O Papa apóia a Campanha da Fraternidade?

ZENIT noticiou que o Papa Bento XVI apóia Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil. A mensagem enviada pelo Papa, publicada em ZENIT e também na Canção Nova, no entanto, destoa tanto da CF que me faz pensar exatamente o contrário. O Papa não “apóia” esta palhaçada que fazem no Brasil. Muito ao contrário, “puxa as orelhas” dos responsáveis pelo escândalo e pela vergonha, esforçando-se para trazer um sentido cristão à politicagem vazia transvestida de evento religioso.

Por exemplo, a mensagem de Sua Santidade fala em “tempo de conversão”, fala que “a justiça humana é sempre frágil e imperfeita”, fala em “pecado original”, em “Nosso Senhor”. É uma mensagem católica. E quanto à Campanha da Fraternidade?

Na oração, a palavra “conversão” aparece duas vezes. É, aliás, digna de louvor, pois fala em esmola, jejum, oração e penitência. Já no Texto Base da CF/2009, a coisa muda um pouco de figura, pois a palavra “conversão” aparece nele apenas 16 vezes (sendo uma na indexação e duas na já citada oração; sobram 13 citações ao longo do texto), num documento de modestas 176 páginas! “Pecado” (e derivados) aparece 10 vezes (e “pecado original”, nenhuma). “Redenção”, “Redentor”, “Sacrifício”, “Calvário”, “Missa”, “Confissão” (ou “Penitência” no sentido do Sacramento) não aparecem uma única vez!! Já “social” (e derivados) aparece 119 vezes, “comunidade”, 52 vezes, “economia” (e derivados), 54 vezes, “política” (e derivados), 65 vezes, “trabalho” (e derivados), 87 vezes, “povo” (e derivados), 43 vezes. E chega que não vou procurar mais.

Cabe perguntar: porventura isso é um documento católico? Na Bibliografia, os “documentos da Igreja” citados ocupam menos de uma única página (ou uma página e meia, se formos considerar como tais os documentos da CNBB…), de um total de cinco. Os títulos dos capítulos, vistos pelo índice, falam sobre coisas como “vida segura”, “pedagogia do controle”, “pirâmide social”, “tipos de violência”, “políticas públicas de segurança”. Tais baboseiras ocupam as primeiras setenta páginas do documento. A partir da página 77, começa-se enfim a falar em Deus mas, já na página 99 (ou seja, pouco mais de vinte páginas depois), voltam os títulos toscos contendo coisas como “ações educativas”, “em busca de um novo modelo penal”, “crimes não convencionais”, e pronto. Depois disso, só anexos. É vergonhoso que um documento de 176 páginas, de uma Conferência Episcopal, reserve pouco mais de 20 páginas para falar sobre coisas católicas (e isso a julgar pelo índice – nem tenho certeza se a segunda parte do documento é mesmo católica como dá a parecer…). Não, sem sombra de dúvidas, o Papa não apóia esta porcaria. Ao contrário, o que ele faz com sua mensagem é dizer “estou de olho”, enquanto tenta recolocar as coisas nos eixos (reconduzindo Cristo para a Quaresma) falando, em uma mensagem de poucas linhas, mais e melhor do que a CNBB com suas 176 páginas de texto-base.

P.S.: Entre os “objetivos específicos” citados pelo malfadado texto-base, à página 16, está escrito o seguinte: Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa. Isto é uma grande besteira, porque – como ensina a Igreja – a primeira função da Justiça é exatamente punir para restaurar a desordem introduzida. Às páginas 75 e 94 está escrito, respectivamente, que é necessário superar (…) as relações de ódio e vingança através de relações fundamentadas na misericórdia e que visam não à punição, mas à superação do mal e de suas causas e também que Jesus quer resgatar as pessoas e não puni-las. Tremenda bobagem, empulhação transvestida de ensino católico; a Igreja ensina que “[a] legítima autoridade pública tem o direito e o dever de infligir penas proporcionais à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa” (CIC 2266). É frustrante precisar corrigir coisas tão básicas em um documento emanado por uma Conferência Episcopal.

32 comentários em “O Papa apóia a Campanha da Fraternidade?”

  1. A gente tinha que fazer uma campanha contra a Campanha da Materialidade.

  2. Fizemos (eu e meu irmão) há dois anos atrás um vídeo mostrando a aberraçãos da Campanha da Fraternidade (o tema era ecologia, mata, amazônia, etc) e enviamos para o Vaticano. É insuportável conviver no tempo sagrado da Quaresma com uma campanha que não tem nada a ver com ela. Simplesmente isso mostra uma brutalidade e uma insensibilidade com o sagrado e zero de catolicismo.

    O que virou este tempo litúrgico para os católicos brasileiros?! Tempo de pensar em qualquer assunto menos naqueles que são centrais da quaresma!

    Ontem, participei da Missa em Ouro Preto (interior de Rondônia) e tive que aguentar clip e video (total 30 minutos) no telão da Igreja sobre a tal segurança pública antes da Santa Missa. Um absurso. É uma palhaçada. Se o Papa soubesse o que é de fato esta nojeira não deixaria mais nenhuma deste campanhas acontecer.

    Sabe o que parece? Que somos todos idiotas. Será que alguém na face da terra acredita que um tema de segurança pode ajudar na conversão de alguém? Eu hein. Algo irei fazer para contribuir para acabar com esta manipulação do tempo quaresmal. Como disse um amigo totalmente leigo no assunto depois da celebração: “eu não entendo nada de teologia… mas quando decido ir para Igreja é para escutar falar de Deus e não de segurança.”

    Que voltem a falar de Deus na quaresma e de convesão (verdadeira), urgente!

    JM

    Julie Maria

  3. É caríssima Julie, os tempos urgem pelo Senhor!!!

    Acredito que um dos (se não o único) temas mais relevantes que poderiam trabalhar foi sem dúvida o do ano passado que falava sobre o aborto. Mas o que aconteceu? Muito pouco se estendeu no assunto e, além disso, o que tinha no material de divulgação? Testemunhos de abortistas!! (sic!) Pode uma coisa destas?!! Será que o Santo Padre ficou sabendo disso?

    Rezemos para que a CNBB não se torne uma das várias instituições enquadradas na dita classificação de ‘faltas-doutrinas’.

    Que Nosso Senhor, pela poderosa intercessão de Nossa Senhora de Fátima, nos livre da maldição do secularismo.

    André Víctor

  4. Ontem fui a missa e me senti em um acampamento dos Sem-Terra.

    A coisa vai mal.

  5. Emerson, estamos vivendo de fato uma época de profunda crise eclesial no Brasil. O povo tem sede de Deus e não está encontrando na Igreja (sem querer generalizar) o espaço sagrado para isso. Todos tem saudade do tempo em que o silêncio, o canto, a veste, o altar… tudo nos preparava para o encontro com Nosso Senhor. Um professor que o Jorge citou um texto disse algo assim:” o catolicismo foi destruído. É hora de reconstruir… “. Isso não é novo em dois mil anos, digo, “reconstrói a Minha Igreja” foi o que São Francisco escutou do Senhor. Faltam sim Franciscos hoje…

    Que Deus nos ajude.

    PAX

    Julie Maria

  6. Estimado André, urge m-e-s-m-o. Acredito que todos estamos sofrendo “calados”… e quando um começa a falar, o outro também desabafa e assim vemos que é um caos geral onde perdemos o senso religioso nesta país. Ontem tive que fazer um esforço muito grande para aguentar assistir clips sobre a campanha. Me sentia ridícula: alguém poderia me explicar como chegamos a este ponto, pensava eu, enquanto sentia no meu coração um desejo profundo de uma celebração digna da quarta feira de cinzas. Recordava aquele documento RS sobre a sagrada comunhão que dizia que eu, como fiel, tenho direito de uma celebração conforme a Santa Igreja ensina.

    PAX

    JM

  7. A “Campanha da Fraternidade” virou panfletagem da CNB do B! Aquilo ali está infestado de comunistas e abortistas! Por mim, o Santo Padre dissolvia esta maldita CNBB, antro da Anti-Igreja!
    As coisas chegaram em um ponto em que eu não tenho coragem de pôr meu filho sequer em aula de catequese aqui da paróquia, pois tenho medo do que é ensinado nestas igrejas moderninhas… Prefiro que ele faça a Primeira Comunhão junto ao pessoal da Fraternidade São Pio X ou de algum outro grupo mais tradicional… Senão, o que ele vai aprender? Utilidade das CEB´s para deformar a mentalidade dos jovens e das camadas mais pobres? Como formar e atuar em guerrilhas? Como invadir propriedade alheia e não ser punido por isto?
    Estou fora desta imundície!
    Viva o Papa! Viva a Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica!

  8. Apesar de tudo, ainda tem um lado positivo (luz no tunel).

    Tem muitos padres que não seguem e nem tocam nestas famigeradas CFs, durante as sua homilias.

    Mas tem aqueles que fazem questão. E aí é terrível !.

    E como será nos outros paises ?

    Ou será que, somente nós fomos “premiados” ?

  9. Neste tempo sacrossanto… Outrora o “Attende Domine, Prosternimus Preces, Audi Benigne conditor, Meu Deus, eu me arrependo, Pecador, agora é tempo, etc., eram os cânticos entoados na Casa de Deus durante a Quaresma. Atualmente se vê aberrações, coisas inúteis, cantos inadequados tanto na letra quanto melodia durante este tempo sacrossanto. A Campanha da Fraternidade que anualmente nada tem haver com o espírito deste tempo litúrgico. Fruto podre da CNBB. Um tempo de silêncio e meditação. Tempo pelo qual a liturgia indica-nos, em termos graves e austeros, que é bem num tempo de penitência que os fiéis entram. Pondo em obra todos os recursos da sua vigorosa poesia, A Igreja nos dá, a nós que somos seus filhos, as idéias do nada da existência humana, das nossas humildes origens, da primitiva queda e da necessidade duma justa reparação, a qual nos impõe deveres, que consistem na mortificação da carne para purificar o espírito. A oração da Missa da quarta-feira de cinzas é esta:

    Praesta – Concedei, Senhor, aos vossos fiéis que entrem com a conveniente piedade na solenidade deste santo jejum, e percorram com devoção segura a sua carreira. Por N.S.J.C. (Missal Romano – texto latino/versão portuguesa e anotações por Dom Crisóstomo d’Aguiar – 1948 Brepols)

  10. To fora! É o que me passa pela minha cabeça hoje. Nos últimos anos tenho me esforçado por aderir a esta campanha, mas realmente não faz sentido.

    Queremos ir a Igreja para ouvir falar de Deus e não de coisas meramente sociais. Graças a Deus na homilia de quarta-feira de cinzas o padre apenas lembrou da campanha. Quando achamos que ele continuar o assunto ele começou o credo. Graças a Deus!

    As Vezes fico pensando se não estou sendo cismático como tantos grupos por aí que aceitam um ponto, mas não aceitam outro. Mas se eu pensar melhor, quando um padre ou bispo fala contra o ensinamento da Igreja, posso desconsiderar o que ele fala. Então a partir de hoje estou assim…cego para a Campanha da Fraternidade. No dia que eles propuserem uma Campanha de orações pelo Papa eu vou aderir com todo o amor.

    Oremos pelo papa que passa por tantas provações. Gente, é jorrão de todos os lados…Tem que ser muito Jó para aguentar.

  11. É caríssima Julie e amigos…

    “…alguém poderia me explicar como chegamos a este ponto, pensava eu, enquanto sentia no meu coração um desejo profundo de uma celebração digna da quarta feira de cinzas. Recordava aquele documento RS sobre a sagrada comunhão que dizia que eu, como fiel, tenho direito de uma celebração conforme a Santa Igreja ensina.”

    Sobre este seu comentário, já faz algum tempo venho pensando exatamente nisso que você falou: “alguém poderia me explica como chegamos a este ponto,…?” E sabe que depois de muito refletir, pude perceber algo mais ou menos assim:

    O que seria o ‘diferencial’ entre um Católico autêntico e todos os outros cristãos?

    Venho acompanhando alguns comentários ultimamente aqui no Deus lo vult, e o que tenho observado é que, independente do tema abordado, uns se consideram mais católicos do que os outros e vise versa. Uns se posicionando do lado da ‘tradição’ se confrontando com os que se posicionam, de certa maneira, como ‘pentecostais’.

    Sem querer levantar aqui o quem está certo ou errado, ficarei mesmo num tocante mais profundo e alargado do assunto. Pois bem! Diante disso tudo, voltei a me perguntar: O que seria um Católico autêntico? O que o difere dos outros que também se dizem cristãos? Cheguei, sem muito esforço mesmo, a conclusão de que ser Católico autêntico é aquele que segue o Catolicismo autêntico. Bastante obvio não!? Mas o que é o Catolicismo? Nada mais é do que a promoção e manifestação da Verdade querida e Revelada por Deus e tão necessária para todos os homens, sendo Ele mesmo a própria Verdade (é um resuminho bastante pobre, eu sei, mas dá para ilustrar bem para o momento).

    [74 Deus “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4), isto é, de Jesus Cristo[fca1] . É preciso, pois, que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que desta forma a Revelação chegue até as extremidades do mundo: Deus dispôs com suma benignidade que aquelas coisas que revelara para a salvação de todos os povos permanecessem sempre íntegras e fossem transmitidas a todas as gerações.] (Catecismo da Igreja Católica)

    Esta Verdade, esta Revelação de Deus que se manifesta ao homem, está toda contida no que chamamos de Depósito da Fé, que corresponde a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura, entregue ao Sagrado Magistério, para sua correta interpretação e transmissão.

    [80 “Elas estão entre si estreitamente unidas e comunicantes. Pois, promanando ambas da mesma fonte divina, formam de certo modo um só todo e tendem para o mesmo fim.” Tanto uma como outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, que prometeu permanecer com os seus “todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
    81 Quanto à Sagrada Tradição, ela “transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles, por sua pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam”.
    82 Dai resulta que a Igreja, à qual estão confiadas a transmissão e a interpretação da Revelação, “não deriva a sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado somente da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser aceitas e veneradas com igual sentimento de piedade e reverência”] (Catecismo da Igreja Católica)

    Sendo assim, posso considerar então, que o verdadeira Católico consiste em seguir e viver o verdadeiro Catolicismo, que contém a verdadeira (e Sã) Doutrina de Deus para os homens, que está toda contida em seu Depósito da Fé (Depositum Fidei). Seria mais ou menos assim:

    CATOLICISMO = (SAGRADA TRADIÇÃO + SAGRADA ESCRITURA) + SAGRADO MAGISTÉRIO

    Outra coisa seria:

    PSEUDO-CATOLICISMO = (SAGRADA TRADIÇÃO – SAGRADA ESCRITURA) + SAGRADO MAGISTÉIRO

    Ou:

    PSEUDO-CATOLICISMO = (SAGRADA ESCRITURA – SAGRADA TRADIÇÃO) + SAGRADO MAGISTÉIRO

    E ainda:

    PROTESTANTISMO = (SAGRADA ESCRITURA – SAGRADA TRADIÇÃO) – SAGRADO MAGISTÉRIO

    [95 “Fica, portanto, claro que segundo o sapientíssimo plano divino, a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.”] (Catecismo da Igreja Católica)

    Aqui, estimada Julie, quero voltar a sua indagação: “alguém poderia me explica como chegamos a este ponto,…?”. Acredito eu, (e é só uma suposição) que o que se encontra hoje dentro da Santa Igreja, é a ausência, mesmo que parcial, desta harmonia do Depósito da Fé. Poderia mesmo dizer que existe sim, mesmo que em determinados momentos e lugares, uma ausência da Sagrada Tradição em grande escala. E isso tudo advêm, acredito eu, de décadas passadas. E a decorrência disto tudo é a tal e qual falta de vivencia do senso do Sagrado em nossas celebrações. Temos que tomar muito cuidado, pois a tendência é chegar ao protestantismo ‘puro’, se abdicarmos de uma autêntica Tradição, logo logo também abdicaríamos do Sagrado Magistério. É só questão de tempo mesmo.

    Que bom seria cara Julie, se tivéssemos [de novo] em todos os momentos e lugares a presença do Sagrado, nascido do interior de cada pessoa e transparecido a todos pelo exterior. Vestimentas, posturas, atitudes, palavras,… ah que bom seria! Não podemos perder a visão do todo. Não podemos deixar que se perca a Sagrada Tradição em nosso dia-a-dia. Não podemos deixar de lutar pelo restabelecimento do sentido profundo e contagiante do Sagrado em nossas vidas.

    E é isso, caríssima Julie, o que posso concluir diante de tantas aberrações que nos deparamos em nossos dias. E conseqüentemente, pela falto ou ausência do Sagrado, nossas atitudes (testemunhos) são correspondentes.

    Que Nossa Senhor de Fátima, possas nos ajudar a sempre mais nos voltar para a Sã Doutrina da Santa Igreja Católica de seu Filho-Deus, nosso senhor Jesus Cristo.

    Salve o Santo Padre Bento XVI, que vem manifestando tanto apreço e carinho pela Sagrada Tradição, que tanto vem sofrendo degradação. Rezemos por ele que tanto é acometido de tantas calunias e difamações.

    Abraços e até mais ‘ver’.

    André Víctor

  12. Estimado André e interessados:

    Concordo com o que você disse e me ajudou a refletir. Mas sobre isso:

    CATOLICISMO = (SAGRADA TRADIÇÃO + SAGRADA ESCRITURA) + SAGRADO MAGISTÉRIO

    Acho que falta um conhecimento sobre o que significa o Magistério da Igreja, isto é, a fonte da autoridade divina de onde emana sua força. Os abusos acontecem porque se acredita que a criatividade deve ser valorizada e a obediência não. O Papa enquanto cardeal tinha dito isso… a raíz do problema hoje é “autoridade-obediência”…

    Parece que o lema “todos somos iguais” bastaria para justificar todas as aberrações.

    Catequese, catequese, catequese. O Papa disse que num mundo onde a ignorância religiosa é alarmante, temos necessidade de uma catequese profunda sobre os temais centrais da nossa fé!

    Pax e obrigada pela meditação.

    JM

  13. verdade seja dita, se observarmos o histórico das campanhas da fraternidade, feitas pela Igreja. nem uma provocou um real efeito sobre a sociedade como um todo. são campanhas de médio e curto prazo, que não insitam as pessoas a perceberem o que a tal campanha propõe.
    a campanha do ano passado é um exemplo disso, será que alguém pelo menos pensou em mudar de opnião graças aos apelos da Igreja?
    esse ano, percebo algo pior. A Igreja falará em violência, como sempre só no período da quaresma. mas apenas falará. e a nós o que restará?!

  14. Boa tarde a todos.

    A Campanha da Fraternidade não consegue os resultados esperados porque muitos e muitos sacerdotes o ignoram solenemente. Isso é triste, pois creio que quando são trabalhados os temas, podemos sim viver o espirito da quaresma em buisca de nossa santidade.

    Porem o que me preocupa é que onde não é trabalhado o tema da campanha, não é desenvolvido nada referente a quaresma. Nem a busca da verdadeira conversão, nem uma explicação do sentido dessqa época.

    Sobre o testemunho da Julie, concordo que passar os videos antes da missa é uma idiotice. Até porq

  15. Desculpe a falha. Como estava escrevendo…

    Sobre o testemunho da Julie, concordo que passar os videos antes da Santa Missa é uma idiotice. Até porque a Santa Missa é o nosso momento maior como católicos e não deve dividir espaço com qualquer iniciativa.

    Mais correto seria marcar um horário apropriado e trabalhar o tema com o povo. Garanto que após essa idiotice o padre de Ouro Preto nem mais vai9 falar da Campanha.

    E quer saber de uma coisa, se procurarmos no histórico das Campanhas da Fraternidade, houve campanhas que vão de encopntro com nossos anseios, falta os responsáveis criarem coragem e irem ao encontro. Ou falta a gente, como católicos que somos, exigir nosso direito de celebrar a quaresma de modo santo.

  16. Senhores bispos me perdoem mas como catolico não acho que a Paz e fruto da justiça, a Paz e Fruto do Amor do Pai que nos enviou JESUS, Nossa Paz.

    Quando o profeta isaias assim se pronuncia, ele nao estar falando de socialismo, mas do Emanuel nossa Justiça e Nossa Paz.

  17. Pois é Sérgio, “falta a gente, como católicos que somos, exigir nosso direito de celebrar a quaresma de modo santo”

    Isso é o que pretendemos fazer… mas “como” só Deus para iluminar por onde começar. As aberrações são tantas…

    PAX

    Julie Maria

  18. Julie e amigos.

    Consultando esse site, http://www.cf.org.br/natureza.php
    entendi a natureza e a origem das Campanhas da Fraternidade. No seu histórico houve temas que foram bem trabalhados que deram frutos; eu destaco os anos que foram tema a Família e a Terceira idade.

    O que eu penso, é que muitas e muitas vezes, pessoas alheias a nossa fé lucram em cima dessa iniciativa, o que nos aborrece muito. Me aborrece que em lugar nenhum está se pedindo para esquecer a quaresma e suas devoções em favor da Campanha da Fraternidade, mas muitos católicos fazem questão de esquecer.

    O que eu penso é q

  19. Julie e amigos.

    Consultando esse site, http://www.cf.org.br/natureza.php
    entendi a natureza e a origem das Campanhas da Fraternidade. No seu histórico houve temas que foram bem trabalhados que deram frutos; eu destaco os anos que foram tema a Família e a Terceira idade.

    O que eu penso, é que muitas e muitas vezes, pessoas alheias a nossa fé lucram em cima dessa iniciativa, o que nos aborrece muito. Me aborrece que em lugar nenhum está se pedindo para esquecer a quaresma e suas devoções em favor da Campanha da Fraternidade, mas muitos católicos fazem questão de esquecer.

    O que eu penso é que nós, todos nós, poderiamos nos unir e pedir q

  20. Julie e amigos, desculpe pelas falhas de digitação.

    O que eu penso é que nós, todos nós, poderiamos nos unir e pedir que a CNBB considere um tema de nosso interesse para ser discutido nesse periodo.

    Os temas são escolhidos após consulta de bispos e lobby de pastorais e movimentos. Esse ano, o lobby foi da Pastoral Carcerária e ano que vem, o tema já foi escolhido a pedido do Conic.

  21. Sérgio não quero ser pessimista… mas tenho receio que não basta “mudar o tema”, eu tive a graça de viver a Quaresma, santa Quaresma, nos EUA e na Argentina e no existe perigo da quaresma ser instrumentalizada como ela é aqui com temas que NADA tem a ver com o que a Igreja propõe. Sabemos infelizmente que isso é fruto da heresia da TL e que tirar o espiritual para colocar o polítio-social é sua “missão”.

    Tenho realmente minhas razões para pensar isso. Não trocaria nenhum quaresma (7 no total que vivi fora daqui) com a do Brasil. Rezemos. Precisamos de um catolicismo em comunhão com a Igreja Universal (católica lógico).

    PAX

    JM

  22. QUANTA DEMAGOGIA DESSES BLOGUEIROS, [CENSURADO]
    QUERO VER VCS FALAREM ISSO NA FRENTE DE UM BISPO!

  23. É uma vergonha uma conferência que se diz católica gastar um tempo tão precioso como o da Quaresma para discutir temas explicitamente políticos e sociais, ofuscando o verdadeiro espírito da Quaresma que é: oração, penitência, conversão, etc.

    Será que algum efeito prático trouxe esta CF da CNBB nestes últimos 40 anos? É olharmos ao redor que veremos que as coisas pioraram em todos os campos: educação, meio-ambiente, segurança, corrupção, e principalmente no campo ESPIRITUAL!

    Se nestes 40 anos a CNBB tivesse promovido uma Quaresma verdadeiramente autêntica, estaríamos hj, com certeza, mais católicos, teriamos um Brasil mais santo e menos desfigurado.

    Pax Domini

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