamente restaurada.

    O senhor deve se considerar mesmo um novo Santo Tomás de Aquino, um São Boaventura redivivo… Veja só um exemplo da “lógica” que você também usa para criticar o Concílio:

    O senhor disse que sua participação estava encerrada. Mas continuou falando… Porém, vou ser legal contigo e reconhecer que você pôs uma condição: “até que a ordem seja novamente restaurada”

    Como o senhor voltou a participar logo após o meu comentário, creio que, com toda a lógica e, pelo menos de seu ponto de vista, minha intervenção como Aparecido restaurou a ordem no tópico!

    Eita!

    Você é um rapaz muito divertido, sabia?

    PS – Em francês é “chrétien”, com H.
    PS2 – Em português é “gratuito”, sem acento e com a tônica pronunciada no U.

  27. Já comuniquei ao Jorge sua participação neste tópico…quem sabe ele não aponta vc como uma próxima responsável pelo blog…afinal, sabedoria e humildade para corrigir não lhe faltam…

  28. Sr. Renato:

    Os únicos que querem a glória dos homens aqui são vocês, que se apóiam em opiniões de homens para criticar o sagrado magistério da Igreja, a quem Nosso Senhor prometeu a assistência do Espírito Santo.

    Volto a perguntar: se não falassem mal do Concílio, quem repararia que os senhores existem?

    Ademais, a sua maneira de citar a Sagrada Escritura é protestantizada. Católico separa capítulos de versículos usando a vírgula. Protestante cita a Bíblia separando capítulo de versículos com dois pontos.

    Ai, e vocês ainda querem dar lições de tradição católica!…

    Imagino como ficaria a tradição da Igreja se dependesse de vocês para ser defendida…

  29. Quem não tem defesa, ataca…muito simples…muito à gosto de pessoas assim como vc, criança.

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