Entrevistas com Dom José

Dom José concedeu, nos últimos dias, duas entrevistas que ganharam repercussão nacional: uma à Época e outra à Veja. A primeira revista põe como título a frase do Arcebispo: “A excomunhão é automática”; a segunda, traz o título de “não reclamem ao bispo”. As entrevistas – refiro-me à parte do entrevistado – foram muito boas; mais uma vez, contudo, os órgãos da mídia não foram lá muito amigáveis, e o ranço anti-clerical é perceptível por sob as perguntas feitas e a forma como as respostas do Arcebispo foram apresentadas ao leitor.

Têm méritos as entrevistas? Sim, sem dúvidas, e pode-se citar ao menos dois: a própria oportunidade dada a Dom José Cardoso para que ele falasse e se defendesse em veículos de informação que têm alcance nacional; e a ênfase empregada em esclarecer que a excomunhão para quem realiza aborto é latae sententiae, i.e., automática, e por conseguinte independe do Arcebispo (aliás, isto está no título de ambas as entrevistas). Então, não há o que se reclamar das revistas? Ao contrário: há, sim, e muito.

A ÉPOCA insistiu em fazer perguntas maliciosas, virtualmente limitando-se a alfinetar o Arcebispo: questionou o fato do estuprador não ter sido excomungado, indagou se a “interpretação da lei de Deus ao pé da letra” era “compatível com os tempos atuais”, perguntou por que Sua Excelência “afastou tantos padres e párocos na sua gestão”, acusou-o indiretamente [“os seus críticos dizem que o senhor…”] de ser “muito rígido e muito conservador” e falou até mesmo sobre o fechamento do ITER (isto se deu há quase vinte anos!). Quase não houve assunto que, podendo ser usado para sujar a imagem do Arcebispo, não tenha sido trazido à baila nesta entrevista.

Acham que exagero? A mesma revista traz uma matéria chamada “As polêmicas de Dom Dedé”. Não sei quem é “Dom Dedé”, a despeito da revista assegurar ser assim “como é conhecido o arcebispo de Olinda e Recife”, e apesar de eu ser de Recife. Só vejo esta alcunha utilizada na pena dos inimigos do Arcebispo, para se referirem a ele pejorativamente. Mas isso é o de menos: o que deixa patente a má intenção da ÉPOCA na cobertura do caso são as coisas apresentadas pela revista como “polêmicas”. Ora bolas! Fechar o ITER? Extinguir a CPT? Negar comunhão a uma prefeita do PC do B? Afastar um padre TL [depois] amasiado? Oras, isso é exatamente o que se espera de um bispo católico! Dom José é “polêmico” porque insiste em ser católico, no mundo atual que é tão avesso à Religião Verdadeira e tão hostil à Igreja Católica.

A entrevista da VEJA apresenta o mesmíssimo veneno subjacente. A começar pela introdução da entrevista: “Ao longo de 2 000 anos de história, duas forças, ora conflitantes, ora complementares, moldaram a Igreja Católica: a doutrina do amor e o amor pela doutrina. Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, é sem dúvida um homem da segunda força”. Não sei de qual tratado de História da Igreja foi tirada esta definição besta; desconheço quem seja o autor do pueril jogo de palavras. Mas a apresentação prévia de Dom José como um homem que não segue “a força da doutrina do amor” é já suficiente para produzir no leitor uma natural repulsa, que o entrevistador só faz alimentar ao longo das linhas seguintes.

As perguntas da Veja são capciosas ao extremo! Observe-se a seguinte seqüência: “O que a Igreja e o senhor pessoalmente ofereceram à menina (…)?”; “Foram oferecidos abrigo, sustento material (…)?”; “O senhor esteve com ela alguma vez?”; “O senhor sabe como era a vida da menina dentro da casa onde ocorriam os estupros?”; “Qual é o nome dela?”. E quando, por fim, ninguém sabe responder o nome da menina – vale salientar que o nome dela em momento algum foi divulgado -, o circo está montado, o espetáculo, consumado, e a imagem do Arcebispo, apresentada – mais uma vez – como a de um homem insensível: afinal, ele não sabe nem mesmo o nome dela… ! E a cretinice não pára por aí, porque o entrevistador ainda teve a pachorra de perguntar se Dom José já havia feito sermões contra a pedofilia e contra o estupro! Com o veneno escorrendo desta maneira da boca do entrevistador, não é possível, em consciência, dizer que as entrevistas foram muito boas. Não foram. Foram armadilhas [incompetentes, sim, mas armadilhas] preparadas contra o Arcebispo; estavam desde o princípio enviesadas por um anti-clericalismo mal-disfarçado.

Ao final, resta a presença de espírito de Dom José Cardoso, que soube se aproveitar da má vontade dos entrevistadores para falar bem, e para esclarecer um pouco mais este assunto que foi tão mal-entendido nos últimos dias. E, no final, o desejo de Sua Excelência, por cuja não-realização ele lamenta, é também o lamento meu e – sem dúvidas! – o de tantos quanto acompanharam com angústia este trágico caso e, com lágrimas, o seu triste desfecho:

O senhor tem mais algo a dizer sobre o caso?
Sim, eu lamento não poder ter feito o batizado desses dois bebês. Eu estava planejando uma festa para esse dia, mas não aconteceu.

73 comentários em “Entrevistas com Dom José”

  1. Roberto quintas,

    Você é um poço de contradição. Quer ver?

    “se o sr soubesse um pouco da matéria, saberia que o desenvolvimento completo do sistema nervoso e do cérebro começa na 8ª semana e completa-se na 10ª semana.”

    As crianças abortadas em Recife estavam com CINCO MESES. Portanto, já estavam com o sistema nervoso completo.
    Claro que estou usando apenas um argumento ad hominen, ou ad robertus, porque não concordo que só existe pessoa quando haja cérebro completo – isso é idéia de desmiolado.

    E com isso estou te protegendo, viu Roberto? Porque você definitivamente não tem cérebro completo; ou, se tem, não usa.

    Tem mais contradições suas. Vc inicialmente disse que as crianças não eram pessoas porque não tinham conscîência. Logo, podiam ser abortadas. Aí eu perguntei se um parente seu que estivesse em coma poderia ser assassinado, já que também estava sem consciência (e para ser pessoa, segundo o genial Roberto, tem que ter consciência). Você disse que não, porque ele já tinha o sistema nervoso completo e por isso PODERIA voltar a ter consciência (possibilidade). Agora o senhor diz que como só havia possibilidade, mas não certeza, de que os gêmeos se desenvolveriam, podiam ser abortados. Então, como o caso do seu hipotético parente também depende de uma possibilidade, volto a perguntar: ele pode ser assassinado?
    Pense…
    Carlos.

  2. D. Ângela,
    A senhora tem toda razão. Debater com esse Roberto Quintas é o mesmo que bater em bêbado. É covardia.
    Se eu ainda perco tempo com ele é só para esclarecer outros leitores que talvez ainda estejam com dúvidas de que lado está a verdade.
    Um abraço.
    Carlos.

  3. Sr. Eurípedes,

    1. A contradição entre a defesa do princípio correto da inviolabilidade da vida humana e a defesa dos abortistas que assassinaram os dois filhos da menor é por conta do senhor. É o senhor que, num absurdo completo, quer culpar jogar a culpa dos “médicos” – que, deliberadamente, mataram os dois bebês – no estuprador. Não há, portanto, a mínima sombra de distorção aqui: é ipsissima verba tua.

    2. O ensino moral da Igreja não se “discute”. Aprende-se-lhe, assimila-se-lhe, defende-se-lhe; esta é a diferença entre o católico humilde e o potencial fundador de seitas.

    3. O link para o documento da Congregação para a Doutrina da Fé está no meu comment, e o senhor certamente o teria visto se houvesse lido com mais atenção.

    4. Só pode ser uma piada do senhor falar em denúncias ao MP! Primeiro, porque a jurisprudência criminosa do Brasil não pune abortistas e, segundo, porque foi justamente uma denúncia ao Ministério Público que os advogados da Arquidiocese tencionaram fazer, o que bastou para desencadear a fúria dos defensores do “estado laico” contra esta “intromissão eclesiástica” nos assuntos civis!

    5. Não, quando um bispo – pode ser quem for – se manifesta num jornal, é somente um bispo se manifestando num jornal, e DE MODO ALGUM um pronunciamento “da Igreja”.

    6. Não existe a oposição besta entre o jogo de palavras que o jornalista da VEJA inventou.

    7. Não, o Código de Direito Canônico não prevê excomunhão automática para pedofilia, porque o aborto é mais grave que a pedofilia.

    – Jorge

  4. sr Carlos:
    “As crianças abortadas em Recife estavam com CINCO MESES. Portanto, já estavam com o sistema nervoso completo.”

    errado. isto só ocorre a partir da 8ª semana.

    “Vc inicialmente disse que as crianças não eram pessoas porque não tinham conscîência. Logo, podiam ser abortadas. Aí eu perguntei se um parente seu que estivesse em coma poderia ser assassinado, já que também estava sem consciência (e para ser pessoa, segundo o genial Roberto, tem que ter consciência). Você disse que não, porque ele já tinha o sistema nervoso completo e por isso PODERIA voltar a ter consciência (possibilidade). Agora o senhor diz que como só havia possibilidade, mas não certeza, de que os gêmeos se desenvolveriam, podiam ser abortados. Então, como o caso do seu hipotético parente também depende de uma possibilidade, volto a perguntar: ele pode ser assassinado?”

    contextualize, sr Carlos. a pessoa em coma já possui o sistema nervoso completo. ele/ela não se encontra em coma como estado perpétuo. antes de estar em coma, ele/ela tinha consciência e sistema nervosos completos. os fetos (não crianças) ainda não formaram o sistema nervoso, nem o teria antes. as circunstâncias de uma pessoa em coma retornar à consciência são maiores dos que a de um feto sequer vir a possuir um.
    comece o sr a pensar, desprovido do cabresto da Igreja.

  5. Que a Paz esteja com vocês!

    Caro Jorge,

    Todo problema é que você mistura o conceito que passei “A NINGUÉM É LÍCITO, POR ATO VOLITIVO, SUBTRAIR A VIDA DE QUEM QUER SEJA E EM QUALQUER ESTÁGIO EM QUE SE ENCONTRE”, com a sua opinião sobre o comportamento dos médicos que realizaram os procedimentos de interrupção de gravidez.

    A se confirmar as declarações do mencionado médico ginecologista e obstetra Luiz Fontes – CRM 62317 – São Paulo, sobre a atuação dos seus pares no caso sob análise, associada às declarações constantes no comment e creditadas à Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira
    Médica ginecologista-obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, São Paulo, FAZ-SE NECESSÁRIO REALIZAR RIGOROSA INVESTIGAÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO DOS MÉDICOS QUE ATUARAM NO CASO.

    RESSALTO QUE É UM CASO DELICADO, EXCEPCIONAL E QUE REQUER SOBRIEDADE, SERIEDADE E RESPONSABILIDADE NA APURAÇÃO DO PROCEDIMENTO MÉDICO QUE FORA REALIZADO.

    Assim como dom Rino Fizichella, eu parto do PRINCÍPIO DA BOA-FÉ, fundado nas declarações que ouvi e li a efetuadas pelos médicos envolvidos no caso. Portanto se há elementos que indiquem que os médicos efetivamente recorreram à uma prática que fere o exercício da Medicina, é IMPERATIVO a apuração dos fatos e constatado que não cumpriram com o que diz o Código de Ética Médica, ou daquele conceito que DESDE O PRINCÍPIO AFIRMEI E AFIRMO, eu serei O PRIMEIRO A APOIAR A SUA INDIGNAÇÃO. No entanto, como já afirmei noutras intervenções, é mister que o órgão técnico do Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina se manifeste sobre tais declarações e sobre os fatos transcorridos em Recife.

    Porém ressalto, você no afã de sua indignação, acabou misturando as coisas, e realiza julgamentos preciptados.

    Outra coisa que gostaria de dizer é que respeito as instituições e se não concordo com elas, devo me organizar para lutar por suas transformações dentro do devido estado de direito.

    DISCORDO de você quanto à pedofilia. As ocorrências de pedofilia nos Estados Unidos, por exemplo, e em outros países demonstram que o rito automático deve ser aplicados A TODOS QUE REALIZEM TAL PRÁTICA, face ao que ela acarreta na vida das pessoas que sofreram tal agressão.

    DESDE O PRIMEIRO MOMENTO TENHO SIDO COERENTE COM AS MINHAS DECLARAÇÕES. RELEMBRO A MINHA PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO SOBRE O CASO QUANDO CLASSIFIQUEI AQUELE DEPOIMENTO DADO PELO PADRE QUE ACOMPANHOU A MENINA COMO L-A-M-E-N-T-A-V-E-L e sobre todos os aspectos, os quais listo:

    a) a constatação de que a menina sofria estupro desde os 6 anos de idade;

    b) as pressões exercidas sobre os pais por ambas as partes com interesse no caso;

    c) o procedimento do funcionário que rasgou o documento na frente dos presentes e depois o que disse, segundo o relato do padre;

    d) enfim, tudo o que aconteceu que culminou com a interrupção da gravidez

    REAFIRMO, FOI TUDO MUITO LAMANTÁVEL, TUDO MUITO TRISTE…

    Espero que com a devida apuração dos fatos sejam aqueles que não se comportaram com o devido respeito á vida, penalizados na forma da Lei e que se por ventura a legislação não prever determinada situação condenável que sejam mobilizados a fim de que se faça constar na legislação brasileira, assim como é necessário fazer constar no código de direito canônico aquilo que não prêve, por exemplo, rito automático de penalização aos pedófilos, tudo dentro do estado de direito.

    A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA!

    PS:Em breve me manifestarei sobre o artigo do Pró-Vida de Anápolis que me foi sugerido para leitura.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  6. Sr. Roberto Quintas,

    “As crianças abortadas em Recife estavam com CINCO MESES. Portanto, já estavam com o sistema nervoso completo.”

    errado. isto só ocorre a partir da 8ª semana.

    Meu filho, leia o que você está escrevendo! Se a formação do sistema nervoso dá-se na oitava semana, então na décima-quinta semana (que era o tempo de gravidez da garota de Recife), ele já estava mais do que formado!

    No entanto, isto não tem relevância alguma, porque o sistema nervoso não “faz” a existência da pessoa: é, ao contrário, o fato da pessoa já existir que faz com que o seu sistema nervoso se desenvolva.

    as circunstâncias de uma pessoa em coma retornar à consciência são maiores dos que a de um feto sequer vir a possuir um.

    Não sei qual a origem dessa informação disparatada, porque todo feto, caso siga o seu desenvolvimento normal, vai vir a se tornar uma pessoa adulta.

    No entanto, reitero que isso não tem importância, porque os seres humanos valem pelo que eles são. E um zigoto é já, desde a sua concepção, um indivíduo humano vivo, único e irrepetível e, por conseguinte, titular de direitos que devem ser salvaguardados.

    Abraços,
    Jorge

  7. Sr. Eurípedes,

    Não há mais o que conversar. Não existe a minha “opinião sobre o comportamento dos médicos que realizaram os procedimentos de interrupção de gravidez”; existe o FATO de que os supra-mencionados “médicos” MATARAM DIRETAMENTE dois seres humanos que a menina-mãe trazia em seu ventre, fato amplamente divulgado, universalmente reconhecido e expressamente assumido pelos “médicos” em questão. E fatos não se discutem. Se o senhor não sabe a diferença entre fatos e opiniões, sugiro que vá procurar acompanhamento psicológico urgente.

    Sobre os dois outros pontos:

    DISCORDO de você quanto à pedofilia.

    Não, o senhor discorda da Igreja. E isso não tem nenhuma relevância. Pode passar o resto da vida estrebuchando, que a opinião do senhor não tem nenhuma importância aqui.

    DESDE O PRIMEIRO MOMENTO TENHO SIDO COERENTE COM AS MINHAS DECLARAÇÕES.

    Não, não tem, pois condena uma certa prática e, deparando-se com ela na sua frente, chama-a por outro nome para poupá-la da condenação feita duas linhas acima.

    Abraços,
    Jorge

  8. Jorge,

    O tal quintas é pagão confesso e se presta a ser propagandista da pré-história da religiosidade como se fosse o supra sumo da modernidade.

    Se para essa laia matar crianças é parte de alguns rituais, para eles matá-las enquanto feto é moleza de aceitar…

    É empedernido e já se entregou ao dito-cujo-carcará-sanguinolento de livre e expontaniíssima vontade, conforme pude ver num blog dele.

    Portanto, na ilógica dele, contra argumentos pagãos não há fatos que cheguem…

  9. Que a Paz esteja com você!

    Caro Sr. Jorge,

    Lamento profundamente pela sua postura. Sob o manto da indignação o senhor se autoconstituiu em órgão apurador, julgador e executor.

    Revelas um perfil incompatível com o Magistério de Cristo, porém sei que está sob a cegueira da indignação.

    SIM, Existem FATOS, porém eles precisam se constituir em PROVAS, para que os ÓRGÃOS COMPETENTES possam, e TÃO-SOMENTE eles, APURAR, JULGAR E EXECUTAR a sentença TODOS que transgrediram as Leis e Códigos de Ética. Fora desse escopo é manifesta demonstração de comportamento DITATORIAL ou TOTALITÁRIA, avesso ao debate e à apresentação discussão de teses.

    Eu intenciosanalmente não tenho utilizado o termo ABORTISTA, porque ainda não foi devidamente apurado PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES, o que realmente se sucedeu naquele dia com a menina-mãe. A esse comportamento dá-se o nome de SOBRIEDADE e PRUDÊNCIA, coisa que anda faltando em certos comentários INFELIZMENTE.

    A Revolta ou Indignação que o caso trouxe a baila, nasceu na VERDADE de uma conjuntura MIDIÁTICA, pois LAMENTAVELMENTE casos análogos ocorrem quase que cotidianamente em lares, becos e lugares que desconhcemos; no entanto poucas vezes observei comentários SEUS com a mesma abnegação e tom de indignação.

    É público e notório que o que de fato chamou a ATENÇÃO para o caso foram as manifestações oriundas de personalidades com representatividade na sociedade que não gozamos tanto EU quanto VOCÊ, ainda mais quando um arcebispo que PRESIDE a PONTÍFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA manifesta um pensamento que desagradou a alguns e que se sentiram injustiçados. Naquilo em que o arcebispo detinha de conhecimento sobre o caso, ele manifestou com um OLHAR paternal, revelando preocupações para com a menina-mãe, face às circunstâncias e repercussões do caso.

    Respeito suas convicções. Você DEVE ter as suas razões assim como outros, porém prefiro aguardar as apurações pelas AUTORIDADE e ÓRGÃOS COMPETENTES sobre a conduta dos médicos que atenderam a jovem.

    É NOTÓRIO que as DECLARAÇÕES de dom Rino Fisichella (PRESIDENTE DA PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA), NÃO FORAM CONVENIENTES ou JUSTAS para alguns e ENTÃO passaram a se referenciar a ele apenas pela sua condição de Monsenhor, tentando minimizar as declarações dele o qual exerce função IMPORTANTE na estrutura da Igreja, PRINCIPALMENTE pelo fato dele ocupar a PRESIDENCIA de um órgão de defesa da VIDA intitulado PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA. MUITO INTERESSANTE!!!!

    Ressalto que isso NÃO QUER DIZER QUE ELE, dom Rino Fisichella, QUANTO EU, compartilhamos da prática do aborto. Foram manifestadas tão-somente nossas percepções e entendimentos PRELIMINARES sobre o caso, o qual requer a devida apuração e aplicação de penalidade àqueles que cometeram EVENTUAL falta grave nesse TRISTE episódio.

    O que poucos ressaltam foi que dom Rini Fisichella quis manifestar a necessidade de se discutir mais aprofundadamente tema tão palpitante, mas PRINCIPALMENTE um olhar de CARINHO, de ACOLHIMENTO e de AMOR àquela menina-mãe VÍTIMA de agressões contínuas desde os 6 (seis) anos de idade.

    Quem aqui se posicionaria contrário à uma SANÇÃO IGUALMENTE exemplar (aplicação do rito de excomunhão não previsto no código de direito canônico) àqueles que praticam a PEDOFILIA? QUEM?

    Quem aqui se posicionaria contrário à uma SANÇÃO IGUALMENTE exemplar (aplicação do rito de excomunhão AUTOMÁTICA) àqueles que praticam ESTUPRO? QUEM?

    O FATO é que para as circunstâncias supramencionadas o Código de Direito Canônico DEVERIA SER IGUALMENTE rigoroso COMO PARA aqueles que praticam aborto ou concorrem INTENCIONALMENTE para tal.

    Lembrem-se de que o Código de Direito Canônico não contempla tal sanção automática para essas situações.

    Senhor Jorge, de fato é difícil alguém ser contrário a essa tese. Assim sendo, reafirmo mais uma vez que o Senhor analisa o caso COM O FÍGADO, e NÃO com a SERENIDADE e SOBRIEDADE que o caso requer.

    Para CIÊNCIA dos leitores e a devida transparência ao comportamento do autor do blog, o Senhor Jorge colocou-me sob moderação, desde o lançamento desse tema encontro-me sob moderação, SEM QUALQUER MOTIVO PLAUSÍVEL, a NÃO ser AQUELE o qual certa vez manifestei contando a história DAQUELA CRIANÇA DONA DA BOLA QUE CONVIDA OS DEMAIS PARA UMA PARTIDA DE FUTEBOL E QUE QUANDO SE SENTI CONTRARIADA PASSA A EXERCER AÇÕES TÍPICAS DE ALGUÉM QUE NÃO SABE CONVIVER COM OPINIÕES DIVERSAS DAS DELA.

    Sr. Jorge, SÃO CONVICÇÕES que tenho sobre o caso e que repasso aos demais leitores para que constituam as suas. Cada qual formará o seu juizo sobre os acontecimentos.

    Comunico que a um tempo atrás comentei com alguns párocos sobre esse blog para que me expremissem suas opiniões sobre os debates aqui travados.

    Submeti certos debates aqui travados à apreciação de alguns membros do clero da Igreja Católica Apostólica Romana. Olha que NENHUM deles é integrante de MOVIMENTOS tais como RCC e afins. TODOS disseram-me que os perfis psicológicos apresentados em alguns comentários são de pessoas que CONSTRUÍRAM SUAS PRÓPRIAS IGREJAS EM SUAS MENTES e que NÃO se apercebem disso face às suas CEGUEIRAS. São manifestações típicas de FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO e recomendaram-me para que eu NÃO tomasse certos comentários aqui expostos como o VERDADEIRO pensamento da Igreja.

    Realmente concordo com você. Alguém precisa realizar uma consulta a um psicólogo!

    Alguns afirmam que existem inimigos da Igreja, que estaria sendo atacada, ora senhores, isso parece discurso de quem vive em plena IDADE MÉDIA… A Igreja jamais será destruída porque acima dos homens e mulheres que a constitui, estão os VALORES DIVINOS transmitidos por Jesus Cristo, valores esses que são ETERNOS E INATINGÍVEIS. Portanto só padecerão aqueles que possuem dúvidas quanto às suas próprias convicções e que ao invés de exercê-las, constituindo-se cada qual em um PONTO DE LUZ para o seu próximo, preferem repassar suas próprias INSEGURANÇAS para os outros. Se há alguém que se encontra SOB ERRO, que SEJAMOS modelos para essas pessoas, a fim que elas próprias possam ter a percepção da VERDADE emanada por Cristo. “NEM TODO AQUELE QUE DIZ SENHOR, SENHOR, IRÁ PARA O CÉU” e quem fará o Juizo Perfeito disso será o próprio Pai Celestial por meio de seu filho amado Jesus Cristo.

    Que Deus nos ajude e que nos instigue a necessária CLARIVIDÊNCIA, a fim de que possamos PRIMEIRO enxergar as nossas próprias cegueiras, para depois apontarmos para eventuais cegueiras dos outros e saibamos humildemente reconhecê-las.

    POR FIM CONCLUO DIZENDO:

    TRISTE, MUITO TRISTE, TUDO MUITO TRISTE….

    ================================
    OFEREÇO A SEGUINTE ORAÇÃO!
    ================================

    PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS
    SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
    VENHA A NÓS O VOSSO REINO
    SEJA FEITA A TUA VONTADE

    ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

    O PÃO-NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE
    PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS
    ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS
    A QUEM NOS TEM OFENDIDO

    NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
    MAS LIVRAI-NOS DE TODO O MAL
    POIS VOSSO É O REINO, O PODER E A GLÓRIA

    PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS
    AMÉM.

    Que Deus nos ilumine!

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  10. Senhor Eurípedes,

    Perdoe-me a franqueza, mas os textos do senhor são longos e cheios de um blá-blá-blá que intenta esconder a verdade cristalina sob uma avalanche de retórica vazia. Servem para lançar confusão, ao invés de luz. Respondendo tão sucinto quanto me é possível:

    1. Sobre ter “um perfil incompatível com o Magistério de Cristo”, cabe em primeiríssimo lugar dizer que eu não sou Magistério, apenas repito o Magistério (ao contrário do senhor, que inventa um blá-blá-blá qualquer). E o Magistério de Cristo é aquele do sim, sim, não, não, e não aquele do “talvez”, “veja bem”, “vamos apurar”, “vamos ver o que dá para fazer”. Portanto, aquele que não está ecoando o Magistério – e, ao contrário, está se esforçando para o obscurecer – é o senhor. Submeto desde já integralmente tudo o que escrevo à apreciação de padres e bispos ortodoxos, que tenho a certeza de que não dirão nada diferente daquilo que estou dizendo.

    2. Existem fatos – como o senhor mesmo assume, porque é óbvio gritante – e os fatos são que dois seres humanos foram assassinados em Recife. Não cabe tergiversar, dizer “talvez”, “veja bem”, “vamos analisar” nem nada do tipo: a verdade expressa em sua forma mais simples é que duas crianças foram abortadas. E “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”, como reza o Código de Direito Canônico. O senhor pode tagarelar o quanto quiser, que não vai mudar esses fatos que são evidentes.

    3. A “apuração” pelos “órgãos competentes” não muda os fatos. O “que realmente se sucedeu naquele dia com a menina-mãe” foi UM ABORTO, e não é necessário fazer nenhuma “apuração” para se constatar o óbvio que está diante dos olhos, que foi amplamente noticiado e expressamente confessado por todos os envolvidos. Portanto, a insistência do senhor em evitar chamar as coisas pelo nome e em lançar uma cortina de fumaça sobre os fatos é digna de censura, sim senhor. O nome disso não é “sobriedade” e nem “prudência”, é no mínimo covardia e omissão e, no máximo, conivência com o pecado.

    4. Os “casos análogos” que “ocorrem quase que cotidianamente em lares, becos e lugares que desconhcemos” não são objeto de minhas críticas pelo motivo óbvio e auto-evidente de que são desconhecidos, e não é do meu feitio falar sobre coisas que desconheço. O exercício da adivinhação não está entre os meus apostolados. No entanto, a exata mesma coisa vale para qualquer dos casos: “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”, como é dito no Direito Canônico, salvo (óbvio) para as condições de exclusão de pena estabelecidas pelo mesmo Código e que nunca estiveram em discussão.

    5. O presidente da Pontifícia Academia para a Vida já foi devidamente respondido por mim, por outros leigos Brasil afora, por sacerdotes e pela Arquidiocese de Olinda e Recife, estando tudo isso disponível aqui no Deus lo Vult! e não havendo mais necessidade de se insistir no assunto.

    6. O Direito Canônico é o que é. A Suprema Autoridade de Governo pertence à Igreja, não ao senhor. Se o senhor acha que há outros pecados que deveriam ser passíveis de excomunhão automática, sugiro que escreva à Santa Sé dando os motivos do senhor. E que acate as determinações vindas de Roma, caso a sugestão do senhor seja negada, ao invés de ficar fazendo birra, batendo o pé e desqualificando o Direito Canônico por ele não se enquadrar no fantástico mundo euripediano. Independente do que o senhor ache ou deixe de achar, o fato é que o Direito Canônico existe e está em vigor; portanto, não cabe lançar dúvidas sobre o caso em pauta – contemplado pelo Direito – por causa dos “achismos” do senhor e nem de ninguém.

    7. O “senhor Jorge” colocou o blog inteiro em moderação, como foi avisado publicamente aqui (veja-se este post). Portanto, não se preocupe que a moderação não é exclusiva sua. As acusações infantis do senhor são injustas e descabidas.

    8. Sobre os “párocos” consultados pelo senhor, DESAFIO o senhor e quem quer que seja a sustentar publicamente a acusação de “pessoas que CONSTRUÍRAM SUAS PRÓPRIAS IGREJAS EM SUAS MENTES e que NÃO se apercebem disso face às suas CEGUEIRAS” diante das autoridades eclesiásticas competentes. Escrevo em público e, naquilo que escrevo, tenho consciência de não me afastar daquilo que a Igreja ensina e, caso esta desgraça ocorra, é dever de caridade do senhor me corrigir, ao invés de ficar vindo com acusações veladas e genéricas, jogando carapuças para cima, numa atitude desesperada de desacreditar-me. Como já disse, submeto integralmente tudo o que escrevo ao juízo da Igreja e, caso Ela me aponte algum erro em algum lugar, com a maior alegria retificarei tanto quanto não estiver em conformidade com o que Ela ensina. No entanto, não é o senhor com as suas acusações genéricas e desesperadas que vai dar “carteirada” aqui com párocos sem nome e acusações sem acusados.

    9. A Igreja em Si jamais será destruída, e isso é fato, mas pode ser obscurecida quando pessoas como o senhor, ao invés de cerrar fileiras com Ela, prefere atacá-La covardemente e desacreditá-La publicamente, lançando dúvidas sobre os princípios mais basilares da Sua Doutrina. Atitudes como estas serão rebatidas aqui, contra-argumentadas, refutadas, descascadas, desmascaradas e expostas ao ridículo e ao escárnio públicos, para maior glória de Deus, enquanto eu tiver forças para lutar em defesa da Igreja que é Coluna e Sustentáculo da Verdade.

    10. Sim, que Deus nos ilumine a todos, sempre, e seja em nosso favor a Virgem Soberana; que Ela nos livre do inimigo com o Seu valor.

    Passar bem.

    – Jorge

  11. Nossa! Que resposta! Fiquei sem fôlego!

    Parabéns Jorge!

    Rezo para que seu apostolado seja empre mais profícuo.

    Eu o coloco nos corações de Jesus e Maria.

  12. Caro Jorge,

    Entre as centenas de linhas do senhor Eurípedes, uma frase me saltou aos olhos: “as duas crianças entregaram a vida pela vida da mãe”.

    Mentira, mentira, mentira deslavada. A vida das crianças foi ARREBATADA delas, sem que elas tivessem a menor possibilidade de se defender, pelo fato mesmo de serem nascituros.

    Quanto ao fato da menina sentir dores, também é mentira, porque a senhora conselheira do conselho tutelar do menor da Alagoinha já declarou aqui e em outros lugares que a menina foi encaminhada com sua irmã ao IML de Recife para exame de corpo de delito e ao hospital com o intuito de fazer exames pré-natais. Em seu depoimento também disse que, ao falar com a mãe da criança, esta haverida dito que a criança brincava tranquilamente com bonecas que haviam sido dadas a ela pela equipe do hospital. Uma criança com fortes dores não brinca tranquilamente.

    Além disto, se vamos raciocinar como o senhor Eurípedes, espichando de tal forma a corrente causal dos acontecimentos, devemos estender a excomunhão aos pais dos médicos e do estuprador, que colocaram tais seres humanos nesta terra.

    Senhor Eurípedes, quanto ao índio Gaudino, este efetivamente MORREU devido ás suas queimaduras; os rapazes que atearam fogo nele disseram na época não ter tido intenção de matar. Sobre a intenção deles nada posso falar, não me sendo possível (porém o é para Deus) vasculhar seus corações. Reconheço no entanto que, na sociedade louca e insensata em que vivemos, é bem possível que existam jovens que acham que tacar fogo em alguém é apenas uma brincadeira perversa que vai machucar, sem matar, o que poderia ter também acontecido.

    No caso do aborto das duas crianças, no entanto, a intenção era clara e declarada de EXTERMINAR as duas crianças. E isto foi feito não por jovens insensatos e inconsequentes, mas por profissionais treinados e maduros. Os dois casos não são semelhantes em nenhum aspecto, portanto, com a exceção apenas de que morreram seres humanos.

    Outra coisa me faz pensar… que raio de raciocício é este, matar duas vidas para salvar uma (principalmetne sendo possível salvar as três)???? Até a a aritmética deste evento é tresloucada e cruel.

    Quanto ao estado psicológico da menina, eu achei lúcido e pertinente o comentário da dra Elizabeth em outro post aqui, quando ela diz

  13. Que a Paz esteja com vocês!

    Cara Srª. Assunção Medeiros

    Gostaria de pontuar inicialmente que quem pinça trechos de texto sem analisá-los sobre o contexto em que foram proferidos, exercem manipulação em favor de interesses próprios.

    Outro aspecto a ressaltar preliminarmente é que alguns posts tornaram-se extensos por conterem reproduções de falas, a fim de se obter o devido esclarecimento dos fatos, dúvidas e interpretações. Como já fora dito o tema é relevante, delicado e não comporta SIMPLISMO.

    Vamos aos esclarecimentos:

    Assunção disse: “as duas crianças entregaram a vida pela vida da mãe”.

    Euripedes disse: “O fato é que para a preservação da vida da mãe-menina os fetos acabaram dando suas vida pela da mãe-menina”.

    Isto posto, reafirmo que o FATO é que os fetos acabaram cedendo as suas inocentes VIDAS pela da menina-mãe, em virtude da avaliação médica de impossibilidade de prosseguimento da gravidez. É OBVIO QUE OS FETOS NÃO FORAM CONSULTADOS PARA TANTO; POIS ENCONTRAVAM-SE EM ESTÁGIO INICIAL DE VIDA, OU SEJA, HAVIA DUAS VIDAS EM GESTAÇÃO NO VENTRE DA MENINA-MÃE INCAPACITADOS DE SE MANIFESTAR.

    O que sei é que os médicos estavam sob um dilema na interpretação e que na interpretação deles sobre o estado clínico da menina-mãe, era necessário interromper a gravidez e, para tanto, ministraram medicamento que estimulou a contração e a expulsão dos fetos do ventre da mãe.

    Assunção, eis aí a grande questão que DEVE ser apurada.

    (1) A avaliação clínica realizada pelos médicos foi objetiva ou subjetiva?

    (2) Respaldados em quais critérios da Medicina foi tomada a decisão de interromper a gravidez?

    (3) Quais elementos os levaram a concluir pela inviabilidade de estender a gestação, de modo que possibilitasse em momento futuro, por meio de cesariana, promover a vinda daquelas vidas ao ambiente extrauterino?

    (4) Os órgãos reprodutores da menina-mãe encontravam-se suficientemente formados?

    Eis aí algumas questões a serem respondidas com SOBRIEDADE, SERENIDADE E RESPONSABILIDADE.

    Assunção disse: “Quanto ao fato da menina sentir dores, também é mentira, porque a senhora conselheira do conselho tutelar do menor da Alagoinha já declarou aqui e em outros lugares que a menina foi encaminhada com sua irmã ao IML de Recife para exame de corpo de delito e ao hospital com o intuito de fazer exames pré-natais.”

    Apresento agora as seguintes declarações:

    “A gravidez foi descoberta na semana passada, depois que a menina reclamou de dores e foi levada a uma unidade de saúde. Os médicos classificaram a gestação como de alto risco, pela idade e por ser de gêmeos. Segundo os médicos, a mãe pediu para que o aborto fosse realizado.”

    Fonte: Portal G1http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1029966-5598,00-APOS+SOFRER+ABORTO+MENINA+DE+ANOS+PASSA+BEM.html

    “A gravidez só foi descoberta depois que a criança se queixou de dores e foi levada pela mãe à Casa de Saúde São José, no último dia 25 de fevereiro. De acordo com a polícia, a mãe não sabia dos abusos sofridos pela filha, que só teria contado sobre o caso depois da descoberta da gravidez por conta das dores. A menina contou à polícia que sofria violência sexual desde os 6 anos.”

    Fonte: Porta O Globo – http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/05/padrasto-que-estuprou-engravidou-menina-de-9-anos-em-pernambuco-indiciado-por-estupro-qualificado-754699177.asp

    PORTANTO QUEM DIZ A VERDADE? POR ESSE E OUTROS MOTIVOS FAZ-SE NECESSÁRIO QUE OS ÓRGÃOS COMPETENTES APUREM DEVIDAMENTE ESSE TRISTE EPISÓDIO PARA QUE ESSAS E OUTRAS DÚVIDAS SEJAM ESCLARECIDAS.

    Segundo os médicos, a menina-mãe encontra-se na 15ª semana de gestação. A se confirmar isso, é mister saber se os fetos sobreviveriam em ambiente extrauterino face aos tenros estágios de vida.

    PORTANTO É IMPERATIVO QUE OS ÓRGÃOS COMPETENTES APUREM SE EFETIVAMENTE ERA DE FATO NECESSÁRIO APLICAR O PROCEDIMENTO DE INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ.

    Agora, igualmente importante é averiguar se já há norma legal que delimite os critérios e os procedimentos que os médicos devam observar em circunstâncias análogas. Se não houver deve-se trabalhar para que sejam produzidas.

    Vários depoimentos demonstram as pressões que a Mãe da menina sofrera naquela dia.

    Assunção disse: “Além disto, se vamos raciocinar como o senhor Eurípedes, espichando de tal forma a corrente causal dos acontecimentos, devemos estender a excomunhão aos pais dos médicos e do estuprador, que colocaram tais seres humanos nesta terra.”

    Esclareço que tais CONCLUSÕES NÃO SÃO MINHAS. O que eu afirmo é que AQUELE que pratica ESTUPRO ou PEDOFILIA, E TÃO SOMENTE O AGRESSOR, diga-se de passagem reprováveis sob diversos aspectos, É QUEM DEVERIA receber o mesmo tratamento exemplar dado a quem subtrai a vida de outrem ou a sua própria.

    Apontar, sugerir, propor quaisquer aprimoramentos ao Código de Direito Canônico NÃO deveria ser visto como um ataque a ele, mas sim como uma contribuição ao seu aprimoramento.

    Mais uma vez pergunto: QUEM AQUI SERIA CAPAZ DE IR CONTRA A UMA SANÇÃO IGUALMENTE EXEMPLAR PARA ESTUPRADORES E PEDÓFILOS? QUEM?

    REPITO: TODO AQUELE QUE SE AUTO CONSTITUI ÓRGÃO APURADOR, JULGADOR E EXECUTOR NÃO CONTRIBUI PARA A CONSTRUÇÃO DE UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, MAS SIM PARA A INSTITUIÇÃO DE REGIME DITATORIAL OU TOTALITÁRIO.

    FATOS NÃO SÃO PROVAS. É NECESSÁRIO CONSTITUIR PROVAS. E PROVAS DE QUE? PROVAS DE QUE HOUVE ITENCIONALIDADE DELIBERADA DE MATAR.

    CABERÁ ÀQUELES QUE POSSUEM ARGUMENTOS DE QUE OS MÉDICOS TIVERAM CONDUTAS NÃO CONDIZENTES COM A PRÁTICA MÉDICA QUE OS DENUNCIEM PERANTE OS ÓRGÃOS COMPETENTES.

    Eu não os tenho, porém face a algumas declarações aqui ventiladas é dever dos Conselho de Ética Médica realizar as audições e se manifestar sobre o ocorrido.

    Principalmente quando se trata de avaliar a INTENCIONALIDADE daqueles que lidam diariamente com a VIDA e com a MORTE, cujo erro de diagnóstico pode acarretar na morte de um indivíduo. É por isso que existem os balizamentos éticos dos procedimentos médicos, que é o que se está a se avaliar no caso em questão.

    DISCORDO quanto a análise sobre o caso do índio Gaudino.

    (a) Em ambos os casos há o agente agressor. No caso do índio foram os jovens e no caso da menina o padrasto que já manifestou ter praticado a agressão e não há qualquer outro indício de que tenha sido outra pessoa.

    (b) Em ambos os casos as vítimas foram submetidas a RISCO DE MORTE, tanto o índio quanto a menina e os fetos que gestava, estiveram sob tal condição.

    (c) Em ambos os casos há ocorrencia de MORTE, no caso do índio o próprio e no caso da menina as DUAS vidas que gestava.

    (d) O diferencial está no seguinte aspecto: no caso do índio NÃO HÁ DÚVIDAS quanto a INTENCIONALIDADE da ação, agora no caso da menina há, pois o que se discute é JUSTAMENTE SE HOUVE INTENCIONALIDADE DELIBERADA DE MATAR dos médicos ou se as mortes foram decorrentes da impossibilidade clínica de estender a gestação.

    Poranto Assunção não identifiquei intenção clara e declarada, pelo contrário, é justamente por causa do posicionamento dos médicos de correção no procedimento adotado é que estamos aqui a discutir sobre o assunto.

    Concluindo, a GRANDE QUESTÃO RESIDE no item (d). Para uns NÃO HÁ DÚVIDAS e para outros, como eu, HÁ. Assim sendo é dever dos respectivos órgãos competentes abrirem inqueritos e encerradas as arguições, devem publicitar os respectivos Juízos.

    Assunção disse: “Outra coisa me faz pensar… que raio de raciocício é este, matar duas vidas para salvar uma (principalmetne sendo possível salvar as três)???? Até a a aritmética deste evento é tresloucada e cruel.”

    Em relação a manifestação supracitada, DISCORDO mais uma vez porque o caso sob questão NÃO segue uma lógica aritmética, É MUITO MAIS COMPLEXO, pois como já manifestei, trata-se de avaliar a conduta médica, algo que é sujetivo e que para que não se situe apenas no terrenos subjetivo, são constituidas normas e procedimentos de conduta que tais profissionais devem seguir. E, portanto, NÃO podemos comparar isso à realização de uma operação aritmética.

    Outra coisa a manifestar é que NÃO há da minha parte “talvez”, “quem sabe”, “veja bem” como fora dito pelo Sr. Jorge. TODOS DEVEMOS AGIR DENTRO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, OU SEJA, TODOS TEMOS O DIREITO À DEFESA, A SERMOS OUVIDOS E NOS MANIFESTARMOS SOBRE A ACUSAÇÃO QUE POR VENTURA VIEREM A NOS IMPUTAR.

    Portanto uma vez declarado pelos ÓRGÃOS COMPETENTES a culpabilidade dos médicos por imperícia ou imprudência, que seja aplicada as sanções cabíveis àqueles que concorrem para a morte de um indivíduo conforme prescreve a Lei e os respectivos Códigos de Ética.

    ATÉ O MOMENTO VENHO DEFENDENDO A TESE DE SE IGUALAR A SANÇÃO QUE É DADA A QUEM INTENCIONALMENTE SUBTRAI A PRÓPRIA VIDA OU A DE OUTREM, MAS TAMBÉM ÀQUELES QUE CONCORREM PARA TAL, COMO POR EXEMPLO, OS AGENTES AGRESSORES, TAIS COMO, ESTUPRADORES E PEDÓFILOS.

    E aí, chegamos noutro ponto que quero tocar. É a questão da AUTOMATICIDADE da aplicação do rito excomunhão. E vou relembrar um outro caso igualmente dramático.

    Em que momento deve ser declarado o estado de excomunhão? No episódio ficou claro que há duas correntes.

    A primeira que defende que a declaração não deve ser dada no calor dos acontecimentos;

    A segunda manifestou que desde os primórdios tal rito é aplicado.

    E ai trago a lembrança de todos o caso da Escola de Base.

    QUEM AQUI NÃO SE LEMBRA DO CASO DA ESCOLA DE BASE EM QUE ACUSAVAM SEIS PESSOAS DE ESTAREM ENVOLVIDAS EM ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS, TODAS DESSA ESCOLA?

    A divulgação do caso levou à depredação e saque da escola. Os donos da escola chegaram a ser presos. No entanto, o inquérito policial foi arquivado por falta de provas. Não havia qualquer indício de que a denúncia tivesse fundamento.

    Com o arquivamento do inquérito, os donos e funcionários da escola acusados de abusos deram início à batalha jurídica por indenizações. Além da empresa ‘Folha da Manhã’, outros órgãos de imprensa também foram condenados, além do governo do estado de São Paulo. Outros processos de indenização ainda devem ser julgados.

    Se houvesse rito automático para o caso supramecionado, uma grande INJUSTIÇA estaria a se cometer.

    Veja como as coisas são até o próprio Jorge declarou-se estar sendo injustiçado por mim quando manifestei que estava sob moderação. EU NÃO TINHA O CONHECIMENTO SOBRE A SUA MANIFESTAÇÃO DE MODERAÇÃO COLETIVA, e ao manifestar a minha incompreensão, ele sentiu-se injustiçado. Jorge, você esclareceu que não houve qualquer motivação individual e justificou indicando o post, o qual considero ESCLARECIDO. Portanto vejam senhores leitores como as coisas são!

    PORTANTO ENCERRO DIZENDO QUE É NECESSÁRIO QUE SEJA IMPETRADA RIGOROSA APURAÇÃO DA CONDUTA DOS MÉDICOS E UMA VEZ CONCLUÍDO QUE HOUVE CULPABILIDADE, REPITO, QUE SE APLIQUE AS SANÇÕES PREVISTAS.

    Devemos todos agir com PRUDÊNCIA E SOBRIEDADE e que discutir, sugerir e propor o Código de Direito Canônico EM NADA o diminui ou desqualifica, pelo contrário, ele se eleva aos ser aprimorado.

    Cabe a cada um de nós fazer o devido juízo e propor ao episcopado que leve tal entendimento a instâncias superiores para análise.

    PROPONHO ÀQUELES QUE NÃO ENCONTRAM RAZÕES PARA NÃO SE PUNIR OS AGENTES AGRESSORES DE ESTUPRO E PEDOFILIA DE IGUALDADE NA APLICAÇÃO DO RITO DE EXCOMUNHÃO A QUEM SUBTRAI A PRÓPRIA VIDA OU A DE OUTREM.

    POIS NOVAMENTE REFAÇO A PERGUNTA: QUEM SE COLOCARIA CONTRA A TAL MEDIDA? QUEM?

    UMA VEZ QUE TRATA-SE DE UM CHAMADO AO EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA O AGRESSOR PARA QUE POSSA SE RECONCILIAR COM A COMUNIDADE E CONSIGO PRÓPRIO.

    E RESSALVO QUE A QUESTÃO DA AUTOMATICIDADE POSTA POR FIM DEVE SER APROFUNDADA.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  14. Caríssimos,

    Só para constar:

    1. Não existe nenhuma dúvida de que os dois irmãos gêmeos foram mortos diretamente pelos médicos abortistas.

    2. Ainda concedendo que eles estivessem movidos por nobres intenções de salvar a menina, os fins não justificam os meios e, ainda que fosse o único meio de salvar a vida da menina, a morte direta dos dois gêmeos não seria lícita (embora talvez não fosse passível de excomunhão) como já foi explicado ad nauseam.

    3. Por conseguinte, a tagarelice não se justifica.

    Abraços,
    Jorge

  15. Eurípedes, procure o que fazer. Suas longas postagens, além de nada dizerem, ainda cansam e estão sempre voltando ao mesmo ponto de início. Em resumo, o senhor fala, fala, fala e continua mudo.

  16. Roberto Quintas,
    Já tinha até desistido de debater com você, porque não vejo sinceridade nos seus argumentos, apenas provocação de gente presunçosa.
    Mas não resisti a lhe responder mais uma vez o seguinte argumento:

    “as circunstâncias de uma pessoa em coma retornar à consciência são maiores dos que a de um feto sequer vir a possuir um.
    comece o sr a pensar, desprovido do cabresto da Igreja.”

    De onde o senhor tirou essa conclusão tão descabida? Pense: os seis bilhões de seres humanos que existem – excepcionando talvez a sua pessoa – foram fetos e vieram a ter consciência, certo? Que um feto desenvolva-se e tenha consciência um dia é decorrência natural da vida.
    Comece a pensar desprovido do cabresto do ateísmo idiota.”
    Carlos.

  17. Boa noite, caros,

    Eu nunca imaginei que houvesse uma mente criativa o suficiente para admitir a possibilidade de um aborto sem intenção de matar. Estou admirada sem mais poder.

    As crianças não fizeram absolutamente nada, senhor Eurípedes, nem deram nem cederam nem entregaram nem sacrificaram nem qualquer outro verbo que seja de seu agrado. A elas foi feito o mal maior que poderia ser feito a alguém.

    Se o problema era o útero ainda não formado da menina, porque é que os médicos não tentaram uma cesária e então manter os bebês na UTI para tentar salvar suas vidas? Porque isso seria valorizar duas vidinhas recém-iniciadas, e aí não teria graça…

    Pedofilia e estupro são crimes gravíssimos, não se discute sequer que possam um dia deixar de sê-lo. MAS ASSASSINATO É CRIME MAIOR. Sempre, em qualquer circunstância.

    Maria, Assunta aos Céus, que sofreu tantos riscos por seu Divino Filho há de ter estes dois anjinhos reclinados em seu regaço.

  18. Senhor Eurípedes Costa, Rei do blá-blá-blá,

    O senhor deve ser um bom advogado de porta de cadeia, porque nunca vi tanta embromação e sofisma junto. Seus textos são longos, chatos, repetitivos e carentes de objetividade. Só fica repetindo SOBRIEDADE, SERENIDADE, RESPONSABILIDADE. Nunca vi ninguém gastar tantas palavras para não dizer nada.
    Data venia, ilustre causídico, mas vá manejar essa sua lábia dúbia, serpentina e falsa noutra freguesia que aqui você já não engana ninguém.
    Carlos.

  19. Carlos,

    O Thales, em outro post, relembrou a infeliz frase do senhor Paulo Maluf, “estupra, mas não mata”.

    Aqui acho que a coisa se inverteu… ficou “tá, mata, mas NÃO estupra!”

    Tenho de exclamar de novo: “Pelas barbas do profeta!!!”

    Todo o amor em Cristo Jesus

    Sue

  20. Eu aconselho ao Jorge Ferraz para propor a qualquer um que entrar aqui que façam comentários rápidos, resumidos e diretos para que se evitem essa embromação toda como esta acontecendo com o Eurípedes Costa, esta certo que tais assuntos merecem um pouco mais de linhas para ser debatido mas o Euripdes Costa extrapola demais nos seus comentários.

  21. Que a Paz esteja com vocês!

    Cara Srª. Assunção Medeiros

    Realizarei algumas considerações:

    1. Infelizmente a medicina ainda não dispõe de recursos técnicos para fazer com que um feto de 15 semanas consiga sobreviver em ambiente extrauterino.

    2. O que é necessário saber é se haveria condições de se estender a gestação por mais tempo para que pudesse salvar aquelas duas vidas inocentes.

    3. Trago a baila uma circunstância que me veio a lembrança: “Suponhamos que duas pessoas se engalfinham numa briga e uma delas encontra-se armada. Um deles pensa: ‘Se eu não atirar nele ele vai me matar’ e aciona o gatilho e MATA seu agressor”. Essa pessoa que sofria agressão e que alegou ‘legítima’ defesa, TEVE OU NÃO TEVE A INTENÇÃO DE MATAR? Deveria ela ser ou não ser excomungada?

    4 – A senhora disse: “As crianças não fizeram absolutamente nada, senhor Eurípedes, nem deram nem cederam nem entregaram nem sacrificaram nem qualquer outro verbo que seja de seu agrado. A elas foi feito o mal maior que poderia ser feito a alguém.”

    Pois bem, CONCORDO porém os médicos declaram que NÃO havia possibilidade de estender sob pena da criança-mãe TAMBÉM morrer.

    5 – A senhora disse: “Se o problema era o útero ainda não formado da menina, porque é que os médicos não tentaram uma cesária e então manter os bebês na UTI para tentar salvar suas vidas? Porque isso seria valorizar duas vidinhas recém-iniciadas, e aí não teria graça…”

    EU NÃO AFIRMEI QUE O PROBLEMA ERA O ÚTERO, O QUE FIZ FOI INDAGAR: “FACE A PRECOCIDADE DA MATERNIDADE DA CRIANÇA-MÃE, ESTARIA O ÚTERO DESPREPARADO PARA ACOLHER UMA GESTAÇÃO, E PIOR DE GÊMEOS?” E CABERÁ AOS PROFISSIONAIS DE MEDICINA RESPONDER…

    CONCLUSÃO

    É MUITO fácil para quem NÃO lida cotidianamente entre ter que decidir entre a VIDA e a morte atirar pedras, o DIFÍCIL é estar lá no lugar dos médicos e de repente se ver diante de uma situação que você sabe que SÓ dá para salvar 1 VIDA e se confronta com a impotência HUMANA.

    AOS DEMAIS

    ENGRAÇADO, INCOMONDAM-SE COM OS TEXTOS QUE PUBLIQUEI AFIRMANDO SEREM LONGOS, CHATOS, REPETITIVOS, DE CONTER BLÁ-BLÁ-BLÁS; NO ENTANTO LEEM E SE PREOCUPAM EM COMENTÁ-LOS. BASTARIA ÀQUELES QUE ACHAM TUDO ISSO NUM SIMPLES DESLIZAR DA BARRA DE ROLAGEM SALTAR DE TEXTO. PORTANTO NÃO É CONTRADITÓRIO?

    CAROS LEITORES, O FATO É QUE POR NÃO ME ENFILEIRAR DENTRO DE SUAS LINHAS DE RACIOCÍNIO SENTEM-SE INCOMODADOS, MANIFESTANDO QUE SÃO AVESSOS AO DIALÓGO E ALGUNS À LIVRE EXPRESSÃO.

    Não me esqueci de comentar sobre o texto do padre da Pró-Vida e em breve o farei.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  22. o aborto directo, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente.
    [Evangelium Vitae, 62]

    Senhor Eurípedes,

    Que parte de “o aborto é moralmente condenável ainda que seja o único meio de salvar a vida da mãe” tu ainda não entendeste?

    Quanto ao sofisma grosseiro expresso no ponto 3., um agressor injusto é um agressor injusto [e, portanto, justifica-se a legítima defesa], e um bebê inocente é um bebê inocente, não sendo de modo algum as duas coisas comparáveis.

    – Jorge

  23. Sr. Eurípedes:

    O senhor me desculpe, mas eu até entendo quem acha teus textos longos e chatos… Se assim o dizem é porque o senhor dá muitas voltas para tratar o assunto e porque o senhor insiste em pontos que já foram por demais abordados por aqui. E insiste, não trazendo algo novo, mas apenas repetindo as mesmas coisas.

    Mesmo sabendo que a Sue (aliás, é a mesma Sue que andava pela comunidade Católicos do Orkut?) possa responder às suas indagações, vou abordar os pontos que o senhor trouxe.

    1) O que se pede em casos como o da menina, assim como em outros similares, é que a gravidez seja estendida o máximo possível para aumentar as chances dos bebês. A partir de 22 semanas provavelmente já seria possível uma cesariana.

    2) Sim, isto era perfeitamente possível. Divulgou-se uma deslavada mentira, e esta correu o mundo — literalmente! –, afirmando que a menina corria risco de morte imediato com a gravidez. Fosse isto verdade, o próprio pessoal médico do primeiro hospital ao qual ela foi encaminhada assim o diria. Não disseram. Pelo contrário, eles a liberaram para que os ativistas pudessem continuar a enganar os pais e levassem a menina para a “clínica” onde os bebês foram assassinados.

    3) Mil desculpas, mas o senhor continua a não entender o porquê de o aborto ser caso de excomunhão e isto não acontecer com um assassinato, por exemplo. Uma excomunhão tem uma função, entre outras, didática, tanto para o pecador como para o restante dos fiéis. Um crime como um, digamos, simples assassinato, é mais do que evidente que a todos causa asco, que é rejeitado por toda a sociedade. O mesmo não acontece com o aborto, infelizmente… É por isto que a Santa Igreja reafirma e mostra, penalizando com a excomunhão automática, quem comete tal crime, para que a sua fealdade não se torne coisa comum, exatamente como vem sendo feito, exatamente como é plano de nosso governo e da mídia. E o que dizer, então, de abortos que são feitos atualmente no silêncio dos banheiros dos lares? Coisa que muitas vezes ninguém fica sabendo? Este crime/pecado permanece hediondo, mesmo que seja feito no ambiente mais asséptico possível. E a Igreja assim o afirma para que todos tenham consciência de seu horror, coisa que infelizmente vai já sendo tolerados, até mesmo por muitos católicos, como pudemos ver neste lamentável caso.

    4) Sr. Eurípedes, o caso é o seguinte: a opinião destes médicos vale de nada. São médicos que se dedicam ao singelo ofício de abortar crianças. Não os levo em consideração. Não deixaria meu filho chegar perto deles. E eles são médicos, certo?, e não advinhos… A idade da mãe mais nova já documentado é de 5 anos. Há pouco tempo, aqui mesmo no Brasil, uma menina de 9 anos deu à luz. Ou seja, isto que a gravidez seria como que uma pena de morte para a menina é balela.

    5) O que indiquei logo acima responde isto… Nem precisa a Medicina responder, pois a própria natureza já se encarregou disto: 5 anos tinha mãe mais jovem; fato documentado. E olhe que ela deu à luz no ano de 1939, sem que a Medicina tivesse os recursos atuais.

    CONCLUSÃO: De forma alguma os médicos estavam em uma situação de decidir entre tal e tal vida. Isto é uma mentira que foi divulgada e na qual muitos acreditaram por vários motivos. Uns porque se sentiram sensibilizados com o caso e outros porque assim teriam munição para atacar a quem foi contra o absurdo assassinato que foi cometido em Recife. Prova disto é que rapidamente a mídia mudou o foco do crime cometido para a figura daquele que foi corajoso o suficiente para afirmar os ensinamentos da Igreja: D. José Cardoso Sobrinho.

    Uma coisa… Qual é, afinal, tua linha de pensamento? Que basta que médicos digam que está ok abortar crianças e isto se torna aceitável?

    Caro senhor, se for assim mesmo, isto não é linha de pensamento; isto está bem próximo de ser um lavar de mãos quando frente a um mal feito ao próximo. E parece também que o senhor coloca os médicos em um pedestal, como se eles estivessem capacitados para serem a última voz da Ética em casos assim. Não estão. E há também muitos que tem interesses bem obscuros sobre toda esta questão. O abortismo virou uma verdadeira indústria em todo o mundo.

    []´s

  24. Que a Paz esteja com vocês!

    Caro William,

    Inicialmente gostaria de manifestar que os textos se tornaram longos porque HOUVE questionamentos e apresentações de AFIRMAÇÕES que NÃO foram feitas por mim e FOI NECESSÁRIO reproduzi-los para FICAR bem claro minhas posições, sem distorções ou manipulações de trechos de textos de meus argumentos.

    Agradeço pelas colocações e procurarei ser suscinto:

    Tudo o que você disse se resume na seguinte questão:

    1. Parto do PRINCÍPIO da BOA-FÉ dos médicos após ver suas entrevistas e seus depoimentos à imprensa;

    2. Não estou isentando-os de nada e acho importante os questionamentos que estão sendo feitos; porém tudo deve ser feito dando-se oportunidade de cada uma das partes envolvidas apresentarem seus argumentos e depois caberá aos Órgãos Competentes emitirem Juizo sobre o que aconteceu naquele fatídico dia.

    3. EU AINDA NÃO ESTOU CONVICTO DA INTENCIONALIDADE DOS MÉDICOS NO CASO DESSA CRIANÇA-MÃE, É ISSO…

    4. Compreendi SIM que a subtração da própria VIDA, de outrem ou concorrer para tal é passível de excomunhão; porém vocês ainda não compreenderam que CONSIDERO passível de IGUAL E EXEMPLAR, sanção àqueles que praticam ATO DE ESTUPRO E PEDOFILIA, por tudo que isso representa e por tudo que acarreta na vidas das pessoas que sofrem tal agressão.

    5. A minha linha de raciocínio é clara. É IMPERATIVOS QUE UM COLEGIADO APURE E SE PRONUNCIE SOBRE OS FATOS QUE CULMINARAM NA MORTE DAQUELAS DUAS VIDAS INOCENTES. Pois não tenho essa clareza que vocês possuem sobre a intencionalidade dos médicos.

    6. Você trouxe exemplo outros, porém faz-se necessário saber que guardam similiaridade no aspecto de serem gestações de GÊMEOS. Isso é importante para mim, porque aí haveria provas de que se no passado remoto houve condições para o processo natural de gestação, então NÃO haveria mais em mim dúvidas.

    7. Lamentavelmente um número significativo de médicos pautam-se pela “praticidade”, “comodismo”, como por exemplo, nos casos de excesso de cesarianas… apesar das recomendações da OMS.

    CONCLUSÃO

    NÃO DISCORDAMOS NA ESSÊNCIA, A DISCORDÂNCIA REPOUSA NESSA CONVICÇÃO DE INTENCIONALIDADE QUE NO CASO DESSA CRIANÇA-MÃE AINDA NÃO POSSUO. É ISSO…

    Paz e Bem

    Eurípedes Costa.

  25. Caríssimos,

    NÃO DISCORDAMOS NA ESSÊNCIA, A DISCORDÂNCIA REPOUSA NESSA CONVICÇÃO DE INTENCIONALIDADE QUE NO CASO DESSA CRIANÇA-MÃE AINDA NÃO POSSUO. É ISSO…

    Negativo. A Igreja Católica exclui “claramente todo e qualquer aborto directo, ou seja, aquele que é intentado como um fim ou como um meio para o fim” (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre o Aborto Provocado); o sr. Eurípedes aceita que o aborto directo possa ser usado como um meio para salvar a vida da mãe.

    Portanto, há uma clara e insofismável discordância na essência.

    – Jorge

  26. Sr. Eurípedes:

    1) Boa fé dos médicos? Quais? Há médico que atendeu a menina que, pelo que me lembre, já estava excomungado por causa de questão de pílulas do dia seguinte. Há médico ironizou o fato de ser excomungado. Há médico que se diz católico praticante e não vê nada demais em fazer abortos; e olhe que nem se está falando de crianças de 9 anos: é em mulheres adultas mesmo. Qual boa fé?

    2) Não senhor… Para os católicos, e é disto que estamos falando aqui, o tal “Órgão Competente” está bem claro qual é: o Magistério. Pode o CFM dizer que o médico tal é fantástico e que ele fez muito bem o seu papel que isto pouco nos importa. O aborto é um pecado gravíssimo.

    3) Mas qual intencionalidade? O senhor acha o que? Que médicos dão medicamentos abortivos para uma mãe para que? Que ela corria risco de morte é balela, como eu disse e como está claríssimo para quem procurou entender um pouco o caso.

    4) Estupro e pedofilia são atos horrendos e que estão à vista de todos. A sociedade é unânime em condená-los. O aborto, não. Há gente que vira o rosto para o lado na maior cara-de-pau sobre o assunto. Infelizmente, há católicos de montão que fazem o mesmo — vide a eleição de Obama. E é para lembrar a estes maus católicos e para reafirmar ao mundo que a excomunhão é automática. Aliás, é até interessante… O senhor coloca médicos envolvidos com o “aborto legal” (que nada tem de Legal…) como a última palavra sobre um assunto delicado destes e, sobre o assunto de excomunhões, que é da missão do Magistério legislar sobre isto, o senhor acha que o Magistério falha. Ora…

    5) Errado… Profundamente errado. O senhor está achando o que? Que um colegiado de médicos pode vir e afirmar que o que eles fizeram lá está ok? Podem tentar, mas e daí? Um católico deve lá dar ouvidos a tal absurdo? Meu caro, a intencionalidade dos médicos novamente? Mais uma vez: a menina não corria risco de morte. A gravidez dela era de alto risco, com certeza, mas não uma pena de morte. É um absurdo que ainda se creia nisto. E já que o senhor dá tanto crédito a médicos, por que não questiona o motivo de os primeiros que a atenderam a liberarem? Já que o senhor continua pondo em dúvida se ela estava bem… E, mesmo assim, isto é apenas como forma de saciar tua curiosidade, pois não é lícito qualquer tipo de aborto procurado.

    6) Meu caro, eu já imaginava que vc partiria para esta linha. Conselho: tente outra. A natureza, já que vc parece estar deixando de lado a palavra do Magistério, que já se pronunciou claramente sobre o assunto, já mostrou a evidência que muitos procuram: uma menina de 5 anos deu à luz… O senhor quer achar então uma menina de 5 anos que estivesse grávida de gêmeos para só aí concluir sabe-se lá o que? Ora, francamente… Não sacho que isto seja relevante para o fato de que ambas crianças carregavam nos ventres seres humanos, mas o amigo não acha mesmo que uma criança de 5 anos carregar uma criança possa talvez ser equivalente a uma de 9 carregar gêmeos? Mas isto, para determinar que o que vai no ventre de ambas as meninas é um ser humano, tem pouca importância. E, sinceramente, está mesmo ficando claro para todos que o senhor não quer discutir nada…

    CONCLUSÃO: O Jorge explicou muito bem a conclusão que é possível neste caso.

    []´s

  27. Que a Paz esteja com você.

    Caro Sr. William,

    Introdução

    TODO CERNE DA QUESTÃO É A INTENCIONALIDADE. OS SENHORES PARTEM DO PRINCÍPIO E DA CONVICÇÃO QUE HOUVE E EU PARTO DA CONVICÇÃO DE QUE NÃO HOUVE. EM VIRTUDE DISSO TODO RESTO É PAUTADO SOBRE ESSE CERNE.

    OS SENHORES NÃO ACEITAM O ASPECTO DA INTENCIONALIDADE; NO ENTANTO ACEITA-SE A SUBTRAÇÃO DA VIDA DE OUTREM, A TÍTULO DE “LEGÍTIMA DEFESA”. EM AMBOS OS CASOS TRATA-SE DE VIDAS EM QUALQUER ESTÁGIO EM QUE SE ENCONTREM. PORTANTO, CABERÁ AOS LEITORES REALIZAREM OS RESPECTIVOS JUÍZOS. SE ISSO NÃO É CONTRADITÓRIO ENTÃO NÃO SEI O QUE É….

    Serei suscinto sobre suas ponderações:

    1. Eu não estou a tratar de eventuais erros praticados eventualmente noutros casos. A análise está sobre as circunstâncias do caso da criança-mãe de 9 anos grávida de gêmeos. Se há eventuais outras erros anteriores cometidos por algum dos médicos, desconheço e seria necessário ter ciência dos fatos para me manifestar a respeito.

    2. NÃO se discute que o aborto seja GRAVÍSSIMO; no entanto o CFM é sim a autoridade para se falar em Medicina. A Medicina que tenho conhecimento aceita a expressão mandamental que diz “NÃO MATARÁS”, no sentido de que, “A NÍNGUÉM É LÍCITO INTENCIONALMENTE, POR ATO VOLITIVO, SUBTRAIR A PRÓPRIA VIDA, A DE OUTREM, OU CONCORRER PARA TAL QUALQUER QUE SEJA O ESTÁGIO DE VIDA EM QUE SE ENCONTRE”. Só que aí retoma-se a questão da Introdução.

    3. O senhor faz um diagnóstico clínico no qual tenho dúvidas por desconhecer a fundo o quadro clínico da criança-mãe naquele dia, e portanto aguardo manifestação dos setores competentes para a formação de um Juizo melhor sobre o caso.

    4. QUEM FALHA SÃO OS HOMENS E MULHERES QUE INTERPRETAM O MAGISTÉRIO. Outra coisa, o Magistério não legisla coisa alguma, porque quem legisla impõe e o Magistério de Cristo não é por imposição, mas sim por adesão voluntária do intelecto à Ele. E qual é o Magistério de Cristo? São os Evangelhos. TODO O RESTO SUBORDINA-SE A ELES (AS BULAS-PAPAIS, NORMAS, REGRAS, ETC), REVOGANDO-SE TUDO QUE DIVERGE DELES. ATÉ O PAPA TEM QUE SE SUBMETER AOS ENSINAMENTOS DOS EVANGELHOS.

    5. De que a menina não corria risco de morte é uma opinião sua. Aguardo a apuração dos fatos dos órgãos competentes. Recomendo que aos médicos que assistiram à criança-mãe inicialmente a efetuarem denuncia contra seus pares e apontem os eventuais erros ao Conselho de Ética Médica caso tenham a convicção de que eles INTENCIONARAM MATAR OS FETOS.

    6. DISCORDO novamente do senhor. É preciso que os FATOS sejam correlacionados em circunstãncias análogas para se estabelecer parâmetros corretos. Senão poder-se-á incorrer na tal SOFISMA. É o mesmo que pinçar pedaços de texto e descontextualizá-los. Quem assim age, faz afim de manipular em favor de sua tese, praticando sofisma com isso.

    E o que é sofisma? É quando alguém parte de uma premissa FALSA e conclui com um raciocínio que considere VERDADEIRO.

    Para que eu não parta de uma premissa falsa de que os médicos agiram COM INTENÇÃO DELIBERADA de praticar o aborto, prefiro aguardar o posicionamento do Conselho de Ética Médica.

    CONCLUSÃO:

    O QUE O JORGE DEIXOU CLARO ASSIM COMO VOCÊ É DE QUE OS SENHORES ESTÃO CONVICCTOS DE QUE HOUVE UMA AÇÃO DIRETA, INTENCIONAL E DELIBERADA DOS MÉDICOS DE PRATICAR O ABORTO, OU SEJA, A CONTUNDENTE INTENÇÃO DE MATAR.

    PARA MIM, AINDA NÃO HÁ AQUI ARGUMENTOS CABAIS QUE PUDESSEM MUDAR A MINHA CONVICÇÃO. SE POR VENTURA OS SENHORES CONSEGUIREM TRAZER ARGUMENTOS CONSISTENTES, EU TRANQUILAMENTE REVEREI MINHA POSIÇÃO MAS POR ENQUANTO CONTINUA A MESMA.

    PORTANTO COMO SE VÊ TUDO SE CENTRA NA INTRODUÇÃO, PORÉM HÁ ALGO COLOCADO PELO JORGE QUE MERECE UMA ANÁLISE, OU SEJA, O ARTIGO DO PADRE DA PRÓ-VIDA DE ANÁPOLIS, SALVO ENGANO SOBRE O DUPLO-EFEITO QUE IREI ME MANIFESTAR.

    Paz e Bem

    Euripedes Costa.

  28. Senhor Eurípedes,

    O senhor merece um certo troféu…

    Caríssimos,

    Ao contrário do que é insinuado pela tagarelice, não existe a menor dúvida de que os médicos sabiam o que estavam fazendo, ministraram drogas à menina com o fim imediato de provocar a morte dos dois gêmeos e obtiveram estas mortes, conforme planejado e executado, já que tal fato é público e notório, tendo sido amplamente noticiado e expressamente afirmado por todos os envolvidos no lamentável caso.

    O aborto direto [i.e., aquele que é intentado como um fim ou como um meio para o fim, e que é o caso, porque, ainda considerando que os médicos tivessem a melhor das intenções do mundo de salvar a menina, o aborto teria sido o MEIO utilizado para salvá-la] não é nunca aceitável, como já foi explicado à exaustão.

    O que distingue o aborto direto do indireto não é a intenção; o aborto indireto [único caso em que a morte do inocente é TOLERADA] seria somente em uma causa com duplo-efeito, como já foi explicado aqui, e como não é o caso dos abortistas de Recife, independente da intencionalidade dos abortistas (que, a despeito de ser óbvia – já que foi expressa e taxativamente afirmada pelos “médicos” -, não “transformaria” um aborto direto em indireto de jeito nenhum).

    Abraços,
    Jorge

  29. Sr. Eurípedes…

    O senhor parte do princípio que não houve intenção de matar? Um aborto procurado, direto é o que, meu caro? O senhor insiste, contra todas as evidências, que havia um risco na vida da criança. Não havia. E isto, na verdade, pouco importa, para se julgar se o ato foi lícito ou não. Não foi, exatamente por ser um aborto procurado.

    E contraditório é exatamente o senhor, que deixa de lado evidências claríssimas, tais como o serviço aos quais os médicos prestam diariamente em clínica de abortos. E sem contar a militância de abortistas também envolvidos no caso e na enganação dos humildes pais.

    1) Pois procure mesmo conhecer. Fará bem melhor do que ficar lançando um relativismo que beira o ridículo neste caso.

    2) O CFM fala em Medicina, no entanto ele não diz nada às consciências católicas. E é disto que estamos falando. E de nada serve a Medicina de que *o senhor tem conhecimento* (que deve ser bem outra, bem diferente da que foi praticada na menina) se ela acha mesmo que pode matar dois seres humanos sob o pretexto de que seria para salvar a menina.

    3) Repito: isto que o senhor faz é um lavar de mãos, puro e simples. E não vou esperar manifestação de setores competentes coisa nenhuma. Quais setores, aliás? Os setores que não se pronunciam nunca sobre este absurdo? Os setores que não deram um pio sobre a Norma Técnica do Aborto “Legal” que vigora desde os tempos de José Serra enquanto ministro? O atual Ministro da Saúde, que pára um seminário para abraçar o médico abortista das duas crianças? É isto mesmo que o senhor espera? É este pessoal que lhe dará subsídios para ficar com a consciência tranquila que foi feito o melhor neste caso?

    4) Bingo! O senhor até que demorou em estender o relativismo até o Magistério. Eu estava já esperando esta. É por isto que Jorge posta aqui textos claríssimos sobre o aborto provocado e o senhor desvia para qualquer lado que aparece.

    5) Não, não é opinião minha. É um fato. Que hospital liberaria uma paciente em risco de morte? O senhor lava as mãos novamente. E o senhor pode espernear e tudo o mais, mas o fato é o seguinte: qualquer aborto provocado objetiva a eliminação do fruto da concepção. Isto é um aborto, senhor Eurípedes, caso o senhor ainda não saiba.

    6) O senhor incorre exatamente no que acusa aos outros. Sofisma desde que apareceu por aqui… Veja só: “Para que eu não parta de uma premissa falsa de que os médicos agiram COM INTENÇÃO DELIBERADA de praticar o aborto”… Como é? A intenção deles era o que, meu caro? Fazer um parto com Cytotec? Fazer um parto utilizando a Norma Técnica de Aborto Legal? Se o senhor se der ao trabalho, procure a Norma Técnica e veja que eles seguiram o figurino exatamente do que estava lá: expulsão dos bebês por medicamentos seguido de curetagem. E o senhor diz que não vê ainda a intenção? Ora, faça-me o favor… O que seguirá em tua “argumentação”? Dizer que os médicos não fizeram um aborto, mas, sim, um parto que deu errado?

    O que o senhor está, talvez espertamente, é querendo desviar o foco para o fato de que os médicos alegam que queriam salvar a vida da mãe. Primeiramente, a menina não corria risco algum imediato. Era uma gravidez de risco. Risco maior ainda porque ela tem pouca idade, mas não era uma pena de morte.

    O senhor nos cobra argumentos consistentes? Que taticazinha, meu caro… Evidências médicas foram mostradas; a enganação dos pais foram trazidas por religiosos que estiveram ao lado da família; documentos do Magistério esclarecendo perfeitamente a questão foram trazidos; fatos sobre os médicos que atenderam a menina, que já praticam abortos há anos, foram trazidos; e o senhor quer mais o que? Fica esperando um pronunciamento de “Órgãos Competantes”, os mesmos que aplaudem qualquer iniciativa que alavanque a agenda abortista no Brasil?

    Pois fique esperando… Só não reclame de que todos por aqui já conheçam teu estilo de escrever muito e evitar o que está mais do que claro a todos.

    []´s

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