Exaltação da Santa Cruz

Festa de Exaltação da Santa Cruz, antecipada. Missa cantada. Dois anos de entrada em vigor do Summorum Pontificum. Incenso e gregoriano. Sacrifício latrêutico, eucarístico, propiciatório e impetratório. Sacrifício vere et proprie. A Deus, em nosso favor. Obrigado, Senhor.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

15 comentários em “Exaltação da Santa Cruz”

  1. Jorge,

    Que felicidade ver estas fotos. São um pequeno registro daquela Santa Missa. Lá, todos o nossos sentidos foram direcionados para a Divina Liturgia. O som do Gregoriano, o incenso, a luz das velas, os passos do sacerdote, a reverência dos que ali estavam, as orações em Latim, enfim, o Céu na Terra.

    Muito obrigado!

  2. Caro Jorge,

    A propósito, se foi mesmo cantada, os presentes puderam ouvir uma das mais belas melodias gregorianas de todo o Gradual Romano, composta para o gradual “Christus factus est”, de inegável acento sacrificial/redencional, e que se pode ouvir nesta excelente gravação do link abaixo:

    http://www.youtube.com/watch?v=GuqVWX-9KKg

    Este é o mesmo gradual da Missa de Lava-Pés no rito tradicional, que, para a Missa Nova, Bugnini fez questão de retirar, colocando no lugar o gradual “Oculi ómnium”, que acentua… o banquete! Fosse uma alteração isolada, ainda que bastante discutível à luz da milenar tradição daquele outro texto na referida liturgia, poderia até passar sem maiores problemas. Mas sabe-se bem a que utilidade, juntamente com outras centenas, essa modificação se prestou.

    Ao longo dos últimos seis séculos, esse texto também inspirou muitas composições polifônicas, dentre as quais destacaria o moteto homônimo de Anton Bruckner, que soube, neste precioso caso, livrar-se da escola romântica que tanto contaminou a música de seu tempo e que dela se instrumentalizou:

    http://www.youtube.com/watch?v=i6fAT3iGRWc

    Por fim, sem relevante desmérito à beleza das fotos que compartilhou com todos, chamou-me a atenção os microfones no coro: bem dispensável, e igualmente inadequado para o gregoriano e, em geral, para o canto da liturgia da Missa. Sempre quando possível, exortemos padres e cantores a desenvencilharem dessa inovação tecnológica, rarissimamente necessária e mui frequentemente dessacralizante. Arrisco-me a dizer que qualquer grupo de fiéis ou sacerdotes “viciados” em microfones seria capaz de, em pouquíssimo tempo de persistência, reconhecer a enorme vantagem da voz bem colocada e sem amplificação.

    Em Cristo e Maria,

    Antonio

  3. Antonio,
    As Vesperas de hoje comecam com a Vexilla Regis.
    Voce sabe onde eu posso baixar esse canto?

  4. Jorge, esse é um ponto que nunca vou entender. Não conheço nenhum momento na Bíblia onde Cristo ordena que se venere ou cultue dois pedaços de pau amarrados ou colados. Muito menos o mesmo objeto com uma representação de um cadáver torturado.

    Existe alguma fundamentação bíblica para isso?

  5. Mallmal,

    Você vai começar a entender melhor quando largar o fundamentalismo protestante. O Catolicismo não é uma “religião do livro”.

    Não existem ordenanças expressas na Bíblia para que se venere a Cruz de Cristo, nem as rubricas da festa da Exaltação da Santa Cruz constam nas Escrituras Sagradas. Mas São Paulo dizia que “nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (I Coríntios 1,23). E é o mesmo São Paulo a dizer aos Gálatas: “Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi apresentada a imagem de Jesus Cristo crucificado?” (Gálatas 3,1b).

    Abraços,
    Jorge

  6. “Mallmal”, nao me leve a “mal” mas essa pegou “mal”.

  7. Prezado Roberto,

    Salve Maria!

    Não entendi precisamente o que você me pediu: se a notação gregoriana para o “Vexilla Regis”, ou se uma gravação (áudio) para o mesmo hino. Na dúvida, adianto-me com ambas. A partitura pode ser encontrada em vários livros disponíveis gratuitamente no site http://www.musicasacra.com, dentre os quais o “Officium Majoris Hebdomadae et Octavae Paschae (1923)” (p. 339), “Liber Brevior (1954)” (p. 228) e “Liber Usualis (1961)” (p. 575).

    Curiosamente, neste último só se acha o hino ao longo da liturgia das Vésperas do Primeiro Domingo da Paixão (da Missa “Judica me Deus”), porque àquela altura o então todo-poderoso Bugnini já havia promovido tanto a supressão da festa da Descoberta da Santa Cruz (comemorada no calendário pré-bugniniano em 3 de maio, em cujas Vésperas também se canta o hino) quanto a alteração dos ofícios de sexta-feira da Paixão. Abrindo-se parênteses quanto a isso, mons. Bartolucci, ex- mestre-de-capela da Capela Sistina, conta-nos um episódio para lá de esclarecedor numa recente entrevista:

    http://fratresinunum.com/2009/08/17/resista-maestro-resista/

    Nas entrelinhas, ele também nos dá mais uma evidência de que nem tudo que passa pela canetada de um papa tem seu real e/ou material assentimento, para arrepio dos legalistas.

    Uma gravação com razoável qualidade técnica e musical pode ser ouvida a partir do link abaixo. Com muitíssima adequação litúrgica, o coro da gravação escolheu este hino para canto vário durante o ofertório de uma Missa de tempo da Paixão; infelizmente, no entanto, com acompanhamento de órgão, o que, salvo quando tecnicamente necessário (o que não me parece ter sido o caso deles) teria ignorado uma antiga e longamente reeditada restrição a este instrumento, prescrita para os tempos de advento e quaresma:

    http://www.youtube.com/watch?v=wivAfXH5TGo

    Gravações para dezenas de outras Missas podem ser acessadas pelo link do usuário abaixo:

    http://www.youtube.com/profile?user=konigskinder&view=playlists

    Enfim, a rápida abolição do milenar “Vexilla Regis” é mais uma evidência de que, para mons. Bugnini, a solução do escândalo da cruz entre os protestantes e pagãos pela mitigação de sua doutrina teria mais valor do que sua salvífica pregação. Não tenho, no momento, condições de confirmar minhas suspeitas, mas provavelmente, se o hino tiver sido mantido no novo breviário (Liturgia das Horas), deve estar muito encostado num canto do livro, em vernáculo, sem música, e com a indicação de “opcional” — tudo à semelhança do que fizeram com o “Dies Irae”.

    Em Cristo e Maria,

    Antonio

  8. Antonio,
    Muito obrigado pelos esclarecimentos.
    Era isso mesmo,eu queria ouvir esse belo canto,de fato sem o orgao, ficava melhor mas tem varias outras gravacoes, ali mesmo no link que voce indica.
    Pois e, no meio tradicionalista existe uma ignorancia e um desprezo pelos efeitos das mudancas(decadas de 40 e 50), nas rubricas e no calendario, sobre os ritos liturgicos.
    Lamentavel.
    Mais uma vez obrigado.

  9. Caro Roberto,

    Observe apenas que, entre as demais gravações, há uma (ou algumas) que tem texto e canto um pouco diferentes. Trata-se provavelmente de uma versão da Igreja milanesa, cunhada ao longo de sua antiquíssima tradição, apesar de que a música não se pareça com o que modernamente se identifica como “canto ambrosiano”. Deve ser uma adaptação gregoriana (mais ou menos antiga) à versão do texto do hino tal como lhes foi transmitida desde o séc. VII.

    Salve Maria!

    Antonio

  10. Jorge,

    Que bom ver essas fotos! Lembrei-me da celebração do ano passado: belíssima!

  11. Jorge,

    (não vou citar porque há poucos comentários)

    Ok,

    Então QUEM decide os símbolos e os ritos?
    Seres humanos passíveis de falhas e interessados em Política e Finanças?

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