Mais Crimen Sollicitationis

Isto não é uma questão de anti-catolicismo, no sentido da malícia com a qual certos segmentos da sociedade americana sempre abordaram a Igreja Católica. Isto é um novo fenômeno – uma tendência de até mesmo as pessoas imparciais [fair-minded] acreditarem nas piores interpretações sobre qualquer história envolvendo a Igreja.

– John L. Allen Jr., August 15, 2003.

As minhas trocas de farpas com o pessoa da UNA deram resultado, motivo pelo qual fico muitíssimo feliz. Os ateus preconceituosos deram-se ao inaudito e louvável trabalho de pensar por conta própria, de ir às fontes e parar com a síndrome-de-papagaio de repetição de chavões. Não conseguiram ainda escapar do fenômeno cuja existência o Allen Jr. evoca na frase em epígrafe, mas já é um bom começo. Oxalá a progressiva abertura da mente à verdade e à honestidade termine por abrir enfim espaço Àquele que é a Verdade.

Após a irresponsável publicação de um documentário velho da BBC sem checar as fontes (e, aliás, repleto de erros crassos de português; ser obrigado a ler “pretesto” foi uma coisa realmente frustrante…), a UNA me surpreendeu com a publicação de um texto incomparavelmente melhor sobre o mesmo assunto, tanto que eu nem seria capaz de atribuir ambos ao mesmo blog. Não vou me deter no exame do documentário: basta dizer que a acusação principal – de que a Crimen Sollicitationis tenciona impedir que os padres pedófilos sejam punidos – é  totalmente descabida, pois segredo canônico não se confunde com investigações policiais.

Quanto ao texto da UNA, é uma pena que o louvável esforço investigativo feito por eles não tenha sido um pouco maior. Se eles tivessem pesquisado um pouquinho a mais, iriam encontrar esta discussão sobre o documento na Wikipedia inglesa que diz que a tradução para o inglês está cheia de erros. Se eles entendessem melhor sobre o assunto que estão falando, também chegariam facilmente à mesma conclusão, porque há trechos do documento que simplesmente não fazem sentido. Por exemplo, o número 11 fala em “penalty of excommunication latae sententiae, ipso facto and without any declaration [of such a penalty] having been incurred and reserved to the sole person of the Supreme Pontiff, even to the exclusion of the Sacred Penitentiary” (Crimen Sollicitationis, 11). Passei um tempo enorme tentando entender o que raios era essa “exclusão da Sagrada Penitenciária” [cheguei a cogitar se o documento não estaria dizendo que a pessoa estava excluída do Sacramento da Penitência], até me deparar com a tradução melhor na supracitada discussão da Wikipedia: a excomunhão é “reserved to the Supreme Pontiff in person alone, excluding even the Apostolic Penitentiary”.

As fontes consultadas pela UNA, portanto, por serem inacuradas, comprometem seriamente a análise que eles fizeram sobre o documento. Algumas coisas ditas, evidentemente, são verdadeiras. Mas outras são erros decorrentes quer da má tradução para o inglês, quer da falta de conhecimento que têm os ateus sobre as leis canônicas da Igreja Católica.

Sobre os erros de tradução, a citada discussão da Wikipedia disse que, em um ponto, chegou-se ao absurdo de que the word “excepted” has been transformed into “accepted”, thereby reversing the meaning (!!!). E este ponto é precisamente o parágrafo 72 da instrução, usado pela UNA para mostrar que a Igreja impunha silêncio às vítimas de pedofilia. Na tradução do blog ateu:

72. Essas coisas devem ser tratadas conforme [as regras dos] pecados de solicitação [que] são válidas aqui, mudando apenas aquelas coisas necessárias para adaptá-las à sua natureza exata, a de pior de todos os pecados [o texto segue e adverte que todos estão obrigados a denunciar um eventual transgressor ao Superior Hierárquico, sob as penas da lei da Igreja, a menos que o conhecimento dos fatos tenha sido obtido por  Segredo de Confissão].

Isto foi dito baseado na versão inglesa do documento, que diz (grifos meus) “having accepted the obligation of the denunciation from the positive law of the Church”. Contudo, o original em latim diz claramente (de novo, meus grifos) “excepta obligatione denunciationis ex lege Ecclesiae positiva”. Francamente, isso não é nem mesmo uma falsa cognata! O que impediu o sujeito que fez a tradução para o inglês de escrever a tradução imediata “excepting the obligation of the denunciation”? Devido ao erro de tradução e à inversão do sentido da frase, a UNA disse que, “nos casos de abuso de menores, prevalece a lei da imposição do silêncio”. Não é verdade. Nos casos de abuso de menores – o “pior de todos os pecados” -, não existe a obrigação de se fazer a denúncia ao Superior e, por conseguinte, não existe o voto de silêncio que é feito nesta denúncia.

Na verdade, não fosse – de novo – por aquele estranho fenômeno ao qual alude o jornalista na citação em epígrafe, os ateus deveriam ter percebido que havia alguma coisa estranha. Imposição de silêncio pontifício para casos de parafilias com “PORCOS, ÉGUAS, GALINHAS E VACAS”? Isso pode fazer sentido na cabeça atéia preconceituosa, mas ofende o bom senso. O voto de silêncio que é exigido nos casos de crimes de solicitação decorre da natureza sigilosa da penitência sacramental. O segredo de confissão é absolutamente inviolável e, por isso, as denúncias de crimes que ocorrem neste contexto também estão envoltas em sigilo. Não havendo Confissão Sacramental, não existe imposição de segredo; e, assim, fica desmascarada esta que talvez seja a mais cretina calúnia contra a Igreja que já tive a oportunidade de analisar aqui no Deus lo Vult!. Agradeço à UNA pela oportunidade.

Por último, e já esclarecida a questão principal e mais importante sobre a falsa “imposição de silêncio” da Igreja às vítimas de pedofilia, resta uma questão de somenos importância sobre se a Crimen Sollicitationis ainda está em vigor ou não. O cân. 6, logo na segunda página do CIC, diz o que segue:

Cân. 6 – §1. Com a entrada em vigor deste Código, são ab-rogados:

[…]

3º Quaisquer leis penais, universais ou particulares, dadas pela Sé Apostólica, a não ser que sejam acolhidas neste Código;

[Código de Direito Canônico]

Sempre soube que, com a entrada em vigor do Código de 1983, ficaram ab-rogadas as leis penais – incluindo, portanto, as excomunhões – promulgadas anteriormente. Na verdade, todo católico sabe (aliás, eu já disse aqui mais de uma vez) que só existem oito excomunhões automáticas, que são (1) revelação de sigilo sacramental, (2) absolvição de cúmplice em pecado contra o Sexto Mandamento, (3) agressão física contra o Romano Pontífice, (4) profanação eucarística, (5) heresia, apostasia ou cisma, (6) sagração episcopal sem mandato pontifício, (7) aborto provocado e (8) tentativa de ordenação feminina [esta, é recente]. Não existe nenhuma excomunhão automática para quem “revela Segredo do Santo Ofício”, desde a promulgação do Código vigente.

No entanto, o documento usado pela UNA para “provar” que a Crimen Sollicitationis continua em vigor é a Graviora Delicta. Esta Carta Apostólica não “evoca e confirma” a instrução de 1962 como disseram os ateus – ela apenas cita a instrução dizendo que até o momento estava em vigor. Na minha opinião, ela foi substituída pela própria Graviora Delicta, por força do motu proprio Sacramentorum Sanctitatis Tutela; por falta de competência, deixo no entanto esta questão para os canonistas, porque ela não faz muita diferença, já que a instrução de 2001 também fala em segredo pontifício para todas as coisas que nela são tratadas: Huiusmodi causae secreto pontificio subiectae sunt.

Demonstrado está, portanto, que a Igreja nunca impôs silêncio às vítimas de pedofilia, nem nos dias de hoje e nem à época da Crimen Sollicitationis. O Segredo Pontifício, antigo “Segredo do Santo Ofício”, decorre – no caso em pauta – do sigilo sacramental e não de uma tentativa da Igreja de “encobrir” os crimes dos Seus pastores; e este segredo, contudo, não se aplica aos casos de pedofilia, ao contrário do que o artigo da UNA se esforçou para provar.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

20 comentários em “Mais Crimen Sollicitationis”

  1. Recebi comentários no próprio link original. Como obviamente não fui entendido – o sujeito teve a capacidade de simplesmente afirmar, querendo transformar o seu preconceito em verdade por força de repetição, que “o segredo de Santo Ofício aplica-se, SIM, aos casos de pedofilia, conforme o ítem 72, que nos remete ao item 11” -, repito, porque pode ter sido falta de capacidade de expressão minha:

    O item 72 (claro, a tradução correta, e não a tradução cretina da BBC que diz o contrário) diz expressamente que a vítima de pedofilia [ou qualquer pessoa que tenha conhecimento de um caso de pedofilia] não está obrigada a denunciar aos Superiores Eclesiásticos. Caso ela não faça a denúncia, então não há denúncia e, não havendo denúncia, não há tribunais eclesiásticos e, sem esses, não há o Segredo do Santo Ofício imposto aos tribunais eclesiásticos (n. 11) e nem muito menos o segredo imposto ao acusador – a “intimidação das vítimas pela imposição do juramento e ameaça de excomunhão” – e as testemunhas (n. 23). Portanto, para os casos de homossexualismo, bestialismo ou pedofilia, o documento não impõe silêncio, podendo perfeitamente a vítima ou a testemunha procurar quem ela desejar procurar para contar o que quer que ela deseje contar. Casos de pedofilia não estão – e nem nunca estiveram – sob segredo pontifício.

    – Jorge

  2. Jorge
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    Ao que tudo indica, foi você que não entendeu a posição do tal “sujeito”.
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    O texto é claro e se refere ao Segredo Pontifício – que ele chama pela nomenclatura antiga de Segredo de Santo Ofício – quando EXISTE a denúncia.
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    E a deúncia não precisa ser feita somente por clérigos, mas pelas vítimas também. Não havendo denúncia, é óbvio que não há processo.
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    Mas, em havendo denúncia e abertura de processo, como afirma o texto, há, realmente, a imposição do Segredo Pontifício. O autor do texto da UNA está correto.
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    Outro ponto: a vítima sempre pode denunciar os crimes de pedofilia à autoridade civil e é o que vem ocorrendo em todo o mundo.
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    O que o “sujeito” diz é que ela sofre intimidação no ambiente da confissão (“silêncio de Confissão às avessas” ) e presta juramento de silêncio durante a instauração do processo, sob pena de excomunhão. Também está correto.
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    Acho que não adianta tamparmos o sol com a peneira. O melhor que fazemos é lutar para que esta situação mude.
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    Paz em Cristo
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    Eduardo

  3. Eduardo,

    Eu fui o primeiro a dizer, no meu próprio texto, que “[a]lgumas coisas ditas [no texto da UNA], evidentemente, são verdadeiras”. Só que outras coisas são falsas.

    Quando existe a denúncia, existe o segredo pontifício, como diz o texto. Mas, como o documento não exige a denúncia para os casos de pedofilia, tampouco exige segredo pontifício para estes casos. Portanto – e é este o ponto – o documento não impõe silêncio para os casos de pedofilia.

    A UNA [no comentário acima linkado] disse que “o segredo de Santo Ofício permanece [para os casos de pedofilia], pois o procedimento para apuração de ambos os pecados é o mesmo, conforme o item 72, que nos remete ao item 11”; e isso não está correto. O procedimento não é o mesmo exatamente porque a denúncia que, naquele crime, era obrigatória, neste não é mais. Não havendo obrigatoriedade de denúncia, pode-se chegar à conclusão, no máximo, que o segredo é facultativo à vítima [caso ela deseje instaurar um processo canônico aos moldes daqueles utilizados para o crime de solicitação].

    A “intimidação no ambiente da confissão” só existe para os casos que o crime se dá no contexto de confissão, o que não é o caso da pedofilia “genérica”, como o documentário da BBC [e, na esteira, os textos da UNA] dá a entender.

    E não vejo motivo algum para que se mude o procedimento canônico de averiguação de crimes de mau uso do Sacramento da Confissão.

    Abraços,
    Jorge

  4. Jorge

    Tanto para o “pecado de confissão” quanto para “o pior dos pecados” – como descrito no texto da UNA – os procedimentos são os mesmos. Veja o item 72 no original em latim.

    Não há obrigatoriedade de denúncia para ambos. Veja também o item 11 no original em latim.

    Mas em ambos os casos (confissão ou pedofilia), se houver DENÚNCIA por parte da vítima ou de um clérigo, e CASO seja aberto processo, é imposto o Segredo Pontífício ao tribunal que apura o caso, e a vítima (ou seu preposto) é submetida ao juramento de silêncio e – caso haja necessidade – ameaçada de excomunhão.

    Por outro lado, não se trata de rever o Segredo de Confissão. Ele é inviolável e existe, inclusive, no ambiente laico.

    O problema é que o CDC deveria ser mais severo no que tange aos casos de pedofilia, principalmente.

    Talvez, quem sabe, afastar estes irmãos do ministério eclesiástico e encaminhá-los a instituições de direitos laicos, ainda que mantidos pela Igreja, para o devido tratamento psicológico ou psiquiátrico.

    Apesar de que as parafilias, em geral, não são “curáveis”. Pode-se, no máximo, levar o individuo à situação de remissão controlada; como no caso dos alcoolistas.

    Paz em Cristo

  5. Eduardo,

    Eu posso estar com sono e não estar entendendo nada; mas, se no n. 72 é dito que os procedimentos para os criminis pessimi são os mesmos excepta obligatione denunciationis ex lege Ecclesiae positiva, só pode ser porque esta obligatione denunciationis existe para os casos de abuso de confessionário, caso contrário não faria sentido falar em “exceção”.

    Sim, se houver denúncia e caso seja aberto um processo, ele corre sob segredo pontifício, mas em não sendo a denúncia obrigatória, não cabe falar em “imposição” de segredo simpliciter.

    O Segredo de Confissão não pode ser revisto; eu disse que não vejo necessidade de se rever o segredo pontifício sob o qual correm os processos de crimen sollicitationis. Não vejo, absolutamente, problema algum com eles.

    E o CDC prevê demissão do estado clerical para casos de pedofilia (cân. 1395); é uma das coisas verdadeiras que tem no texto da UNA.

    Abraços,
    Jorge

  6. ———–

    Quando existe a denúncia, existe o segredo pontifício, como diz o texto. Mas, como o documento não exige a denúncia para os casos de pedofilia, tampouco exige segredo pontifício para estes casos. Portanto – e é este o ponto – o documento não impõe silêncio para os casos de pedofilia.

    ————

    Eu posso estar com sono e não estar entendendo nada; mas, se no n. 72 é dito que os procedimentos para os criminis pessimi são os mesmos excepta obligatione denunciationis ex lege Ecclesiae positiva, só pode ser porque esta obligatione denunciationis existe para os casos de abuso de confessionário, caso contrário não faria sentido falar em “exceção”.

    ————

    Jorge, tu és mesmo um [CENSURADO]. Tudo claro como água e tu ficas esgrimindo com palavras para não dizer o que todo mundo está careca de saber: a igreja esconde os casos de pedofilia, e não expulsa os padres sodo.mitas. Ainda bem que os mais humildes não estão indo na onda de peder.astas como voce, e estão começando a pôr a boca na imprensa.

    Faz o seguinte: [CENSURADO], que é o melhor que tu fazes.

  7. Sr. Jeremias,

    É muito cômodo apelar para uma “cultura não-escrita do silêncio”, como fez a UNA, ou a um “todo mundo sabe”, como tu estás fazendo, quando se é pego de calças curtas e os documentos citados para se “provar” os crimes da Igreja não dizem o que se gostaria que dissessem…

    – Jorge

  8. Jorge,

    Seus esclarecimentos foram mais que oportunos. Suas investigações, importantíssimas. Não sei se viu meus comentários nos posts deles. Depois que li o “reloaded” do UNA, não tive mais nenhuma fonte de argumentação.

    Mas, obrigado pelo artigo: claro e muito importante para defesa da fé.

    Abraços.

  9. Um texto bom para voce treinar seus golpes de esgrima verbal. Continue a não enxergar…

    ————

    “A situação está preta como uma batina antiga. Em uma carta pública dirigida aos 400 mil clérigos da Igreja Católica, na quinta-feira passada, Bento 16 clamou pela fidelidade ao celibato, aberração consolidada em 1139, no Segundo Concílio de Latrão.

    Va benne … mas se o sumo pontífice vem a público lavar a roupa suja da Igreja, tudo indica que a situação saiu de controle na lavanderia do Vaticano; que o papa está jogando para a mídia; ou ambas. Uma pesquisa da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos apontou que de 1964 a 2004, 69 mil padres pediram dispensa ao Vaticano, para se casarem.

    Aos que permaneceram, Bento 16 deplorou o que chamou de “situações em que a Igreja sofre por causa da infidelidade de alguns (sic) de seus ministros”, mas se esqueceu do sofrimento que os ministros sofrem pela castidade imposta pela Igreja. Contudo, elogiou aqueles que são fiéis à vocação de não possuirem uma vida sexual saudável, filhos e família.

    Ele também pediu um reconhecimento franco e completo das fraquezas da Igreja Católica. Mamma mia, isso daria uma enciclopédia! Mas não ficou definido se tamanha obra incluiria o que o Direito Canônico considera “apenas pecado” – como os casos de pedofilia; ou se volumes adicionais tratariam de obras missionárias, como o apoio da Igreja às ditaduras de direita, durante o período da guerra-fria.

    Curioso mesmo foi que Bento 16 deixou claro que não permitirá relaxamento no voto de castidade dos padres católicos. Isso me deixou pensativo. Qual o melhor método a ser adotado? Cintos de castidade com senha digital; monitoramento por aparelhos de GPS; sensores de movimento estrategicamente implantados ou castração pura e simples, ao estilo medieval?

    Embora a intenção por detrás de preocupação tão alarmante com homens que gostam de sexo seja a de criar uma cortina de fumaça sobre as revelações cada vez mais frequentes de pedofilia na Igreja , o discurso de Bento 16 provavelmente terá o efeito de Chumbo Grossoum turíbulo defeituoso. Em pleno século XXI, os católicos podem até aceitar o incenso adocicado de um padre casado, mas nunca aceitarão o cheiro podre daqueles que fazem sexo com crianças e adolescentes, destruindo famílias e vidas que foram entregues em suas mãos.

    E tudo isso, em nome de Deus.”

    (Por Marcelo Druyan)

  10. 1-Se gosta tanto de esclarecer a verdade, porque é que a igreja passa o tempo fugindo dos tribunais ?

    2-“Se a igreja gosta tanto de julgamentos porque é que passa a vida a esconder os acusados e a tentar evitar que vão a julgamento ?

    3-Porque é que a igreja e (papa)JP II tentou evitar que Pinochet fosse a julgamento ? Tinha medo que ele se “abrisse” em tribunal acerca do seu relacionamento ?

    4-Porque é que a igreja e joão paulo II escondeu o arcebispo Marcinkus evitando que ele fosse a julgamento conforme pretendia a justiça italiana(Banco Ambrosiano) ? Tinha medo de alguma coisa ?

    5-Porque é que a igreja durante décadas, incluindo o governo de joão paulo II, ocultou as centenas de casos de padres pedófilos, persuadiu as famílias das vitímas a não levarem os casos a tribunal. Por fim tentou descredibilizar as vitímas, suborná-las e até ameaçá-las para que não fossem a tribunal ?

    6-Porque é que a igreja tentou que o Führer(ditador) eslovaco, padre Tiso, não fosse a tribunal ?

    7-Porque é que conseguiu mesmo evitar que o Führer(, Ante Pavelic e os outros responsáveis do regime nazi-católico croata(Ustasha)além de nazis alemães fossem a tribunal tendo-os protegido em Roma(inclusive no Colégio San Girolamo) e permitido que fugissem para a américa do sul para que nunca fossem a tribunal ? Tinha medo de alguma coisa ?

    8- Porque é que ainda hoje a igreja esconde padres acusados de participação no genocídio do Ruanda evitando que sejam julgados pelos tribunais internacionais que os procuram ? Tem medo de alguma coisa ?

    9-Ou seja, para além de sabermos que 99.999% destes casos não vão a tribunal, ainda por cima sabemos que a igreja obstrui a justiça e tenta evitar que os poucos que são acusados vão efectivamente a julgamento. A igreja tem medo de alguma coisa ?

    10- Pq a igreja se calou perante o caso dos 14 padres bascos mortos pelos franqistas na guerra civil??
    Pq o Vaticano foi conivente o com o assassinato dos padres palotinos e das 2 freiras francesas pela ditadura argentina… ou entao o assassinato de monsenhor Romero de S.Salvador???
    Por que eles não são declarados “martires”??

    11- Pq a igreja se recusa a abrir seus arkivos sobre a 2ª guerra mundial?? Medo de algo??

    12- Pq a igreja nunca esclareceu a verdadeira causa mortis do papa JP1 em 1978?? Medo de algo??

    13- Pq até hoje a igreja evita falar dos governos do padre Jozef Tiso, Ante Pavelic e Ngo DInh Diem?? Medo de algo???

    14- Pq o papa defende silêncio em relação à mafia?? Medo de algo?? Não gosta de falar contra o parceiro economico??

    15- Pq a igreja não conta direitinho como nasceu o Vaticano em 1929? Medo de falar do amigão Mussolini??

  11. Jeremias,

    Bom, este só é mais um exemplo dos textos extremamente ruins que a UNA é capaz de publicar. Tem coisas que só os ateus do Brasil fazem para você…

    Mehmet,

    Quanta abobrinha. É cômodo lançar mentiras sob a forma de avalanche, que soterrem a realidade dos fatos sob o monte de preconceito. Como obviamente não existe tempo para discutir com a seriedade exigida cada um dos pontos – e você sabe disso, e é exatamente por isso que, covarde que é, prefere arremessar a calúnia a se esforçar por um debate honesto -, deixe-me pegar só um ponto aleatório. Aliás, dois, porque tem um que me interessa particularmente.

    Ao acaso: fale sobre a “conivência” do Vaticano com o assassinato de Dom Oscar Romero. Primeiro, explicando o que se entende por “conivência” com assassinato.

    Em particular: explique-nos a causa mortis de João Paulo I.

    – Jorge

  12. Jorge, esqueça esses ateus, eles apenas querem falar de moral, mas como, se não têm uma moral a seguir?Tudo é relativo e nada é verdade absoluta, a não ser que Deus não existe, o que está na contramão do bom senso. Todos os arremedos de certo e errado que eles têm vem do cristianismo.Um até apelou pra xingamentos e ofensas, daí vemos o baixissimo intelecto(não que isso sequer fosse necessário, pois ateísmo e ignorância andam sempre juntos).Não perca seu tempo com esse tipo.Ótimo texto, parabéns.

  13. Tretas aqui li acerca do invólucro e não do conteudo.
    Rattzinger qd cardeal fez as vítimas nos EUA assinarem acordos financeiros afim de obterem o seu silêncio. Eu vi no canal Odisseia o advogado ( cara descoberta e é padre)nomeado pela Santa Sé a “passar” de defensor para acusador ao lado das famílias das vítimas acusando a Santa Sé de ser igual à “cosa nostra” Portanto ñ se ponham a discutir questiúnculas jurídicas ou erros gramaticais e façam “MEA CULPA”
    …E POR ULTIMO LEIAM A BIBLIA TODA E APRENDAM HISTÓRIA e vão ver que tudo, mesmo tudo é TRETA. Leiam história babilónica e vão ver que lendas tem uma semelhança ENORME com as lendas da biblia…..só que foram escritas muito antes e com sentido MUITO oposto às da bíblia.
    Razão teve MARTIM LUTERO que veio de Roma escandalizado e o resto já sabem…ou será que não ??? pois já suspeitava.
    nao leram a biblia do principio ao fim ? então leiam as biografias dos papas que existe na Fnac e custa 20 euros, e olhem que são biografias a “puxar” para o simpático. é uma leitura mais fácil.
    e para quem pensou q me desviei do assunto, pensem: acham mesmo que em mais de 1500 casos só no EUA estão todos a mentir? a única verdade que temos é que nenhum padre foi expulso pela Igreja.
    Com o papa JOÃO PAULO II acabou o dogma que a igreja era dona da verdade. Foi tarde pois isso já ALGUNS sabem à muito tempo.

  14. Realmente desde que posto nesse site, é a maior incultura já postada por ateus ou idiotas que nem isso conseguem ser e ainda ousam mandar ler a história, é para rir ou chorar? atacam covardemente. Porque não enviam seus comentários para uma rede de tv, jornal ou revista e enfrentem as réplicas e eproveitam e tomem uma aula, a respeito desse assunto eu teria muito a escrever, mas não temos como e pensando bem é melhor nem responder a idiotas que agridem por puro prazer e denotam um desconhecimento gritante de histórias verídicas do mundo e não falácias de débeis. Ninguém está defendendo falcatruas, mas a verdade.

  15. Sr. Jeremias pretender que o clero a nivel mundial seja perfeito é uma utopia, mas atacar o vaticano como responsável por tudo isso é uma grande covardia. O senhor que deve ter capacidade de pensamentos nítidos que o diferenciam da mentira e da maldade deve saber que a maioria dos casos de pedofilia não está na igreja e sim dentro das famílias, geralmente sem Deus, ateus. Não se trata de defender o indefensável e sim de justiça,a igreja é sim a maior defensora das famílias e de bons costumes do mundo, e nunca se aliou a nenhum ditador, a nenhum genocídio e tantas barbaridades que dizem ser acobertadas pelo vaticano, sem querer te ofender, longe disso, se a sua família for grande e o senhor o cabeça, diga-me, consegues saber os passos de todos? Reflita sr. Jeremias, não acredite na mídia corrupta, somos bombardeados diariamente com mentiras ditas por grandes redes de tv, e o senhor sabe disso, veja a rede globo que no ano passado através do Dráuzio Varella, fez uma reportagem sobre transplantes no Brasil e focou propositadamente em São Paulo(USP) e não no Rio de Janeiro que a turma toda foi presa e desbaratada a farsa dos transplantes, mas em São Paulo ainda não, é questão de tempo, se for realmente verdade, o senhor acreditou na reportagem não ? Nunca mais falaram nada.

    OBS. enviei na época 31 e-mails para a rede globo e me responderam 30 o último não responderam porque peguei pesado com a referida reportagem. Abraços e fique com Deus, do lado da verdade.

  16. “ROMA NUNCA MUDA!!!” A IGREJA CATÓLICA TEM A VER COM QUALQUER COISA, MENOS COM DEUS!!!

  17. Olhei apressadamente, mas depois vou ler minunciosamente a discussão da Wikipedia e o documento em inglês que está disponível no site do Vaticano.

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