Desprendimento dos parentes – Santo Afonso de Ligório

DESPRENDIMENTO DOS PARENTES,

SOBRETUDO QUANTO À VOCAÇÃO

1. Para alguém chegar à perfeição com Deus, deve desapegar-se totalmente das criaturas, e, em particular, renunciar ao amor desregrado dos parentes. Disse Jesus Cristo: Se alguém vem a mim, e não aborrece seu pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e até a sua vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14,26). E por que esse ódio, isto é, desapego dos parentes? É porque muitas vezes, no referente ao bem da nossa alma, não temos inimigos maiores do que os nossos parentes: Cada um, diz ainda o Salvador, terá por inimigos os da sua própria casa (Mt 10,36). S. Carlos Borromeu dizia que, sempre que ia à casa dos parentes, voltava mais frio de espírito. Quando perguntavam ao P. Antônio Mendonza por que não visitava a casa dos parentes, respondeu: “Sei por experiência que em nenhum lugar os religiosos perdem tanto a devoção como na casa dos parentes”.

2. Em se tratando da escolha de estado, é certo, como o ensina S. Tomás, que não somos obrigados a obedecer aos nossos progenitores. Se os pais dum jovem chamado ao estado religioso se opõem à sua vocação, este deve preferir a vontade de Deus à deles; porque, segundo observa o mesmo doutor, os pais fazem muitas vezes obstáculos ao bem espiritual de seus filhos, visando fins pessoais e interesseiros. Preferem vê-los condenarem-se com eles, diz S. Bernardo, a permitir que se salvem longe deles. É coisa estranha ver pais e mães, aliás tementes a Deus, deixarem-se cegar pela paixão ao ponto de tudo fazer e nada omitir para entravar a vocação dum filho que deseja entrar em religião; o que exceto algum caso raríssimo, não se pode escusar de culpa grave.

3. Mas dirá alguém: “É então impossível salvar-se quem não se faz religioso? Então todos os que ficam no mundo se condenam? Respondo: Os que não são chamados por Deus ao estado religioso, salvar-se-ão no mundo, cumprindo os deveres de seu estado; quanto aos que a ele são chamados e não obedecem à voz de Deus, poderão, sim, salvar-se, porém dificilmente se salvarão por falta dos socorros especiais que o Senhor lhes prepara no estado religioso; privados desses meios, não chegarão ao salvar-se. Escreve o teólogo Habert que quem não obedece à vocação divina fica na Igreja como um membro fora do lugar, e assim não poderá, sem muitas dificuldades, cumprir os seus deveres e salvar-se.

4. A escolha de estado é chamada pelo P. Luís de Granada a roda-mestra da vida; no relógio, gasta a roda-mestra, tudo se atrapalha; assim, quanto à vocação, errando-a, a vida inteira ficará em desordem. Quantos moços, por haverem perdido a vocação por culpa dos pais, tiveram mau fim e se tornaram a ruína da sua família! Um moço, chamado ao estado religioso, ficou no mundo para agradar a seu pai; mas depois, desavindo-se com ele, matou-o com a própria mão e morreu no cadafalso. Um outro, já no seminário, resistiu à voz de Deus que o convidava a deixar o mundo. Começou por abandonar os exercícios de piedade, a oração, a comunhão, depois entregou-se aos vícios; e, enfim, uma noite que saía duma casa de tolerância, foi assassinado por um rival. Vários sacerdotes acorreram para socorrê-lo, mas encontraram-no morto. Quantos exemplos semelhantes não poderia eu citar!

5. Mas voltemos ao nosso assunto. S. Tomás exorta os que são chamados a uma vida mais perfeita a não se aconselharem nesse ponto com seus pais, porque, nesse particular, eles se tornam nossos inimigos, segundo a palavra do Senhor: Cada um terá por inimigos os de sua própria casa. E se os filhos não são obrigados a se aconselharem com seus pais sobre a vocação a um estado mais perfeito, muito menos o são para esperar a sua permissão para segui-la, e nem a pedi-la sempre que possam temer seja-lhes ele injustamente negada e assim entravada a vocação. S. Tomás de Aquino, S. Pedro de Alcântara, S. Francisco Xavier. S. Luís Bertrand, e muitos outros entraram no convento sem os próprios pais o saberem.

Santo Afonso Maria de Ligório,
Prática do Amor a Jesus Cristo, capítulo XI.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

17 comentários em “Desprendimento dos parentes – Santo Afonso de Ligório”

  1. Esse assunto me faz pensar na reforma do clero que o Papa Bento XVI está promovendo; reforma das vocações sacerdotais, religiosas e monásticas.

    Ao menos na Diocese de Campos nada muda, o seminário continua um antro de perdição.

  2. Jorge,

    Existe uma disputa atual sobre a natureza da vocação, que, dizem algumas fontes, era para ter sido tratada pelo Vaticano II, mas foi deixada de lado por não estar madura.

    Por esse motivo, acho temerário citar aqui essas duras palavras de Santo Afonso sobre não escolher o estado de vida a que Deus teria predestinado alguém. Como todos sabem, o santo doutor era um escrupuloso, e embora tenha feito uma teologia moral digna dos maiores aplausos da Igreja, pode ter resvalado nesse ponto numa atitude rigorista que não condiz com outros ensinamentos de doutores, como o de Santo Ambrósio e São Tomás de Aquino.

    Sei que em se tratando de matérias não-definidas, o fiel pode livremente assentir à que melhor lhe parece verdade, mas essa, em especial, creio propiciar mais danos, escândalos e escrúpulos que outras, que tocam menos a realidade da santificação e salvação eterna.

    Abraço grande!

    J.

  3. Santo Afonso fala que, para discernir a própria vocação, os retiros espirituais são muito importantes.

    Cito uma carta do santo a um jovem.

    CARTA A UM JOVEM VOCACIONADO

    Meu jovem amigo, você me pergunta como escolher um estado de vida. Vá fazer um retiro fechado. Não espere que um anjo venha lhe mostrar a vocação que deva seguir para corresponder ao projeto de Deus a seu respeito. Os exercícios espirituais foram exatamente criados para clarear a escolha de um estado de vida, pois dela depende a salvação de cada um.
    Faço-lhe uma confidência: sou muito ligado aos retiros fechados, pois a eles devo a minha conversão e a resolução que tomei de [me] consagrar a Deus.

    Santo Afonso de Ligório

    Fonte: um folheto vocacional dos Redentoristas.

    Sobre os retiros espirituais como meio para descobrir a própria vocação, os mosteiros podem ser um lugar propício para fazer esses retiros; lembrando que, para fazer um retiro em um mosteiro, é necessário primeiro entrar em contato com o mosteiro; aí o monge encarregado dos hóspedes dará as outras informações.

    “Nas regiões onde existem mosteiros, a vocação dessas comunidades é favorecer a partilha da Oração das Horas [Liturgia da Horas] com os fiéis e permitir a solidão necessária a uma oração pessoal mais intensa” (Catecismo da Igreja Católica, nº 2691).

    Cf.: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p4s1cap2_2650-2696_po.html

  4. Um texto interessante, que pode ajudar a quem deseja ser religioso ou sacerdote, é o do Pe. Jair Batista de Sousa, da Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição. O título do texto é “Você é chamado?” e foi publicado na Revista Divina Misericórdia, Ano III, Nº 9 – Curitiba – Março 2010, pág. 14.

  5. Saiu em H2onews:

    O novo arcebispo de Los Angeles fala da sua vocação:

    “Por circunstâncias familiares quando já comecei a pensar mais seriamente foi quando terminei a escola secundária. Aí senti que Deus me chamava ao sacerdócio. Porém, decidi esperar até que terminei a universidade, porém eu creio que o ponto chave da minha vocação sacerdotal foi quando terminando a escola secundária decidi ir à missa todos os dias, pensei que se eu era católico devia levar minha fé a sério”.

    http://www.h2onews.org/portugues/1-Perfis/224445897-o-novo-arcebispo-de-los-angeles-fala-da-sua-vocacao.html

  6. Foi publicado um post muito interessante no Salvem a Liturgia sobre o quadringentésimo aniversário (400º aniversário) de fundação da Ordem da Visitação (Visitandinas), fundada em 1610 por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal. O post traz um interessante texto, com fotos e vídeos; de modo que pode servir para fazer um discernimento vocacional às moças que se sentirem atraídas pela vida monástica.

    Uma santa muito conhecida que foi religiosa dessa Ordem é Santa Margarida Maria Alacoque que recebeu as revelações do Sagrado Coração de Jesus.

    Aqui no Brasil existem três mosteiros da Ordem da Visitação, em São Paulo (SP), em Barbacena (MG) e em Barretos (SP).

    http://www.salvemaliturgia.com/2010/07/jubileu-da-ordem-da-visitacao-de-santa.html

  7. Acho vocação um tema fascinante!

    Estava lendo um texto de Dom Antônio Keller no “Portal da Divina Misericóridia”.

    Vejam

    http://www.misericordia.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=832:agosto-mes-das-vocacoes&catid=27:palavras-do-sacerdote&Itemid=92

    Esse texto me fez lembrar de outro de Dom Luciano Mendes de Almeida, publicado na Revista Família Crista, em agosto de 1993, página 32, do qual cito o seguinte parágrafo:

    “Como conhecer a própria missão? As aptidões naturais, as graças da infância, as provas, as alegrias, tudo coopera para entendermos o que Deus quer de nós. Assim como a Palavra de Deus, o conselho de amigos, a direção espiritual. A escolha, num clima de oração, deve nos dar paz e alegria. A opção consciente e livre envolve a vida inteira. Quando percebemos a vontade de Deus a nosso respeito, sentimos força para vencer as dificuldades.” Dom Luciano Mendes de Almeida

    Espero que essas citações possam ajudar no discernimento dos vocacionados!

  8. Uma Igreja menor e fiel

    O blog Rorate retransmite aos seus leitores um texto publicado no renomado “The Economist” sobre a crise do catolicismo europeu dos últimos 50 anos. O texto não nos oferece um panorama relativamente novo – mostra como a Igreja vem perdendo sua influência numa Europa secularizada, agressiva a qualquer valor cristão e católico. Mostra ainda um clero desacreditado pelo choque das denúncias (muito bem organizadas e articuladas) de pedofilia.

    A Igreja não vibra na Europa, não goza de vocações, seus fiéis não frequentam mais os sacramentos, não há mais uma presença de moral cristã na sociedade e a autoridade dos bispos é amplamente questionada. A Igreja perdeu credibilidade e força quando abaixou a guarda para o mundo moderno.

    Mas a percepção de um catolicismo vibrante e vivo não passou no escuro pelo “The Economist” que abre a sua reportagem mostrando o “Estranho Caso de Thiberville”, onde o pároco local foi deposto pelo bispo por ser tradicional demais. A matéria é audaz o suficiente para notar o óbvio, que na Europa há sim um fenômeno de renascimento do catolicismo comandado por padres ortodoxos e laicato devoto. E esse mesmo fenômeno é combatido, com todas as forças, por aqueles que deveriam ser os primeiros a incentiva-lo, os bispos.
    O padre de Thiberville, Pe.Francis Michel, afirma que “eles (os bispos) ficam vendendo e fechando propriedades enquanto nós (tradicionalistas) estamos ocupados construindo e restaurando”. Creio que a questão de construção e restauração refere-se mais ao trabalho espiritual que a prédios e estruturas.

    Sim, muitas igrejas na França são vendidas e tornam-se museus, mesquitas, sinagogas, danceterias, depósitos, etc. Mas penso que mais importante que prédios são as estruturas espirituais.

    Na França, como em todo orbe católico, as bases mais fundamentais do edifício da fé foram demolidas ou danificadas. Como a reportagem do “The Economist” mostra, 38% dos italianos (símbolos de cristãos fiéis) suportam a eutanásia, 65% o aborto em casos de estupro e mais católicos que não-católicos não têm objeções sobre a coabitação sem matrimônio. Até onde esses dados de pesquisa são reais, não se sabe, mas ainda sim não é possível descartá-los por completo.

    Por anos presenciamos grandes prelados dizendo coisas que vão contra a fé, defendendo valores estranhos ao ensinamento do Evangelho. E não me refiro unicamente aos prelados do passado recente europeu. Até no Brasil, e vocês o devem saber, há padres e bispos que pública e descaradamente pregam um outro evangelho. Especialmente nas questões sociais, onde a Igreja brasileira parece ter fincado suas raízes, há uma enorme disparidade entre a fé católica oficial e o ensinamento oficioso de algumas instituições que “não falam pela CNBB”, também conhecidas como “Pastorais”.

    É um problema complexo, mas acredito que todos aqueles que leem este blog já estão familiarizados com a situação e mais palavras não precisam ser ditas. Mas é justamente ai que está um outro problema – acordar as consciências! Há um coma moral entre os católicos e que precisa ser revertido. Precisamos ser repetitivos e exaustivos para que essa realidade possa ser vista por todos.

    O catolicismo brasileiro já dá sinais suaves de uma crise do porte da Européia. Por enquanto a vitalidade mostrada pela TV é a de um catolicismo estranho – o catolicismo de evento. Grandes eventos atraem os fiéis e são mostrados com orgulho, mas o cotidiano das paróquias está minguando como na Europa da década de 1970. Esse novo catolicismo é o patrocinador dos “Carnavais de Jesus”, das cristotecas, das folias de Deus, etc. Mesmo reunindo tantos, não se pode dizer que é parte da bimilenar a Igreja fundada por Cristo.

    A proposta de Joseph Ratzinger é da Igreja “grão de mostarda”, uma comunidade de fiéis menor em tamanho, mas maior na fé e na fidelidade ao Verbo Encarnado. Essa ideia sempre me pareceu estranha ao mandamento de “ide e ensinai o Evangelho a toda criatura”, mas hoje penso ser uma ideia mais certa que conformista. Afinal de contas a questão do “Pro multis” e “Pro omnia” é mais que uma questão de tradução, é uma questão constitutiva da Igreja do século XXI.

    http://igrejauna.blogspot.com/2010/08/uma-igreja-menor-e-fiel.html

  9. Prezado Renato Lima

    Achei muito interessante o seu comentário e análise!

    De fato, penso que é com clareza, sem falso otimismo ou pessimismo que o tema das vocações deve ser tratado.

    Em Cristo, nossa esperança, Alex.

  10. Me desculpem insistir na questão das vocações, mas acredito que seja um assunto de grande importância. Vocações verdadeiras e bem cultivadas normalmente dão bons frutos. Vocações falsas normalmente não dão frutos ou dão frutos ruins. E vocações verdadeiras mas má cultivadas se perdem…

    A questão da seleção vocacional também é importante e é uma questão à qual requer maturidade humana e espiritual, sabedoria e uma visão teológica ortodoxa da vocação para ajudar os vocacionados a descobrirem sua verdadeira vocação.

    As conseqüências de uma má seleção vocacional e também de uma má formação podem ser padres ou religiosos frustados, infelizes, ou que violam o voto de castidade tendo casos com mulheres ou homens ou levando uma vida dupla.

    Penso que os sacerdotes seculares ou diocesanos não devam levar uma vida como se fossem monges, retirados do mundo, mas também não devem levar uma vida “aburguesada”, muito livre, devem viver mais recolhidos, evitar familiaridade com pessoas do sexo feminino, et.

    Por fim, gostaria de indicar alguns artigos da BBC, que, apesar de serem sensasionalistas, mas não deixam de ter um fundo de verdade.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100601_sacerdotesmulheres_av.shtml

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/07/100723_vaticano_panorama_pu.shtml

    Lembrando que Nossa Senhora da Salette já tinha profetizado estes tempos difíceis em que estamos vivendo.

    http://aparicaodelasalette.blogspot.com/2009/04/inicio-do-segredo-decadencia-do-clero.html

  11. Um exemplo de como uma formação erronea faz morrer verdadeiras vocações. A notícia é do Ecclesia Una, escrita por Danilo Augusto.

    “Os Capuchinhos da Índia estão preocupados com a evasão dos seus novos frades. Após 13 anos de um intenso período formativo, os frades simplesmente desistem. Isso está deixando o vice-provincial de Goa assustado.

    O que me chamou a atenção para o declínio dos Capuchinhos na Índia foi a “desculpa” que foi dada numa reunião de agentes formadores da província.
    “Ninguém quer austeridade”, declarou Frei Steve Rodrigues, vice-provincial. O frei ainda afirmou que os candidatos são “delicados” demais para uma vida ascética e de trabalho duro na missão.

    Ok, concordo que a vida de um franciscano é realmente dura e que isso deve ser piorado na Índia, pelo seu contexto de pobreza, mas tenho duas perguntas que pipocam na minha cabeça. 1) São necessários 13 anos para uma pessoa perceber que a vida de um capuchinho é dura? 2) Será que é só isso mesmo ou algo está faltando à Ordem?”

    […]

    “A falta de exemplos claros da vida franciscana e de uma boa formação espiritual, isto é, católica de verdade, penso eu, seja a razão primeira de todo o abandono desta grande comunidade. A formação franciscana nos países do 3º mundo é pautada quase que exclusivamente pela Teologia da Libertação, mesmo hoje. Isso faz qualquer vocação se contorcer até secar por completo.”

    http://igrejauna.blogspot.com/2010/07/franciscanos-de-hoje.html

  12. Vejam que maravilhosa notícia!

    Religiosas com assombroso “boom vocacional” conformarão [formarão] novo instituto religioso

    Este “boom” vocacional começou com Irmã Verônica, hoje superiora da comunidade, quem ingressou no convento de monjas Clarissas de clausura da Ascensão fundado em Lerma (Espanha) em 1604, quando este se encontrava em uma crise vocacional.

    Em 1984, Marijose Berzosa –hoje Irmã Verônica– decidiu, aos 18 anos de idade, deixar atrás a carreira de medicina, os amigos, as discotecas dos anos 80 e o basquete para ingressar em um convento onde há 23 anos não entrava nenhuma noviça.

    Hoje o convento de Lerma tem mais de cem religiosas com uma média de idade de 35 anos.

    Para ver a reportagem da RAI (em italiano) sobre o as religiosas de Lerma-La Aguilera, visite:

    http://www.youtube.com/watch?v=BwBzyxWPCFs&feature=player_embedded

    http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20843

  13. Jorge, você já leu a Exortação Apostólica de Pio XII MENTI NOSTRAE?!

    Uma parte que eu achei EXTREMAMENTE INTERESSANTE E IMPORTANTE na MENTI NOSTRAE são os números 84 e 85, que tratam da necessidade de um estudo digno para os seminaristas, um estudo que lhes proporcione condições de se manter no mundo, caso saiam do seminário.

    Vejam!

    A formação intelectual, literária e científica…
    84. Outro grave cuidado dos superiores é a formação intelectual dos alunos. Tendes certamente presentes, veneráveis irmãos, as ordenações e disposições que esta Sé Apostólica tem dado a respeito, e que nós recomendamos a todos já no primeiro encontro que tivemos com os alunos dos seminários e colégios de Roma no início do nosso pontificado.(27)
    …não inferior à dos leigos

    85. Desejamos aqui, antes de tudo, recomendar que a cultura literária e científica dos futuros sacerdotes seja pelo menos não inferior à dos leigos que freqüentam análogos cursos de estudos. Desse modo não somente será assegurada a seriedade da formação intelectual, mas ainda será facilitada a seleção dos elementos. Os seminaristas sentir-se-ão mais livres na escolha de estado e será afastado o perigo de que, pela falta de uma suficiente preparação cultural, que possa assegurar uma adaptação ao mundo, alguém se sinta de certo modo constrangido a prosseguir num rumo que não o seu, adotando a reflexão do administrador infiel: “Lavrar a terra não posso, de mendigar tenho vergonha” (Lc 16,3). Se, portanto, viesse a suceder que algum, sobre o qual se depositavam boas esperanças para a Igreja, se afastasse do seminário, não deveria isso causar preocupações, porque o jovem que tornar ao mundo não poderá deixar de recordar-se dos benefícios recebidos no seminário, e com a sua atividade poderá prestar notável contribuição de bem às obras do laicato católico. PIO XII, MENTI NOSTRAE

    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/apost_exhortations/documents/hf_p-xii_exh_19500923_menti-nostrae_po.html

  14. Jorge, você poderia escrever alguma coisa sobre a formação dos seminaristas no seminário?!

Os comentários estão fechados.