Laranja madura na beira da estrada…

“Quais as cores da bandeira holandesa?” – perguntava eu antes do jogo começar. “Vermelho, azul e branco” – alguém me dizia. “E por que, então, o laranja?!” – perguntei, triunfante.

Nem misturando as cores dava o laranja! Mas alguém sabia a resposta. “Pelo mesmo motivo que a Itália, tendo a bandeira vermelha, branco e verde, é Azzurra” – disseram-me. E a resposta: “porque a cor da coroa holandesa era laranja, como a cor da coroa italiana era azul” [p.s.: ver a família de Orange, como bem lembrou aqui o João de Barros].

De todos os países que já tiveram algum dia uma monarquia, parece ser o Brasil o que menos se importa com as suas raízes históricas [p.s.: apesar de que – como lembrou o Glauco – o Brasil mantém o losango amarelo sobre o verde da Bandeira Imperial]. A Holanda mantém o laranja real. E os hereges protestantes (hoje quiçá o país onde o ateísmo lançou mais fortes raízes na Europa) eliminaram o maior país católico do mundo. Tristeza.

Fosse aqui, nos Guararapes, os hereges teriam sido mais uma vez expulsos, ad majorem Dei Gloriam. Mas o Brasil esqueceu-se de sua história, desgraçadamente. E não honrou a memória dos seus antepassados que deram o próprio sangue para que os holandeses voltassem para casa. Hoje, é a seleção brasileira que volta para casa. Sem ter chegado nem às Quatro maiores do mundo.

Brasil 1 x 2 Holanda. Não, não digo “valeu Brasil”, porque não seria sincero. Não valeu, Brasil. Lamentavelmente, não valeu.

Como (não) cantaria o sambista brasileiro: “laranja madura… na beira da estrada… não tá bichada, Zé, mas tem marimbondo no pé!” E os marimbondos – ou melhor, um só, que tem por nome Sneijder – acabaram com a festa brasileira. É triste. Mas é a vida.

Mas a vida continua. Avante! E, se o mundo não acabar antes, que venha 2014!

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

32 comentários em “Laranja madura na beira da estrada…”

  1. Rogério:
    “O verde era a cor da Casa de Bragança, a que pertencia d. Pedro I”[…]
    ou seja, nacionalidade portuguesa.

    […]”e o amarelo, da Casa de Habsburgo, a que pertencia sua mulher, a imperatriz Leopoldina”.
    ou seja, nacionalidade austro-húngara.

    Incrivel, mas o Rogério acaba de concordar comigo.

  2. Apenas lembrando, a Holanda não foi uma Monarquia. Ainda é e lá o Monarca reinante tem participação direta na formação do governo. Daí não está correta a frase, “dentre todos os países que foram monarquias…”

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