Dois curtas

– A Reforma da Reforma: Novas proposições da Congregação para o Culto Divino. “Os Cardeais e Bispos membros da Congregação [para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos] votaram quase unanimemente em favor de uma maior sacralidade do rito, da recuperação do senso de culto eucarístico, da retomada da língua Latina na celebração e da re-elaboração das partes introdutórias do Missal a fim de pôr fim aos abusos, experimentações desordenadas e inadequada criatividade”.

Está demorando até demais. Vinde depressa, Senhor, em nosso auxílio, e socorrei-nos sem demora! Já se passaram os quarenta anos do deserto, e já está mais do que na hora de adentrarmos na terra de onde jorra leite e mel. Não pode demorar muito mais. Deus, in adjutorium meum intende – Domine, ad adjuvandum me festina.

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O vírus da gripe A é anticlerical – excelente! Alguém envie uma cópia aos senhores bispos. É até difícil escolher que parte citar, pois dá vontade de copiá-lo na íntegra. “[N]enhum zeloso pastor veio ainda proibir que os imprudentes progenitores osculem a sua extremosa prole, a não ser que o façam na Missa. Também seria de supor que os noivos fossem impedidos de se beijarem, mas também não consta que nenhum pároco tenha, até à data, imposto este higiénico impedimento matrimonial, excepto durante a Eucaristia. […] Estes exemplos bastam para que se possa retirar uma importante conclusão científica: o vírus da gripe A só exerce a sua perniciosa acção nas igrejas. […] Assim sendo, temo que o vírus H1N1 não seja apenas anticlerical, mas demoníaco, talvez até a expressão viral do Anticristo (que, por estranha coincidência, também tem por inicial a primeira letra do alfabeto…). De facto, este vírus não incomoda os cristãos que não se benzem com água benta, nem os que não dão o abraço da paz aos seus irmãos, nem comungam, mas apenas aqueles que, por serem mais piedosos e caridosos, humedecem os dedos com que fazem o sinal da Cruz, expressam com o ósculo a autenticidade da sua caridade e, porque estão na graça de Deus, estão aptos para receberem a sagrada comunhão. Portanto, não só é um vírus que age nas igrejas como preferencialmente atinge os fiéis que mais rezam e frequentam os sacramentos! […] Importa ainda expressar a mais profunda indignação pelo facto do Papa Bento XVI, não satisfeito com a sua gritante insensibilidade na questão do preservativo, insistir em promover comportamentos de risco, pois, como é sabido, só dá a comunhão aos fiéis que, ajoelhados, a recebam na boca. É caso para lamentar que a Santa Sé não esteja sujeita à pastoral da saúde da nossa terrinha”.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

14 comentários em “Dois curtas”

  1. Para desanimar:

    VATICANO NÃO FARÁ MUDANÇAS NA LITURGIA, DIZ SANTA SÉ

    CIDADE DO VATICANO, 24 AGO (ANSA) – O Vaticano não está elaborando nenhuma reforma dos ritos litúrgicos da Igreja Católica, segundo anunciou hoje a Santa Sé.
    “No momento não existem propostas institucionais para uma modificação dos livros litúrgicos atualmente em uso”, confirmou o vice-diretor da Santa Sé, Ciro Benedettini, citando informações recebidas da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
    Nos últimos dias, alguns veículos da imprensa italiana publicaram que o papa Bento XVI tinha aprovado algumas modificações para as missas, as quais mantêm certos formatos estabelecidos no Concílio Vaticano II (1962-1965).
    Entre as alterações citadas pelos jornais italianos estava a volta da entrega da hóstia diretamente na boca dos fiéis, e não nas mãos, a publicação de livros litúrgicos em dois idiomas e o uso do latim em celebrações solenes.
    A especulação da imprensa surgiu com base na orientação do Pontífice, expressada em várias ocasiões e escritos, desde quando ele era cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, já que o Papa nunca escondeu que tinha interesse em dar mais homogeneidade aos ritos religiosos para ressaltar a espiritualidade.
    Em quatro anos do pontificado de Bento XVI, a única alteração feita na liturgia foi um “motu próprio” que autoriza a celebração de missas em latim.
    Nas cerimônias que presidente, o Pontífice também voltou a entregar a hóstia na boca dos fiéis, mas não impôs o gesto como regra geral. (ANSA)

  2. O que é isso!??

    Só pode ser brincadeira!!

    André Víctor

  3. Caro Danilo, Salve Maria!

    O boletim da Sala de Imprensa de hoje sequer foi publicado (http://212.77.1.245/news_services/bulletin/bollettino.php?lang=po). Quem lançou esta informação foi a AGI, sem citar nada de muito confiável a não ser um vago “Al momento non esistono proposte istituzionali riguardanti una modifica dei Libri Liturgici in uso” que teria sido dito pela Sala de Imprensa (Quem? Pe. Lombardi? Não dizem… [ops, agora vi que você citou: Ciro Benedettini]). Tudo soa muito estranho. Algumas possibilidades:

    a) A notícia é verdadeira e os modernistas correram para mostrar suas garras e deixar claro que haverá oposição, especialmente criando problemas para o Papa junto à opinião pública, escancarando um racha na Cúria através do órgão de relacionamento da Santa Sé com o mundo, i.e., a Sala Stampa, tal como fizeram no caso Williamson ;

    b) A notícia foi plantada pela Congregação para o Culto Divino através do testa de ferro Tornielli para ver qual seria a reação da oposição; o Papa teria então um panorama mais amplo para poder refletir sobre o momento oportuno de tomar estas medidas. Isso foi feito diversas vezes com o de longa data anunciado motu proprio, sendo que os boatos tiveram seu ápice na publicação da Ecclesia de Eucharistia (2003) e subseqüentemente na publicação da Redemptionis Sacramentum (2004)… e mais recentemente no rumor de que seria publicado uma instrução esclarecendo alguns aspectos de Summorum Pontificum, mas que se encontra até hoje dormindo nas gavetas do escritório do Papa e, muito provavelmente, nunca sairá de lá.
    G. M. Ferretti

    Agosto 24, 2009 em 1:54 pm

    http://fratresinunum.com/2009/08/22/a-reforma-de-reforma-se-aproxima-novas-proposicoes-da-congregacao-para-o-culto-divino/#comments

  4. Como sempre, os modernistas, sempre contra a Santa Igreja Católica e contra o Santo Papa!

  5. As portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela. É nisso que vou me agarrar. Triunfaremos.

  6. Sim, sim, sim. Já comentei a notícia da ANSA la no Fratres…
    Bento XVI precisa dar uma orientação ao mundo…
    …E uma ordem direta e reta ao Brasil: Ecclesia de Eucharistia, Redemptionis Sacramentum, Sacramentum Caritatis, etc. Todos esses documentos viraram realmente letra morta, graças ao infame documento 43 e aos dois cadernos de estudos, todos da CNBB. Os documentos CNBBistas parecem gozar de maior prestígio que todas as orientações pontificias.

  7. Até parece que algum bispo acatará as orientações do Papa. O estrago já foi feito. O ponto de retorno já passou.
    Qualquer documento feito com o intuito de devolver a sacralidade da Santa Missa será em vão. Ninguém escuta mais o Papa. É uma nova igreja e uma nova fé.
    O papa abriu mão das chaves petrinas, compartilhando-a com os colegiados episcopais, AGORA AGUENTA AS CONSEQUÊNCIAS. (Sim, Viva o CVII)

    Viva a Igreja democrática, na qual quem faz mais barulho manda.
    Sinto muito Bento XVI. O estrago já foi feito.

  8. Caríssimo Jorge, Laudetur Dominus!

    Amém a tudo quando você pediu em oração. Mas não podemos nos esquecer que o prblema é muito maior do que simples definição de diretrizes.

    É necessário que todos interessados na “re-sacralização” da Santa Missa se esforcem para, desculpe o termo, “pentelhar” os sacerdotes pela aplicação das novas normas.

    E que seja todos juntos, como um pandemia, mas não de H1N1 porque como já vimos ela é anti-clerical… ;)

    Pax et Salutis

  9. Estranhei um pouco o protesto da Montfort. Fedeli e outros tradicionalistas não costumam ser contra o “abraço da paz”, que “transformou a missa em feira-livre” e não sei que mais?

  10. Aguardemos! O Santo Padre sabe o que faz.

    Rezemos, rezemos muito por ele e pela Igreja!

    Quanto à Gripe anti-clerical…bem, muitas do que se diz só revela, ou ignorância, ou um aproveitamento da epidemia para promover o anti-clericalismo (leia-se mais exactamente, o anti-catolicismo!

    Comunhão na mão? NUNCA!

    Sou enfermeiro e em todas as formações que tive por causa da Gripe A, em todas se diz que o vírus não se transmite pela água, nem pela que é ingerida/alimentos.

    Já a lavagem das mãos é imprescindível!

    Tanta preocupação em que se alterem ritos litúrgicos (como se alguem tivesse autoridade para tal), mas já agr, pq nao procurarem que se procurem menos os transportes publicos (de preferência os da campanha ateísta eheheh)? Ah pois é… a suposta “ecologia” fala mais alto…

    Ou proibir concertos em recintos fechados?

    Ou proibir as nauseantes manifs gayzistas?

    etc…etc..etc…

    O vírus, nessas concentrações de pessoas, anda atenuado, querem ver?? Só nas igrejas é que ele actua, o mauzão!

    Enfim… Incoerências!

    Um abraço de Portugal irmão, Terra de Santa Maria!

  11. Uma dúvida: a forma “dialogada” da Missa aqui no Brasil não tinha data para terminar?

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