Três curtas

– Sobre a nomeação de S. E. R. Dom Fernando Saburido para a Arquidiocese de Olinda e Recife e a palhaçada da mídia sobre o assunto que se encarna, por antonomásia, na manchete do Estado de São Paulo de ontem, o protesto funcionou. Muitos escrevemos cartas indignadas à redação [e ainda, entre outros, o Marcio Antonio protestou no Eles Não Sabem o Que Dizem e, o Marcelo Coelho, no Cooperador da Verdade] e, hoje, a matéria foi alterada, tendo o título mudado e todas as referências mentirosas à excomunhão da menina de nove anos retiradas do texto. Só é de se lamentar que o Estadão não tenha tido a decência de publicar uma errata e um pedido de desculpas pela cretinice.

Fifa repreende comemoração religiosa do Brasil na África, numa das mais surreais manifestações do laicismo militante dos nossos dias. “A religião não tem lugar no futebol”, foram as palavras ditas pelo diretor da Associação Dinamarquesa de Futebol, Jim Stjerne Hansen. O Vitola já comentou no blog do VS. Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco as torres das igrejas vão ser consideradas ofensivas à “laicidade das vias públicas”. A sanha persecutória dos inimigos de Cristo não tem limites.

– Da audiência geral do Papa Bento XVI de ontem:

Após o Concílio Vaticano II, produziu-se aqui a impressão de que na missão dos sacerdotes, nesta nossa época, há algo mais urgente: alguns achavam que se deveria construir em primeiro lugar uma sociedade diferente. A página evangélica que escutamos no começo chama a atenção, no entanto, sobre os dois elementos essenciais do ministro sacerdotal. Jesus envia os apóstolos, naquele tempo e agora, a anunciar o Evangelho e lhes dá o poder de expulsar os espíritos malignos. “Anúncio” e “poder”, isto é, “palavra” e “sacramento”, são, portanto, as duas colunas fundamentais do serviço sacerdotal, muito além de suas possíveis múltiplas configurações.

Quando não se leva em consideração o binômio consagração-missão, torna-se verdadeiramente difícil compreender a identidade do presbítero e do seu ministério na Igreja. Quem é, de fato, o presbítero, senão um homem convertido e renovado pelo Espírito, que vive da relação pessoal com Cristo, fazendo constantemente próprios os critérios evangélicos? Quem é o presbítero, senão um homem de unidade e de verdade, consciente dos seus próprios limites e, ao mesmo tempo, da extraordinária grandeza da vocação recebida, a de ajudar a estender o Reino de Deus até os extremos confins da terra? Sim! O sacerdote é um homem inteiro do Senhor, porque é o próprio Deus quem o chama e o constitui em seu serviço apostólico. E precisamente sendo inteiro do Senhor, é inteiro dos homens, para os homens.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

2 comentários em “Três curtas”

  1. A questão da Fifa é infeliz. Rezar o Pai Nosso não ofende a nenhuma religião. Só aos ateus, e mesmo assim, só aos que babam.
    Eles alimentam a teoria de que o futebol une nações e que a religião, como a política, as divide. Não faz o menor sentido. A URSS deixou de participar várias vezes da copa (não se irmanou), e Brasil e Argentina são inimigos por causa do futebol. E a Fifa e as confederações são um antro de ladroagem e de interesses escusos (até para escolher os países-sede). Ou não?
    Vai ver, está faltando religião no mundo da bola.
    Sds.,
    de Marcelo.

  2. Vale lembrar que nesta mesma Copa das Confederações, a seleção do Egito comemorou um dos gols, contra o Brasil se eu não me engano, beijando o chão da grande área em conjunto, foi uma maneira de eles agradecerem a “Ala”.
    Não que eu queria, mas por que o sr. Jim Stjerne Hansen não reclamou? Talves porque o povo islâmico o “protestaria”?
    O laicismo é muito hipócrita, não só por este fato, mas por querer tirar o que é próprio do ser humano, a Crença em Deus e o direito de manifestar esta crença.

    Pax Domini!

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