Curtas

As maravilhas de uma editora que se diz católica. “É simplesmente incrível como a cada dia que passa os católicos que conhecem a doutrina, a moral e a disciplina oficiais da Igreja se surpreendem com as coisas que encontram nos locais em que tais coisas deveriam ser conservadas naturalmente”. O pior é que, a cada dia, a gente se surpreende menos com essas coisas.

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– Outro exemplo: do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia! É uma revista de liturgia. E tem tanto lixo, de uma ponta a outra do artigo, que eu não sei nem o que comentar. “Nas duas celebrações ficou evidente a relação liturgia e ecologia: as duas celebrações aconteceram em espaço aberto, em contacto direto com a terra e o céu, com o sol e a lua, o ar, as estrelas, a escuridão da noite e a chuva… Os diversos elementos – cestos, vestes, vasos de argila, bombons – foram confeccionados pelas comunidades locais, em projetos de economia sustentáveis… Os textos bíblicos e as palavras (monições, orações, cantos, poemas…) que acompanharam os diversos ritos, faziam clara referência aos elementos cósmicos, ligando o memorial da páscoa de Jesus ao grito da terra, das águas e de toda criação”. Tem horas em que a vontade que dá é a de soltar um palavrão e pronto.

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Apelo aos bispos silenciosos, que [ainda] não assinaram o abaixo-assinado contra o PNDH-3. É simples e rápido. Vão lá.

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Vida: o primeiro instante. É um artigo da conceituadíssima revista de incontestável profundo valor científico, a SUPERINTERESSANTE. Quem tiver estômago para o ler e, depois, comparar com o artigo do Schwartsman que eu comentei aqui na semana retrasada, verá que é praticamente a mesma coisa. Com a diferença de que a revista da Abril publicou o lixo dela em 2005. A Folha, esperou cinco anos para reciclar a porcaria.

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O que Chávez, Zelaya e Lula têm em comum ver com Palpatine? “Atualmente, na América-Latina, observa-se um fenômeno muito peculiar, embora não inovador: utilizam-se de instrumentos democráticos para destruir as bases da democracia, enquanto os líderes se disfarçam como amigos do povo”.

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Uma homenagem ao programa nacional-socialista dos direitos humanos. É uma figura. Cliquem.

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¡Más honestidad, por favor! É de junho passado, mas eu ainda não havia lido. “[H]a de ser obvio por qué demando más honestidad en el presente debate sobre el Concilio. En vez de acusar a otros, incluso al Papa, de desear volver a un pasado anterior al Concilio, habría que aconsejar a todos estudiar sus libros y volver a examinar su posición sobre el Concilio. Porque no todo lo que fue dicho y hecho después del Concilio, fue llevado a cabo en concordancia con el mismo”.

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A situação da Igreja: uma ameaça, uma chance. De Dom Henrique, bispo auxiliar de Maceió Aracaju. “O clero e os religiosos deveriam deixar de lado as ideologias, as teorias pouco cristãs e nada católicas defendidas em tantos cursos de teologia e livros muito doutos e pouco fiéis, e serem mais atentos ao clamor do povo de Deus e aos sinais dos tempos – sinais de verdade, que estão aí para quem quiser ver, e não os inventados por uma teologia ideologizada de esquerda! Além disso, é necessário considerar que a Igreja não é nossa: é de Cristo. Ele a está conduzindo, a está purificando, a está levando onde ele sabe ser o melhor para que seu testemunho seja mais límpido, coerente e puro”.

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Secretária de Educação assina portaria que garante uso de nome social a travestis e transexuais. “Um estudo entitulado Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas, realizado pela Rede de Informação Tecnologia Latino Americana (Ritla), mostrou que a discriminação está presente entre os jovens, na rede pública de ensino do DF. Do total, 16,3% dos alunos com mais de 18 anos, não gostariam de ter homosexuais como colegas de classe. Entre estudantes que têm entre 17 e 18 anos, o índice sobe para 20,5%. Entre os mais novos, com menos de 11 anos, o índice fica em 48,7%. A pesquisa foi realizada com 9.937 estudantes, que foram ouvidos no ano de 2008 em 84 escolas das 14 Diretorias Regionais de Ensino”.

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– E, enquanto isso a Vodafone pede desculpa por mensagem homofóbica publicada por funcionário. Em inglês, com printscreen do tweet que causou a celeuma, aqui.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

44 comentários em “Curtas”

  1. Me impressiona a velocidade com que os militantes homossexuais estão alcançando “direitos”, e mesmo assim sed julgam injustiçados.O que eles querem mais? Que todos nós demos sorrisos afáveis quando depararmo-nos na rua com dois homens se beijando?
    Felizmente, mesmo poucas, existem pessoas que amam a Deus e não ao mundo.

    Beata Jacinta, ora pro nobis!

  2. “O que eles querem mais? ”
    Daqui a pouco vão querer que pratiquemos os mesmos atos a fim de acabarmos de vez com o preconceito.

  3. Aguardem: brevemente a pedofilia também começará a ser questionada (se é errada ou não)… triste mundo…

  4. Prezado,
    O admirável D. Henrique é bispo auxiliar em Aracaju, não em Maceió.
    Abraços do irmão em Cristo,
    Tomás

  5. Jorge, entendo que você é católico ferrenho. Mas por que você é tão medieval?
    Às vezes me parece – e corrija-me se eu estiver errado – que você preza mais a tradição e a liturgia que a evangelização e a mensagem.

    Abraço

  6. “em horas em que a vontade que dá é a de soltar um palavrão e pronto.” [2]

    Alien, não sei se assistiu ao fantástico sobre que há pais/educadores que apóiam a educação sexual (e nós sabemos muito bem a qualidade de educação é essa) com 7 anos!
    Não me supreenderia se elas com um certo tempo tivessem abertamente algum relaciomamento precoce com adultos.

    Em pensar que com 7 anos, crianças não podem ainda nem receber o catecismo para primeira comunhão, somente com 9 anos, devido que dizem (lê-se CNBB) é muito cedo para elas .

  7. Ah, outra coisa:

    Não entendi bem o que o Dom Henrique quis dizer em: “Ele a está conduzindo, a está PURIFICANDO (a Igreja está impura?), a está levando onde ele sabe ser o melhor para que seu testemunho seja mais límpido, coerente e puro”

  8. Não sei por que me dou ao trabalho de responder o Mallmal nessas questões tão subjetivas (e que nem foram direcionadas a mim), mas acho que a resposta será de bom proveito.

    Mallmal, se você fosse católico, provavelmente saberia por experiência própria que nem todo tradicionalismo impede a evangelização, e nem toda atividade com a desculpa de “evangelizar” e “passar a mensagem adiante” consiste numa evangelização verdadeira.

    Essa dicotomia que você apresentou — ou se é “medieval” e tradicionalista, ou se divulga a mensagem — é falsa. É perfeitamente possível pescar de ambas as águas.

    Aliás, Cristo criticou o exagero de ambos os lados.

    A mensagem do Evangelho pode ser prejudicada tanto com o tradicionalismo excessivo quanto com o apelo à receptividade da mensagem. Ora, se você engessa a mensagem em formas sem sentido, ou se, para torná-la palatável, a muda de tal maneira que a mensagem se perde, de qualquer forma você a prejudica.

    Não sei por que isso é tão difícil de entender hoje. Normalmente, a crítica comum só aparece contra, digamos, a tradição. Ninguém parece se importar em perder qualquer mensagem (não apenas religiosa) em prol da forma mais palatável possível. Ora, de que adiantaria o esforço, então?

  9. Que reportagem nojenta da Super Interessante!! Deus meu, quanto lixo escrito por uma revista pseudo científica.

    E eles ainda erram ao afirmar que o judaísmo só confere ao embrião com mais de 40 dias a categoria de ser humano, pois esse é o judaísmo da Mayana Zatz, judia não praticante (acha que só existem católicos não praticantes?). O judaísmo também condena o aborto antes dos 40 dias.

    Tem um indivíduo lá, Peter Singer, que chega a falar que o embrião de um macaco vale mais que um bebê como a Marcela de Jesus ou a Giovana, e ele nem se prestou a dizer que valia mais que o embrião de um bebê anencéfalo!

    Aaaaaai, dá vontade de abrir a cabeça desse povo e marretar as coisas no devido lugar.

  10. Pedro, a minha pergunta não forçou uma dicotomia.

    O que não entendo é o apego excessivo à tradição e ao aparato litúrgico formal, que são coisas que não vieram de Cristo ou sequer de Deus e que mantém e amplificam paulatinamente um anacronismo absurdo que afasta os fiéis da ICAR e os fazem buscar outras confissões cristãs.

    A impressão que os membros mais ferrenhos da ICAR me passam, como o Jorge, é a de que a sociedade é que deve se adaptar ao aparato da Igreja e não o contrário. Concordaria (e claro que estou falando teoricamente, pois acho que não é segredo para ninguém o meu ateísmo) se tais obrigações de defesa da tradição per se possuíssem fundamentação teológica forte, o que não me parece ser o caso.

    No caso da cerimônia com os índios, que mal há em celebrar a Natureza se, segundo os vossos princípios, ela é uma criação divina e preenchida por seu Deus onipresente? Onde o Jorge apenas enxerga um sincretismo disfarçado com o Paganismo eu vejo apenas uma tentativa de flexibilização da postura da ICAR, sem qualquer rompimento dogmático significativo. Uma tentativa de aproximação com a sociedade local que é muito mais válida que, por exemplo, usar vestidos longos, coroas, estolas e chapéus ou de rezar em latim.

    Aposto que no dia em que a missa tridentina se tornou não-obrigatória havia um Jorge lá por perto reclamando, se sentindo ofendido e com vontade de soltar um palavrão. Mas foi essa atitude que provavelmente evitou um (ainda maior) esvaziamento das cadeiras das suas igrejas.

    Em nenhum momento a ICAR recebeu “ordens superiores” de não evoluir juntamente com a sociedade. Ao contrário, o seu alegado fundador sempre foi o primeiro a adaptar-se à sociedade em que vivia, desde que não houvesse conflito com a teologia que difundia.

    “Aliás, Cristo criticou o exagero de ambos os lados.”

    E Cristo não falava latim. É aí mesmo que reside meu questionamento.

    Um abraço.

  11. Karina, eu entendo a sua revolta. Às vezes eu também me impressiono com a perversidade e mentira hipócrita de tantas pessoas.É um verdadeiro bombardeio de atrocidades.
    Estava conversando ontem com minha irmã, e chegamos já a conclusão que não dá para esperar absolutamente nada de bom desse mundo,que está cada vez mais decadente.Nós devemos, claro, lutar sem nos deixar abater.Mas infelizmente poucos escolhem a estrada estreita.
    A Paz de Cristo e de Nossa Senhora pra você.

  12. Falou o liturgista … aliás, perceberam a proximidade entre o pensamento ateu e o pensamento TL?

    Abraços e fiquem com Deus,

    Léo

  13. Mallmal,

    O mal que “há em celebrar a Natureza” é que a Missa não é para celebrar a natureza, e sim para oferecer ao Deus Altíssimo o Seu Divino Filho em sacrifício em expiação pelos nossos pecados. Você só não vê o “rompimento teológico significativo” disso porque tem uma tremenda má vontade para com o dogma católico.

    A demolição da Tradição Católica nos últimos quarenta anos foi exatamente o que provocou o esvaziamento das igrejas. Todos os dados, sem exceção, mostram isso. Até os novos casos de ressurgimento atuais ocorrem justamente em ambientes onde se valoriza a tradição, como mostra uma pesquisa americana que eu citei aqui recentemente.

    Nosso Senhor falava latim sim, posto que foi interrogado por Pilatos, que era romano e falava latim.

    Ademais, como bom judeu, Nosso Senhor falava o hebraico litúrgico ao lado do aramaico do quotidiano, e o hebraico era para o judaísmo a mesma coisa que o latim é para a Igreja. Inclusive Nosso Senhor falou em hebraico no Calvário.

    Abraços,
    Jorge

  14. “As muitas razões, que a Igreja Catholica tem, e teve desde seu principio, para no Officio ecclesiastico, como também nas Escripturas Divinas, na Missa, e nas Formas dos Sacramentos não usar das linguas vulgares, senão da latina, se reduzem principalmente a duas. A primeira pela majestade das coisas sagradas, e culto divino, que nos ouvidos, e entendimentos dos rudes podia perder parte da reverencia e estimação, e ficar exposto a muitas interpretações, não só indignas, mas erradas. A segunda, porque sendo a Igreja Catholica uma só, também convinha, que a lingua, de que usasse em todas as partes do mundo, fosse assim mesmo uma, e essa a mais commum e universal, que é a latina.”
    (Sermão Vigesimo Segundo do Rosario, p. 183 do t. XII dos Sermões, ed. Lello e Irmão, 1951, conservada a ortografia original do autor).

  15. Jorge, sem contrariar sua opinião, mas temos certeza de que Jesus realmente falava latim? Não poderia ser Pilatos que, como governate romano na Judéia, aprendeu a língua local (não seria melhor o representante de Roma conhecer a língua do povo dominado para evitar que se tramasse à sua frente) e conversou com Jesus em aramaico?

  16. Pois é, Michele, como eu não posso marretar as coisas na cabeça dos outros, eu peço a Deus todos os dias que dê a eles discernimento do mal que estão fazendo.

    Tenho esperança quando vejo, dia após dias, abortistas ferrenhos se convertendo a defensores da vida.

    É Deus enviando mais operários para essa messe!

  17. Alien,

    Se não fosse um Império poderoso que subjugava e dominava outros povos, sim, sem dúvidas seria melhor o representante de Roma conhecer a língua local. Acontece que estamos falando do Império Romano… :)

    Abraços,
    Jorge

  18. A propósito, Tomas, obrigado pela correção. Já alterei no post.

    O cônego Henrique, antes de ser eleito bispo, pertencia ao clero de Maceió, daí a minha confusão.

    Abraços,
    Jorge

  19. Alien, o Império Romano foi o maior império da humanidade. Quando este caiu devido a Igreja Católica; esse império deixou como ”herança” a sua língua (o latim) que praticamente era falado em vários continentes (mostrando como os povos subjugados pelo Império Romano eram obrigados a falarem o latim).

    Sabiamente a Santa Igreja Católica, viu que seria de bom proveito usar uma língua que foi usada para subjugar vários povos, para evangelizar pelos rincões do decaido Império Romano.

    Pra saber mais, leia essa entrevista com um sacerdote do IBP:

    Porque o latim é a língua própria do catolicismo, sendo que filmes como “A Paixão de Cristo”, por exemplo, mostraram que Jesus falava aramaico?

    Padre Navas – A língua da igreja se estabelece com sede em Roma, e latim era a língua do Império Romano, o que permitiu a expansão da igreja por todos os domínios romanos. Ela serve como veículo de identidade da fé. Se você vir escrituras do século 5º, do século 17, do século 19 e de hoje, é sempre a mesma expressão. Faz com que não haja essa mudança que há, por exemplo, nas obras de Santa Teresa em castelhano antigo, que hoje, traduzidas, não se entende. O próprio decreto do Instituto Bom Pastor é em latim, com uma tradução para o francês. Mas há, na missa tridentina, passagens em hebraico e, também, em grego.

    http://www.montfort.org.br/index.php?secao=imprensa&subsecao=igreja&artigo=20061107&lang=bra

  20. Bom, quando você disse que o Jorge escolhe mais uma coisa do que outra, está implícita uma dicotomia, ou ao menos um trade-off. Enfim.

    Mas seu ponto é que o ritualismo é algo externo, acessório, e faz menos para aproximar a mensagem da Igreja da sociedade do que, digamos, o sincretismo com a cultura local.

    Bom, dependendo da circunstâncias, daria até para concordar contigo nesse ponto, mas essas circunstâncias são bem específicas. São aquelas em que há (como houve muitas vezes) inculturação — não sincretismo — de elementos gregos, latinos, germânicos e celtas na liturgia romana e na maneira de tratar e ensinar a teologia e a doutrina da Igreja.

    A questão é que você não sabe dizer se os elementos tradicionais possuem “fundamentação teológica forte” ou se desprezar esses elementos não causa um “rompimento dogmático significativo”. Isso é uma opinião sua, não uma alegação fundamentada. Você não sabe que característica desses elementos é fundamentada teologicamente, ou o que neles é essencial e o que é acessório.

    Sou acólito há alguns anos, e ao lidarmos com liturgia procuramos distinguir o que é essencial do que é acessório. Muita coisa no rito romano é acessório — o que não siginifica que seja dispensável ou frívolo. Tudo tem sua importância.

    O que há de principal na liturgia romana é a missa, e o que há de principal na missa é a Sagrada Eucaristia. Tudo gira em torno dela. Pode-se dizer que muitos dos ritos, gestos, palavras, paramentos são apenas acessórios; porém, se os tirarmos ou modificamos, corre-se o risco de enfraquecer a percepção da essencialidade da eucaristia.

    Há um exemplo notório disso. A missa tridentina — já que você tocou no assunto — é repleta de gestual e de palavras tipicamente acessórios que ressaltam a sacralidade da eucaristia, muito importantes no contexto da Contra-Reforma. Eles foram quase todos tirados ou substituídos na reforma litúrgica de 1969. Na verdade, a reforma não diminuiu a importância da eucaristia (afinal, foi alterado o que era acessório), mas algumas pessoas aproveitaram a “brecha” para desprezar a essencialidade do rito. Hoje, é evidente que em muitas missas não se dá a mesma reverência à eucaristia que antes. Em paróquias infelizmente dominadas pela TL, que retiram quase completamente o significado místico da eucaristia, ela praticamente tornou-se um mero “pãozinho bento”.

    Esse exemplo não seria um problema se a Eucaristia não fosse a manifestação visível do sacrifício divino a que o Jorge se referiu. É possível mudar o que é acessório e manter o essencial sem danos à fé, como ocorreu na reforma de 1969. Mas também houve quem desprezasse também o essencial, a Eucaristia, e dessacralizá-la é sim um imenso abalo à fé católica.

    Respondendo outros pontos:

    Aposto que no dia em que a missa tridentina se tornou não-obrigatória havia um Jorge lá por perto reclamando, se sentindo ofendido e com vontade de soltar um palavrão. Mas foi essa atitude que provavelmente evitou um (ainda maior) esvaziamento das cadeiras das suas igrejas.

    Seitas protestantes existem há quinhentos anos, liberdade religiosa existe há um bom tempo (p.ex., na França, há 230 anos, no Brasil, há quase 200). A mudança da missa tridentina foi há apenas 31 anos e o esvaziamento da Igreja tem aumentado há quarenta anos. É razoável inferir que a mudança do rito da missa não fez absolutamente nada para evitar ou diminuir a fuga de fiéis.

    Em nenhum momento a ICAR recebeu “ordens superiores” de não evoluir juntamente com a sociedade.

    Já mudou muita coisa na Igreja, caso você não saiba. E, se nos basearmos na Bíblia, a orientação é justamente não ceder às pressões da sociedade, que muda de humores e parâmetros de (falsas) moral e justiça ao seu bel-prazer.

    Ao contrário, o seu alegado fundador sempre foi o primeiro a adaptar-se à sociedade em que vivia, desde que não houvesse conflito com a teologia que difundia.

    Pode dar um exemplo? Adianto-me: se você não distingue o que é “teologicamente essencial” na dogmática e liturgia católicas, provavelmente não conseguirar definir onde a sociedade entra em conflito com a “teologia de Jesus”.

    E Cristo não falava latim. É aí mesmo que reside meu questionamento.

    Nem português, mas rezamos a missa em português =)

    Mallmal, compare coisas que podem ser comparadas. Como o Jorge disse, Cristo utilizava o hebraico para a liturgia judaica. Como Jesus pregava nas sinagogas, debatia com doutores da Lei e era chamado de “rabi” (“mestre”), é mais que natural concluir que era um rabino ou alguém semelhante que utilizava o hebraico com frequência na liturgia e ao citar a Lei e os profetas. O hebraico era e até hoje é a língua litúrgica dos judeus como o latim é na Igreja, e o aramaico era a língua vernácula como o português é para nós.

    Abs

  21. As vezes ficamos repetindo palavras e elas se tornam sem sentido. Da última vez que postei, observei uma clara disputa de quem sabia mais a respeito de encíclicas e bulas papais, óbviamente que não acho nada demais a pessoa saber, principalmente o Jorge, que precisa mesmo saber, mas a conversa sobre o tema é boa, mas penso que devemos discutir a vida e os ensinamentos de Jesus que para nós (cristãos) era Deus. Concordo, é claro, que o modernismo desvia os ensinamntos de Jesus, nos tira o foco daquilo que acreditamos, quem apontaria um ensinamento de Jesus que fosse imoral,sem ética, sem caridade,sem amor, sem paz, duvido, nem ateu. E por falar em ateus, respeito mesmo todos os credos, exceto os protestantes, mas porque perdem tempo postando contra Jesus? Vivemos numa época e parece que vai piorando a cada dia, é o aborto(crime)casamento homosexual que já virou moda e comum, em breve no Brasil, aguardem,homosexuais na forças armadas, porque, se lá praticamente só tem homens, curioso,são muitas atrocidades morais contra os ensinamentos de Jesus. Para quem não sabe, está sendo lançado agora nos EUA, em filme onde Jesus tem relações sexuais com homens e em breve no Brasil, o que eles querem? Difamar o nosso Deus Jesus Cristo. Então a nossa vida está de cabeça para baixo, porque eles não vão parar. Defeitos, todos nós temos, mas desvios de conduta, nem todos.

  22. Continuando, depois que lí o Pe. Antonio Vieira, católico para mim é seguir os ensinamentos de Jesus, uma boa sujestão era que cada católico andasse com o sermão da montanha dentro da carteira. Pe. Antonio, sou de Niterói e vejo desmandos e fatos estranhos na arquidiocese daqui, acho que apesar da hierarquia digo pesar, porque aqui é tirania, a igreja não tem dono, mas aqui tem,os donos, eu diria são os chamados fiéis com respeito a hierarquia. E ainda, seguindo os ensinamentos do qual tento me apegar, vejo constantemente e me retiro quando vejo, autoritarismo, deboche,arrogância,e tudo que não foi ensinado, além da politicagem, aqui. Mas vou seguindo, porque tenho convicção dos ensinamentos que são para mim preciosos, não me apoio nos homens, sejam eles quem forem, meu apoio, só em Deus, Jesus e meus pedidos para a virgem Maria.
    Pe. eu não tenho nada contra a missa rezada em latim, mas prefiro que ela seja rezada em Português,quando criança fui coroinha e não entendia nada, não gosto de missa barulhenta, mas também não deixo de ir por causa disso e acredito no purgatório, inferno e Paraíso.O resto não entendo e nem pretendo entender. Sermão da montanha nêles.

  23. Prezado Candido, somente uma curiosidade: a sua frase “respeito mesmo todos os credos, exceto os protestantes”: isso quer dizer que respeita os espiritas, os budistas, os xamãs, os praticandes de umbanda, candonblé, os islâmicos, etc. mas não os luteranos (por exemplo), é isso? Somente curiosidade…
    Obrigado…

  24. É isso mesmo, e com todo o respeito posso te dizer porque.Mas você não é protestante, é? Luterano então nem pensar, para mim todos são protestantes, digo os que se originaram de Lutero, se ainda fosse uma única religião vá lá, mas quantas existem e quais os nomes delas e dos seus fundadores. E tem mais, inventaram ou se autoproclamaram evangélicos por vergonha de serem reconhecidos como protestantes. Dá para levar a sério as lojas que eles fundam e dão o nome que quiserem? Dá para levar a sério a expulsão de diabos o dia todo? Dá para levar a sério que eles acreditam que somente pela fé e não a conduta salvarão? E mais,eu já disse aqui em outro comentário, Lutero foi o maior plagiador da história, simplesmente retirou o que não concordava e colocou o que julgava certo, se fosse hoje seria condenado a pagar direitos autorais, mas naquela época isso não existia e mesmo que existisse pagar a quem? A Deus.

  25. Alien, esqueci de dizer que não odeio os potestantes, apenas não os respeito. Tenho amigos que são protestantes e eles nem comentam comigo porque sabem da minha opinião. Vale a pena eu te contar uma historinha resumida, fui convidado por um protestante a assistir o culto no dia do seu aniversário,não tinha como negar, depois haveria na sua casa a comemoração, mas fiquei na porta da imensa loja, que eles chamam de igreja, no fim, já na rua, uma pessoa se aproximou e me perguntou, você estava aqui não? sim, respondi, pois é não deixa de voltar, é muito bom, muito melhor que a católica, eu perdi um pulmão e depois perdi o outro, eu respondi ao infeliz, com a educação e paciencia que não sei onde achei, ué você então virou peixe? Ele não entendeu nada.
    E tem muitas outras histórias, mas não é para rir, realmente tenho dó.

  26. Caro Cândido,

    Antes que alguém venha fazer uma má interpretação sobre as repetições, por exemplo, das orações; as Sagradas Escrituras ensina esta prática:

    “[Cristo] Foi ter então com os discípulos e os encontrou dormindo. E disse a Pedro: Então não pudestes vigiar uma hora comigo… Vigiai e orai para que não entreis em tentação. (…). Afastou-se pela SEGUNDA VEZ e OROU, dizendo: Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade! Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, (…). Deixou-os e foi orar pela TERCEIRA VEZ, DIZENDO AS MESMAS PALAVRAS . ” (Mateus, 26, 40-44).

    Sobre as discussões:
    “discutir a vida e os ensinamentos de Jesus”

    se Jesus é Deus, sua vida e seus ensinamentos não são discutíveis, não são questionados, são aceitos como verdades de Fé e Moral. Nós discutimos verdades mutáveis, não imutáveis. Temas falíveis, não infalíveis. Não colocamos em discussões dogmas. Por isso é necessário que os católicos tenham não só conhecimento e compreensão do catecismo, como também sobre as “encíclicas e bulas papais”, pois foi a ele (o Papa) que Cristo deu o poder de falar com autoridade a toda a Igreja sobre a verdadeira INTERPRETAÇÃO de seus ensinamentos.

    Sobre esta sua afirmação, muitíssima estranha:”E por falar em ateus, respeito mesmo todos os credos, exceto os protestantes”. Qual é a sua visão sobre o protestantismo e sobre os outros credos?

    “eu não tenho nada contra a missa rezada em latim, mas prefiro que ela seja rezada em Português,quando criança fui coroinha e não entendia nada”

    Então, poderíamos supor que quem é surdo, prefere que a Missa seja rezada em línguas de sinais. A questao não é adaptar a liturgia devido as carências dos fiéis, mas os fiéis serem instruídos para a Santa Missa, para compreensão e vivência dela. O que aconteceu foi uma abolição COMPLETA da língua latina, o que é um absurdo.
    Imagine alguém um dia viajar para um outro país, por exemplo, EUA, mas não sabe falar bem o inglês, porém deixará de assistir a Santa Missa? Será que esta pessoa pelo fato de não entender a “letra”, não poderá se aprofundar no mistério da Santa Missa?

    E por fim:”O resto não entendo e nem pretendo entender”
    Se for idéias revolucionárias, recomendo, não perca seu tempo. Mas se for sobre a doutrina católica, constitui um sério risco para a fé, pois alguém que não tem compreensação sobre sua crença é facil de se “manipulado(a)”.

  27. Aos que não sabem, a genuína doutrina espírita (não este sincretismo que encontramos no Brasil) também é na base da desonesta técnica protestante “corte e costura”. Eles cortam apenas o Cristo “histórico”, alguns chegam a chamar “mitológico” e ALUGNS de seus ensinamentos morais e costuram nos seus textos espíritas. Porém, ela (digo a genuína) é mais perigosa que certas seitas protestantes, pois nea a divindade de Jesus Cristo, sendo assim, o pecado original, a redenção, sacramentos, vida eterna…

    Um livro indicado é do Frei Boaventura Kloppenburg OFM. “Espiritismo: Orientação para Católicos”

  28. “respeito mesmo todos os credos, exceto os protestantes”

    Senhor Candido, se o senhor se diz católico, o senhor deve criticar todaa seita religiosa não só a protestante que é mais uma, quer dizer, várias!

    Assim como o protestantismo trouxe o relativismo para o cristianismo, assim também as falsas religiões levam para o mesmo relativismo e também ao inferno.

    Deixe de relativismo senhor Candido.

    O senhor está até parecendo com uma senhora que freqüentava esse blog se dizendo católica apostólica romana. Mas assim que os assuntos em relação a Sã Doutrina, e a Santa Igreja Católica ia acontecendo, ela demonstrou que era seguidora da Telogia da Aberração!

    Deixe de relativismo senhor Candido!

  29. Magna,
    não só quem não procura conhecer a doutrina católica é facilmente manipulado. É pecado mortal um católico propositadamente se abster desse conhecimento.

    Salve Maria Santíssima!

  30. Jorge, você disse que a missa é a oferta a DEUS de seu Divino Filho em expiação pelos nossos pecados, não querendo discordar em todo, mas do jeito que colocasse parece que levanta aquela acusação dos protestantes de dizer que a missa seria a repetição do Sacrifício do Calvário, quando sempre soube e me foi ensinado que a missa seria a presença, isto é, torna presente o único sacrifício de CRISTO na cruz, então seria mais correto dizer que mediante a esta presença do único Sacrifício de CRISTO na cruz é que ofertamos ao PAI nossos louvores e também nossas preces e súplicas, sobre tudo, o perdão de nossas faltas e a Salvação nossa e de toda humanidade?.

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