Carta aos fiés de Olinda e Recife – Dom Leme

[Carta pastoral do Cardeal Leme, em 1916, quando era Arcebispo de Olinda e Recife. Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra foi o segundo arcebispo desta diocese. O atual Arcebispo, Dom Fernando Saburido, é o oitavo. Muitas águas corridas neste quase um século… Muitas coisas mudaram e, outras, continuam as mesmas…

Fonte: Adversus Haereses. Grifos meus.]

Ora, da grande maioria dos nossos católicos, quantos são os que se empenham em cumprir os mandamentos de Deus e da Igreja? É certo que os sacramentos são caudais divinos por onde corre a seiva vivificadora da fé. E, no entanto, parte avultada dos nossos católicos vive afastada dos sacramentos. A Penitência e a Eucaristia, focos de luz divina, são sacramentos conhecidos tão somente da maioria eleita dos nossos irmãos. E os outros? Não carecem do perdão magnânimo do Cristo? Não precisam, quem sabe, das luzes, do conforto e das inenerráveis graças do Pão Eucarístico? Não são católicos! É que são católicos de nome, católicos por tradição e por hábito, católicos só de sentimento. Ensinou-lhes uma santa mãe a beijar a cruz e a Virgem. Eles ainda o fazem. Mas, das práticas cristãs, dessas que purificam e salvam, eles se apartaram desde os primeiros dias da mocidade. (…)

Somos a maioria absoluta da nação. Direitos inconcussos nos assistem com relação à sociedade civil e política, de que somos a maioria. Defendê-los, reclamá-los, fazê-los acatados, é dever inalienável. E nós não o temos cumprido. Na verdade, os católicos, somos a maioria do Brasil e, no entanto, católicos não são os princípios e os órgãos da nossa vida política. Não é católica a lei que nos rege. Da nossa fé prescindem os depositários da autoridade. Leigas são as nossas escolas; leigo, o ensino. Na força armada da República, não se cuida da Religião. Enfim, na engrenagem do Brasil oficial não vemos uma só manifestação de vida católica. O mesmo se pode dizer de todos os ramos da vida pública.

Anticatólicos ou indiferentes são as obras da nossa literatura. Vivem a achincalhar-nos os jornais que assinamos. Foge de todo à ação da Igreja a indústria, onde no meio de suas fábricas inúmeras, a religião deixa de exercer a sua missão moralizadora. O comércio de que nos provemos parece timbrar em fazer conhecido que não respeita as leis sagradas do descanso festivo. Hábitos novos, irrazoáveis e até ridículos, vai introduzindo no povo o esnobismo cosmopolita. Carnavais transferidos para tempos de orações e penitência, danças exóticas e tudo o mais que o morfinismo inventou para distração de raças envelhecidas na saturação do prazer.

Que maioria-católica é essa, tão insensível, quando leis, governos, literatura, escolas, imprensa, indústria, comércio e todas as demais funções da vida nacional se revelam contrárias ou alheias aos princípios e práticas do catolicismo? É evidente, pois, que, apesar de sermos a maioria absoluta do Brasil, como nação, não temos e não vivemos vida católica. (…)

Os deveres religiosos, como não cumpri-los? Ou cremos em Deus e na sua Igreja ou não cremos. Sim? Então não podemos recusar obediência ampla e incondicional às suas leis sagradas. Não cremos em Deus e na Igreja? Nesse caso, não queiramos esconder a nossa descrença. Digamo-lo francamente: não somos católicos. Se, porém, temos a dita de o ser, não há tergiversação possível. Pautando a vida pelos ditames do Credo e dos Mandamentos, deles não nos é permitido selecionar o que nos agrada e o que nos contraria as paixões. Seria ofender a consciência e faltar à coerência. Dessa incoerência, menos rara do que se pensa, resulta a quase nenhuma influência dos princípios regeneradores do cristianismo nos atos da vida individual. E não é só. Privados do influxo benéfico e incomparável do Cristo, privamos a família, a sociedade e a pátria da nossa influência salvadora. Se Cristo não atua sobre a nossa vida individual, como poderemos atuar sobre o meio social?

E, no entanto, da influência social dos católicos é certo que muitos precisa a nossa pátria amada. Ela tem o direito indiscutível a exigir de nós uma floração de virtudes privadas e cívicas que, estimulando a todos no cumprimento do dever, em todos se infiltrem para germe de probidade e são patriotismo.

Da nossa parte, a consciência nos impele a nos desobrigarmos dos deveres que temos para com a sociedade e a pátria. Eles nascem da fé que nos anima e vivifica. Temos fé, somos possuidores da verdade! Como não querer propagá-la? Como não difundi-la? Seria desumano que pretendêssemos insular a nossa fé nas inebriações de perene doçura extática.

É natural, é cristão, é lógico que devo pôr todo o empenho em que meu Deus seja conhecido e amado. Devo esforçar-me para que se dilate o seu reinado e ele – o meu Jesus – viva e reine, impere e domine nos indivíduos, na família e na sociedade. Devo esforçar-me, em tudo e por tudo, para que o meu Deus, Mestre e Senhor, viva e reine, principalmente, nos indivíduos, na família e na sociedade que, irmanadas comigo nos laços do mesmo sangue, da mesma língua, das mesmas tradições, da mesma história e do mesmo porvir, comigo vivem sobre a mesma terra, debaixo do mesmo céu.

Sim, ao católico não pode ser indiferente que a sua pátria seja ou não aliada de Jesus Cristo. Seria trair a Jesus; seria trair a pátria! Eis por que, com todas as energias de nossa alma de católicos e brasileiros, urge rompamos com o marasmo atrofiante com que nos habituamos a ser uma maioria nominal, esquecida dos seus deveres, sem consciência dos seus direitos. É grande o mal, urgente é a cura. Tentá-lo – é obra de fé e ato de patriotismo.

Fonte: Deus e a pátria: Igreja e Estado no processo de Romanização na Paraíba (1894-1930) / Roberto Barros Dias. – João Pessoa, 2008.

Vejam as imagens

1. Bispos brasileiros celebrando versus Deum em Roma. C’est vraiment incroyable, mas há fotos. O Fratres in Unum também noticiou. Pelo que ouvi dizer, o Cardeal Odilo Scherer não celebrou…

2. Está na hora de reconsiderar o uso da Tiara Papal? A pergunta é pertinente. Afinal de contas, trata-se de uma questão ecumênica: todos os Patriarcas ortodoxos usam suas coroas. Como disse o pe. Clécio: “por razões ecumênicas lamento que o Bispo de Roma, o primus inter dispares, seja o único patriarca da cristandade sem coroa”.

3. Agressão a católicos que rezavam um rosário pela vida: já está virando praxis. Após Neuquén e Tucumán, agora é a vez de Bordeaux. “Mesmo importunados por uivos, xingamentos, ironias, e claro, muitas blasfêmias ao megafone, os intrépidos católicos terminaram seu rosário, para a maior glória de Deus e honra da Santíssima Virgem!” – serão recompensados. E até quando será tolerado todo tipo de agressão aos católicos?

Mais sobre a garota da Uniban

Comentei aqui en passant, há alguns dias, sobre Geizy Arruda, a garota da Uniban. Hoje, li mais duas coisas sobre o assunto.

1. Padre Zezinho disse que a confusão “sobrou para os católicos”. Não estou acompanhando o caso e, por isso, não sei se Geizy declarou em algum momento ser católica praticante. Aparentemente, o problema apontado pelo sacerdote foi que “alguns provedores na Internet, entre eles o Google News, deram um jeito de falar do país da tanga e da quase nudez nas praias e da nossa maioria católica”.

Já falei algumas vezes: maioria de batizados, sim, sem dúvidas. Maioria católica, é questionável. Ser católico é mais do que ser batizado. Sem dúvidas há uma grande incoerência na conhecida depravação moral do maior país católico do mundo, mas o problema está justamente no fato de que os “católicos” não se comportam como católicos. As vestimentas da srta. Geisy não são fruto da cultura católica brasileira, é evidente. Seria incrível se alguém pudesse, em consciência, insinuar isso.

2. (Via Veritatis Splendor) Uma comissão da CNBB protestou contra a expulsão da aluna. “[T]anto as agressões dos alunos como a expulsão da estudante são ‘inaceitáveis'”; esta declaração vá lá, tolere-se, porque é evidente que a agressão dos alunos foi inaceitável, e punir somente a agredida – embora não inocente – parece injusto.

No entanto, a frase seguinte está obviamente errada. Para o “assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Educação, Luiz Antônio Amaral”, a garota estava “no direito (!!) de usar aquela indumentária”. Como assim, “direito” de estar seminua em uma universidade? De onde surgiu este direito? Será que a tal Comissão Episcopal Pastoral para Educação sabe do que está falando?

Tal declaração não é digna nem mesmo de um organismo que se pretenda meramente educativo, muito menos de uma comissão que leva o nome de “Episcopal”! Não quero nem imaginar que outros “direitos” possuem, na cabeça de semelhante comissão, os estudantes universitários. Vergonha.

“Sobre a suposta discrepância entre os Evangelhos com respeito à genealogia de Nosso Senhor” – Eusébio de Cesaréia

Sobre a suposta discrepância entre os Evangelhos com respeito à genealogia de Nosso Senhor

Uma vez que a genealogia de Cristo nos é dada de diferentes maneiras por Mateus e Lucas, supondo-se em geral que estejam em desacordo em suas afirmações; e uma vez que todo crente, pelo desejo de conhecer a verdade, tem sido levado a empreender alguma investigação para explicar as passagens, podemos também acrescentar o relato que nos chegou. Referimo-nos à história sobre essas passagens com respeito à harmonia da genealogia dos Evangelhos que nos foi transmitida por Africano numa epístola a Aristides. Depois de ter refutado as opiniões dos outros, considerando-as forçadas e fictícias, apresenta o relato, por ele mesmo certificado, com as seguintes palavras: “Era costumeiro em Israel calcular os nomes das gerações, ou de acordo com a natureza ou de acordo com a lei: de acordo com a natureza, pela sucessão de filhos legítimos; de acordo com a lei, quando outro criava filhos em nome de um irmão que houvesse morrido sem deixar filhos. Pois uma vez que a esperança de uma ressurreição ainda não fora claramente dada, imitavam a promessa que se cumpriria por um tipo de ressurreição mortal, com vistas a perpetuar o nome da pessoa que morrera. Portanto, alguns dos que estão inseridos nesse quadro genealógico sucedem-se uns aos outros na ordem natural de pai e filho; alguns, repetindo, nasceram de outros, tendo sido atribuídos a outro pai por nome, tendo sido registrados tanto os pais reais quanto os atribuídos. Assim também, os Evangelhos não fizeram declarações falsas, quer calculando pela ordem da natureza, quer de acordo com a lei. Visto que as famílias descendentes de Salomão e de Natã foram de tal maneira misturadas por substituições em lugar dos que haviam morrido sem filhos, de acordo com casamentos e perpetuação de descendência, as mesmas pessoas são devidamente consideradas em um aspecto pertencente a uma delas e em outro aspecto à outra. Assim é que ambos os relatos são verdadeiros, ou seja, dos que foram considerados pais, e dos que realmente foram pais, e chegam a José com considerável complexidade, é verdade, mas com grande precisão. Para que isso, contudo, possa tornar-se evidente, vou estabelecer as séries das gerações. Calculando (na genealogia de Mateus) as gerações desde Davi, passando por Salomão, descobre-se que o terceiro de trás para frente é Matã, que gerou Jacó, pai de José. Mas calculando, como Lucas, desde Natã, o filho de Davi, descobrir-se-á que o terceiro é Melqui, cujo filho era Eli, o pai de José. Sendo José, portanto, nosso objeto proposto, vamos mostrar como aconteceu de cada um ser registrado como seu pai: Jacó, conforme se deduz de Salomão, e Eli, de Natã; também, como aconteceu de esses dois, Jacó e Eli, serem irmãos; e, além disso, como se comprova que os pais dele, Matã e Melqui, sendo de famílias diferentes, são avôs de José.

Matã e Melqui, tendo se casado em sucessão com a mesma mulher, tiveram filhos irmãos pela mesma mãe, pois a lei não proibia a uma mulher que tivesse perdido o marido, quer por divórcio, quer pela morte dele, casar-se de novo. Matã, portanto, que remonta sua linhagem a Salomão, primeiro teve Jacó, por meio de Esta, pois é esse o seu nome conforme transmitido pela tradição. Com a morte de Matã, Melqui, que remonta sua descendência a Natã, casou-se com ela, pois era da mesma tribo, ainda que de outra família, e, conforme se disse, teve o filho Eli. Assim, portanto, vamos encontrar duas famílias diferentes, Jacó e Eli, irmãos pela mesma mãe. Um desses, Jacó, pela morte do irmão, casou-se com a viúva, tornou-se pai de um terceiro, ou seja, José, seu filho tanto pela natureza como por atribuição. Assim, está escrito: Jacó gerou José. Mas de acordo com a lei, era filho de Eli, pois Jacó sendo seu irmão, deu-lhe descendência. Desse modo, a genealogia traçada também por intermédio dele não será considerada imprecisa, sendo, de acordo com Mateus, dada da seguinte maneira: “mas Jacó gerou a José”. Mas Lucas, por outro lado, afirma: “que era o filho, conforme se supunha [pois isso também ele acrescenta], o filho de José, o filho de Eli, o filho de Melqui”. Visto que não era possível expressar a genealogia legal de modo mais distinto, ele omite por completo a expressão “ele gerou”, numa genealogia como essa, até o fim; tendo chegado a Adão, “que era filho de Deus”, resolve toda a série referindo-se a Deus. Isso também não é impossível de provar nem conjectura vã. Pois os parentes de Nosso Senhor, de acordo com a carne, seja para apresentar as próprias origens ilustres, seja para simplesmente mostrar o fato, mas de qualquer maneira apegados estritamente à verdade, também transmitiram os seguintes relatos: Salteadores da Iduméia, em ataque a Asquelom, cidade da Palestina, levaram Antípatro cativo junto com outras pessoas, do templo de Apolo, construído perto das muralhas. Ele era filho de um Herodes, ministro do templo. O sacerdote, entretanto, não foi capaz de pagar o resgate pelo filho. Antípatro foi instruído nas práticas dos idumeus e, mais tarde, amparado por Hircano, o sumo sacerdote da Judéia. Ele foi subseqüentemente enviado por Hircano numa embaixada a Pompeu e, tendo restaurado a ele o reino, que tinha sido invadido por Aristóbulo, o irmão deste último, teve a sorte de ser nomeado procurador da Palestina. Antípatro, porém, tendo sido traiçoeiramente morto pelos que invejavam sua sorte, foi sucedido pelo filho Herodes que foi mais tarde nomeado rei dos judeus, por decreto do senado sob Antônio e Augusto. Seus filhos foram Herodes e os outros tetrarcas. Esses relatos dos judeus também coincidem com os dos gregos. Mas, como as genealogias dos hebreus tinham sido regularmente mantidas nos arquivos até então, e também as que se referiam aos antigos prosélitos, como por exemplo, o amonita Aquior e a moabita Rute, e aos que se misturaram aos israelitas na saída do Egito, e como a linhagem dos israelitas nada tinha de vantajoso para a linhagem de Herodes, ele foi incitado pela consciência de sua descendência desprezível e destinou todos os registros das famílias deles às chamas, pensando que ele mesmo poderia parecer de nobre origem, pelo fato de ninguém mais ser capaz de traçar sua linhagem pelos registros públicos, ligando-o aos patriarcas ou aos prosélitos e àqueles estrangeiros chamados georae. Uns poucos, porém, dos cuidadosos, quer pela lembrança dos nomes, quer por terem em seu poder de alguma outra maneira, por meio de cópias, registros particulares próprios, gloriavam-se na idéia de preservar a memória de sua nobre descendência. Entre esses estavam as pessoas acima mencionadas, chamadas desposyni por conta de sua afinidade com a família de nosso Salvador. Os que saíram de Nazaré e Koshba, vilas da Judéia, para outras partes do mundo, explicaram que a mencionada genealogia retirada do livro de registros diários era tão fidedigna quanto possível. Desse modo, quer o seja quer não, como eu ou qualquer juiz imparcial diria, certamente ninguém poderia descobrir explicação mais óbvia. E isso, então, deve bastar nesse assunto, pois, ainda que não seja sustentado por testemunhos, nada temos a apresentar que seja melhor ou mais coerente com a verdade. O evangelho, em seu todo, declara a verdade”. Ao final da mesma epístola, esse escritor (Africano), acrescenta o seguinte: “Matã, cuja descendência remonta a Salomão, gerou a Jacó, com a morte de Matã, Melqui, cuja linhagem vem de Natã, ao se casar com a viúva daquele, teve Eli. Assim, Eli e Jacó eram irmãos pela mesma mãe. Morrendo Eli sem filhos, Jacó lhe deu descendência, sendo José pertencente a si de acordo com a natureza, mas a Eli de acordo com a lei. Desse modo, José era filho de ambos”. Até aqui, Africano. Uma vez assim traçada a linhagem de José, há, ao mesmo tempo, possíveis indícios de que Maria também era da mesma tribo, já que, pela lei mosaica, não se permitiam casamentos entre tribos diferentes. Pois a ordem era casar-se com um do mesmo povo e da mesma família, de modo que a herança não fosse transferida de uma tribo para outra. E isso deve bastar no presente ponto.

Eusébio de Cesaréia, “História Eclesiástica”
Livro I, Capítulo VII
CPAD – 1ª Edição
Rio de Janeiro, 1999
pp. 31-34

P.S.: O livro está disponível no scribd.

P.P.S.: A explicação de Africano está imprecisa, porque São Lucas diz-nos que o terceiro a partir de Nosso Senhor é Matthat (cf. Lc 3, 24), e não Melchi (este é o quinto). Uma nota de rodapé no livro do scribd diz simplesmente “nesta passagem Africanus comete um erro”. O mais provável é que, por Melchi, Africano esteja se referindo a Matthat todas as vezes que nomeia aquele. De todo modo, o objetivo do historiador é explicar o motivo da suposta discrepância, e não “retraçar” a genealogia de todos os ascendentes de Nosso Senhor até Adão – um erro de cópia de um nome não compromete a explicação.

A cruel realidade do aborto

Publicado no Contra o Aborto. Trata-se da versão gráfica do procedimento descrito pelo dr. Martin Haskell, “que arrancou aplausos infernais de uma platéia que lhe ouvia atenta”. A quem ainda não leu, recomendo enfaticamente: Aplausos do Inferno.

O vídeo não mostra um procedimento real; as imagens são figuras, e não fotografias e nem filmagens. Mesmo assim, é suficientemente chocante.

Usquequo, Domine… ?

Lo que hemos conseguido juntos y lo que nos queda por conseguir

[Reproduzo email (infelizmente, não tenho tempo para traduzir, mas acredito que o espanhol é facilmente inteligível) recebido do sr. Ignacio Arsuaga, do HazteOir.org. A notícia é excelente, e fala sobre a queda da aprovação ao aborto na Espanha. Há um ano atrás, 57% dos espanhóis aprovavam a reforma na lei do aborto, enquanto 30% lhe eram contrários. Hoje, a situação se inverteu: 60% dos espanhóis rechaçam o projeto de lei, e 35.5% o aprovam. Fruto – entre outras coisas – do excelente trabalho realizado por HO. Quando teremos alguma coisa parecida nesta Terra de Santa Cruz? Urge!]

Hola Jorge!

Seguramente, ya conoces los últimos datos de Opinión Pública sobre la reforma del aborto, publicados el pasado domingo 8 de noviembre.

En efecto, el vuelco es formidable a favor de la causa del derecho a vivir.

El 60 por ciento de los ciudadanos rechaza hoy el proyecto de ley, frente a un apoyo del 35,5 por ciento de la población (fuente: Encuesta de Sigma-Dos para El Mundo).

Entre las mujeres, el rechazo a la reforma es del 60 por ciento; y entre los jóvenes, del 53 por ciento.

El dato más alentador, a mi juicio, es éste: uno de cada tres electores del PSOE rechaza la iniciativa del Gobierno de Rodríguez Zapatero.

Hace un año, en septiembre de 2008, cuando nació Derecho a Vivir, el Instituto Noxa acababa de publicar un sondeo en el diario La Vanguardia.  Entonces, el 57% de los españoles apoyaba la reforma  y sólo el 30 por ciento la rechazaba.

¿Qué ha ocurrido, entre septiembre de 2008 y noviembre de 2009, para producir este vuelco espectacular que pone tan nervioso a los promotores de una reforma indeseable?

La respuesta es: .

Ha sido tu decisión de promover el derecho a vivir junto a otros ciudadanos excelentes, y hacerlo con inteligencia y simpatía, la responsable de este cambio histórico en la Opinión española.

Podías haberte quedado en casa y mirar para otro lado. Nadie te lo habría reprochado. Seguramente, habría sido más cómodo para ti. Pero has decidido actuar por los que no pueden valerse por sí mismos.

Has decidido firmar cuando recogíamos firmas; pegar carteles cuando quedábamos en toda España; enviar cartas a nuestros representantes políticos y sobres rojos al presidente del Gobierno, uno por cada niño abortado en España; manifestarte junto a  millones de ciudadanos cuantas veces sea necesario, recibir en tu ciudad a los autobuses de Derecho a Vivir, disfrutar con nuestras canciones, ir a la puerta del Congreso a cantar villancicos por la vida, difundir el simpático corazón DAV, símbolo ya de una generación de españoles que ha se ha movilizado como nunca a favor del derecho a vivir y el derecho a ser madre…

Hemos dado contigo la batalla de la Opinión Pública y hemos demostrado que es posible ganarla con el único bagaje de la razón, la alegría y la perseverancia. Los datos son concluyentes. Los defensores del aborto se saben minoría, se saben sin argumentos, y apenas les verás en los foros  públicos.

Ahora tenemos por delante la batalla decisiva: conseguir que el proyecto no salga aprobado de las Cortes. Ayúdanos a que los diputados oigan el rechazo clamoroso de la sociedad  española a esta reforma.

HazteOir.org y Derecho a Vivir desarrollarán en los próximos meses más iniciativas que nunca, todas orientadas a un único objetivo: que los diputados sientan el clamor de la calle en contra del aborto.

El primer desafío que nos hemos propuesto es  llegar al millón de firmas antes de que acabe el año. Ya tenemos 500.000 y nos faltan otras 500.000 antes del 20 de diciembre. Bájate aquí el formulario de recogida. Y no olvides enviarnos las que recojas a: calle José Rodríguez Pinilla 23, 28016, Madrid.

Pero hay muchas más ideas en marcha: acciones con el sello de la gente DAV: razonables, sinceras, tenaces, jóvenes, frescas y muy muy divertidas.

Necesitamos fondos para  llevarlas a cabo. ¿Puedes ayudarnos? ¿Puedes hacerte socio de HazteOir.org y contribuir con una cuota mensual de 10 euros? Puedes ayudarnos ahora pinchando en:

http://www.hazteoir.org/haztesocio/haztesocio

Queremos llegar a influir en los diputados y senadores, y queremos hacerlo con iniciativas audaces e impactantes, capaces de atraer por igual la atención de los legisladores y la atención de los ciudadanos a través de los medios de comunicación.

Necesitamos fondos para esta fase decisiva del proyecto de ley del aborto. Ayúdanos uniéndote a HazteOir.org.

Para hacerte socio de HazteOir.org con una aportación mensual desde 10 euros, pincha en:

http://www.hazteoir.org/haztesocio/haztesocio

Hemos conseguido mucho juntos, y vamos a seguir hasta que el aborto sea una aberración del pasado en España.

Muchas gracias por tu compromiso y tu acción a favor del derecho a vivir.

Un afectuoso saludo,

Ignacio Arsuaga y todo el equipo de HazteOir.org y Derecho a Vivir

Leituras apressadas

Estudante mineira pode ser beatificada. “Isabel Cristina lutou até o fim da vida pela virgindade. Ela resistiu ao estupro, mesmo depois de ser golpeada na cabeça com uma cadeira e de ser amordaçada”.

12 razões pelas quais crucifixo não viola liberdade. “A parede branca também é uma declaração ideológica, especialmente se nos primeiros séculos não podia estar vazia”.

Itália: “Esta é a resposta ao Juiz turco de Estrasburgo!”. Leiam, é fantástico! “O prefeito de Assis sugeriu que além dos crucifixos fossem colocados também presépios nas salas de aula. O prefeito da cidade de Trieste esclareceu que tudo permaneceria do jeito que está. A Câmara de Comércio romana pediu que as lojas pendurassem crucifixos […] O prefeito de Galzignano Terme na província de Pádua, Riccardo Roman, ordenou colocação imediata de cruzes em todos os edifícios públicos – não somente escolas, mas também na Prefeitura e museus”.

Apagão em Brasilia foi pior que restante do Brasil: No senado “mordaça Gay” foi aprovada. Na foto: “a Bíblia é homofóbica? E agora, vão rasgar a bíblia?”. No texto: “o projeto fora para votação sem ser comunicado na pauta normal do dia. Foi realmente uma jogada suja, tão suja quanto os que projetaram essa vergonha”.

Alguns pontos sobre a Anglicanorum Coetibus

1. A iniciativa do retorno dos anglicanos à comunhão com a Igreja Católica partiu dos próprios anglicanos – “Nestes últimos anos, o Espírito Santo conduziu grupos de anglicanos a pedir repetida e insistentemente para serem recebidos na plena comunhão católica individual e coletivamente” (AC, preâmbulo).

2. A ereção dos Ordinariatos Pessoais estará sob a responsabilidade da Congregação para a Doutrina da Fé (AC I §1), e eles estão sujeitos a este Dicastério (NC 1); exatamente para que seja feito um acompanhamento mais próximo dos possíveis desvios doutrinários nos quais podem incorrer aqueles recém-saídos da heresia.

3. Estes grupos de anglicanos professam a Fé Católica, expressa no Catecismo da Igreja Católica (AC I §5), o qual foi assinado pelos convertidos como sinal de profissão de Fé e abjuração dos erros passados.

4. Só é possível aos fiéis anglicanos fazerem parte destes Ordinariatos “após ter[em] feito sua Profissão de Fé e recebido os Sacramentos da Iniciação” (NC 5 §1). Aqueles que foram batizados como católicos só podem fazer parte de um destes Ordinariatos se forem “membros de uma família que pertença ao Ordinariato” (id. ibid.).

5. Os ministros anglicanos serão ordenados sacerdotes católicos após uma análise caso a caso. Somente aqueles “que cumprem os requisitos estabelecidos pelo direito canônico e não estão impedidos por irregularidades ou outros impedimentos” poderão ser admitidos “como candidatos às Ordens Sagradas na Igreja Católica” – o grifo é meu (AC VI §1).

6. Os ministros anglicanos não-casados deverão abraçar o celibato (AC VI §1).

7. Apesar de poder celebrar “segundo os livros litúrgicos próprios da tradição anglicana aprovados pela Santa Sé”, o Ordinariato não pode “excluir as celebrações litúrgicas segundo o Rito Romano” (AC III).

8. Os sacerdotes católicos que tenham abandonado a Fé e abraçado a heresia, caso retornem à Igreja, “não podem exercer o ministério sagrado no Ordinariato” (NC 6 §2).

9. Os seminaristas do Ordinariato estudarão junto com os seminaristas católicos da diocese, “especialmente nas áreas de formação doutrinal e pastoral” (AC VI §5); exatamente para garantir que a formação teológica destes futuros sacerdotes seja católica, afastando-se do anglicanismo.

10. A formação dos seminaristas do Ordinariato “naqueles aspectos do patrimônio anglicano que são de particular valor” deve ser feita “em completa harmonia com a tradição católica” (NC 10 §1).

Curtas

– Gostaria de traduzir 1: Obama Betrays the bishops. O presidente norte-americano disse não estar “confortável” com as restrições ao aborto presentes na nova legislação da saúde, e que vai pedir ao Congresso uma revisão dela.

– Apostolado brasileiro Salvem a Liturgia! citado – pela segunda vez – no New Liturgical Movement. São as fotos de uma ordenação presidida por Dom Athanasius Schneider em Anápolis. En passant, o que faz D. Schneider ser Auxiliary Bishop of Karaganda, Kazakhstan é uma coisa que me escapa à compreensão…

– Gostaria de traduzir 2: U.K. Homosexualist Group: Public Sex is an Important Part of Gay Community. É exatamente isso: um grupo inglês de militantes pelos “direitos” homossexuais está insistindo que o sexo gay em locais públicos deve ser tolerado pela polícia. Senão, é homofobia.

– Enquanto isso, a enquete sobre o PLC 122/2006 sai do ar e volta ao ar com os votos zerados por suspeita de fraude. E, enquanto isso, o substitutivo deste projeto é aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais. “A matéria agora será examinada pelas comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de seguir para votação em Plenário. Como recebeu alteração no Senado, o projeto voltará à Câmara dos Deputados”. Quanto tempo até o OutRage! tupiniquim?