Caravana “Terra de Santa Cruz” perseguida pelo movimento homossexual

A fantástica tolerância dos militantes gayzistas. Assistam.

Resumindo: a caravana do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que está viajando por diversas cidades do Brasil esclarecendo o povo sobre o PNDH-3 e colhendo assinaturas contra este nefando Plano do Governo, foi agredida em Ribeirão Preto por uma moça que se apresentou como presidente do movimento homossexual. “Vou chamar todos os homossexuais da cidade e nós vamos fazer uma revolução aqui”. E eles vieram.

Foi bonito. Enquanto os católicos rezavam e cantavam, os “revolucionários” gritavam e debochavam dos jovens. E a população apoiava a Caravana Terra de Santa Cruz, e se manifestava contra o PNDH-3. Que a Virgem Santíssima abençoe esta empreitada! E que recompense aqueles que são perseguidos. Que Ela nos dê força, e virtude contra os Seus inimigos.

CNBB censura artigos de bispos

Isto é incrível! O lúcido e corajoso artigo de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini sobre as eleições (que eu reproduzi aqui), provavelmente o melhor artigo sobre a situação política atual no Brasil saído da pena de um bispo, foi censurado pela CNBB!

Ontem, neste link, o artigo estava integralmente reproduzido no site da CNBB. O fato provocou uma grata surpresa em muitos – p.ex., via Twitter – que vislumbravam, enfim, uma luz no fim do túnel quente, escuro e sulfúreo de dentro do qual a Conferência costuma emanar os seus comunicados e decretos. Ontem à noite, para a minha surpresa, soube en passant que o artigo havia sido retirado, e só hoje confirmei o fato: há uma mensagem de “404 – Artigo #4132 não encontrado” na página onde, ainda ontem, ecoavam as sábias palavras do bispo de Guarulhos.

Não obstante, no mesmíssimo site da CNBB ainda se encontra, até agora, um artigo que leva por título “Pastorais Sociais e Organismos da CNBB confirmam apoio ao plebiscito pelo limite de propriedade da terra e ao Grito dos Excluídos”, sobre cujo assunto qual eu também já comentei aqui. Inclusive está, no site da CNBB, a íntegra da nota de Dom Pedro Luiz Stringhini.

Nesta nota pode se ler: “convidamos os cristãos e cristãs das dioceses, paróquias, comunidades, movimentos a engajarem-se neste exercício de cidadania”, qual seja, o plebiscito. Curiosamente, no mesmo site da CNBB, (ainda) tem outro artigo, este bom, de Dom Aloísio Roque Opperman, que está censurado. O original (que recebi por email) dizia ainda: “” (p.s.: enganei-me. O artigo de Dom Opperman está na íntegra – mea culpa. O que foi “censurado” – na verdade, não publicado – foi o de Dom Cristiano Krapf, que também pus aqui no Deus lo Vult!, e que dizia com clareza: “nenhum católico é obrigado a participar de uma campanha promovida por uma entidade qualquer, mesmo que conte com o apoio de setores da CNBB”).

A conclusão que se impera, portanto, para longe de qualquer dúvida, é que o site da CNBB não pode ser considerado um site católico. Afinal de contas, os próprios bispos têm, lá, o seu ensinamento censurado! Ao passo que outros falam o que bem entendem. Que vergonha!

Convite – Curso de Doutrina Social da Igreja

[Reproduzo, conforme recebi por email. O curso é bastante oportuno, e tanto os organizadores quanto os palestrantes são pessoas sérias e comprometidas com a Doutrina Católica. Recomendo a todos os que puderem participar.]

Venha a nós o Vosso Reino!

Estimados em Cristo,

Gostaria de fazer-lhes um convite.

O período eleitoral se aproxima e, como católicos que somos, recai sobre nossos ombros uma imensa responsabilidade. Responsabilidade não apenas na escolha daqueles que nos representarão nas casas legislativas e no governo, mas, principalmente, na formação de nossas consciências para uma autêntica ação social cristã.

Alguns católicos, seja por ignorância ou seja por apego a alguma ideologia, infelizmente preferem separar o âmbito da Fé do âmbito da política. Todavia, tal comportamento revela-se um enorme equívoco, uma vez que o católico verdadeiro deve saber colocar em primeiro plano a sua Fé, orientando suas decisões de acordo com à Vontade de Deus expressa na Revelação Sagrada cuja Fiel Depositária é a Santa Igreja Católica, Coluna e Sustentáculo da Verdade (cf. 1Tm 3, 15), afinal, assim nos ensina Nosso Senhor: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33).

Isto posto, diante do quadro político atual é natural que surjam dúvidas acerca de qual deve ser a escolha correta – ou, no mínimo, a menos nociva – para o eleitor católico. Sabemos bem que a Igreja não apóia partidos e nem candidatos, antes, ela nos aponta princípios pelos quais devemos guiar tanto as nossas escolhas políticas quanto a nossa atuação social. Tais princípios encontram-se sintetizados naquilo que chamamos de Doutrina Social da Igreja.

Por quais motivos a Igreja condena o socialismo? Por quais motivos a Igreja não apóia todas as práticas ditas “liberais“? O que falar do capitalismo? No intuito de dar respostas satisfatórias a estas e a muitas outras perguntas, o Movimento Regnum Christi promoverá em Recife um Curso de Doutrina Social da Igreja, voltado para a conscientização do autêntico cidadão católico. Todos vocês estão convidados a tomarem parte deste importante evento, que ocorrerá nos dias 30/07, 31/07 e 01/08 conforme planejamento abaixo:

Sexta, 30/07:
Missa de abertura na Paróquia das Graças, às 19h00 . Após a Missa, seguiremos para o salão paroquial da igreja, onde teremos uma breve introdução ao assunto que será estudado durante o curso.

Sábado, 31/07, no auditório do Círculo Católico de Pernambuco: Palestras das 8h30 às 12h00, com Coffee Break; Almoço (não incluso) até as 14h00; Palestras das 14h00 às 17h00.

Domingo, 01/07, no auditório do Círculo Católico de Pernambuco: Palestras das 8h30 às 12h00, com Coffee Break;

O palestrante será o Pe. Deomar Guedes, LC, Reitor do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil (São Paulo) e um grande conhecedor da Doutrina Social da Igreja. Ele fundamentará sua palestra na obra “As Três Cidades: O Conteúdo da Mensagem Social Cristã”, de Patrick de Laubier, que aborda os princípios e as fases do desenvolvimento da mensagem social cristã na história.

O investimento será de apenas R$ 15,00 por pessoa.

Espero poder contar com a presença de todos vocês neste importantíssimo evento em nossa cidade. E, se não for pedir demais, peço que divulguem o convite entre os seus amigos e conhecidos.

Aos que pretendem comparecer, peço que me retornem este e-mail confirmado a presença com os seguintes dados: Nome, Paróquia, Endereço e Telefone.

Para os que puderem pagar antecipadamente para ajudar na organização do evento, deixo a conta poupança abaixo:

Banco do Brasil
Ag: 3504-1
Conta Poupança: 19.393-3 Var: 01
Titular: Francisco Alves Sobrinho

O convite segue em anexo.

Me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Em Cristo e Maria Santíssima,

José Claudemir Pacheco Júnior
Assistente da Seção de Senhores do Regnum Christi – Recife

Apologia das Cruzadas

Deus lo Vult!

Agradeço ao off-topic publicado no post sobre a Missa Tridentina em Recife. Cliquem na figura acima para acessarem uma série de quatro artigos do professor Roberto de Mattei traduzidos para o português, publicados originalmente no Corrispondenza Romana, sobre as Cruzadas.

Pensando no Inferno

Recebi hoje, por email, um texto de Santa Faustina que eu já conhecia (inclusive o Everth publicou, há algum tempo, no Ecclesia Una). Mas foi bom relê-lo, porque estou convencido de que a falta de contemplação dos Novíssimos é um dos grandes males dos tempos modernos. É triste ver pessoas – até mesmo pessoas alegadamente de Fé – viverem na prática como se Deus não existisse, sem preocupar-se nada com a salvação eterna da própria alma, como se este fosse um assunto qualquer, de pouca monta, do qual é perfeitamente razoável descuidar-se.

A salvação eterna de nossas próprias almas, ao contrário, é o assunto mais grave da nossa existência, aquele que mais deve ser objeto de nossas preocupações. Temos uma alma eterna, destinada às glórias do Céu, mas que está sob o permanente risco de resvalar e cair nas profundezas do Inferno! Se isto não for motivo suficiente para se preocupar, então nada mais é. Lembro-me de uma minha catequista, que nos incutia o desejo da salvação ao afirmar que havia, lá no Céu, uma cadeira com o nosso nome. Ao mesmo tempo, ela completava a catequese alimentando em nós um santo e salutar temor da condenação, ao dizer que lá no Inferno tinha uma cadeira igual, com o mesmo nome. E assim aprendíamos a amar o Céu e a temer o Inferno – como convém que se faça.

Certo, deve-se amar a Deus mais por amor do que por temor – concordamos. Mas isto é para poucos, e para avançados estágios de amadurecimento espiritual. Aliás, se formos levar às últimas conseqüências a história atribuída – salvo engano – a Santa Teresa d’Ávila, não devemos temer as penas do Inferno nem tampouco interessar-nos pelos prazeres do Céu. Esta segunda parte é amiúde esquecida, e tenho a impressão de que desejam fazer “almas perfeitas” apenas com um dos lados da moeda. Como se isso fosse possível.

Refiro-me à história da santa que, andando pelo carmelo com uma tocha em uma mão e um balde d’água na outra, foi interpelada por uma irmã, à qual respondeu: “quisera eu queimar o Céu para não desejá-lo, e apagar o fogo do Inferno para não temê-lo, a fim de que pudesse amar a Deus somente por Ele mesmo”. Sublime? Sem dúvidas. Mas não nos esqueçamos que esta é Santa Teresa, e que as pessoas são diferentes, inclusive (e talvez principalmente) em maturidade espiritual. Aliás, a própria frase da santa mostra que ela pensava, sim, nos Novíssimos. Na vida espiritual nós não podemos pegar atalhos ou pular etapas. Não faz sentido “universalizar” o “amor puro” a Deus desencorajando a contemplação dos Novíssimos – estes levam a Deus. E, ouso dizer: sem uma graça particularíssima do Altíssimo, não dá para achegar-Se a Deus desprezando a meditação dos Novíssimos.

Até porque quem ama a Deus não quer perdê-Lo, naturalmente, e um dos tormentos do Inferno – volto à visão de Santa Faustina – é a perda de Deus. Aliás, este é o primeiro. Quem ama a Deus, portanto, teme necessariamente o Inferno, a separação Eterna d’Aquele que é Amado. E tanto mais amará a Deus quanto mais temer perdê-Lo. De onde se vê o mal que fazem às almas aqueles que se recusam a ensiná-las a meditar, zelosamente, na Morte, no Juízo, no Inferno e no Paraíso.

Comunicado – sobre Missa Tridentina em Recife

Ontem, domingo 18 de julho, a Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano foi celebrada normalmente, às 11:00 da manhã, na Paróquia da Imbiribeira.

No próximo domingo, 25 de julho, a despeito do reverendíssimo pe. Nildo encontrar-se em viagem (por ocasião de retiro sacerdotal), já está acertado que um outro sacerdote – s.m.j., o mons. Edvaldo Bezerra – vai celebrar esta Missa no mesmo horário e no mesmo local.

A partir do domingo seguinte, 01 de agosto, o padre Nildo retornará à cidade e dará continuidade, normalmente, à celebração da Santa Missa, que continuará acontecendo aos domingos, às 11:00 da manhã, na paróquia da Imbiribeira.

Agradeço a todos os que acompanharam, com orações, a situação pela qual passou a Arquidiocese de Olinda e Recife nos últimos dias, que – graças a Deus – chegou a uma boa solução. Continuemos rezando pela exaltação da Santa Madre Igreja.

“Campanha de embolar o campo com ‘plebiscito’ popular” – Dom Cristiano Krapf

[Mais um bom artigo de um bispo (este, recebido por email): Dom Cristiano Krapf critica o plebiscito sobre o limite da propriedade da terra. Merece ampla divulgação. Deus seja louvado pelos bispos estarem rompendo a cortina de silêncio (às vezes, de criminosa cumplicidade…) imposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Cabe perguntar: afinal de contas, a CNBB apóia ou não este plebiscito esquerdista?]

Campanha de Embolar o Campo com “Plebiscito” Popular

Dom Cristiano Krapf, Bispo de Jequié, BA

Diante da pobreza de milhões de brasileiros nesta terra tão rica em recursos naturais, até pessoas bem intencionadas se deixam instrumentalizar por adeptos de uma ideologia anticapitalista e antineoliberal que ainda tem a ilusão de construir uma sociedade mais justa pelo atalho da luta de classes.

Já no último dia da Reunião dos Bispos em Brasília tivemos um breve tempo de estudo em grupos e apresentação de emendas para um texto de 55 páginas sobre a Questão Agrária, com a proposta de envolver a CNBB numa campanha para limitar por lei arbitrária o tamanho de propriedades rurais.

Faz muito tempo que tal projeto é tramado nos bastidores de setores que desejam radicalizar a reforma agrária. Ainda achei uma brecha para dizer que seria muito melhor insistir na exigência da função social de toda propriedade, em vez de perturbar o trabalho de pessoas que fazem a terra produzir. Tentei oferecer um texto crítico que fiz às pressas com argumentos razoáveis contra a tentativa de atacar e atrasar o desenvolvimento de uma agricultura moderna num país com a vocação de ser o celeiro do mundo neste século de perspectivas ameaçadoras de conflitos crescentes por alimento, por energia e por água.

Não conseguindo distribuir a todos o meu texto sobre o tal plebiscito, o mandei aos colegas pela internet, junto com outro mais elaborado sobre a Questão Agrária para Bispos, que ainda está guardado no meu Blog, porque se refere à primeira versão do texto da CNBB, do qual ainda não vi a versão final.

Quando questionei o envolvimento oficial da CNBB numa campanha contra grandes propriedades rurais que só servirá para agitar ainda mais o ambiente rural, recebi a resposta que não seria publicado um documento na coleção azul, mas apenas um texto para estudo na coleção verde. No entanto, já começou a campanha com a coleta de assinaturas e com a mobilização do povo para o grito dos excluídos. Quem não participar, será criticado como se não estivesse interessado na melhora de vida do homem do campo.

Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. Isso ficou claro quando alguns queriam mobilizar a Igreja toda contra projetos de transposição de água do São Francisco e de hidroelétricas na Amazônia.

Pessoalmente, não vejo por que todos os bispos deviam marchar unidos contra projetos complicados que dividem as opiniões dos envolvidos e dos entendidos. Vejo que muitos fabricam argumentos para justificar seus objetivos, em vez de escolher seus objetivos de acordo com a verdade objetiva da razão.

Precisamos cuidar da unidade na doutrina, na liturgia, na solidariedade. Em questões de política econômica, não cabe à CNBB impor seus pontos de vista a ninguém. As opiniões de cada bispo valem de acordo com o peso dos seus conhecimentos manifestados nos seus argumentos. Viva a liberdade!

Não quero impor as minhas opiniões. Quero apenas oferecer meus argumentos pessoais aos interessados no assunto, e deixar claro que nenhum católico é obrigado a participar de uma campanha promovida por uma entidade qualquer, mesmo que conte com o apoio de setores da CNBB. Ninguém pode exigir que todo católico venha embarcar na canoa furada desse “plebiscito”.  Tal campanha contra o tamanho das propriedades rurais só fará aumentar os conflitos no campo. Quem sobreviver verá.

Na proposta que surgiu na nossa Assembléia faltou definir coisas importantes:

1)   Qual deve ser o tamanho limite das propriedades?

2)   A desapropriação será com indenização ou por confisco sumário?

3)   Quem receberá a terra pronta e as benfeitorias de presente? O invasor que chegar primeiro? Os amigos dos donos do poder?

Agora, o Forum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, FNRA, já diz qual deve ser o Limite da Propriedade: 35 módulos fiscais Um manual recente do FNRA explica que um módulo tem entre 5 e 110 hectares. Segundo o INCRA, em regiões de São Paulo boas para culturas permanentes um módulo tem dez hectares. Portanto, propriedades que ultrapassam 350 hectares serão desapropriadas.

Com as leis atuais que protegem fazendas produtivas, já acontecem invasões de áreas plantadas. Aqui na Bahia, invasores de terras alheias cortaram pés de eucaliptos com o argumento tolo que pobre não come madeira. Alguém imagina que grandes plantações de laranja, de café, de cana, de soja, de eucaliptos, seriam entregues sem resistência ao primeiro invasor que chegar? Ou será que ainda existem movimentos que sonham com revolução?

No sertão difícil, os módulos são bem maiores, mas o pessoal não dorme no ponto. Vão procurar as regiões melhores. Já existem assentamentos que produzem pouco, mas onde receberam casas perto de cidades. Outros procuram lugares de futuro turístico. Assentamentos no interior do sertão só sobrevivem enquanto continuam recebendo ajuda.

Resumindo, a proposta do FNRA é esta: Confiscar as grandes fazendas:

Áreas acima de 35 módulos sejam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.

Jequié, 17 de Julho de 2010
+ Cristiano Krapf

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Com um pouco de atraso, publico as palavras de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo de Guarulhos. Os grifos e sublinhados estão no original. Graças a Deus, um pastor não se furtou ao seu grave dever de zelar pelo rebanho que tem sob seu cuidado. Parabéns a Sua Excelência! Que a Virgem Santíssima o possa continuar conservando na Fé sem a qual é impossível agradar a Deus. E que as palavras dele sejam amplamente divulgadas.

Fonte: Diocese de Guarulhos.]

Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.

Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.

Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.

Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.

Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que – por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).

Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.

Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.

D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos

A Virgem nos Seus andores

“É bonito ver o pátio assim cheio. Querem acabar com o nosso amor a Maria, mas nunca vão conseguir não. Apesar destes protestantes empestando o mundo, o povo ama Nossa Senhora, e isso nunca vai deixar de ser assim”.

Assim escutava eu, no Pátio do Carmo, hoje à tarde, uma senhora conversando com outra. Sei que é feio ouvir as conversas alheias, mas o pátio estava muito cheio e eu não consegui evitar. Certamente, cito de memória o arrazoado daquela boa mulher, mas o “empestando” é ipsis litteris. A palavra chamou-me a atenção por ser – graças a Deus! – politicamente incorreta, e por dar testemunho eloqüente de que o povo de Deus – a despeito das loucuras modernas – permanece com a sua cabeça no lugar. O povo simples tem Fé na Virgem Mãe de Deus. O povo simples não admite, de nenhuma maneira, privar-se da intercessão desta Boa Senhora.

Em tempos de “ecumenismo” – palavra prostituída, vale salientar -, o povo encheu o pátio do Carmo para cantar os louvores da Virgem Mãe de Deus, Flos Carmeli, Nossa Senhora de tantos títulos porque um só deles não seria suficiente para louvar esta Mulher como Ela deve ser louvada. Foi a 314ª festa do Carmo celebrada aqui na Veneza Brasileira. O número impressiona, mas para a Virgem é ainda muito pouco, é quase nada. De Maria nunquam satis, como se dizia antigamente: sobre a Virgem Santíssima, nunca se falará o bastante. Ela nunca será louvada o bastante.

“Unidade, unidade” – clamam alguns. Concordamos, a unidade sem dúvidas é um valor a ser buscado, mas nunca por si mesmo. “Unidade por unidade”, não. Unidade, só na Verdade. E é verdade que a Virgem Santíssima é a Mãe de Deus, é Rainha dos Céus, é Medianeira de Todas as Graças, e deve ser louvada por todos aqueles que querem ser seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo – fora disso não pode haver unidade verdadeira. A música que fez sucesso na voz do padre Marcelo (não sei de quem é a composição) não tocou na festa de hoje, mas o argumento é tão verdadeiro que merece ser lembrado: “se um dia um Anjo declarou que Tu eras cheia de Deus, agora penso quem sou eu para não Te dizer também: cheia de Graça?”. E, isso, o bom povo simples entende perfeitamente bem. Disso, ele não vai abrir mão.

Assisti à Santa Missa, agradecendo a esta Boa Senhora por todas as graças que Ela nos tem alcançado – em particular, por Olinda e Recife. Esperei a saída da procissão: hoje, estava simplesmente impossível de acompanhar caminhando. Acompanhei-A com o olhar, em Seu andor, particularmente ostensivo este ano: uma réplica do altar-mor (o antigo, naturalmente) da Basílica do Carmo. Alguém cantava uma composição que eu particularmente acho meio estranha, mas os primeiros versos são verdadeiramente bonitos, e belamente verdadeiros. “Ave Maria / em Seus andores! / Rogai por nós, / os pecadores”.

Sim, somos todos pecadores, dependentes da Graça, dependentes – em absoluto – dos favores d’Aquela que foi constituída Tesoureira das Graças de Deus – thesauraria Gratiarum Domini, como rezamos na Coroinha. Que Ela olhe sempre por nós, “em Seus andores”, isto é, louvada publicamente pelo povo que, embora pecador, é-Lhe fiel e tem-Lhe sincero amor. Louvando-A, Deus é louvado por  meio d’Ela, com um louvor infinitamente maior do que os que nós poderíamos dar-Lhe sozinhos; e, venerando-A publicamente, alcançamos os Seus favores, colocamo-nos sob o Seu olhar e a Sua proteção, sem os quais – nunca é demais repetir – nada somos, nada podemos.

O Virgo, Flos Carmeli,
ora pro nobis!

Dom Fernando acolhe e apóia católicos que assistem à Missa Tridentina

Jorge Ferraz, Claudemir Júnior, Emílio Filho, Hugo Siqueira, Simone Montfort, Dom Fernando Saburido, Gustavo Souza, Família Gonçalves (Glauco, Daniele e João Lucas ao colo), Coronel Heráclito

 

Profundamente abalados com o fim da celebração da Missa Tridentina em Recife, alguns católicos – uma comissão representativa dos fiéis que há anos assistem esta missa – tiveram uma audiência esta manhã, perto das dez horas, com Sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Saburido, na Cúria Metropolitana. Enquanto alguns entraram para a audiência episcopal, outros ficaram do lado de fora aguardando o seu desfecho.

 

Das mais diversas faixas etárias (de crianças de colo a senhores de mais de cinqüenta anos), de diversas paróquias da Arquidiocese, estes fiéis foram respeitosamente apresentar a Sua Excelência a sua perplexidade com o fim da celebração da Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.

 

Levamos testemunhos dos frutos que têm sido alcançados por meio desta Missa. Famílias foram formadas em torno a ela; crianças, neste rito, foram batizadas. Pessoas afastadas da Igreja há décadas encontraram-se, finalmente, na celebração do Santo Sacrifício do Altar segundo as rubricas antigas, e voltaram à prática da Religião Verdadeira ao verem a piedade deste rito e ao serem nutridas pelas homilias do reverendíssimo padre que a celebrava.

 

Manifestamos todo o nosso amor e a nossa solidariedade para com o sacerdote, pe. Nildo, “diretor espiritual de alguns, confessor permanente de muitos e pai espiritual de todos”. Testemunhamos a sua fidelidade ao sacerdócio, o seu amor à Igreja, a sua dedicação àqueles que a Divina Providência lhe confiou. Um exemplo de sacerdote, sem sombra de dúvidas, pelo qual sempre agradecemos a Deus em privado e em favor do qual, hoje, falamos abertamente diante do Metropolita.

 

Queixamo-nos das incompreensões com as quais nós, católicos ditos “tradicionalistas” desta Arquidiocese, somos tratados. Das insinuações de que provocamos divisão no rebanho, passando pelas acusações de sermos fechados e avessos ao diálogo, e chegando até a calúnias gratuitas como a de ensinarmos que “a Sé de Pedro está vacante”. Queixamo-nos, de tudo isso, ao Arcebispo Metropolitano, que nos ouviu amável e paternalmente.

 

Reafirmamos o nosso mais ardente amor à Igreja e o nosso desejo sincero de estarmos em comunhão incondicional com o Santo Padre, o Vigário de Cristo na Terra, e com o nosso bispo em comunhão com o Papa. Rejeitamos todas e cada uma das acusações injustas que nos eram feitas. Afirmamos que os excessos, se os há, devem ser tratados como casos particulares que são – e não aplicados por meio de generalizações absurdas a todos os fiéis que se nutrem da espiritualidade tradicional da Igreja.

 

Somos provavelmente – como foi colocado para o senhor Arcebispo – o mais heterogêneo grupo de católicos desta Arquidiocese. De paróquias distantes (alguns inclusive de outras cidades e municípios), de atividades pastorais diversificadas (há pessoas que são catequistas, que fazem pastoral com drogados, que realizam missões, etc.), tendo em comum o amor à Santa Missa celebrada em Sua Forma Extraordinária. Não queremos senão ser católicos.

 

Sua Excelência nos concedeu a sua compreensão e a sua solicitude de Pastor. Disse que tínhamos o seu apoio. Garantiu-nos que iria intervir para que a Santa Missa na Forma Extraordinária continuasse a ser celebradaDeo Gratias. Solidarizou-se com as nossas queixas, e prometeu-nos tomar providências a fim de que cessem as perseguições e animosidades. Despedimo-nos, rogando a sua bênção e reafirmando a nossa filial submissão àquele que foi designado pelo Santo Padre para nos pastorear.

Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio dado aos católicos  tradicionais desta Arquidiocese. Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio concedido à Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.