A Idade Média e as fogueiras

[Baseado em comentários feitos em outro assunto aqui no Deus lo Vult!.]

O preconceito histórico contra o Cristianismo encontrado amiúde nos nossos dias é uma das coisas que mais impede que se tenha uma visão equilibrada sobre a Igreja Católica e o Seu papel na construção da civilização ocidental. A repetição de clichês e de mentiras, de visões simplistas e de reconhecidos preconceitos iluministas, de lendas negras e de anacronismos, tudo isso parece ter se transformado em uma espécie de teste de aferimento intelectual. Parece que ninguém é bom o bastante se não nutrir um grande preconceito contra a Igreja Católica; e, quanto maior for este preconceito, mais inteligente é o preconceituoso em questão.

A Idade Média é evocada como uma época de trevas iluminada tão somente pelas terríveis fogueiras da Inquisição. O cristão-médio é um intolerante truculento que está disposto a trucidar qualquer um que apareça no seu caminho, pregando qualquer coisa que não esteja de acordo com a Doutrina Cristã. O obscurantismo e a superstição tomam o lugar da Ciência, e os cientistas levam uma espécie de vida nas catacumbas, diuturnamente escondidos dos terríveis inquisidores, os quais são, por sua vez, ambiciosos ávidos de riqueza e de poder. Os cristãos são retratados como se fossem o compêndio de todos os vícios.

É tão imponente o edifício preconceituoso que não se sabe muito bem sob qual ponto deve-se começar a demoli-lo. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto, até porque é uma tarefa humanamente impossível de ser realizada em um simples texto curto de blog. Já disse outras vezes aqui que é muito mais fácil jogar a calúnia barata do que desmentir a calúnia barata; é muito mais fácil lançar mão da mentira que da verdade. Acontece que a mentira tem pernas curtas, e já está mais do que na hora de ajudá-la, ao menos, a tropeçar.

À Idade Média – e, em particular, à Igreja Católica – coube o incrível milagre de transformar o caos em que se havia transformado a Europa com a queda do Império Romano e as invasões bárbaras na civilização onde nascemos e vivemos. Seria realmente espantoso se esta cruel religião cristã tivesse conseguido um tão extraordinário prodígio, seria verdadeiramente admirável se estes cristãos repletos de defeitos e totalmente carentes de qualidades tivessem operado tão portentosa transformação: portanto, há uma verdadeira ruptura entra a Idade Média e a Idade Moderna, e é esta a tese defendida pelos anti-clericais de todos os naipes. Agem como se todos os bens – inegáveis – da civilização ocidental tivessem brotado ex nihil, aparecido por geração espontânea dos escombros nos quais a Igreja lançou a Europa durante a Idade Média.

Porque a Idade das Trevas não pode ter produzido – não, jamais! – nada de bom, nada de civilizado, nada de minimamente aproveitável pelas gerações futuras. Estas tiveram que, sozinhas, reconstruir tudo o que a Igreja destruiu em mil anos. O Renascimento e o Iluminismo, assim, apresentam-se não como simples fenômenos históricos, mas como verdadeiras revelações sobrenaturais: após mil anos de trevas, uma luz resplandeceu, e uma luz tão fulgurante que, em duzentos ou trezentos anos, conseguiu reerguer tudo o que a Igreja tinha Se esforçado para lançar por terra ao longo do último milênio. Eis como pessoas “inteligentes” explicam a história!

É muito difícil argumentar contra pessoas que sustentam uma visão preconceituosa da realidade. Não adianta dizer que a tese deles é absurdamente ridícula, e que é completamente inverossímil que, um belo dia, alguns iluminados tenham resolvido sacudir dos ombros o jugo da tirania eclesiástica e construir o mundo. Eles começarão a ter um ataque histérico e a falar em fogueiras, em trevas, em cruzadas, em obscurantismo, e em meia dúzia de outros chavões que, na cabeça confusa deles, confundem-se com argumentos ou – pior ainda – com fatos históricos. Quando, na verdade, a História é bem mais complexa do que a caricatura ideológica dos anti-clericais os permite enxergar.

As fogueiras! “Milhões de bruxas queimadas” – é a primeira frase dita por um anti-clerical. A segunda, é acrescentar que essas bruxas eram na verdade cientistas (já que bruxas não existem). E então emendam com o “obscurantismo institucionalizado”, com a “hierarquia ávida por poder que tinha medo de perder o domínio exercido sobre o povo”, com a “perseguição de cientistas e proscrição da Ciência”… e, diante do ataque histérico raivoso, você não consegue mais argumentar. Ad baculum, é o modus operandi dos anti-clericais quando estão pontificando história.

Não adianta lembrar que a Inquisição foi instituída com o propósito muito claro e específico de combater os cátaros, que eram vere et proprie uma ameaça à civilização medieval. Não adianta mostrar que não há registro de que as fogueiras tenham extrapolado a casa dos milhares [muito menos dos milhões!] como pretendem os raivosos historiadores anti-clericais. Não adianta nem mesmo lembrar que não foi a Igreja a inventar as fogueiras, sendo esta modalidade de pena capital já amplamente utilizada antes mesmo de que o primeiro inquisidor entregasse ao braço secular o primeiro herege cátaro. Não adianta, porque os anti-clericais não estão preocupados com fatos, e sim com a ideologia deles. Já puseram na cabeça que a Idade Média foi a Idade das Trevas, e qualquer coisa que abale, um mínimo que seja, esta íntima convicção dogmática é sumariamente descartada.

A Idade Média viu levantarem-se na Europa as cúpulas das catedrais, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu as Universidades serem fundadas pela Igreja, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu os filósofos escolásticos lançarem as bases da ciência experimental, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. A Idade Média viu a Inquisição proporcionar indiscutíveis avanços ao Direito Penal, mas os anti-clericais só vêem as fogueiras. Quando uma pessoa só quer ver uma coisa, não adianta mostrar mais nada. “Intolerância medieval!”, é só o que eles sabem gritar.

Na verdade – e, aqui, rasguem as vestes os inimigos da Igreja de todos os naipes -, a Idade Média foi um excelente exemplo de uma sadia intolerância, da intolerância contra o vício e contra o pecado, da intolerância que é a única capaz de construir e manter alguma coisa duradoura. Na verdade, os pecados são avessos à civilização, e a forma mais eficaz – aliás, a única forma da qual temos conhecimento – de criar e manter alguma sociedade minimamente civilizada é apontando claramente o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Não poderia subsistir uma sociedade onde as pessoas roubasssem umas às outras, nem uma onde as pessoas matassem umas às outras. E, sim, qualquer civilização que se proponha a ser duradoura, que tenha um mínimo de “instinto de sobrevivência”, precisa ser intolerante para com aquilo que a pode destruir. Isto é óbvio; tão óbvio que os medievais o entenderam perfeitamente (o que fica mais do que demonstrado pelos excessos – pontuais – cometidos pelos homens daquele tempo), ao passo em que os tolerantes modernos nunca conseguiram fazer com que as suas teses fossem abraçadas pela grande massa da população. Mas, claro, isto deve ser culpa da influência católica!

A “intolerância” da Idade Média, combatida pelos auto-intitulados “livres-pensadores” (que, no entanto, de livres não têm nada, porque só repetem chavões e perconceitos anti-clericais), foi o que construiu o mundo moderno onde estes mesmos livres-pensadores podem vomitar o seu ódio à Igreja Católica. Quer eles gostem, quer não. A despeito da ideologia preconceituosa dos anti-clericais, entre as fogueiras da Idade Média levantaram-se campanários e cúpulas de catedrais aos céus, ergueram-se universidades e lançaram-se as bases do mundo moderno, de modo que resumir os mil anos nos quais “a filosofia do Evangelho guiava as nações” às fogueiras da Inquisição é de um simplicismo criminoso. Mas contra preconceitos – insisto – não há argumentos possíveis. E o preconceito do século XXI parece ser o pior de todos os preconceitos que já se abateram sobre a humanidade.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

134 comentários em “A Idade Média e as fogueiras”

  1. “A Europa Oriental abandonou o catolicismo romano”

    E a Igreja de lá continua sendo católica?

  2. Deem um desconto para o profeta… ele só vê o futuro, por isso fala tanta besteira sobre o passado!

    É o samba do profeta-doido!

  3. Acho que um resumo possível para a questão levantada nesse post é a seguinte: vivemos em uma época de profunda desonestidade intelectual. É desonesto negar a imensa contribuição do Catolicismo à cultura ocidental, ao mundo ocidental. Por isso, os inimigos da Igreja tentam destruir o passado a todo custo. Esse processo de falseamento da história é antigo. Mas a luz da Razão jamais há de ser apagada.

  4. Isso eu queria saber: para a Igreja Católica (e os católicos) a Igreja Ortodoxa está no mesmo nível das igrejas protestantes?

  5. Caro Ianua:

    Não, não continua.

    Eles são cristãos ortodoxos, mas não são católicos romanos.

  6. A Igreja Ortodoxa, com suas diversas variantes, é a mais próxima da católica. Aliás, a Igreja Ortodoxa é a única Igreja que também pode ser chamada de Igreja. As outras são igrejas.

    Todos os sacramentos dos Ortodoxos são válidos (porém ilícitos). A missa ortodoxa é tão missa quanto a católica e católicos podem assisti-la para cumprir o preceito, se não houver uma missa verdadeiramente católica por perto, claro.

    Os Protestantes estão consideravelmente mais distantes, não são Igrejas no sentido próprio, e, salvo engano, só possuem dois sacramentos válidos o batismo e o matrimônio.

  7. Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.

  8. A diferença essencial entre católicos e ortodoxos reside em quem é o chefe da Igreja de Cristo.

    Para os católicos, o Bispo de Roma (o Papa) é o vigário de Cristo na Terra.

    Para os ortodoxos, o Bispo de Roma é o primeiro dos bispos mas é “apenas” um bispo.

  9. Quando alguém sente vontade de deixar de ser católico, na verdade, já deixou de ser faz tempo.

    A ianua está sempre aberta para quem quer entrar ou sair do coeli.

  10. ”Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.”

    É Dona Ianua: você demonstra nessa pequena frase que você tem este sentimento, por que foi vítima do nosso sistema educacional, imprensa, mídia, etc etc.

    O que todos eles tem em comum?

    Ambos passaram, e passam, uma imagem de igualitarismo.

    Como essa história de igualdade é pura fantasia, isso explica a sua pequena frase:

    ”Cada dia que passa fico mais com vontade de deixar de ser católica por causa dessas intrigas.”

  11. “Ambos passaram, e passam, uma imagem de igualitarismo.”

    E não somos todos iguais? Quem inventou essa história de não sermos?

  12. Somos todos concebidos do mesmo modo, da união de um espermatozóide com um óvulo. Por qual motivo é para se ter um maior que outro? Será que voces pregam a desigualdade entre os homens? Não é para todos terem os mesmos direitos? Nossa Senhora, como voces estão ultrapassados.

  13. Somos todos iguais em essência mas desiguais em acidentes.

    Essência e acidentes aqui devem ser entendidos do ponto de vista filosófico. São conceitos simples que ajudam muito a entender a doutrina da Igreja.

    Note que foi Deus quem nos fez acidentalmente desiguais. A desigualdade não é uma invenção humana.

    (uns são fortes, outros são fracos, uns são homens, outros são mulheres, uns são saudáveis, outros são doentes, uns gostam de estudar, outros gostam de trabalhar, etc. etc.).

    O igualitarismo é nocivo pois tenta anular as consequências e efeitos das evidentes desigualdades acidentais presentes no ser humano.

  14. O senhor deve ser um milionário, não é, senhor João de Barro?

  15. A questão de ser saudável e ser doente é totalmente sem lógica. A pessoa não é doente, ela pode “estar” doente.

  16. Ianua: mais uma para fingir que não entende nada…
    Ela não é católica…

  17. Depois de ler este post e comentários, só me resta dar os merecidos parabéns ao João de Barros e ao Renato Lima pelo show que estão dando nos sofistas, principalmente nesse chato do Quintas.
    Um abraço a todos.
    Carlos.

  18. Cara Ianua:

    Na verdade, sim.

    Sou muito rico. E sem precisar trabalhar. Foi uma herança e nunca fiz por merece-la.

    Algum problema com isso? Afinal, nós não somos todos iguais?

  19. Cara Ianua:

    Algumas pessoas são naturalmente saudáveis e raramente ficam doentes.

    Outras pessoas, infelizmente, já nascem com sérios problemas de saúde e, por mais que tentem curar-se, passam sua vida adoentadas.

    Esse é um exemplo típico de desigualdade acidental e seria uma grande tolice tratar ambas (as saudáveis e as doentes) de maneira igual, não? É um princípio básico de justica tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente.

    Siga minha sugestão:

    Essência e acidentes são conceitos facilmente compreendidos e são importantíssimos para entender-se a doutrina da Igreja. Faça uma busca pela internet e em menos de uma hora seu entendimento ficará bem mais claro.

  20. Pensei melhor no assunto e resolvi tornar-me igualitário.

    Herdei de meus pais uma fortuna e nunca precisei trabalhar.

    Mas, como somos todos iguais, acho um absurdo ter que pagar impostos enquanto há tantos pobres por aí que são isentos.

    A Ianua Coeli e eu vamos iniciar uma campanha igualitária visando a isenção de impostos para todos, independente da renda de cada um.

    Também acho um absurdo essas leis de trânsito desiguais.

    Se somos todos iguais, por que tenho que dar preferência aos pedestres? Por que velhinhos em cadeira de rodas têm preferência sobre automóveis importados? Aposto que é muito mais fácil parar uma cadeira de rodas que um BMW.

    Igualitarismo já!

  21. Prezado Jorge, salve Maria.

    Lendo os comentários destes fanáticos anti-católicos, mentirosos por excelência, tenho a dizer que não adianta nada debater com gente deste tipo pelo seguinte motivo: eles DESEJAM ardentemente que a Idade Média tenha sido um período de trevas. Eles DESEJAM ardentemente que durante este período tenham morrido milhares ou milhões de pessoas pelas mãos da “malvada” Igreja Católica. Enfim, eles desejam que o delírio que montaram a partir de textos escritos por pessoas absolutamente imorais seja a verdade histórica. Daí ser praticamente impossível convence-los, ainda que se dê muitos argumentos racionais como foram dados, com total credibilidade por parte dos historiadores que os sustentam e que inocentam a Igreja Católica do sangue de inocentes.
    Lendo tudo o que foi escrito aqui, somente posso realçar aquela passagem bíblica onde o santo apostolo nos previne que lutamos contra as potencias de Satanás, pai da mentira, e não propriamente contra as pessoas, que se tornam filhas dele ao aderir a estas mentiras.
    Rezemos então ainda mais. Muito dos males do mundo são causados pela nossa falta de oração.
    Abraços,
    Sandro

  22. Carlos, assino embaixo: o João de Barros e o Renato Lima deram um show nas suas intervenções.

    Em história, assunto que adoro, os dois mostram ser versados e fazem uma leitura correta do passado, sem pré-julgamentos, como em geral o faz a turba histérica que odeia nossa religião.

    Destaco, ainda, a ótima resposta do João mostrando a estupidez desse fanatismo igualistarista que é mostrado por muitos que aqui vêm com ares “humanitários”.

    Abraços a todos.

  23. “A questão de ser saudável e ser doente é totalmente sem lógica. A pessoa não é doente, ela pode “estar” doente.”

    Só para dar um exemplo, eu nasci com tetralogia de Fallot, uma cardiopatia congênita que dá esperança de vida de, no máximo, seis anos ao nascer. Passei por cirurgia e estou aqui, graças a Deus. Não nasci “exatamente igual” a alguém que não passou por isso.

  24. até que enfim, alguém leu e entendeu meu argumento:
    [João]: “Mas seja como for, ninguém nega as importantes contribuições de povos não-católicos ao desenvolvimento científico”.
    falta agora v6 comentarem seeas questões:
    “se haviam tantos dados “científicos” a dispoisção nos mosteiros, porque a Igreja não os usou nem os usa para se atualizar quanto ao uso de preservativos e pesquisas com células-tronco?
    ”Só a Religião católica convida os fiéis a aprofundar racionalmente as verdades da fé.” “os albingenses, os valdenses e os cártaros que o digam…”
    e ainda tem um detalhe importante: a despeito de tudo que v6 citam como contribuições da Igreja, isso não escusa nem a inocenta dos crimes que esta cometeu, direta/indiretamente.

  25. A inquisição foi criada pela Igreja, talvez, a (princípio) para corrigir seus filhos errantes, ou desencorajar as heresias e seus propagadores. Porém, estamos diante de uma grande realidade, ou seja, a Igreja, hoje sofre a lei de causa e efeito,fato que explica as contingências ligadas à vida humana. A inquisição chegou ao mais alto grau de loucura e impiedade, coisa que os católicos não podem negar, já que filhos ilustres seus como Gian Pietro Caraffa, ou Bernardo Gui, etc.. Estes por exemplo, morreram católicos e membros do clero. As catástrofes da Inquisição são de responsabilidade da Igreja e em parte do estado também, claro, e da mentalidade da época. Todavia, a Igreja hoje é tudo quanto ela sempre anatematizou. Clero repleto de gays, pedófilos, propagadores de heresias, e atuantes na Igreja. Sem contar com os sacerdotes que desertam das fileiras sagradas por outras razões, tais como clérigos que saem do seio da Igreja Romana e vão para IACAB, como aconteceu recentemente em Niterói, degradação moral de padres da (diocese) de Campos dos Goytacazes, ou seja, vários padres casaram-se, outros 2 assassinados por garotos de programa, sem contar com os gays de plantão. Gayzismo na Igreja! Grupo de católicos romanos gays na Puc, Rio de Janeiro, etc.. Isso é reflexo ainda pálido do que está por vir. Sem conar com pedofilia no clero norte-americano, padre de Miame em praia de sunga aos beijos com mulheres, etc.. NãO É JULGAMENTO, É REALIDADE. lEI DE CAUSA E EFEITO. Não há como os católicos fugirem desta realidade. Sei que a Igreja sofre seríssima degradação moral e litúrgica, sem contar com as de caráter doutrinal, sendo que para estas não há “inquisição”. Seus adeptos estão livres em plena comunhão: Os teólogos da libertação da diopcese de Caxias, por exemplo. Defendidos com vigor por um Beneditino arcebispo emérito, residente no Mosteiro de São Bento. Nem sei se ainda é vivo. Se for, é museu de dessacralização. Foi responsável pelas traduções litúrgicas e pela pseudo criatividade nestes assuntos. Foi Presidente da linha 4, como defendia Mauro Morelli. Vocês ainda são tão moralistas, que pena… Misericórdia e amor pelo próximo pode ser um caminho para que alcançem a paz. Não adianta rezar 12 milhoes de terços como pede Bernard Fellay.

  26. Profeta do profano:

    Ela, A Igreja romana, QUE NÃO DEIXEMOS DE OLHAR PARA ELA COM OLHOS DE PIEDADE, ESTÁ SOFRENDO HOJE, DEUS SABE O MOTIVO. Ela sofre na “pele” no seio… O que fez no passado. E sofre, pelo que fazem os católicos da atualidade. Nenhuma religião é boa ou má. O mal, PRINCIPALMENTE, depende de uma só coisa. Do nosso aval, ou do nosso não!

  27. “e ainda tem um detalhe importante: a despeito de tudo que v6 citam como contribuições da Igreja, isso não escusa nem a inocenta dos crimes que esta cometeu, direta/indiretamente.”

    Grande baboseira. Substitua a palavra “Igreja” por “humanidade” e verá o quanto essa afirmação é tautológica.

    Assim: a despeito de todas as conquistas boas da humanidade, ela está repleta de crimes que cometeu “direta ou indiretamente”.

    Nessa linha, sugiro ao imbecil autor dessa afirmação que saia a berrar mundo afora contra a sociedade dos homens.

  28. A contribuição da Igreja foi e continua sendo sua grande cultura, a liturgia romana tradicional, o canto gregoriano, as construções, colégios, museus e acervos. Patrimônio histórico e cultural de altíssimo valor. Isto ninguém ouse negar.

  29. A Igreja não é criminosa, a doutrina da Igreja é a favor da vida, da santificação das almas, porém, a loucura dominante no coração de muitos e muitos clérigos, chefes de estado e muitos da massa popular também contribuíram para a carnificina. Os homens da inquisição, que diziam agir em nome de Deus, é que matavam sem piedade alguma. Agiram em nome de Deus uma pinóia. Poucos agiram pelo bem estar da Igreja como um Roberto Belarmino, um Pio V e tantos outros, porém, são santos de fato. Agora, o resto gerou a guerra sanguinolenta. Hoje a Igreja, por consequencia da má conduta e falsa moral mortífera e pestilenta chora amargamente por seus filhos que círam aos montes na iniquidade. E os justos ficam manchados por causa da má conduta de seus irmãos.

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