“Ó, que grandioso é o sacerdócio!”

O Santo Cura d’Ars sempre manifestou a mais alta consideração pelo dom recebido. Afirmava: “Ó, que grandioso é o sacerdócio! Só se compreende bem no Céu… mas se o compreendesse sobre a terra, morrer-se-ia, não de temor, mas de amor”

– Bento XVI, 05 de agosto de 2009

Hoje a Igreja celebra a festa de São João Maria Vianney, o santo cura d’Ars, patrono dos párocos, honra do clero francês. Um homem simples, mas que soube entregar-se desmedidamente ao serviço de Deus e, por isso, o Altíssimo fez maravilhas em sua vida.

Era filho de camponeses. Queria ser padre, mas quase não o consegue por conta dos sucessivos insucessos nos estudos necessários para tal. No entanto, não desistiu: contra todos os prognósticos, foi adiante, insistente, até conseguir levar a cabo os seus estudos e ordenar-se sacerdote do Deus Altíssimo.

A sua limitação intelectual chega a ser anedótica! Não sei a veracidade da história, mas conta-se que o santo, certa feita, confrontado com um seu superior que o tentava dissuadir do sacerdócio argumentando exatamente que a inteligência refinada (que tanto faltava ao santo!) era necessária ao ofício de pastoreio das almas, respondeu singelamente: “Davi, com uma atiradeira feita da mandíbula de um burro, derrubou o gigante Golias; imagine o que Deus não poderá fazer tendo nas mãos o burro inteiro?”. De onde se vê que, ao santo, embora talvez faltasse alguma habilidade mais específica exigida para os estudos acadêmicos, não lhe faltava sabedoria ou bom humor.

“Que grandioso dom é o sacerdócio”! Talvez o santo cura d’Ars percebesse-o melhor que os outros padres, porque para ele – devido à sua história – o aspecto do dom estava muito mais evidente do que o de mérito. Mas todo sacerdócio é um dom, ainda para o aluno laureado nos estudos do seminário, porque o sacerdócio é tão grandioso que ultrapassa infinitamente quaisquer méritos que os homens pudessem ter. Não, o sacerdócio não é a recompensa dos anos de estudos no seminário como um – digamos – diploma de medicina é a recompensa pelos anos de dedicação integral na faculdade. O sacerdócio é mais, muito mais: os efeitos são desproporcionais às (supostas) causas. De um médico pode-se dizer que é o que estudou na faculdade, e o mesmo de um engenheiro, um arquiteto, um jornalista; mas a santidade de um padre santo não encontra a sua causa nos estudos do seminário, por melhor aluno que ele tenha sido, por melhor o lugar onde ele tenha estudado. Olhe-se para o santo cura d’Ars! É de Deus que vem a santidade do sacerdócio. É um dom, um dom grandioso, com o qual Deus, pela Providência, agracia alguns dos Seus filhos.

Rezemos pelos sacerdotes! Para que sejam padres conforme São João Maria Vianney. Para que reconheçam quão grandioso é o dom do sacerdócio que do Altíssimo receberam e pelo qual terão um dia que prestar contas. Para que deixem a santidade vir de Deus, do alto, e não brotar dos próprios esforços humanos. Para que sejam santos, honrando a dignidade da vocação à qual foram elevados. Para que Deus nos conceda sempre sacerdotes bons e fiéis para cuidar do Seu povo.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

26 comentários em ““Ó, que grandioso é o sacerdócio!””

  1. Me apaixonei por São João M. Vianney em meados de 2005 quando tive acesso a obra de Marc Joulin, que de forma singular tratou de escreve-la.
    E uma das questões do meu amor por esse santo deu-se por sua humildade em reconhecer suas limitações (falava mal o francês, latim e era um fraco orador).
    Para tanto se apegou e focou sua missão na maior de suas virtudes: A Confissão.
    Confessava cerca de quase 20 horas ao dia.
    Sem cessar.
    Dormia pouco.
    Comia mal (algumas batatas cozidas que ficavam semanas a sua espera…).
    E amou demais…
    Primeiro a Deus e depois aos homens.
    Hoje, dia de sua festa, faço ligeiramente uma comparação do que temos por aqui em matéria de sacerdócio.
    Salvo algumas honrosas exceções, o clero modernista não chega a ser uma pálida caricatura do que foi esse santo, lá em Arns.
    Padres vaidosos, prepotentes, divulgadores de receitas de culinária e produtos de beleza…
    Amantes das festas, dos eventos.
    Amigos do mundo, da viola e do palco.
    Senhores de intimidade com Armani e Doce & Gabanna.
    Inimigos da Cruz, da oração e penitência.
    Eis a parte que nos sobra…

    Santo Cura D’Arns, a quem tanto amo…

    Rogai por nós!

    Olegário

  2. Deus obra de maneira estupenda. De um lado, São João Maria Vianney; de outro, Santo Tomás de Aquino.

  3. Amém, Jorge.

    Que o Bom Deus abençoe e proteja a todos os sacerdotes.

    De fato, a obra de Marc Joulin é imprescindível para conhecermos esse grande santo. A leitura e agradabilíssima e o livro estava com um ótimo preço nas Paulinas.

  4. Prezado Olegário

    Salve Maria!

    O livro de Marc Joulin sobre São João Maria Vianney que o senhor mencionou é muito bom. Eu o li em julho de 2004. Um seminarista mo emprestou. Desde então não o reli de novo. Confesso que o seu testemunho me deu vontade de relê-lo. Quando puder vou rê-lo!
    Mas eu copiei algumas frases de São João Maria Vianney que estavam no livro, de modo que partilho algumas delas. Ei-las:

    “A cruz é a escada do céu.
    A cruz é a chave que abre a porta do céu.
    A cruz é a lâmpada que ilumina o céu e a terra.”

    “Quanto mais damos aos pobres por amor a Deus, tanto mais somos ricos na realidade.”

    “Nunca vi ninguém se arruinar fazendo boas obras…”

    “Os amigos dos pobres são os amigos de Deus.”

    “Jamais devemos desprezar os pobres, porque esse desprezo recai sobre Deus.”

    “Não deveríamos perder a presença de Deus, tanto quanto não perdemos a respiração.”

    “Não temos necessidade de muito falar para bem rezar. Sabemos que Deus está lá, no santo Tabernáculo; abrimos o nosso coração; comprazemo-nos em sua santa presença.” Esta é a melhor oração.” p.44

    “O bom Deus gosta de ser importunado.”

    “O homem é um pobre que tem necessidade de tudo pedir a Deus.”

    “Ele ( Cristo Jesus) morreu por todos. E nos espera a todos no céu.”

    “A cruz é um dom que o bom Deus faz a seus amigos.”

    “Oh! Como os pobres pecadores são infelizes por não amarem o bom Deus.”

    “Não é Deus que nos condena, somos nós pelos nossos pecados. Os condenados não acusam a Deus… eles se acusam a si mesmos.”

    “Dirijamo-nos à Santa Virgem com grande confiança, e estaremos certos, por mais miseráveis que sejamos, que ela nos obterá a graça da nossa conversão.”

    “A escada: o homem fora criado para o céu. Mas o demônio quebrou-lhe a escada que para lá o conduzia. Nosso Senhor, então, por sua paixão, reformou-a completamente. A Santa Virgem que está no alto da escada, segura-a com as duas mãos.”

    “Quando não temos consolações, servimos Deus por Deus, mas quando as temos nos expomos a servi-lo para nós mesmos.”

    “O bom Deus é bem melhor do que o diabo maldoso. É ele que me guarda e o que Deus guarda está bem guardado.” p.101

    “Um dia, recebi uma carta em que me consideravam como um santo, e na mesma hora recebi uma outra cheia de besteiras. Se tivesse acreditado na primeira, ficaria orgulhoso, e a segunda me deixaria desesperado. É preciso não dar atenção nem a uma , nem a outra. A gente é o que é aos olhos de Deus.”

    “Ah! Como é assustador ser padre! A confissão! Os sacramentos! Que obrigação onerosa! Oh se soubéssemos o que é ser padre, fugiríamos como os santos para o deserto para não sê-lo.”

    “O bom Deus está muito mais propenso a perdoar um pecador arrependido do que uma mãe a retirar seu filho do fogo.”

    “Para receber o sacramento da penitência três coisas são necessárias: a fé que nos faz ver Deus presente no padre. A esperança que nos faz crer que Deus nos dará a graça do perdão. A caridade que nos leva a amar a Deus e que coloca no coração o arrependimento de tê-lo ofendido.”

    “É preciso colocar mais tempo em pedir a contrição do que em si examinar.”

    “O bom Deus, no momento da absolvição, joga nossos pecados por trás de seus ombros, isto é, os esquece, aniquila e nunca mais aparecerão.”
    “O bom Deus sabe todas as coisas. De antemão, sabe que após vos terdes confessado, pecareis de novo e no entanto ele vos perdoa. Como é grande este amor de nosso Deus que vai até a esquecer voluntariamente o futuro para nos perdoar!
    “Não é o pecador que retorna para Deus para lhe pedir perdão, mas é o próprio Deus que corre atrás do pecador e o faz retornar a ele.”
    “Dizem, algumas vezes: ‘Deus castiga aqueles que ele ama. Não é verdade. As provações, para aqueles que Deus ama, não são castigos, são graças.’”

    Fonte: A Vida do Cura d’Ars – A audácia de amar a Deus!
    Marc Joulin, OP. Ed. Loyola, 1989

  5. Um fato curioso na vida de São João Maria Vianney é, quando ele ainda era criança, a sua família hospedou em sua modesta casa São Bento Labre, o mendigo de Deus. São Bento Labre, pelo pouco que sei sobre ele (a história da sua vida dever ser fascinante) se tornou voluntariamente mengido e passou a peregrinar de santuário em santuário rezando e adorando a Deus. Numa dessas suas peregrinações ele pediu para se hospedar na casa dos Vianney, onde foi acolhido generosamente pelos pais de São João Maria Vianney. Quem souber de algum livro sobre São Bento Labre, por favor, me indiquem. E sobre São João Maria Vianney também. Mas voltando a essa passagem da vida de São São João Maria Vianney, o site Página Oriente assim relata:

    “Por onde passam os Santos, Deus com eles passa”. Foi no ano de 1772, que um santo mendigo, Bento José Labre, passando por Dardilly, se hospedou na humilde casa dos Vianney. A benção de Deus entrou com ele naquela mansão; pois poucos anos depois, nasceu lá aquele que no mundo inteiro é conhecido por João Vianney – o santo Cura d’Ars. Que eficácia maravilhosa da esmola! Deus dá a pobres camponeses um filho, que vem a ser um dos seus grandes servidores, recompensando assim uma obra de caridade, que dispensaram a um pobre mendigo.”

    E sobre o episódio da mandíbula de burro diz:

    “Conta-se Ainda que ao aproximar-se a sua ordenação, o vigário geral reunido com alguns padres, ponderaram a inconveniência em lhe conceder o sacramento da Ordem, porque João Batista “era muito burro”, conforme comentaram entre si num momento de reunião, não com maldade, mas com a sinceridade de quem estava convencido da incapacidade intelectual de quem iria assumir tão elevado cargo. Nesse momento, João Batista estava chegando e ouviu ainda na ante-sala o constrangedor comentário. Ali ele aguardou a saída dos padres, e foi ter com o vigário. Antes de iniciar a conversação, o santo lhe pediu licença e disse: “Padre, se com uma atiradeira feita da mandíbula de um burro, Davi conseguiu derrubar Golias, imagine o que o senhor poderá fazer tendo nas mãos um burro inteiro!” Estas palavras foram suficientes para revogar a intenção do vigário que, logo em seguida, o enviaria à comunidade de Ars.”

    http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/ago/joaomariavianei0408.htm

  6. Caríssimo Alex A.B,

    Gratíssimo por abonar meu comentário.
    Deus lhe pague.
    Muitas são as passagens de virtudes atribuídas a Cura D’Arns.
    Em uma delas ouvi de um sacerdote que o santo tinha o dom da profecia ou vidência, não sei qual seria o termo correto para definir o fato que exponho a seguir:

    Numa tarde estando ele na paróquia confessando, a multidão a sua espera era – como sempre – imensa.
    Quase no final da fila, que já saia da igreja e ganhava a rua, uma mulher muita aflita e angustiada o aguardava para a confissão.

    Era comum que muitos fiéis o esperassem por quase seis horas para confessar…

    A pobre senhora já desanimada por tanto aguardar e vendo que a multidão a sua frente era imensa, ia a cada instante sendo consumida pelo desespero.

    De repente um certo alvoroço…
    O que será?

    Lá vinha São João Vianney ao seu encontro.
    De estatura pequena, corpo frágil e bem emagrecido, caminhava ele de passos curtos, mas apressados em sua direção.
    Parou a sua frente, olhos abertos; esbugalhados.
    Disparou:

    – “Filha, não se desespere por tanta tristeza.
    Seu esposo, ao pular da ponte e antes de chegar ao rio, se arrependeu do que fez….
    Deus, por misericórdia o perdoou.
    Fique em paz, aguarde sua vez e confesse.”

    Hoje meu caro Alex, a fila que se faz para encontrar um padre não é pelo sacramento piedoso da confissão. Lamentavelmente não!

    Hoje, a aglomeração fica por conta de uma legião de tietes ensandecidas defronte ao Credicar Hall, aguardando pacientemente, a apresentação de “padres-modelos -Elvis Presley – Gianechinnis de Melo”, sussurrar doçuras e favos de mel ao som de “humano demais”.

    Que desgraça…

    Em Jesus e Maria.

    Olegário.

  7. Caríssimo Olegário

    Muito interessante o seu relato desse episódio da vida de São João Maria Vianney. Pode citar a fonte. Eu gosto de saber as fontes para poder futuramente adquir tais livros, etc.

    Sobre a cidade de Ars e São João Maria Vianney, há um pequeno, mas bonito vídeo de H2onews. Acho que os dois links estão funcionando.

    A vídeo-notícia começa assim:

    “Ars-sur-Formans é um pequeno vilarejo em meio ao maravilhoso cenário de Val de Saône, na França. Não chega a 1200 habitantes, todavia, é recordado por um santo, Cura, que mudou o seu destino.”

    http://www.h2onews.org/portugues/1-Eventos/16182-h2onews.html

    http://www.h2onews.org/index.php?option=com_content&view=article&id=16182:h2onews&catid=111:eventos&Itemid=56

    Muito singelo e bonito o vídeo!

  8. Usando uma expressão de Bento XVI, “o ministério do confessionário” é um dos ministérios ao qual os sacerdotes mais devem se dedicar, pois só ele pode em nome de Deus perdoar os pecados.

    “Outra característica fundamental desta extraordinária figura sacerdotal era o assíduo ministério da confissão. Reconhecia na prática do sacramento da Penitência o natural cumprimento do apostolado sacerdotal, em obediência ao mandato de Cristo: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (cf. Jo 20, 23). São João Maria Vianney distingue-se portanto como ótimo e incansável confessor e diretor espiritual. Passando, com “um único movimento interior, do altar ao confessionário”, onde transcorria grande parte do dia, buscava de todos os modos, com a pregação e com o aconselhamento, fazer os paroquianos redescobrirem o sentido e a beleza da penitência sacramental, mostrando-a como um sinal íntimo da presença da Eucaristia (cf. Carta aos sacerdotes para o Ano Sacerdotal).” Bento XVI, Catequese de 5 de agosto de 2009.

  9. Uma correção. Foi em dezembro de 2004 e janeiro de 2005 que eu li a obra de Marc Joulin sobre São João Maria Vianney; e não em julho de 2004. Fiz uma confusão porque julho e dezembro-janeiro normalmente são meses de férias.

    Paz e Bem a todos!

  10. São João Maria Vianney é um modelo exímio de confessor para os sacerdotes. Escutar ou atender confissões é um dos ofícios mais importantes que um padre pode exercer; na verdade, ninguém além do sacerdote pode perdoar pecados em nome de Deus! Que verdade tremenda! E parece que hoje os padres não pensam mais nisso.

    Eu conheci um venerável sacerdote, já idoso, mas que se dedicava assiduamente e incansavelmente ao “ministério do confessionário”. Às vezes, quem não tem o costume de confessar-se pode achar que os padres pouco confessam porque não há penitentes que os procure. Mas não é verdade! Quando um sacerdote se põe a disposição dos fiéis para ouvir confissões, formam-se filas para receber o perdão sacramental de Deus. Eu fui testemunha disso em relação a esse padre idoso. A capela do seminário onde ele ouvia as confissões ficava cheia de gente para se confessar. Depois que ele foi transferido para outra cidade, não se atende mais às confissões nesse seminário religioso, a não ser de vez em quando quando algum padre se dispõe a atender confissões antes da missa.

    As pessoas estão sedentas de Deus. O perdão dos pecados é uma forma de recebermos a amor de Deus. Se os padres se colocarem à disposição dos fiéis não faltarão penitentes veradeiramente arrependidos para se confessar!

  11. É verdade, o grande problema é a falta de padres dispostos a confessar, não o contrário!!Por incrível que possa parecer para quem não se confessa. E também faz muita falta um padre que saiba orientar os fiéis para este sacramento. Em tempos onde nada é pecado e tudo é permitido(exceto ser católico), precisamos saber em termos práticos o que devemos confessar e onde devemos mudar.
    Aqui em Salvador tinha confissão todo dia na paróquia de São Bento. Depois eles modificaram para ter somente às segundas, quartas, sextas e no domingo antes da Missa.
    Como fica relativamente perto de onde trabalho(andando, eu demoro meia hora), já fui lá em uma segunda, não teve;depois fui na quarta, também não teve. Como sexta-feira era o jogo do Brasil não quis arriscar.
    Aliás, é bom falar que nessa quarta em que eu fui,tinha uma pessoa se debatendo no chão da Igreja como se estivesse possessa (eu acho que ela estava), e pasmem, dois policiais lá dentro e nenhum padre!!Nenhum! E olha que do lado tem um mosteiro e funciona também um colégio “católico”. Não tinha nem água benta na entrada da Igreja, pois deixaram secar e nem se preocuparam em colocar de novo.
    Nem peço um São João Maria Vianney, claro que não. Mas um padre que honrasse o seu sacerdócio já me deixaria muitíssimo satisfeita.

  12. Prezada Michele

    Obrigado por reforçar com seu testemunho o meu pedido, que nada mais é que o eco do pedido do próprio Papa para que os sacerdotes se dediquem mais ao “ministério do confessionário”, usando uma expressão de Bento XVI. O pedido do Papa deveria ser considerado como uma ordem!

    Você também tocou na questão dos fenômenos diabólicos. Infelizmente costuma-se reduzir esses fenômenos a transtornos psicológicos. Daí a necessidade de termos médicos, piscológos, psiquiatras abertos às verdades sobrenaturais. E, por outra parte, padres e religiosos não fechados num cientificismo, no racionalismo.

  13. Prezado Olegário

    Eu achei um relato um pouco diferente daquele que o senhor contou sobre a viuva a quem São João Maria Vianney contou que seu marido tinha se salvado ao se arrepender enquanto caia da ponte.

    De qualquer forma, o essencial da história ficou conservado.

    “Certa vez, São João Maria Vianney, também conhecido como “Cura D’Ars”, ao celebrar a Santa Missa notou que uma mulher vestida de luto estava no final da igreja chorando, seu marido havia se suicidado na véspera, saltando da ponte de um rio. O santo foi até ela no final da Celebração Eucarística e lhe disse: “Pode parar de chorar, seu marido foi salvo, está no Purgatório; reze por sua alma”. E explicou à pobre viúva: “Por causa daquelas vezes que ele rezou o Terço com você, no mês de maio, Nossa Senhora obteve de Deus para ele a graça do arrependimento antes de morrer”. Não devemos duvidar dessas palavras.” Prof. Felipe Aquino

    http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=10471

    P.S.: Sei que o senhor não vai gostar do link, mas o importante é que o Prof. Felipe Aquino não disse nada de errado.

  14. Caríssimo Alex A.B

    Muito obrigado pelo interesse no conto que narrei sobre o Cura D’Arns.
    Como havia lhe dito anteriormente no texto que escrevi, ouvi o relato de uma prosa em que me pároco me contou há anos.
    Obviamente dadas as circunstancias da narrativa, os detalhes foram ligeiramente modificados, mas não a sua forma e essência, o que para nós que temos fé, basta.

    Quanto ao link em que você deduziu que talvez “eu não fosse gostar”, digo-lhe que tenho muitas reservas sim ao apostolado do Prof. Felipe, até porque já trocamos algumas farpas virtuais, fato que não me impede de reconhecer sua inteligência e considerar o seu valor.

    O trabalho dele – pelo conjunto da obra – é positivo.
    Minha opinião, é claro.

    O ponto negativo fica pela associação que ele mantém com a CN, RCC e os padres carismáticos de plantão.
    Mas se ele erra nisso – e eu ajuízo que sim – quem vai lhe tomar as contas no final é Cristo Juiz. Não eu.

    Alex, é muito complicado hoje ficarmos pontificando “quem erra mais;quem erra menos; quem é o melhor;quem é o pior”
    O avanço da internet tem sido um vasto campo de produção em massa de “santos católicos virtuais”…
    Você abre uma página de um blog católico qualquer e lá verá sempre um “beato” determinando regras, posições e lançando sabedorias e “dogmas” que ele mesmo criou…
    Um absurdo!
    Creio que se o Papa autorizasse a pretensão, a internet beatificaria mais santos do que toda a vida bimilenar da Igreja…
    Teve um rapaz certa vez, há pouco mais de dois meses, que disse-me que minha esposa iria ao inferno porque veste calça…
    Ai,ai,ai,ai,ai….
    Oh! Meu Deus!!!

    O problema Alex piorou com a morte do Prof. Orlando Fedeli, já que o trono da Montfort esta vacante e tem muita gente querendo se candidatar ao posto de rei…

    Mas isso é uma outra conversa….

    Muito obrigado pelo aceno!

    Que Deus o abençoe.

    Olegário.

  15. O sacerdote é Jesus vivo no padre. O protestantismo nasceu de um homem que desertou das fileiras sagradas, todos sabemos. Tem, caríssimos, heresiarcas que desejam reduzir o verdadeiro sacerdócio, querem reduzir o “Tu es Sacerdos in aeternum”, a “oblatio munda” num palco de horrores. Eles, meus caros, quando não possuem a única e verdadeira vocação de excelso ministro do altar, que é senão o sacerdócio católico, criam seus falsos pastores, Vejam que loucura:

    http://www.youtube.com/watch?v=9Dj0y3r5oCw

    Ego sum pastor bonus! Amemos a única Igreja que nos dá Sacerdotes segundo o Coração de Jesus. Vejam como nossa Igreja é rica. Qualquer criança é capaz de perceber a diferença, ainda que, não conheça doutrina Católica:

    http://www.youtube.com/watch?v=9Dj0y3r5oCw

    Vejam agora irmãos, com verdadeira unção este vídeo, porque sei que pertenço à Verdadeira e única Igreja!

    Salve o doce Bento XVI, vigário de Cristo!
    Como pessoas conseguem trocar a Igreja católica que é Una e Santa, rica, por seitas luteranas que escondem-se sob falsos véus da Cristandade, porém, são nada mais nada menos que vertentes do espiritismo tão nefasto ás almas.

    LAETI BIBAMUS SOBRIAM PROFUSIONEM SPIRITUS. OFÍCIO DIVINO.

    VENI DOMINA ET NOLI TARDARE, MÃE DO CLERO, MARIA SANTÍSSIMA FAVORECEI AS VOCAÇÕES SACERDOTAIS E RELIGIOSAS.

    Livro “Jesus Vivo no padre” P. Millet, ainda é publicado. Leia esta obra magnífica. Procurem-na na internet! Todos aqui terão vontade de ajoelhar-se diante dum sacerdote ao avistá-lo, depois de ler este livro.

    Paz a todos.

  16. Se não estou mal informado, o Papa João Paulo II instituiu o costume de escrever uma carta aos sacerdotes na Quinta-Feira Santa.

    Ora na Quinta-Feira Santa de 1986, João Paulo II escreveu uma carta aos sacerdotes do mundo inteiro, carta na qual falou de São João Maria Vianney.

    Infelizmente na página do Vaticano essa carta não foi traduzida para o português. Mas ela pode ser lida em espanhol que é mais parecido com o português.

    http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/letters/1986/documents/hf_jp-ii_let_19860316_sacerdoti-giovedi-santo_sp.html

  17. Muito se fala sobre a suposta “ignorância” de São João Maria Vianney, mas pouco se fala que ele tinha uma biblioteca com trezentos volumes, lidos frequentemente, e que ele próprio considerava o seu maior tesouro.

    Que ele tivesse suas limitações intelectuais, mas nunca usou isso como pretexto para não aprofundar-se nos estudos teológicos e filosóficos, imprescindíveis ao exercício do sacerdócio — «Porque os lábios dos sacerdotes serão os guardas da ciência; da sua boca se há de aprender a lei, porque ele é anjo do Senhor dos Exércitos» (Ml 2,7).

    Digo isso porque é verdadeiramente impressionante o número de besteiras que ouço sair dos veneráveis lábios dos sacerdotes de hoje em dia. E é essa ignorância generalizada dos sacerdotes que faz o prestígio de leigos que pontificam na internet, como os Orlandos Fedelis da vida, num improvisado “magistério virtual”.

    Até porque hoje em dia se estuda de tudo num seminário, menos o que realmente interessa.

    E vale lembrar: se a santidade depende da graça de Deus, que liberalmente a dá e a Quem ninguém pode chamar de avaro, seus frutos não se produzem sem a adesão consciente e o esforço humano. Ninguém se santifica por osmose, mas à custa de muito trabalho.

    Que os sacerdotes imitem São João Maria Vianney, não na suposta e anedótica “ignorância”, mas em suas virtudes. E que Deus nos dê sacerdotes sábios e santos, que ambas as coisas vêm juntas.

  18. Vi um interessante comentário no Fratres in Unum, com um link, sobre um padre húngaro que catequiza os jovens fazendo manobras de skate. Vejam.

    http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/100816/entretenimento/cultura_gente_padre_skatista_youtube

    Gostaria de lembrar, embora não saiba com exatidão, que houve uma imigração húngara aqui no Brasil. Muitos húngaros vieram ao Brasil mais ou menos em meados do século passado (séc. XX). Em São Paulo existe uma Abadia Beneditina que foi fundada por monges húngaros. É a Abadia de São Geraldo (do Morumbi). Eles possuem a maior biblioteca de obras húngras no Brasil!

  19. ANGELUS: PAPA CONFIA A SÃO JOSÉ TODOS OS PASTORES DA IGREJA

    Cidade do Vaticano, 19 dez (RV) – “Desejo confiar a São José, padroeiro universal da Igreja, todos os pastores, exortando-os a oferecer aos fiéis cristãos e ao mundo todo, a humilde e cotidiana proposta das palavras e dos gestos de Cristo”: Com essas palavras, Bento XVI encerrou hoje a breve meditação para cerca de 30 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro para a habitual oração do Angelus neste quarto domingo do Advento.

    […]

    http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=448129

  20. ORAÇÃO DO SACERDOTE A SÃO JOSÉ
    Para antes de celebrar a Santa Missa

    Oremos:

    São José, varão feliz, que tivestes a felicidade de ver e ouvir o próprio JESUS, a quem muitos reis quiseram ver e não viram, ouvir e não ouviram; e não só ver e ouvir, mas ainda mais, trazê-Lo nos braços, beijá-Lo e guardá-Lo…

    V. Rogai por nós, bem-aventurado São José.

    R. Para que sejamos dignos das promessas de CRISTO.

    Ó DEUS que nos concedestes um sacerdócio real, fazei com que, a exemplo do bem-aventurado São José, chamado a tocar com as suas mãos e a trazer respeitosamente nos braços o vosso Unigênito Filho JESUS, nascido da Virgem Maria, nós exerçamos o ministério dos vossos santos altares, com pureza de coração e inocência de vida.

    Concedei-nos que recebamos hoje o Santíssimo Corpo e Sangue de vosso Filho dignamente, e cheguemos a possuir a eterna recompensa na vida futura. Por Nosso Senhor JESUS CRISTO, vosso Filho, na unidade do ESPÍRITO SANTO. Amém.

  21. Jorge

    Salve Maria!

    Você já leu a Exortação Apostólica do Papa Pio XII MENTI NOSTRAE?! É sobre a santidade da vida sacerdotal.

    Você poderia escrever algo sobre ela?! Acho que sempre vale a pena incentivar a santidade de vida aos sacerdotes!!!

    P.S.:

    EXORTAÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII
    MENTI NOSTRAE
    AO CLERO DO MUNDO CATÓLICO
    SOBRE A SANTIDADE DA VIDA SACERDOTAL

    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/apost_exhortations/documents/hf_p-xii_exh_19500923_menti-nostrae_po.html

  22. Uma parte que eu achei EXTREMAMENTE INTERESSANTE E IMPORTANTE na MENTI NOSTRAE são os números 84 e 85, que tratam da necessidade de um estudo digno para os seminaristas, um estudo que lhes proporcione condições de se manter no mundo, caso saiam do seminário.

    Vejam!

    A formação intelectual, literária e científica…
    84. Outro grave cuidado dos superiores é a formação intelectual dos alunos. Tendes certamente presentes, veneráveis irmãos, as ordenações e disposições que esta Sé Apostólica tem dado a respeito, e que nós recomendamos a todos já no primeiro encontro que tivemos com os alunos dos seminários e colégios de Roma no início do nosso pontificado.(27)
    …não inferior à dos leigos

    85. Desejamos aqui, antes de tudo, recomendar que a cultura literária e científica dos futuros sacerdotes seja pelo menos não inferior à dos leigos que freqüentam análogos cursos de estudos. Desse modo não somente será assegurada a seriedade da formação intelectual, mas ainda será facilitada a seleção dos elementos. Os seminaristas sentir-se-ão mais livres na escolha de estado e será afastado o perigo de que, pela falta de uma suficiente preparação cultural, que possa assegurar uma adaptação ao mundo, alguém se sinta de certo modo constrangido a prosseguir num rumo que não o seu, adotando a reflexão do administrador infiel: “Lavrar a terra não posso, de mendigar tenho vergonha” (Lc 16,3). Se, portanto, viesse a suceder que algum, sobre o qual se depositavam boas esperanças para a Igreja, se afastasse do seminário, não deveria isso causar preocupações, porque o jovem que tornar ao mundo não poderá deixar de recordar-se dos benefícios recebidos no seminário, e com a sua atividade poderá prestar notável contribuição de bem às obras do laicato católico. PIO XII, MENTI NOSTRAE

    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/apost_exhortations/documents/hf_p-xii_exh_19500923_menti-nostrae_po.html

  23. Jorge, você poderia escrever alguma coisa sobre a formação dos seminaristas no seminário?!

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