Robinho – o intolerante?

A polêmica da vez no Twitter é sobre o Robinho. Ao que parece, o jogador recusou-se a participar de uma visita a um lar espírita para crianças deficientes, porque ele é protestante e “falaram que lá dentro [no “Lar Espírita”] estaria havendo um ritual religioso (espírita)”.

Eu sou católico e não tenho nenhum interesse em defender a religião do atacante do Santos. Mas tenho muito interesse em defender o direito de ir e vir dos cidadãos brasileiros, e tenho interesse em defender a liberdade religiosa – dentro de seus limites – do jogador de futebol protestante.

Instaurou-se uma verdadeira cortina de fumaça na internet. Robinho foi pintado como “intolerante”, como se a sua religião o proibisse de “alegrar crianças espíritas”, e o episódio foi pintado como sendo uma afronta “ao ser humano independente de religião”, et cetera, et cetera.

Comecemos com aquilo com o qual eu concordo. Concordo, sem dificuldades, que a repercussão do episódio foi lamentável – mas o problema, a meu ver, não foi a “intolerância religiosa” do jogador, mas sim – ao contrário – a sua excessiva tolerância. O problema de Robinho não está no fato dele ter sido “intolerante” e não ter querido descer do ônibus do Santos quando este chegou ao lar espírita, mas ao contrário: o problema foi que ele não foi intolerante quando deveria ter sido, e não teve peito de dizer, desde o começo, que não iria fazer esta visita.

Ninguém está obrigado a freqüentar centros espíritas, nem igrejas evangélicas, nem terreiros de macumba nem absolutamente nada. Ao saber que o elenco do Santos iria a um orfanato espírita, o jogador do Santos deveria ter tido a coragem de dizer que não iria. Até onde me conste, ele não era obrigado a acompanhar o resto dos jogadores nesta visita.

[O fato muda se – como a notícia deixa a possibilidade de entender – os jogadores haviam se programado somente para entrar no lar espírita, dizer “oi”, entregar brinquedos (ou o que seja) e sair; e, no entanto, quando lá chegaram, perceberam que estava havendo alguma espécie de culto espírita no ambiente, e por causa disso não quiseram entrar. Neste caso, a culpa do constrangimento é muito mais dos responsáveis pelo lar espírita do que dos jogadores protestantes do Santos.]

O que aconteceu, no entanto, foi que todos os paladinos internéticos da tolerância moderna armaram-se de mil pedras contra o jogador santista, como se ele fosse obrigado a entrar no lar espírita ainda que contra a sua consciência religiosa, ou como se não fazê-lo fosse uma espécie de intolerável preconceito e discriminação. Ora bolas, deixem o pobre do jogador do Santos em paz. Ele tem todo o direito de não querer, por motivos religiosos, tomar parte em um culto espírita. Ainda que não estivesse acontecendo um “culto espírita” no lugar, ele tem todo o direito de não querer associar a sua imagem a uma instituição espírita. Qual o problema com isso?

Por acaso os neo-paladinos da tolerância humanitária estariam obrigados a assistir a uma Vigília Pascal ao fim da qual fossem homenageadas crianças carentes? Ou, caso se negassem a encenar a Paixão de Cristo para alegrar crianças cristãs doentes, seriam uns cretinos sem sentimentos para com as pobres crianças que nada têm a ver com a (falta de) Fé deles? Se os “tolerantes” não pensariam duas vezes antes de afirmar o próprio direito de não tomarem parte em cerimônias nas quais não acreditam ou de não se fazerem presentes em lugares onde se professa uma crença da qual não comungam, qual o motivo do linchamento moral público do jogador do Santos? Hipocrisia, somente?

Repito: concedo, com muita facilidade, que houve em todo o episódio um grande constrangimento que poderia ter sido evitado. Mas o problema não está na “intolerância” nem no “preconceito” de Robinho. O problema não foi ele ter se negado a participar da “festa” no lar espírita, mas [no máximo] a maneira como isso foi feito – e a conseqüente repercussão negativa que isso teve. Critique-se, vá lá, o “jogo de cintura” do jogador ou a sua [falta de] habilidade política, mas não se critique a sua religião. Afinal, ainda não existe no país, nesta matéria, obrigação de agir contrariamente à própria consciência.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

86 comentários em “Robinho – o intolerante?”

  1. Perfeita sua colocação. Concordo plenamente. Hipocrisia geral dos que são os primeiros a atacar a religião dos outros.

  2. A mídia quer forçar os jogadores a fazer propaganda para o sistema da NOM relativista e uma das coisas é isto(miscelãnia religiosa).Outro dia vi um comercial onde debochavam descaradamente do Kaká(EU ACHO QUE ELE FEZ O COMERCIAL SEM SABER O SIGNIFICADO DO BODE).Ele (que quer ser pastor)fez uma propaganda para um refrigerante que é de uma empresa iluminati e tem o “bode”(representando o tal baphome) como “mascote”.O bode “ataca” o Kaká que cai no chão e o outro jogador ostenta uma blusa com uma estrela de dez pontas (representando os 10 reis do governo único mundial).Como sei os símbolos deles,saquei logo a gozação deles para cima do Kaká.
    Assim como Lady gaga usando o mesmo bode num penteado e Beyoncé também com uma moto com o bode na frente.Vou colocar o link aqui.
    LADY GAGA:

    http://apocalink.forumfree.it/?t=43807136

    KAKÁ:
    http://www.youtube.com/watch?v=HZoXYiacIcg&feature=player_embedded
    BEYONCE:
    http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL859557-9798,00-BEYONCE+ESTA+DE+VOLTA+COMO+SASHA+FIERCE.html

  3. Este povo não me engana mais não.A maioria dos filmes de Hollywood tem um monte destes símbolos.Dan Brown,Harry Potter que o diga.Os da Dysney então,nem se fala.Tudo para já condicionar as crianças com linguagem subliminar e ocultismo.SÃO TERRÍVEIS.

  4. Não da para comentar nada,duvido que na hora estivesse acontecendo alguma seção espírita, e porque foi? Ele sofre de retardo mental? Vai ver que as crianças queriam ver os seus ídolos? e ficaram chupando pirulitos, criança carente não entende nada, só quer carinho, amor que o débil recusou. Ficou , espero para a casa espírita um exemplo, nunca chamem ídolos fabricados pela mídia e o Kaka que já tem cara de retardado, ainda defende gente criminosa, ou será que ele também não sabe.
    A minha filha foi convidada para o aniversário de uma colega protestante, foi,quando convidou para missa do seu aniversário, não foram,eu quero que os protestantes vão plantar batatas ou chupar o pirulito que as crianças chuparam. E assumo que tenho implicancia com os protestantes que para mim são a mesma coisa de evangélicos. O saco é o mesmo.

  5. Ainda que pese a maioria não saber ao certo do ocorrido, não posso concordar com o Robinho…
    Ele realmente não tinha nenhuma obrigação de ir até o Mensageiros da Luz, mas já que lá estava tinha a obrigação de descer sim e fazer o minimo que era entregar os ovos de Páscoa para as crianças.
    A entidade jamais faria alguma sessão espírita nesta situação, jamais…
    Ela luta sim, 365 dias ao ano, para zelar pelo bem estar das 40 crianças que estão lá internadas. E o interesse da instituição era apenas de fazer as crianças um pouco mais felizes e quem sabe divulgar o seu trabalho.
    Não sou espírita e nunca fui. Sou católica, mas ajuda a todas instituições independente de credo. O que nos basta neste mundo que vivemos é colocar um pouco mais de coração aos necessitados.
    E espera-se sim que uma figura como este jogador faça a parte dele. Não se espera que ele tenha atitudes de um rato.

    Marcia Ribeiro

  6. Pela primeira vez concordo em ordem, número e gênero com algo que vossa pseudosapiência escreve. Postei a mesma opinião em um forum de discussões ateu que frequento.

    Aliás, não tinha me atinado para essa possibilidade. A de que os rapazes tenham sido informados de que era apenas uma festa de entrega de presentes e ao chegarem perceberam que havia um ritual religioso rolando.

    Eu mesmo, como ateu, não apoiaria um evento beneficente promovido por entidades religiosas, nem pela ligação em sí, mas pelo fato de que obras assistenciais vínculadas a religiões servem invariavelmente como meio de barganha proselitista (em relação aos “ajudados”), marketing institucional (em relação à sociedade) e mamata de verbas públicas (em relação ao governo)

    Em relação a este último ponto basta ver que o maior projeto pilantrópico católico, a Pastoral da Criança, tem no Ministério da Saúde a fonte de 75% de suas verbas, segundo relatório financeiro da própria instituição… fazer caridade assim até eu faço). Os outros 25% vêm de doações de pessoas comuns feitas através de grandes empresas (Rede Globo, HSBC, empresas de energia). A Igreja Católica (com suas milionárias universidades, hospitais, liceus…) não entra com um centavo sequer mas fica com toda a fama de “caridosa” e “defensora dos oprimidos”(duvida? confira no relatório financeiro da Pastoral disponível no site da mesma)

    De modo que não posso questionar o direito de um evangélico não querer particiapar de eventos espíritas, seja por qual motivo for. Se eu tenho meus (BONS) motivos para me negar a colaborar com obras assistenciais religiosas como questionar o direito de outros a fazerem o mesmo?

    PS.: creio que desta vez você não irá bloquear meu comentário ou parte dele, como você costuma fazer, né?

  7. Daneil,gostaria de lhe informar que todo o trabalho da pastoral da criança é voluntário,assim sendo os ‘católicos’ doam seu tempo de trabalho GRATUITAMENTE para a pastoral.Isto vale mais que qq dinheiro doado .A diminuição da MORTALIDADE INFANTIL no país foi graça ao trabalho destes voluntários .

  8. A pastoral da criança fez mais que qq outraa entidade até governamental em prol da redução da mortalidade infantil.Não sou da pastoral da criança,mas sou profissional da área de saúde e trabalho num posto de saúde e posso lhe afirmar isto com toda certeza.

  9. E assumo que tenho implicancia com os protestantes que para mim são a mesma coisa de evangélicos.

    Será que é porque protestante É de fato a mesma coisa que evangélico? Ah, eu também assumo a minha implicância contra os evangélicos (ou protestantes) que pra mim são a mesma coisa que católicos. Mas não deixo de me relacionar e admirar muitos destes ou daqueles. Algumas pessoas são mais que suas religiões.

    Em relação ao negócio das festas eu acho que há uma signitiva diferença, se entendi bem o que aconteceu: ir a uma festa que tenha simplesmente sido promovida por uma família religiosa (ou que até tenha previsão de ter um ato religioso no meio) ou ir a um ato religioso que tenha uma comemoração como pano de fundo.

    Parece que os filhos do seu amigo tiveram uma festinha normal de criança e que a única conotação religiosa era eles serem filhos de protestantes. Pode ser que no meio da festa alguém tenha cantado uma musiquinha sobre jesus ou feito uma reza agradecendo a deus por mais um ano, mas o evento em si não era um ato religioso.

    Já no caso da sua filha não houve festa. Houve apenas uma missa (ou o principal evento era a missa, mesmo que alguém tenha cortado um bolo no final).

    Se realmente foi isso eu entendo e compartilho a posição dos seus amigos crentes. Eu faria o mesmo. Até iria numa festa em que eu soubesse que eventualmente alguém pudesse fazer uma reza (de qualquer religião) mas não iria em uma celebração religiosa em que soubesse que eventualmente alguém pudesse cantar um ‘parabéns pra você’.

  10. Daniel,em vez de criticar ,FAÇA ;)Mude sua postura diante da vida.

  11. Alguém foi ao site da Pastoral para dar uma olhada no relatório financeiro para depois me refutar? Não né?

    Eu entendo vocês, é assim mesmo. Para a maioria das pessoas alguém que chame a nossa mãe de prostituta merece uma imediata e violenta réplica (até física, se possível) mesmo que (e principalmente se) além de chamar a dita senhora de meretriz o acusador tenha mostrado vídeos da dona desfilando em trajes mínimos pelos corredores de um inferninho conhecido.

    Para vocês a Pastoral da Criança é mais ou menos como uma mãe. Quem sou eu para constestar (e apresentar provas das minhas contestações) o caráter filantrópico e altruísta de uma instituição que é bancada quase que integralmente por dinheiro de impostos?

    É óbvio que vou apanhar feito cachorro de bêbado.

  12. Seu argumento de autoridade não vale, Angélica. Por uma enorme coincidência também sou profissional de saúde e trabalho em um posto de saúde (ao lado da Vila Vintém, bolsão de pobreza do Rio de Janeiro) e em uma maternidade pública. Não vejo por onde portanto o seu papel de “profissional de saúde que trabalha num posto de saúde” possa ser usado para atestar a eficácia da Pastoral.

    Además, eu não questionei a eficácia da mesma. Questionei o fato de a sua igreja usá-la como se fosse uma obra filantrópica bancada pela Igreja Católica quando na verdade é um programa governamental bancado quase que exclusivamente com dinheiro público.

  13. O Jorge você é o cara mais democrático do mundo, permitir que esse protestante que se diz ateu poste tanta bobagem e entenda tudo errado é demais, se ainda for ateu, problema dele, mas pelo menos com algum grau de inteligência. Poderia explicar , mas não vou mais perder meu tempo e continuo vomitando.

  14. Candido, toma um plasil que passa. E não vou te chamar de imbecil por dois motivos.

    1- Se um doente mental te xinga quando você passa na rua você não fica discutindo com ele ou vão pensar que você é doido também.

    2- Se eu te chamar de imbecil o Jorge me bloqueia sob a alegação de que o meu post foi ofensivo hehehehe.

  15. “Además, eu não questionei a eficácia da mesma. Questionei o fato de a sua igreja usá-la como se fosse uma obra filantrópica bancada pela Igreja Católica quando na verdade é um programa governamental bancado quase que exclusivamente com dinheiro público.”

    Exato, bancado com o dinheiro público, e da onde vem este dinheiro público, cai do céu por acaso?, este dinheiro vem do povo, e a maioria do povo brasileiro é católico, assim como o governo auxilia ONGs ,protestantes, espíritas e até que não tenha nenhuma relação com alguma entidade religiosa, porque não auxiliaria uma ONG ligada a Igreja Católica?, eu como cidadão brasileiro exijo do governo que auxilie sim a Pastoral da Criança, pois se ele não tem competência para fazer frear a mortalidade infantil a Pastoral teve, o preconceito maior é que esta entidade está ligada a Igreja Católica pois se estivesse liga a uma entidade abortista, gay e até atéia ninguém falaria nada, mas como está ligada a Igreja Católica é este chilike todo,

  16. Caro Sidnei, me dirijo a você e aos que comentam com assiduidade neste site católico e não preconceituoso, um site onde as vezes esquenta mesmo, mas como sempre diz o Jorge no campo das idéias. Agora o que não dá para entender é ateu ou protestante asqueroso comentar piadinhas de mal gosto e demonstrando um desconhecimento descomunal a doutrina católica. Este senhor diz que trabalha num posto de saúde, você Sidnei, não é do Rio e não sei como é a saude na sua cidade, mas no Rio parece um chiqueiro, pacientes morrem nas filas, o mal cheiro é impressionante e os profissionais da saúde são em sua maioria arrogantes,então podemos facilmente concluir que trabalhar num chiqueiro matador de pessoas não é nenhuma novidade em se tratando de quem escreve besteiras num site sério e católico. A igreja católica, eu já disse aqui, presta um enorme serviço de ajuda humanitária aos necessitados, quase todas as paróquias fazem isso e é com doações do povo e não de ateus ou protestantes. E repetindo vou comprar uma lupa gigante para ver se acho um protestante sério, até hoje não encontrei. E Sidnei vê se não da mas bola para esse que trabalha num chiqueiro, agora o imbecil, vá reclamar com o secretário de saúde do Sérgio Cabral.

  17. Sidnei,

    Esse cara não manja nada, a maior parte dos recursos provém do voluntariado da própria Pastoral, esse sim corresponde a 70,75% das fontes que sustentam a Pastoral, basta ver a página 9 do exercício de 2009 da própria Pastoral: http://www.pastoraldacrianca.org.br/images/stories/pdf/relatorio_de_auditoria25112009.pdf

    Além disso, quanto será que representa 33 milhões para o Ministério da Saúde, será que é muito? Vamos fazer uma continha, considerando que o orçamento do ministério da Saúde seja em torno de 40 bilhões (http://www8.senado.gov.br/businessobjects/enterprise115/desktoplaunch/siga/abreSiga.do?docId=2179363&kind=Webi), então desses 40 bilhões, somente 33 milhões vai para a Pastoral da “maligna instituição”, ou seja, 0,000825%. Se ele quiser filtrar por Entidades sem fins lucrativos, que inclui a Pastoral da Criança, o resultado continuaria ínfimo, pois 3 bilhões são destinados para esse fim, nesse caso a Pastoral da Criança receberia incríveis 0,0109 % dos recursos.

    E com todo esse “desperdício” de dinheiro, a Pastoral da criança conseguiu SOZINHA reduzir os índices de mortalidade a nível nacional.

    Portanto, a pseudo-sapiência parece estar ao lado do nosso amigo Daniel que deveria entender os números divulgados antes de vir chorar que 0,0109 % dos recursos do Ministério da Saúde ajudou a reduzir um grave problema nacional.

    Daniel,

    Você como profissional da saúde deveria agradecer a Pastoral da Criança e não ficar criticando a mesma só porque é da Igreja Católica. Bem que o Sidnei está certo, se essa entidade fosse ligada a um centro espírita, por exemplo, aí ninguém falaria nada, aliás até seriam capazes de dizer: “Tá vendo como os espíritas ajudam as pessoas e aquela porcaria de Igreja Católica não ajuda ninguém”.
    Em vez de ser papagaio e ficar repetindo o que os outros neo ateus e inimigos da Igreja dizem, corra atrás dos dados, aliás não só corra atrás, SAIBA INTERPRETÁ-LOS.

    Abraços,
    Rodrigo

  18. Bem, não se questiona a tal liberdade de “ir e vir”, de culto religioso etc. Critica-se, isso sim, uma atitude intolerante (pq a negação disso? Sua negação do fato parece um claro processo de racionalização, tão conhecido e descrito pela Psicanálise). Alías, a crítica, creio, vai além. Dizendo-se cristãos, seus atos são contrários as mais cristãos dos valores: a caridade e o amor ao próximo. É simples assim! É uma incoerência de pressupostos, ou então, creio, uma livre leitura dos princípios cristãos (acho que, aí, mesmo o filósofo pragmatista Richard Roty, feroz defensor da livre leitura de qualquer coisa, iria se coçar com tal “leitura” abusiva).
    Parece que o autor do texto acima prega mais uma fidelidade à Religão – equanto corpus teológico – do que à própria noção do Bem. Que pobreza de princípio religioso, que alergia ao Outro (tão criticada pelo filósofo lituano Lévinas) se vê numa atitude como essa(e defesa da mesma)!
    Justificativas da alergia ao estranho, à alteridade, à responsabilidade implicada no chamado ético do Outro.
    Não tenho religião, pois me decepciono cada vez mais com elas (pelo menos de algumas), já que servem mais para manter uma identidade sólida e fortificada para servir de amparo ao encontro com o outro (ou o Próximo, se quiser!)
    Belas racionalizações as suas, bela defesa do campo do Próprio! Nada mais anti-cristão!…

  19. O que não é possível, admissível é ler comentários de ateus em sites católicos, qual a intenção? E como se não bastasse criticando errado,mentindo e atacando sem o menor conhecimento. Ser cristão católico não é sinônimo de santo ou de idiota que houve as barbáries e se cala. Quanto as caridades praticadas, penso ser benéfica em qualquer religião e não existe preconceito entre os católicos, todos deveriam praticar. A pastoral da sáude da igreja católica faz muito pelas pessoas e não pergunta de que religião pertence. Ser ético não é o mesmo que abanar a calda todas as vezes que formos atacados. Se o estado cuidasse dos seus doentes com dignidade e se os médicos tratassem os mesmos como trata um paciente particular, se a medicina não fosse um comércio, aí sim, talves a igreja não se preocupasse em salvar vidas, como fazia a Dra. Zilda. Abraços, saúde e paz.

  20. As micagens de robinhos e cia. não interessam. Mais importante é o ataque (frenético e desesperado) à Santa Igreja e a seu Pastor! Afinal quem mandou ir lá! Quem vai à quitanda vai encontrar verduras… ora bolas!

    Ao senhor Daniel: Como ateu (portanto membro de uma “religião”) prove a inexistência de Deus para depois querer pregar a doutrina de sua seita… ou você é apenas um troll??

    Em Jesus e Maria!

  21. Ninguém é obrigado a frequentar centro espírita.

    Nunca fui nem pretendo ir, nem para entregar brinquedo.

    O erro (dele) está na indecisão.

    E também não iria na pseudo-igreja que ele frequenta.

    Graças a Deus, sou católico !!

  22. Perdoem-me, mas esse artigo está tentando minimizar o ocorrido. Lógico que não temos o direito de julgar ninguém, mas a atitude assumida diante dessas crianças foi totalmente repugnante, ainda mais numa data tão simbólica como a Páscoa. Deu um ar de desprezo às crianças e aos seus problemas. Por acaso Jesus se recusava a auxiliar qualquer um que se apresentasse com problemas? Esse é o exemplo que deveríamos seguir! Eles sendo pessoas públicas deveriam, pelo menos, usar de mais diplomacia, não querendo exigir deles qualquer sentimento pelas crianças que estavam na intituição espírita. Pegou mal demais e ainda veio reforçar a idéia de que evangélicos são preconceituosos e intolerantes. Idéia essa que não discordo de todo.

    Espero que atitudes como essa não se repitam mais! Péssimo para os brasileiros, que ostentam o título de tolerantes religiosos, e onde “teoricamente” não há discriminação religiosa.

    abraços!

  23. “…seriam uns cretinos sem sentimentos para com as pobres crianças que nada têm a ver com a (falta de) Fé deles”
    Como sempre não podia faltar uma espetadinha nas demais religiões nas entrelinhas.

    Quanto aos comentários do Cândido Rubim, primeiro chama o kra de Imbecil e escreve como se fosse um exemplo de vida católida de caridade e amor… façam-me o favor, a cada vez que entro nesse site encontro uma nova pérola de intolerância e ódio… que tal pregar um pouco mais de amor e reconhecermos que somos “todos pecadores e destituídos da Glória de Deus”…

  24. Caro Carlos Eduardo, o artigo foi minimizado ou melhor desvirtuado pela postagem de um ateu que duvido faça alguma caridade, não pelo fato de ser ateu mas sim por atacar uma instituição séria que não faz outra coisa no campo humanista a não ser à caridade E claro que o tal Robinho nem imagina o que significa Páscoa, foi para aparecer, para vilipendiar em cima das crianças, covarde.

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