Eu, masoquista

Eu “fui ao comício”, ontem, no Marco Zero, onde o presidente Lula estava com sra. Dilma Rousseff e mais uma cambada de “companheiros”. Estava em dúvidas sobre se era moralmente aceitável “sentar-me à roda dos escarnecedores”; disse a mim mesmo que a minha ida seria por questões jornalísticas, e me tranqüilizei. Depois, fiquei pensando se o lugar não era perigosamente propício a ser alvo de uma chuva de fogo e enxofre, enviada pela Justa Ira Divina por tanto tempo já contida; mas pedi à Virgem Santíssima que sustentasse, ainda mais um pouco, o braço do Seu Divino Filho, e me tranqüilizei. Pensei, por fim, se a minha ida não iria aumentar a repercussão do evento, “engrossando” o número de participantes do comício que iria ser noticiado no dia seguinte; mas pensei que, afinal, a praça é pública – a praça é do povo – e eu poderia, perfeitamente, ao invés de “ir ao comício”, ir ao Recife Antigo tomar cerveja. Tecnicamente, seria o presidente quem estaria discursando junto ao meu barzinho. Encontrei, assim, a causa com duplo efeito que eu precisava para dirimir de vez os meus escrúpulos, e me tranqüilizei. Camisa preta – luto -, pus-me a caminho.

Cheguei perto das dez horas da noite. Algumas pessoas estavam já voltando, mas o senhor presidente ainda estava falando e, considerando o tempo que ele falou depois disso, acho que cheguei bem no início do seu discurso. A praça do Marco Zero parecia estar lotada, mas era pura armação: fizeram um “labirinto” com aquelas grades móveis por toda a praça, exigindo que as pessoas dessem voltas e mais voltas para chegar ao centro e induzindo-as, assim, a ficarem no perímetro, fora das grades. Para quem via de longe, passava realmente a impressão de que o Marco Zero estava lotado. Mas eu, que nunca tive medo de multidão, fui até o centro da praça: praticamente vazia. Havia até mesmo pessoas sentadas no chão.

O Jornal do Commercio falou em 25.000 pessoas. Mas, ao menos quando eu cheguei, não tinha nada nem perto disso, pelos motivos acima explicados: a praça estava vazia, as ruas estavam transitáveis, só havia aglomeração de pessoas no perímetro da praça e, neste, não cabem 25.000 pessoas nem que elas estejam, em quatro níveis, uma em cima da outra. Mas, enfim. Engenhosa a tática petralha, é forçoso reconhecer.

A sra. Rousseff não falou; ou, então, eu só cheguei depois que ela já tinha falado. Por uma longa e enfadonha hora, eu só ouvi o senhor presidente. Lula fez questão de dizer era necessário votar nos deputados – nos “companheiros”… – que apoiavam o Partidão, que era preciso eleger Humberto e Armando senadores, Eduardo governador (para que Pernambuco avançasse “30 ou 40 anos em 8”) e Dilma presidente. Foi muitas vezes interrompido por aplausos. Mas houve três situações curiosas no discurso do senhor presidente.

Uma: falando sobre Humberto Costa, que foi ministro da Saúde, disse que ele havia feito muito por Pernambuco – aplausos. Que era uma pessoa séria e honesta, blá-blá-blá – aplausos. Que, no entanto, não havia feito mais (aqui, o presidente elevou a voz; estava quase aos gritos) porque os inimigos dele o haviam traído, votando contra a CPMF e tirando da saúde não-sei-quantos-milhões que já estavam destinados para não-sei-o-quê. E não houve mais aplausos. E os sonoplastas bem que poderiam introduzir, neste momento, o clássico som de grilos cricrilando. Ao que parece, nem os próprios petralhas estão dispostos a defender a CPMF do Governo.

Duas: falando sobre as mulheres. O presidente teve um surto de lucidez, e começou a falar um monte de coisas politicamente incorretas: que são as mulheres que carregam por nove meses no ventre um ser humano, que são as mulheres as responsáveis pelo lar familiar, que são as mães que ensinam os filhos a falarem, que são as mães que acordam de madrugada quando o menino está chorando, e não os pais, que são as mães que dão o peito quando o menino está com fome, e não os pais, et cetera. A clássica separação de papéis dentro do Matrimônio à qual a modernidade tem tanto ódio! E lá estava o Lula, em um ato falho, a defendê-la: afinal, se Deus falou um dia através da boca de uma mula, por que da boca do Lula não poderia sair alguma coisa que prestasse, alguma vez na vida? Mais uma vez, os sonoplastas teriam trabalho neste momento, porque o discurso – inflamado! – não arrancou aplausos da petralhada. E o presidente achou melhor mudar de assunto.

Três: rasgando-se em elogios à Dilma. Disse que ela era uma mãe, e que ele gostava tanto e confiava tanto nela que poderia dizer, com toda a honestidade, que, “se não tivesse a Marisa” [aqui eu já comecei a rir, imaginando o que diabos ele iria falar], e ele “tivesse um filho [pequeno]”, entregaria o filho para a Dilma criar (!). Pasmem, isto foi dito desse jeito! Lula, em menos de um minuto, ofendeu a primeira-dama, demonstrou total descaso pelo seu hipotético filho (como assim, “dava para a Dilma criar”? Fala que casava com ela, Lula!) e agrediu mortalmente a presidenciável feminista (porque criar filho é tudo o que gente dessa laia não quer fazer)! E eu, esforçando-me para segurar as gargalhadas, afastei-me um pouco da praça. O ambiente era hostil a ponto de ser contrário à prudência debochar do senhor presidente. Mas, que deu vontade… ah, isso deu.

Por volta das onze horas da noite, o presidente despediu-se, disse “muito obrigado” e os militantes – que carregavam cartazes e bandeiras – desapareceram em um piscar de olhos. Nem sequer esperaram para tentar bater fotos, ou cumprimentar algum dos candidatos, nem nada: veio-me à mente a maliciosa comparação com empregados de uma fábrica que ouvem o toque da sirene anunciando o final do expediente. Também não seria eu a esperar mais nada: voltei à minha cerveja. Agradecendo a Deus por ter sobrevivido ao comício. Brindando ao Papa. E pedindo ao Altíssimo misericórdia para o Brasil.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

89 comentários em “Eu, masoquista”

  1. Ontem li o artigo no blog da Teresa e me senti mal, ao ler as palavras “vagabunda” ao se referir a dona de casa que nada faz em seu lar.
    Tb me senti mal ao ler que a esposa é paga pelo marido pelo trabalho que faz em casa.
    Ora, sou dona de casa.
    não sou paga pelo meu marido para fazer o jantar e deixar a casa em ordem. Seria uma diminuição do meu papel de esposa, ao ver as coisas por este lado.
    Faço por amor, por nós dois. Faço para que ele chegue em casa e encontre a casa limpa, para que ele se sinta aconchegante depois de um longo dia de trabalho.
    Também sou submissa á ele sim. Tudo que vou comprar, que seja de valor mais elevado, tomo opnião com ele, pois ele que governa a contabilidade da casa. E por respeito e consideração ao seu trabalho, sinto-me na obrigação de não sair gastanndo dinheiro a toa, e nem comprar coisas caras sem o seu aval.
    Mas não pensem que sou uma lombriga sem cérebro.
    Faço tudo isso pensando no nosso bem-estar. E meu marido não é um ditador, ele é chefe de família, mas é amoroso, carinhoso, me trata como uma rainha, com muito carinho e respeito.
    Somos amigos, compartilhamos alegrias e tristezas. Rezamos juntos. E depois disso tudo, como eu iria pensar que ele me paga pelo meu trabalho em casa? Seria dimuninuir meu amor, o amor dele por mim.
    Não temos uma relação de troca, como um patrão pelo seu empregado.
    Somos esposos, nos amamos, e nos doamos mutuamente.

  2. Cara Teresa, gostaria de lhe pedir a gentileza de tentar esquecer da minha pessoa. A sua atitude de ir no meu blog disfarçada para tentar fazer com que eu discorde de JPII (tanto trabalho à toa, bastava me perguntar em que discordo dele) é de uma pessoa psicopata. Tente ser feliz, como a Ana Maria disse: até o juízo final. ESpero que tenha bastante argumentos para provar como está sendo “equilibrada” nesta história toda.
    E Deus te ouça e te livre do matrimônio da maneira exata que desejas. Pede, e lhe será dado.
    Infelizmente, publica-se coisas na internet e corre-se este risco: de que alguma pessoa doida resolva fazer disto a razão da vida. Retire-lhe a internet e não lhe sobra nada para viver. Todos os seus convivas, para completar, estão do outro lado do oceano, tudo na sua vida se resume ao computador ligado. Não tenho porque discutir com uma pessoa que chama o S.P de traidor. Se alguém ainda dá crédito as suas interpretações do magistério, citando este mesmo papa, com o intuito de justificar a vida que leva, é louco.
    Não perco mais meu tempo com você, eu tenho vida social, faculdade, trabalho, noivo e casamento para planejar. Continue gritando aos quatro ventos contra mim, achando que está refutando o que quer que seja: haverá sempre quem concorde e quem discorde. Adjetive-os como quiser, não é você quem irá nos julgar. Com isto encerro definitivamente qualquer diálogo com a sua pessoa, não gosto de conversar com cismáticos. Eu não deveria ter jamais dado atenção à uma pessoa que tem as suas atitudes. Finalmente Teresa Moreno consegui aparecer novamente! Bravo! Aproveite a fama, mesmo que construída em denegrir os outros. A ti, agora, só me resta ignorar.
    A Paz!

  3. Teresa, Salve Maria.

    Se alguma vez eu disse na lista MM que não entendia [que eu me lembre, eu disse que certas coisas eram vagas e certos termos eram ambíguos] o que o Papa João Paulo II queria dizer com “emancipação da mulher”, “promoção sócio-profissional” e afins, não é por não entender o significado da expressão e muito menos por não saber ler, mas pelas mesmas não terem uma objetividade textual, dando margens a interpretações de acordo com a linha pessoal de cada um, como você, que interpreta esses termos como algo a ser elevado e equiparado ao mesmo plano da vocação matrimonial-familiar.

    Lembre-se, cara Teresa, antes de ficar acusando coisas que você não conhece acerca das pessoas, que eu sou casada e entendo perfeitamente o que é a submissão que devo ao meu marido de acordo com o Magistério da Igreja, e essa submissão não é de nenhum modo “machocentrista”, como você gosta de acreditar. Se eu vivesse do modo como VOCÊ entende e repudia, eu não poderia talvez sequer ter acesso à internet, já que o modo como você supõe sobre submissão seja algo brutal, da idade das pedras e incompatível com o amor recíproco dos cônjuges. Eu não vou explicar para você o que é uma submissão na ordem divina, supõe-se que você já entenda, como você mesma afirmou. Mas caso você ainda pense que a submissão da qual falo é algo totalmente execrável, peço-lhe que reflita sobre a Submissão da Virgem Maria a Deus, Nosso Senhor. Ela jamais faz algo contra a Vontade Divina, embora consiga obter de Deus tudo o que Ela pede.

    Perdoe-me por escrever assim, mas vejo que a discussão, agora comigo, entornou para o lado pessoal, e isso é um modo bastante injusto de conduzir a argumentação.

    Eis palavras claras do Catecismo Romano acerca dos deveres dos cônjuges:

    1. do marido

    [26] É, pois, dever do marido tratar sua mulher com bondade e consideração. Importa-lhe recordar que Adão chamou Eva de companheira, quando dizia: “A mulher que me destes por companheira” (Gn. 3, 12).

    Por este motivo, como ensinaram alguns dos Santos Padres, ela não foi formada dos pés, mas da ilharga do homem; da mesma forma, não foi tirada da cabeça, para reconhecer que não era senhora do marido, mas antes sua subordinada.

    Depois, é preciso que o marido tenha sempre alguma boa ocupação, não só para prover o necessário ao sustento da família, mas também para não amolecer na ociosidade, fonte de quase todos os vícios.

    Finalmente, deve o marido governar bem a sua família, corrigir as faltas de todos os seus membros, e manter cada qual no cumprimento de suas obrigações.

    2. da mulher

    [27] de outro lado, as obrigações da mulher são aquelas que o Príncipe dos Apóstolos enumerou na seguinte passagem: “Sejam as mulheres submissas a seus maridos, de sorte que, se alguns deles não acreditam na palavra, sejam ganhos pelo procedimento de suas mulheres, sem o auxílio da palavra, quando consideram a vossa vida santa, cheia de temor de Deus. Seu adorno não consista exteriormente em toucados, em adereços de ouro, em requintes no trajar; mas antes [ornai] a índole humana que se oculta dentro do coração, com a pureza de sentimentos pacíficos e modestos, que são preciosos aos olhos de Deus. Desta forma se ornavam, antigamente, as mulheres santas que em Deus punham sua esperança, e viviam submissas a seus maridos, assim como Sara obedecia a Abraão (Gn. 12, 13; 18, 6-12), a quem chamava de seu senhor”. (1 Pd. 3, 1 ss.)

    Outro dever principal, para elas, seja também educar os filhos na prática da Religião, e cuidar zelosamente das obrigações domésticas.

    De boa vontade vivam dentro da casa. Não saiam senão por necessidade, e nunca se atrevam a fazê-lo, sem a permissão do marido[1].

    Ao fim, como requisito essencial para a boa união entre casados, estejam sempre lembradas de que, abaixo de Deus, a ninguém devem mais amor e estima do que a seus maridos; aos quais devem também atender e obedecer, com suma alegria, em todas as coisas que não forem contrárias à virtude cristã.

    [1] Levem-se conta certas transformações sociais, do século XVI a esta parte, sem cair nas tendências paganizantes e anticristãs de hoje.

    ———-
    Catecismo dos Párocos, redigido por decreto do Concílio Tridentino, publicado por ordem do Papa Pio Quinto, dito Vulgarmente: CATECISMO ROMANO, p. 376.

  4. Teresa, você diz que Luciana usou frases fora de contexto, mas é muito pelo contrário. Luciana soube citar os Papas que falaram sobre a mulher e o seu papel de acordo com o plano de Deus. Você é quem pega citações dos Papas atuais e insiste em dizer que eles concordam com você, insiste em dizer que a Igreja hoje prega que a mulher deve trabalhar fora do mesmo jeito que o homem, que isso é encorajado pelos Papas atuais.

    Só uma frase do Papa João Paulo II que a Luciana citou em seu artigo:

    “Tal remuneração poderá efectuar-se ou por meio do chamado salário familiar, isto é, um salário único atribuído ao chefe de família pelo seu trabalho, e que seja suficiente para as necessidades da sua família, sem que a sua esposa seja obrigada a assumir um trabalho retribuído fora do lar; ou então por meio de outras medidas sociais” (Papa João Paulo II – Laborem Exercens, 14 de setembro de 1981)

    O Santo Padre João Paulo II não diz que a mulher deve trabalhar fora, além de trabalhar dentro de casa, que isso é o desejável. Nada disso. Ele diz que o marido deve ganhar o suficiente para que sua esposa não seja obrigada a ir trabalhar fora.

    Mais uma vez:
    “sem que a sua esposa seja obrigada a assumir um trabalho retribuído fora do lar”

    As palavras dele são claras.

    O texto da Luciana está muito bom para compreender o que a Igreja prega sobre o papel da mulher. Quem quiser realmente aprender pode ir lá e ler, pois está cheio de citações dos Papas sobre o assunto:

    http://lucianalachance.wordpress.com/2010/08/21/parte-1-preparacao-para-o-matrimonio-ser-mae/

    A Igreja não diz que é preferível que a mulher desenvolva uma carreira (mas também não condena a mulher que precisa trabalhar fora de casa) e sim que cuide em primeiro lugar de sua família, assim como Nossa Senhora fez. Ela é o nosso modelo maior!

    ——————————-

    Alex e Magna,

    Teresa ofendeu AQUI no blog do Jorge as pessoas que não concordam com ela. Voltem e leiam os comentários que ela fez xingando de puritanas, vagabundas (entre outras ofensas) e mandando pastar quem ouse em discordar abertamente do que ela pensa. Isso é argumento? Isso é comportamento cristão?

    A Paz!

  5. Total compatibilização entre família, maternidade e vida profissional totalmente estimulada pelo sagrado magistério – muitas passagens:
    «O génio feminino é necessário em todas as expressões da vida social, por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho. O primeiro e indispensável passo em tal direcção é a concreta possibilidade de acesso a uma formação profissional.

    O reconhecimento e a tutela dos direitos das mulheres no contexto do trabalho dependem, em geral, da organização do trabalho.

    A persistência de muitas formas de discriminação ofensivas da dignidade e vocação da mulher na esfera do trabalho é devida a uma longa série de condicionamentos penalizantes para a mulher, que foi e ainda é « deturpada nas suas prerrogativas, não raro marginalizada e, até mesmo, reduzida à escravidão. Estas dificuldades, lamentavelmente, não estão superadas, como bem mostram por toda a parte as várias situações que aviltam as mulheres, sujeitando-as também a formas de verdadeira e própria exploração. A urgência de um efectivo reconhecimento dos direitos das mulheres no trabalho se adverte especialmente sob o aspecto retributivo, assegurativo e previdenciário.»

    (Compêndio da doutrina social da Igreja, número 295)

    “13. Deriva também da natureza humana o direito de participar dos bens da cultura e, portanto, o direito a uma instrução de base e a uma formação técnica e profissional, conforme ao grau de desenvolvimento cultural da respectiva colectividade. É preciso esforçar se por garantir àqueles, cuja capacidade o permita, o acesso aos estudos superiores, de sorte que, na medida do possível, subam na vida social a cargos e responsabilidades adequados ao próprio talento e à perícia adquirida.

    41. Em segundo lugar, o facto por demais conhecido, isto é, o ingresso da mulher na vida pública: mais acentuado talvez em povos de civilização cristã; mais tardio, mas já em escala considerável, em povos de outras tradições e culturas. Torna-se a mulher cada vez mais consciente da própria dignidade humana, não pode mais ser tratada como um objecto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com a sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social.”

    (Encíclica Pacem in Terris, Papa João XXIII)

    “As mulheres reivindicam, onde ainda a não alcançaram, a paridade de direito e de facto com os homens.”

    (Gaudium et Spes, 9)

    «É realmente de lamentar que esses direitos fundamentais da pessoa ainda não sejam respeitados em toda a parte. Por exemplo, quando se nega à mulher o poder de escolher livremente o esposo ou o estado de vida ou de conseguir uma educação e cultura iguais às do homem.»

    (Ibidem, 29)

    «A presença activa do pai contribui poderosamente para a formação destes [dos filhos]; mas é preciso assegurar também a assistência ao lar por parte da mãe, da qual os filhos, sobretudo os mais pequenos, têm tanta necessidade; sem descurar, aliás, a legítima promoção social e profissional da mulher. […] Compete aos pais ou tutores guiar os jovens na constituição da família com prudentes conselhos que eles devem ouvir de bom grado; mas evitem cuidadosamente forçá-los, directa ou indirectamente, a casar-se ou a escolher o cônjuge.»

    (ibidem, 52)

    «Deve tender-se, portanto, para que todos os que são disso capazes tenham a possibilidade de seguir estudos superiores; de modo que subam na sociedade às funções, cargos e serviços correspondentes às próprias aptidões ou à competência que adquirirem. […] É preciso, além disso, trabalhar muito para que todos tomem consciência, não só do direito à cultura, mas também do dever que têm de se cultivar e de ajudar os outros nesse campo.

    […]

    As mulheres trabalham já em quase todos os sectores de actividade; mas convém que possam exercer plenamente a sua participação, segundo a própria índole. Será um dever para todos reconhecer e fomentar a necessária e específica participação das mulheres na vida cultural.»

    (Ibidem, 60)

    «Os leigos exercem o seu apostolado multiforme tanto na Igreja como no mundo. Em ambos os planos se abrem vários campos de actividade apostólica de que queremos aqui lembrar os principais. São: as comunidades eclesiais, a família, a juventude, o meio social, as ordens nacional e internacional. E como hoje a mulher tem cada vez mais parte activa em toda a vida social, é da maior importância que ela tome uma participação mais ampla também nos vários campos do apostolado da Igreja.»

    (Apostolicam Actuositatem, 9)

    «A DIGNIDADE DA MULHER e a sua vocação — objecto constante de reflexão humana e cristã — têm assumido, em anos recentes, um relevo muito especial. Isso é demonstrado, entre outras coisas, pelas intervenções do Magistério da Igreja, reflectidas nos vários documentos do Concílio Vaticano II, que afirma na sua Mensagem final: « Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançados até agora. Por isso, no momento em que a humanidade conhece uma mudança tão profunda, as mulheres iluminadas do espírito do Evangelho tanto podem ajudar para que a humanidade não decaia ». As palavras desta Mensagem retomam o que já fora expresso no Magistério conciliar, especialmente na Constituição pastoral Gaudium et Spes e no Decreto sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam Actuositatem.

    Tomadas de posição semelhantes verificaram-se no período
    pré-conciliar, por exemplo em não poucos discursos do Papa Pio XII e na Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII. Após o Concílio Vaticano II, o meu predecessor Paulo VI explicitou o significado deste « sinal dos tempos », conferindo o título de Doutora da Igreja a Santa Teresa de Jesus e a Santa Catarina de Sena, e instituindo, além disso, a pedido da Assembleia do Sínodo dos Bispos em 1971, uma Comissão especial cuja finalidade era estudar os problemas contemporâneos concernentes à « promoção efectiva da dignidade e da responsabilidade das mulheres ». Num dos seus Discursos, o Papa Paulo VI declarou, entre outras coisas « No cristianismo, de facto, mais que em qualquer outra religião, a mulher tem, desde as origens, um estatuto especial de dignidade, do qual o Novo Testamento nos atesta não poucos e não pequenos aspectos; aparece com evidência que a mulher é destinada a fazer parte da estrutura viva e operante do cristianismo de modo tão relevante, que talvez ainda não tenham sido enucleadas todas as suas virtualidades ».

    (João Paulo II, encíclica Mulieris Dignitatem, número 1)

    _Embora a maternidade seja um elemento chave da identidade feminina, isso não autoriza absolutamente a considerar a mulher apenas sob o perfil da procriação biológica. Pode haver nesse sentido graves exageros que exaltam uma fecundidade biológica em termos vitalistas e que frequentemente são acompanhados de um perigoso desprezo da mulher._

    (…)

    _Isso implica também que as mulheres estejam presentes no mundo do trabalho e da organização social e que tenham acesso a lugares de responsabilidade, que lhes dêem a possibilidade de inspirar as políticas das nações e promover soluções inovadoras para os problemas
    económicos e sociais._

    (…)

    _Portanto, a promoção da mulher no seio da sociedade deve ser compreendida e querida como uma humanização, realizada através daqueles valores que foram redescobertos graças às mulheres._

    (…)

    A um nível mais concreto, as políticas sociais —educativas, familiares, laborais, de acesso aos serviços, de participação cívica, — se, por um lado, devem combater toda a discriminação sexual injusta, por outro, devem saber escutar as aspirações e assinalar as necessidades de cada um. A defesa e promoção da igual dignidade e dos comuns valores pessoais devem harmonizar-se com o atento reconhecimento da diferença e da reciprocidade, onde a realização da própria humanidade masculina e feminina o exija.

    Cardeal Joseph Ratzinger, actual Papa Bento XVI
    (Congregação para a Doutrina da Fé, Carta aos bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher no mundo e na Igreja, número 14)

    «Débora, profetisa, mulher de Lapidot, exercia por essa altura as funções de juiz em Israel. Sentava-se debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na montanha de Efraim, e os israelitas iam ter com ela para que lhes servisse de árbitro.»

    (Livro dos juízes, capítulo IV, versículos 4 e 5 da Sagrada Escritura)

  6. «O movimento de emancipação da mulher, na medida em que visa essencialmente libertá-la de tudo aquilo que represente discriminação injusta, está perfeitamente fundamentado.

    Há, de facto, nas diversas formas de cultura, muito que fazer neste ponto.

    (Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, “Declaração sobre o aborto provocado”, número 15)

    «Um dos maiores problemas de que se deve ocupar esta Conferência é o exame dos efeitos, sobre a vida familiar, dos modelos em evolução, da actividade das mulheres fora de casa, juntamente com os justos pedidos de uma distribuição mais égua das responsabilidades familiares entre pai e mãe.

    Consenti-me, em nome da Delegação da Santa Sé, tecer algumas considerações sobre este tema: em primeiro lugar, a Igreja católica faz referência à Sagrada Escritura que, desde o princípio, desde os primeiros capítulos do livro do Génesis, insiste no facto de a dignidade humana pertencer em igual medida à mulher e ao homem, devido à criação de ambos por parte de Deus, como varão e mulher (Gén 1, 27).

    Na evolução da mulher dos nossos tempos é preciso reconhecer a igualdade da dignidade entre, por um lado, o papel da mulher na família como mãe e, por outro, o papel na vida pública e profissional.

    Isto significa que todas as actividades públicas e profissionais devem estar abertas em igual medida aos homens e às mulheres. Apresentar-se cada vez maior número de mulheres no mundo do trabalho oferece, com efeito, muitas oportunidades interessantes para a renovação da sociedade e ao mesmo tempo muitas possibilidades para a auto-realização das mulheres.

    O problema da justa divisão das responsabilidades familiares; entre pai e mãe, requererá em particular um processo de educação dos homens para as suas responsabilidades neste âmbito [da partilha das tarefas domésticas com a esposa]. As mudanças legislativas terão em vista mais tempo livre e tranquilidade para os homens, mas eles deverão aprender a usar este tempo e esta tranquilidade para prestar o seu vital contributo ao desenvolvimento da família e ao mútuo enriquecimento de todos os seus membros.

    Fim de todas as decisões que dizem respeito à divisão das responsabilidades familiares deve ser o consolidamento daquela “comunhão de amor e vida” que é a família.»

    ( XVII CONFERÊNCIA DOS MINISTROS EUROPEUS RESPONSÁVEIS PELAS QUESTÕES FAMILIARES
    COM O TEMA: “TEMPO PARA O TRABALHO, TEMPO PARA A FAMÍLIA”; INTERVENÇÃO DE DOM JOZEF TOMKO, CHEFE DA DELEGAÇÃO DA SANTA SÉ – 20 de Maio de 1981)

    «Os mass-media: areópago moderno para a promoção da mulher na sociedade»

    «O tema para o Dia Mundial das Comunicações deste ano – “Os mass-media: areópago moderno para a promoção da mulher na sociedade” – reconhece que os meios de comunicação desempenham um papel fundamental não só em promover a justiça e a igualdade das mulheres, mas também em desenvolver o apreço pelos seus dons específicos, que já tive ocasião de designar como “o génio” das mulheres (cf. Mulieris Dignitatem, 30; Carta às Mulheres, 10).

    No ano passado, na minha Carta às Mulheres, procurei encetar um diálogo, especialmente com as próprias mulheres, sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje (cf. n.1). Indiquei também alguns dos “obstáculos que, em tantas partes do mundo, impedem ainda às mulheres a sua plena inserção na vida social, política e económica” (n. 4). Trata-se de um diálogo que os responsáveis pelos meios de comunicação podem – devem, sem dúvida – promover e apoiar. Os comunicadores tornam-se frequentemente defensores dos que não têm voz e dos marginalizados, o que é digno de louvor. Eles encontram-se numa posição incomparável para estimular também a consciência social relativamente às duas sérias questões relativas à mulher no mundo actual.

    Em primeiro lugar, (…) chamei a atenção para o facto de que há uma urgente necessidade de atingir uma efectiva igualdade em todas as áreas: idêntica retribuição salarial por categoria de trabalho, tutela da mãe-trabalhadora, justa promoção da mulher na carreira, igualdade entre cônjuges no direito de família e o reconhecimento de tudo o que está ligado aos direitos e aos deveres do cidadão num regime democrático (n. 4).

    Em segundo lugar, _o progresso da genuína emancipação da mulher é uma questão de justiça, que não pode continuar a ser ignorada; é também uma questão de bem-estar social_. Felizmente, há uma consciência cada vez maior de que as mulheres devem poder desempenhar o seu papel na solução dos graves problemas da sociedade e do seu futuro. Em todos estes campos, “revelar-se-á preciosa uma maior presença social da mulher (…).

    (…)

    As mulheres podem levar a todos os aspectos da vida, incluindo os mais altos níveis de tomada de decisão, aquela qualidade essencial da feminilidade que consiste em julgar com objectividade e, ao mesmo tempo, compreender profundamente as exigências das relações interpessoais.

    Os mass-media – incluindo a imprensa, o cinema, rádio e a televisão, bem como a indústria no sector musical e as redes de computadores – representam um moderno areópago onde a informação é rapidamente recebida e transmitida a um auditório global, e onde são trocadas ideias, formadas atitudes – e, na realidade, onde se está a formar uma nova cultura. Os meios de comunicação são por isso destinados a exercer uma poderosa influência para determinar se a sociedade reconhece e valoriza plenamente os direitos das mulheres e os seus dons especiais.

    (…)

    Muito podem fazer as próprias mulheres para promover uma melhor abordagem da mulher nos mass-media: promovendo programas educativos saudáveis através dos meios de comunicação, ensinando os outros, especialmente as famílias, a serem consumidores capazes de realizar um discernimento no mercado dos mass-media, fazendo conhecer os seus pontos de vista às companhias de produção, aos jornalistas, redes de transmissão e anunciantes relativamente aos programas e publicações que ofendam a dignidade da mulher ou rebaixem o seu papel na sociedade. Além disso, as mulheres podem e deveriam preparar-se elas próprias para assumirem posições de responsabilidade e criatividade nos mass-media (…).

    (…)

    A imagem da mulher transmitida através dos mass-media deveria incluir o reconhecimento de que todo o dom feminino autêntico proclama a grandeza do Senhor, do Senhor que comunicou a vida e o amor, a bondade e a graça, do Senhor que é fonte da dignidade e igualdade da mulher, e do seu “génio” próprio.

    Faço votos de que este 30• Dia Mundial das Comunicações encoraje todas as pessoas envolvidas nos meios de comunicação social, especialmente os filhos e filhas da Igreja, a promover o genuíno progresso dos direitos e da dignidade da mulher, projectando uma imagem que tenha em conta o seu lugar na sociedade, e “pondo em evidência a verdade plena sobre a mulher” (Carta às Mulheres, n. 12).

    (Trecho da MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II PARA A CELEBRAÇÃO DO 30º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS – 24 de Janeiro de 1996)

    «Num mundo onde o aspecto económico prevalece muitas vezes sobre as decisões da vida pública, convém reencontrar uma justa hierarquia de valores, pondo bem no primeiro lugar o homem e a mulher que trabalham e cuja dignidade é inalienável, assim como o valor da família.

    Como deixar de evocar o lugar da mulher na sua vocação de mãe e na sua vida profissional?»

    ( MENSAGEM DO CARDEAL ANGELO SODANO POR OCASIÃO DAS SEMANAS SOCIAIS DA FRANÇA – de 17 a 19 de Novembro de 2000)

    A Beata Rosália Rendu (1786-1856) contra as puritanas:

    O trecho abaixo foi literalmente copiado do site do Vaticano:
    «É a pioneira em abrir uma casa para acolher criancinhas em idade inferior a dois anos, para permitir que as mães encontrassem um trabalho remunerado. Não foi bem compreendida nesta obra, pois segundo a sociedade da época, a mãe deve permanecer em casa. Oferece aos jovens uma formação profissional abrindo a primeira instituição para esse mister.

    Quem é que não tem argumentos: quem dá magistério ou quem insulta insulta e insulta, de modo desrespeitoso e extremamente mal educado? Quem é que não pode ser levada a sério: quem diz seguir todo o magistério descontextualizando desonestamente as frases dos Papas ou quem apresenta todas as fontes de consulta?

    Atrás já não voltamos, meus amores. A mulher deve escolher livremente: se quer ser dona-de-casa, seja! Tem todo o seu direito, mas não tem o direito de impor isso a ninguém à revelia do magistério, e quando este afirma o contrário – o magistério estimula sim senhor a mulher que assim o deseje a ter vida profissional activa, e até a inclui na sua vocação.

    Algumas pessoas, mimadinhas, é que não estão habituadas a que lhes façam frente. Não vale a pena insistir a toda a hora, concordo; mas de vez em quando é bom que saibam que os seus inquestionáveis argumentos têm resposta!

  7. Teresa, Salve Maria.

    Se alguma vez eu disse na lista MM que não entendia [que eu me lembre, eu disse que certas coisas eram vagas e certos termos eram ambíguos] o que o Papa João Paulo II queria dizer com “emancipação da mulher”, “promoção sócio-profissional” e afins, não é por não entender o significado da expressão e muito menos por não saber ler, mas pelas mesmas não terem uma objetividade textual, dando margens a interpretações de acordo com a linha pessoal de cada um, como você, que interpreta esses termos como algo a ser elevado e equiparado ao mesmo plano da vocação matrimonial-familiar.

    Lembre-se, cara Teresa, antes de ficar acusando coisas que você não conhece acerca das pessoas, que eu sou casada e entendo perfeitamente o que é a submissão que devo ao meu marido de acordo com o Magistério da Igreja, e essa submissão não é de nenhum modo “machocentrista”, como você gosta de acreditar. Se eu vivesse do modo como VOCÊ entende e repudia, eu não poderia talvez sequer ter acesso à internet, já que o modo como você supõe sobre submissão seja algo brutal, da idade das pedras e incompatível com o amor recíproco dos cônjuges. Eu não vou explicar para você o que é uma submissão na ordem divina, supõe-se que você já entenda, como você mesma afirmou. Mas caso você ainda pense que a submissão da qual falo é algo totalmente execrável, peço-lhe que reflita sobre a Submissão da Virgem Maria a Deus, Nosso Senhor. Ela jamais faz algo contra a Vontade Divina, embora consiga obter de Deus tudo o que Ela pede.

    Perdoe-me por escrever assim, mas vejo que a discussão, agora comigo, entornou para o lado pessoal, e isso é um modo bastante injusto de conduzir a argumentação.

    Encerro minha participação, pois vejo que seu “discurso” se afastou muito da verdade e da caridade.
    Em Cristo,
    Melissa

  8. Só estou a escrever aqui para as puritanas, com o Jorge e os amigos converso – não discuto – na nossa listinha, lista de boa educação, respeito e até carinho entre os participantes. Ganhei afecto àquela lista, que me ajudou muito a crescer no conhecimento de Deus e da Igreja e a cortar com os meus ex erros sectários.

    Sim, também já fui puritana. Logo, os erros que mais combatemos são precisamente aqueles que um dia já subscrevemos.

    ***

    «Começamos hoje uma análise mais detalhada do capítulo 5 da carta aos efésios. O autor, dirigindo-se aos cônjuges, recomenda-lhes que “estejam sujeitos um ao outro no temor de Cristo” (5, 21). Trata-se aqui de uma relação de dupla dimensão ou de duplo grau: recíproca e comunitária. Cada um precisa do outro, cada um caracteriza o outro. As relações recíprocas do marido e da mulher devem brotar da sua comum relação com Cristo.

    (…)

    O autor da carta deseja indicar aos cônjuges como devem ser as suas relações recíprocas e todo o seu comportamento. Deduz as suas próprias indicações e directrizes do mistério de Cristo apresentado no início da carta. Este mistério deve estar sempre espiritualmente presente nas relações recíprocas dos cônjuges. Penetrando nos seus corações e engendrando neles esse santo «temor de Cristo», o mistério de Cristo deve levá-los a ser submissos um ao outro reciprocamente.

    A expressão problemática do texto, da qual nos aproximamos através da análise do contexto remoto e imediato, deve ser entendida de modo novo. O autor fala da mútua submissão entre os cônjuges, do homem e da mulher e é desse modo que a passagem deve ser entendida e interpretada. Dá-nos pois a conhecer de que modo se deve entender a «submissão da mulher ao marido.

    (…)

    O autor não tenta dizer que o marido é «cabeça» da mulher, amo e senhor da mulher, ou que o contracto inter-pessoal do matrimónio é um contracto de domínio do marido sobre a mulher. Esta relação de ambos não é submissão unilateral, de uma das partes. O matrimónio exclui essa componente do contracto que gravava e, por vezes, ainda hoje não cessa de gravar a sua marca sobre esta divina instituição.

    Com efeito, o marido e a mulher estão sujeitos um ao outro, estão mutuamente subordinados. A fonte desta submissão recíproca é o temor de Cristo e a sua expressão plena é o mútuo amor dos esposos.

    O autor da carta sublinha de modo particular este amor, ao dirigir-se aos maridos. Efectivamente, escreve: “E vós, maridos, amai as vossas mulheres… _O amor exclui todo o género de submissão [nota minha: unilateral], em virtude da qual a mulher converter-se-ia em serva ou escrava do marido, objecto de submissão unilateral._

    O amor faz com que o marido esteja também ele sujeito à mulher e os dois submetidos um ao outro e ao Senhor. A comunidade de vida e de amor, a unidade de corpos e almas que os esposos devem formar pelo matrimónio realiza-se também através de _uma recíproca doação, que é também uma mútua submissão._ Cristo é a fonte, e simultaneamente o modelo desta submissão que, ao ser recíproca, indiferenciadamente de um em relação ao outro no temor de Cristo, confere à união conjugal um carácter profundo e maduro. E é aqui precisamente, mudando-se o que era de índole psicológica ou tradicional e de costume, que surge uma nova e valiosa fusão dos comportamentos e das relações bilaterais, de um relativamente ao outro.

    O autor da carta aos efésios não teme, então, aceitar os conceitos próprios da mentalidade e dos costumes da sua época. Mas na realidade, é totalmente certo que, quando o marido e a mulher se submetam um ao outro de igual modo e no temor de Cristo, tudo encontrará o seu justo equilíbrio e os cônjuges poderão corresponder correctamente à sua vocação cristã no mistério de Cristo.

    Seguramente é muito diferente a nossa sensibilidade contemporânea; distintas são também a mentalidade e os costumes, assim como diferente é a situação social da mulher relativamente ao homem. A submissão recíproca – submissão que nasce e tem como fundamento o temor de Cristo e o amor humano entre os esposos – forma sempre essa profunda e sólida estrutura que integra a comunidade de amor dos cônjuges, na qual se realiza em plenitude e com consciência de vocação e compromisso a verdadeira comunhão de vida dos esposos.»

    (João Paulo II, audiência geral de 11 de Agosto de 1982 – audiência 89 das catequeses que ficaram conhecidas como teologia do corpo)

    ***

    «Maridos, amai as vossas mulheres »; amai-as em virtude do vínculo especial e único, pelo qual o homem e a mulher, no matrimónio, se tornam « uma só carne » (Gên 2, 24; Ef 5, 31). Existe neste amor uma afirmação fundamental da mulher como pessoa, uma afirmação graças à qual a personalidade feminina pode desenvolver-se plenamente e enriquecer-se. É precisamente assim que age Cristo como esposo da Igreja, desejando que ela seja « resplandecente de glória, sem mancha nem ruga » (Ef 5, 27). Pode-se dizer que aqui esteja plenamente assumido aquilo que constitui o « estilo » de Cristo no trato da mulher. O marido deveria fazer seus os elementos deste estilo em relação à sua esposa; e, analogamente, deveria fazer o homem a respeito da mulher, em todas as situações. Assim, os dois, homem e mulher, actuam o « dom sincero de si mesmos »!

    O autor da Carta aos Efésios não vê contradição alguma entre uma exortação formulada dessa maneira e a constatação de que « as mulheres sejam submissas aos maridos como ao Senhor» (5, 22-23). O autor sabe que esta impostação, tão profundamente arraigada nos costumes e na tradição religiosa do tempo, deve ser entendida e actuada de um modo novo: como uma « submissão recíproca [de ambos, um ao outro, mútua] no temor de Cristo » (cf. Ef 5, 21)

    Enquanto na relação Cristo-Igreja a submissão é só da parte da Igreja, na relação marido-mulher a « submissão » não é unilateral, mas recíproca!

    Em relação ao « antigo » isto é evidentemente algo « novo »: é a novidade evangélica. Encontramos várias passagens em que os escritos apostólicos exprimem esta novidade, embora nelas se faça ouvir também aquilo que é « antigo », aquilo que ainda está arraigado na tradição religiosa de Israel, no seu modo de compreender e de explicar os textos sagrados como, por exemplo, a passagem de Génesis (c. 2).

    As Cartas apostólicas são dirigidas a pessoas que vivem num ambiente que tem o mesmo modo de pensar e de agir. A « novidade » de Cristo é um facto: ela constitui o conteúdo inequívoco da mensagem evangélica e é fruto da redenção. Ao mesmo tempo, porém, a consciência de que no matrimónio existe a recíproca « submissão dos cônjuges entre si no temor de Cristo », e não só a da mulher ao marido, deve abrir caminho nos corações e nas consciências, no comportamento e nos costumes. Este é um apelo que não cessa de urgir, desde então, às gerações que se sucedem, um apelo que os homens devem acolher sempre de novo. O apóstolo escreveu não só: « Em Cristo Jesus … não há homem nem mulher », mas também: « não há escravo nem livre ». E, contudo, quantas gerações tiveram que passar, até que esse princípio se realizasse na história da humanidade com a abolição do instituto da escravidão! E que dizer de tantas formas de escravidão, às quais estão sujeitos homens e povos, que ainda não desapareceram da cena da história?

    _O desafio, porém, do « ethos » da redenção é claro e definitivo.

    Todas as razões a favor da « submissão » da mulher ao homem no matrimónio devem ser interpretadas no sentido de uma « submissão recíproca » de ambos « no temor de Cristo »._

    (João Paulo II, carta apostólica «Mulieris dignitatem», número 24)

    Agora sim, encerro as minhas participações neste tópico, se Deus quiser!

  9. Prezado Sr Vladimir e demais debatedores,

    Paz !

    Surpreendida em saber que meu nome havia sido citado aqui, li o post e o debate. Primeiramente, gostaria de esclarecer que eu não uso “biquininho” nem incentivo o seu uso. Ninguém me convence, entretanto, que usar maiô catalina, por exemplo, é pecado, e sei que não estou sozinha no meu entendimento. Mas essa é uma discussão que não tem a ver com o tema aqui, e que já está batida.

    Tenho muitas amigas queridas que conheci pela internet, escrevo umas poucas coisas no meu blog, que até anda bem desatualizado, mas não me coloco na posição de ‘guru’, ‘ídolo’ ou o que seja. Minhas amigas são livres para discordar das minhas idéias, e, acreditem, o fazem com frequência.

    A Teresa é uma amiga querida, que, por sua bondade, me atribui qualidades que eu não tenho. Creio que a frase dela que gerou a polêmica foi mal enunciada, mas de outras conversas que tivemos eu sei que ela não desconsidera as donas de casa – muito menos a ponto de chamar-lhes vagabundas. Creio que ela expressou-se mal.

    Não gosto da palavra ‘sustentar’, talvez seja preconceito meu, me traz uma idéia de ‘bancar’, contribuir só com dinheiro. Como bem disse alguém mais acima, para um casal que se ama em Cristo não tem sentido ficar anotando ‘débito’ e ‘crédito’… No entanto, concordo com a Luciana neste ponto: que o homem é, sim, o provedor da família, e que a mulher tenha o direito de optar por não trabalhar fora, dedicando-se à sua vocação primordial, que é a maternidade.

    Na prática, a dona de casa administra o seu lar, não há como dizer que ela não tem, de alguma forma, participação na economia da família. Ela pode não ter renda própria, mas ela é a responsável pela economia doméstica, ela é quem normalmente faz as compras, inteligentemente aproveita as promoções, ou reforma uma roupa do filho mais velho para caber no mais novo, etc. A participação da mulher ‘do lar’ – infelizmente a expressão ganhou conotação pejorativa, quando nada é mais nobre que a mulher que zela pelo seu lar em tempo integral – sempre foi diminuída, subestimada pelas feministas, que durante muito tempo tentaram nos convencer de que ‘mulher que fica em casa é tapada’, ‘mulher que fica em casa emburrece’, e coisas do gênero… além de ser falso, é um insulto à dignidade da mulher.

    Por fim, como mulher casada posso atestar que há, sim, ascendência do homem sobre a mulher, que, em contrapartida, se submete. Nem poderia ser diferente! Como poderá alguém liderar, se o liderado não lhe é dócil, contesta tudo e se insubordina? Em um casal, sendo em dois, número par, se um pensa de uma forma, e outro de outra, não há voto de Minerva… para que o casal viva em harmonia eu penso que a submissão – obviamente não no sentido de escravidão – é absolutamente necessária.

    Era isso que queria pontuar e trazer ao debate. Fiquem com Deus e bom fim de semana. Maite.

  10. Olegário, meu velho !
    Parabéns pelo seu aniversário!
    Deus lhe abençõe !

    Abraços,
    lucas

  11. Cara Maite,

    Não tinha a intenção de citar nome nesta discussão, mas infelizmente a Srta Teresa a usa como verdadeira pedra angular, e deseja a todo momento que as pessoas sejam confrontadas com a sua pessoa, quando estão debatendo sobre qualquer assunto. Não é a sra que se coloca como ídolo, mas a srta Teresa que a coloca. Não há como interpretar o que escrevi de outra maneira. Somos submetidos às citações de Maite em lista paralelas, as opiniões de Maite sobre Luciana, Andrea e Cia, entre outras. Creio que a primeira pessoa com que a sra deveria conversar – e seriamente – é com a Srta Teresa, que divulga suas opiniões (certamente internas) para outras listas e discussões. Ademais, se fóssemos fazer um acordo justo, teríamos de rever a maneira como a sra e as demais continuam a proferir opiniões sobre as outras moças.

    A sra crê que Teresa expressou-se mal, mas ela própria já ratificou que não retira o termo “vagabunda” de seu enunciado. Vamos deixar que o autor fale por si mesmo.

    A srta Teresa há muito passou dos limites da sanidade e da coerência, além de ser muito desonesta. Diz ela que pode provar porque passar mais tempo com os filhos (quantidade) é puritanismo. A que ponto chegou os delírios! Creio que a sra Maite acaba de se enquadrar no cisma, por afirmar que “nada é mais nobre que a mulher que se dedica inteiramente ao lar”. É ´precisamente isso que a srta Teresa odeia: que realmente não exista nada mais nobre do que isso. É o que minha noiva afirmou diversas vezes, assim como a Melissa e tantas outras, e foi exatamente por isso que foram ofendidas.
    Como a srta Teresa a tem como ídolo,vejamos que fantásticos malabarismos fará para sobreviver a este seu comentário.

    Esta história de “puristanismo” para cá e para lá, aliás, não foi inventada pela srta Teresa Moreno, embora ela seja a maior vítima. Não foi ela quem começou com isso – nós bem o sabemos – mas foi ela quem enlouqueceu com isso.

    Cara Maite, apresento a Srta Teresa Moreno como o seu “monstro”. Seu e de outros que acharam que debochar e escarnecer dos outros apelidando as moças de puritanas, não daria resultado nenhum. Aí está o Frankstein de vocês.

  12. Caríssimo Lucas Skywalker – príncipe Jedi.

    Muito grato pela sua consideração.
    Deus lhe paga a lembrança.
    Rogo suas preces.
    E peço-lhe: mantenha-se longe do lado negro da força.

    Olegário.

  13. Vladimir, vc percebeu bem a jogada do uso do nome da Maite, mas vc n percebeu que vc mordeu a isca? Esse ra o objetivo.

    A Maite n tem culpa de usarem o nome dela em vão!kkkkkkk

    Quem a avisou, fui EU: uma das vagabundas analfabetas.

    Sobre esse questão de monstro vc tem razao, mas quem faz isso é a solidão, aí usam a net de muleta.

    *********************

    Sabe de uma coisa que lembrei? De Santa Rita de Cássia, seria ela uma v******** tb? http://santaritadecassiabiografia.blogspot.com/

    Lembrei tb de Santa Catarina de Sena, analfabeta de fato – n da opinião alheia – que detonou o clero na época dela.

  14. Vladimir,
    o que o senhor disse agora é muito sério e grave.

    Peço-lhe encarecidamente que o senhor reencaminhe para o e-mail da Maite toda e qualquer opinião dela dada noutro lugar e que eu reproduzi ao senhor.

    Jamais, e repito jamais, fiz isso. O único que disse foi que vocês não sabiam respeitar as opiniões dos outros, uma vez que muito se tinham esforçado por tirar a Maite da lista. Cansada de tanto radicalismo, ela saiu – como eu também saí, de nossa própria vontade, mas empurradas pela vossa falta de cordialidade, antipatia e desrespeito.

    Quem me disse opiniões da Maite – que agora já vimos que eram mentirosas, que ela mesma desmentiu (sobre as praias e etc) – foram o senhor e sua noiva. Eu nunca vi a Maite defender nada imoral, e os senhores foi quem disse que o fazia.

    Portanto, peço-lhe o grande favor de reencaminhar à Maite todos os meus e-mails a dizer que ela fala de quem quer que seja!!!!!

    Ninguém perde tempo a falar nos senhores, Sr. Vladimir. Vocês é que, de cada vez que se toca a palavra puritano, se lembram de enfiar a carapuça. Acham-se, portanto, no centro do universo e que ninguém mais há no mundo além de vocês.

    A sua desonestidade fica outra vez provada pois eu já repeti diversas vezes que a minha mãe – logo a maior vagabunda segundo a sua absurda lógica – é dona-de-casa.

    Esta escandaleira é impressionante, tendo-se em linha de conta os muitos e-mails elogiosos que tenho recebido de donas-de-casa e reproduções do meu texto noutros blogs, até não católicos!

    Tenha juízo, e faça o que sua noiva recomendou: ignore-me, para não perder o que lhe resta de sanidade mental.

    Esta de inventar intrigas é demais!

    Faça o favor de reencaminhar tudo tudo tudo. Ok?

  15. Com um pouco de atraso, gostaria também de cumprimentar o Olegário pela efeméride.

    Que a Virgem Santíssima o abençoe, meu caro; e, dando-lhe sempre valor e virtude diante dos inimigos d’Ela, possa fazer-lhe viver de tal maneira que seja recebido um dia por Ela no Reino de Deus.

    Abraços,
    Jorge

  16. Jorge, Salve Maria.

    Muito obrigado meu amigo pela lembrança.
    Deus lhe pague.
    Sinto-me a vontade e em paz frequentado a sua “casa”.

    Por falar nisso, meu filho, esse tema de discussão caminha para uma inevitável demanda judicial…

    Isso não vai terminar bem…

    Olegário.

  17. Não vai terminar bem não, porque eu não admito a ninguém que invente mentiras.

    Olha essa, a arranjar intrigas!

    Os católicos devotos, piedosos, que querem imitar a Virgem Santíssima!!!

    As ofensas proferidas pelo Sr. Vladimir (a tentar fazer intrigas???), a meu ver, foram muito muito graves, logo a defesa delas é esta:
    Nunca vi a Maite defender o uso do biquíni
    Quem falou nisso foram vocês os dois, como veremos seguidamente. Cheguei tarde nestas listas e nunca confrontei essas discussões.

    Nunca abordei o assunto das praias – em tema inicial -, abordei sim a questão da mulher. Logo que toquei na palavra puritanismo, vocês foram buscar o assunto das praias, em que até concordei com vocês – n gosto de praia e não uso roupa de praia.

    Srta Luciana disse:
    «de uma vez por todas, acho que depois de tudo, tenho de me posicionar sobre todo esse estardalhaço que se tornou a bandeira “contra o puritanismo sempre”, infelizmente não levantada apenas pela Srta Teresa Moreno. O que vimos aqui foi, juntamente com alguns outros coágulos já mencionados, um paroxismo desse inconformismo com a nossa opinião. Paroxismo esse que leva estas pessoas a adjetivar os outros com nomes pejorativos, geralmente impossíveis de serem definidos com exatidão. Por isso, quando a Srta Teresa Moreno me chama de puritana, e tenta explicar o puritanismo, fracassa, e por isso também quando Maite chamou-nos de neo-cataros, não pôde explicar porque nos chamava de suicidas.
    A desculpa dessas pessoas é a de que precisam livrar os outros (os católicos ávidos por informação) das informações erradas sobre o magistério da igreja. Vamos explicar isto claramente, para ter uma conversa realmente honesta sobre isso: elas querem livrar as pessoas da nossa opinião, colocando no lugar as opiniões delas. Não é isso? Não é exatamente isso?
    Nós, por exemplo, dizemos que a mulher não deve usar biquíni na praia, já que isto faz com que as pessoas possam ver todo o seu corpo naquelas minúsculas peças. E acrescentamos como isso é ocasião de escândalo. Mostramos como o biquíni horrorizou as pessoas, e que a Igreja reagiu à isso. Muito bem. Como nos respondem? Desta maneira: que a Igreja não é uma lista de pode e não pode, e que a mulher católica deve usar o biquíni na praia, que não há problemas. Que ela não use o menor de todos, claro.
    Ora, se por um lado nós ainda não conseguimos encontrar a nota de Pio XII condenando o biquíni ( da época, maior que os de hoje), por outro isto serve para que não exista igualmente um posicionamento a favor. Não existe, por exemplo, um incentivo da Igreja para que as moças usem biquínis e maiôs, não há uma lista de biquínis aprovados pelo magistério. Há sim, católicas que consideram tais e tais modelos modestos, outras que não usam de jeito nenhum, e a grande maioria que usa sem pensar no assunto.
    As pessoas que odeiam a nossa opinião são aquelas que se encaixavam nas nossas críticas. Elas não lutam para que as outras pessoas não sejam enganadas por nós – e deixem de usar algo tão sadio quanto o “biquini” – mas elas lutam para que a posição delas não seja menos ortodoxa, para que elas não pareçam menos devotas que antigamente. Isso explica não só a querela das roupas de banho, como das calças, como da vocação da mulher.
    Trata-se de uma briga de egos. Estas pessoas, tão acostumadas a ser o baluarte da ortodoxia católica no mundo virtual, se vêem às voltas com as opiniões de tantas mulheres que desistem das calças, por exemplo. Há de se taxar logo todas de puritanas, para acalmar a consciência. Pedem, no máximo, que aquelas que tenham feito tal escolha, não falem para ninguém, e muito menos digam que esta opção é melhor, pois têm ódio disso. Usar calça ou não usar calça “é igual”, ser mãe integralmente e ser mãe e trabalhar “é igual”, como se fosse possível tal coisa. Querem empurrar, goela abaixo, que tudo que elas escolhem tem igual dignidade com as outras escolhas. Não tem, nem nunca terão.»

    (…)

    Ninguém está aqui apenas à espera da proibição ou da permissão da Igreja para o uso da calça, por ex. Mesmo porque não faz sentido esperar da Igreja diretrizes para toda e qualquer época, em toda e qualquer coisa. Se a Igreja ficou horrorizada com o biquíni nos anos 50, ela precisa ficar lançando novas e novas diretrizes só porque agora todos acham normal? Pergunto: esse costume da praia mista, das roupas minúsculas, foi criado ou incentivado pela nossa Santa Madre Igreja? Não. Então, por que algumas pessoas agem como se fosse? Eu, particularmente, não vou ficar tomando a decisão de usar tudo aquilo que não foi claramente execrado pela Igreja como território neutro, pois nada é neutro nesta vida. Nada. Nem a cor do meu computador é, que dirá dos costumes que eu adquiri. Não preciso ficar esperando a permissão ou proibição, pois como disse PIO XI, “Não convém de modo nenhum ao cristão não querer prestar obediência e consentimento a não ser naquilo que a (Igreja) impõe por via de solenes definições, como se as outras suas decisões pudessem ser acoimadas de falsas e sem garantia de suficiente verdade e honestidade”.
    Por isso, se a Igreja, todas as vezes em que se pronunciou com relação às roupas de banho e praias mistas, condenou tais coisas, ainda que não utilizando as solenes definições (tomadas pelos 4 pontos de infalibilidade papal), sinto-me no direito de seguir isto. O que existe agora com relação à estas mesmas coisas? O silêncio. Alguns fazem uso disto muito bem, mas é uma questão de falta de consciência. O argumento costuma ser: “A Igreja disse isto em 1943, mas depois nunca voltou a falar do assunto, então… Ela não se importa mais com isso”. Mas esta dedução é falsa, e nunca foi ensinado pela Igreja a se concluir assim. A minha consciência não permite usar o silêncio para fazer côro com “praia mista pode, o biquíni pode”.

    (…)

    Não se trata de proibido, permitido. São estas pessoas que vivem disso, para assim terem total liberdade para fazer o que lhes dá mais prazer – coincidentemente o que dá mais prazer ao mundo. O mundo ganha muito com a minha exibição na praia, mas Deus não perde em nada se eu deixar de ir; nas atuais condições, Ele ganha imensamente.»

    Coloquei na discussão um texto da Maite, que é público e pode ser lido ainda por todos. Coloquei para reflexão, num e-mail só com o link, sem uma única palavra minha, só mesmo o link, que é este:
    http://blog.veritatis.com.br/index.php/2010/04/08/moral-de-opiniao/

    Ao que a srta Luciana respondeu:
    «esta seria sua argumentação em relação a tudo que postei aqui? Isto mostra unicamente uma coisa: superficialidade.
    Não sei se chegou a ler o texto da sra. Maite, mas me parece que o título é uma ironia com o própria texto dela, pois ali só encontro a dita “moral de opinião”. Não há o que discutir.
    A polêmica não é entre a minha pessoa e a da sra. Maite, com quem aliás já tive algumas discussões e de todas ela fugiu. Na última delas a sra. Maite pediu para se retirar desta lista porque eu dei a definição do wikipedia(!) sobre biquini e ela não soube o que responder. O texto desta senhora não merece o minimo de crédito já que nele está argumentando em favor da imoralidade, em favor de usar uma peça de roupa escandalosa… sobre este tipo de pessoas que defende a moda praia o Pe. Laburu S.J. disse: “católicos, só na aparência” (palavras textuais dele e exatamente sobre os católicos que defendem o uso de roupa de praia… e ele escreveu isto em 1937!).»

    Acho curioso que se queira tanto imitar a Virgem Santíssima:
    1 Com palavras azedas, atitudes desonestas, falta de carácter, distorção do magistério, argumentos ad hominem;
    2 desqualificação de pessoas que nem pensam na srta;
    3 Com um linguajar vulgar, sem classe nem educação, de baixíssimo nível. Maria Santíssima meditava todas as coisas no Seu coração, não vinha bater boca para a net!

    Para quem quer tanto imitar a Virgem Imaculada, eis a contradição.

    Detesto gente desordeira e que adora uma boa confusão. Não gosto mesmo nada; mas o meu bom nome não anda aí na boca do povão.

  18. Só para voltarmos à escola para aprender a ler…

    Uma passagem que me esqueci de elencar aqui ontem na minha longa lista:
    «Sem entrar agora a tratar nos seus vários aspectos o amplo e complexo
    tema das relações mulher-sociedade, mas limitando estas considerações
    a alguns pontos essenciais, não se pode deixar de observar como, no
    campo mais especificamente familiar, uma ampla e difundida tradição
    social e cultural tenha pretendido confiar à mulher só a tarefa de
    esposa e mãe, sem a estender adequadamente às funções públicas, em
    geral, reservadas ao homem.

    Não há dúvida que a igual dignidade e responsabilidade do homem e da
    mulher justificam plenamente o acesso da mulher às tarefas públicas.»

    João Paulo II – mulieris dignitatem

    Quanto ao baixíssimo nível a que o sr. Vladimir desceu, vejamos – sigo a mesma lógica de há pouco, esta frase vem na sequência lógica dos e-mail elencados acima, e, importante, sem que eu tivesse dito absolutamente nada a respeito do assunto neste e-mail além do link que coloquei:
    Vladimir:
    «A Srta. assim como sua amiga Maite, não entendem a si mesmas; vivem a acusar e quando recebem a carga no sentido contrário se sentem as mártires do século XXI…»

    E tudo porque coloquei um link e disse que ia sair da lista tal como a Maite o tinha feito. Só isto e mais nada!

    Vocês são puritanos, mas não são os únicos puritanos do mundo. Logo, quando se fala em puritanismo no geral, em abstracto, não se está a falar em concreto do sr. Vladimir e da Srta Luciana. É muita pretensão!

  19. Uma menina, Alessandra, disse que discordava daquele puritanismo todo, que usava calças, etc.

    Eu sugeri a ela que saísse da lista como eu, porque há listas sobre mulheres muito melhores.

    Claro que a resposta não se fez esperar:
    Vladimir:
    «A Alessandra realmente não vai achar “puritanos” na lista da Maite, mas vai achar um monte de senhora casada não só dizendo que não há nada demais em usar um “biquininho” como ainda incentivando o uso. Portanto, incentivando o pecado de escândalo, no qual elas reincidem toda vez que vão à praia. As que fazem uso deste traje imoral pecam gravemente contra a moral – e isto não sou eu quem afirma; qualquer bom teólogo moral afirmará isto… ademais há textos sobre o assunto, como as conferências do pe. Laburu, do bispo D. Mateo Mugica, dentre outros…

    Como não tinha como atacar, ataca sempre com a praia.

    Mais à frente, diz ainda desonestamente o seguinte:
    «Resumindo: a srta Teresa repete a história da sra. Maite; entra na lista, defende o indefensável já com vistas a provocar os animos, não consegue dar um argumento inteligível – a não ser ficar colando textos avulsos – e depois sai como martir triunfante para contar os horrores e torturas que sofreu na mão dos puritanos. Está feito… a srta agora é uma heroína do catolicismo moderado. Só peço uma coisa, quando for contar seus sofrimentos na autobiografia moderada, não esqueça de dizer que a srta. escreveu que é preguiçosa e não gosta de lavar pratos, que se sentiria sufocada em casa com seus filhos e que por isso defende apaixonadamente o direito da mulher debandar do lar por horas e horas para não ter que ficar olhando para o rosto das pobres criancinhas sufocantes.

    Passe bem, espero que aproveite a lista do “biquininho”.

    Veja bem quem me conhece, se isto é defensável:
    -eu escrevi que era preguiçosa – rsrs
    -eu não suportaria olhar para o rosto das criancinhas – !!!
    -eu sentir-me-ia sufocada ao cuidar de crianças.

    Lindo lindo lindo!

    Trágico se não fosse cómico…

    Agora se me dão licença
    Vou vomitar

    PS: As chamadas «praias familiares» a que até religiosas (não modernistas) vão, também não foram aqui consideradas. É a praga e o flagelo do puritanismo. E, ainda por cima, do puritanismo sem caridade!
    http://www.playasfamiliares.org/quees.htm

    PS2: João Paulo II, no livro amor e responsabilidade, fala bem das praias. Fala não para condenar, depois eu encontro a citação e coloco para quem quiser.

    PS3 Luciana:
    «Vê-se que se trata claramente de defender a si mesma e as amigas de uma opinião que lhes afronta, e não salvar nossas igrejas de um puritanismo exagerado.»

    Aqui estão as referências às amigas, tentei elencar tudo, espero não me ter esquecido de nada.

    Que baixeza, que vulgaridade!

    Agora sim, com licença. Se alguém tiver alguma dúvida e precisar de algum esclarecimento – ou quiser atacar, insultar e etc., –
    Moreno.teresinha@gmail.com

    PS4: A outra pessoa – que é a minha maior decepção de sempre no mundo virtual, mas que me ensinou a defender-me bem da maldade que nunca tive:
    Eu não passo o dia inteiro no Orkut, sou pessoa ocupada. Trabalho, e como estou no meu trabalho, escrevo aqui. Mas não passo o dia inteiro na fofoquice nas comunidades do Orkut e a discutir com toda a gente.

    Sejam felizes! Mesmo que na mediocridade.

    Abraço Jorge, desculpe lá esta palhaçada toda aqui no seu blog. Mas tinha de me defender.

  20. Salve Maria!

    Eu gostaria de deixar aqui o meu apreço pelo depoimento da Ana Maria. Achei lindo ela dizer como é feita a educação do filho dela. Isso é lindo! É isso que defendemos: o tempo da mãe para cuidar de seu filho, para dar uma educação verdadeira, cristã! Ninguém substitui o amor da mãe! Por isso eu dou meus parabéns a Ana Maria e a todas as mães que lutam para criar seus filhos dentro dos valores cristãos, nesse mundo tão conturbado de hoje! Quando eu crescer, quero ser igual a vocês!

    Agora falando sobre a mulher e a família.

    O que eu defendo é que a mulher possa fazer aquilo que é melhor: cuidar de sua família em primeiro lugar. Isso não quer dizer que ela não possa estudar, nem desenvolver nenhuma outra atividade que não seja a de dona-de-casa. Mas sim que o melhor é que ela tenha o tempo necessário para cuidar bem de sua casa, de seu marido e de seus filhos. Eu sinto isso na pele. Trabalho fora e passo muito tempo longe de casa (mais de doze horas) e desse jeito fica muito difícil cuidar bem do meu lar. E isso porque ainda não tenho filhos!

    Então, capacidade para ter uma carreira, para exercer profissões diversas, para trabalhar no meio de homens, isso tudo a mulher tem. Mas não quer dizer que seja o melhor, o recomendável. O homem é o chefe da família. Um corpo não pode ter duas cabeças ou vai acontecer o que aconteceu naquela história do Chesterton: vai ser vencido! Eu vejo a família como corpo tem uma cabeça que é o pai e um coração que é a mãe. Em algum momento um vai ter que decidir, vai ter que dar o voto de Minerva, como já foi colocado aqui. Os dois juntos, com a graça do Espírito Santo, vão vivendo e buscando o melhor para o lar. Nem sempre vai ser do jeito ideal, mas o importante é ter em mente que os dois devem buscar o melhor sempre. Hoje eu não vivo a melhor situação, aquela que me permitiria cuidar do meu lar sem me desgastar tanto, mas espero poder viver em breve! Enquanto isso meu esposo vai me ajudando como pode dentro de casa, mas fica muito longe da perfeição, porque ele não foi feito para isso (embora faça as compras direitinho e escolha bem os hortifruti rsrsrs). Há situações e situações. Cada caso é um caso. Mas o que defendo é apenas a doutrina da Igreja que defende que a mulher e o homem têm papéis distintos e que uma sociedade que não reconhece isso é muito injusta. É o que acontece na nossa! O feminismo tomou conta de tudo e hoje o que vemos nas pesquisas feitas por aí é que as mulheres estão infelizes! De que serviu tanta correria atrás de uma carreira? As mulheres estão cansadas de terem que ser super-mulheres! Só quem vive o dia-a-dia de mulher casada com tantas responsabilidades é que sabe como é difícil! As senhoras que comentaram aqui sabem disso: seja ficando em casa, seja trabalhando também fora, sabem como é difícil, como se luta contra a correnteza do relativismo! Como é duro manter uma família dentro dos moldes cristãos nos dias de hoje! Estando longe de casa na maior parte do tempo então, é ainda mais difícil! Não há como negar isso! Só não vê quem não quer.

    Há vocações diferentes: a mulher que não se casa pode ou ser religiosa ou pode ser consagrada no mundo, trabalhando como médica, por exemplo! A mulher tem capacidade sim de desenvolver uma carreira e de ser bem sucedida nela. Mas não quer dizer que isso seja o melhor, nem que seja para todas.

    Defendo que a mulher possa ficar em casa e cuidar de seu lar. Ela pode desenvolver atividades paralelas dependendo de suas aptidões e gostos, mas deve ter em mente que sua OBRIGAÇÃO para com Deus e para com sua família vem em primeiro lugar, vem antes de seus gostos e caprichos, antes de suas vontades, antes de querer aparecer na sociedade. Isso não é fácil, quem vive a vida de casada sabe. Às vezes nós temos que abrir mão de algumas coisas para poder manter a harmonia ou porque simplesmente as condições não permitem, mas isso fortalece a pessoa, no fim das contas é bom. Ruim é ter todos os gostos satisfeitos e correr assim o risco de perder a alma por causa do egoísmo. A sociedade de hoje prega o egoísmo: manda que sejamos “felizes” a qualquer custo, manda que façamos primeiro as nossas vontades sem pensar no outro, manda que vençamos nas nossas carreiras sem se importar que nos tornemos escravos de empresários que só visam seus próprios interesses, manda que queiramos igualdade a qualquer custo. Tudo isso é violência, pois foge da realidade. A realidade é que existe hierarquia e que devemos respeitar isso. O lugar do homem na sociedade deve sim ser diferente do lugar da mulher (mais uma vez lembrando que cada caso é um caso).

    Finalizando repito o que já escreveram aqui: “nada é mais nobre que a mulher que se dedica inteiramente ao lar” e “o homem é, sim, o provedor da família, e que a mulher tenha o direito de optar por não trabalhar fora, dedicando-se à sua vocação primordial, que é a maternidade.”. É nisso que acredito, e é isso o que a Igreja defende!

    A Paz!

  21. PS4 sou eu: a vagabunda, burra e analfabeta.

    De fato sempre serei uma decepção para qualquer pessoa que quiser me controlar e for contraditória. N uso máscara.

    N passo o dia inteiro no orkut, basta clicar no meu nome na busca e verá que nem posto mais lá,aliás tenho um acesso de Braga às 6:34 horário do Brasil, vc é muito ocupada sim, nem dorme!

    Como poderia uma burra ensinar algo para alguém? OUTRA COISA, SE EU PASSO O DIA INTEIRO NO ORKUT COMO VC SABE? E saber se discuti com alguém ou n? Como? Dom da bilocação virutal? Depois eu que sou burra. kkkk

    Tenho todos os comentários guardados que me chamam de vagabunda do véu e mandando eu ir trabalhar, chamando meu filho de retardado, tudo anônimo.

    Mudei sim meu pensamento, acho que esse povão da Moda e Modéstia tem razão em muita coisa, se te incomoda dane-se. Agora, desde o dia que vc postou um texto falando que quem tem 1 filho é o mesmo que ter gato e cachorro, eu vi que vc é infeliz!

    Pára de me perseguir: se eu add um blogue vc faz tb. Se eu sigo um blogue, vc segue tb. Falo uma coisa em blogues ou no meu vc faz um post respondendo,imitando meu jeito de escrever(isso pq sou burra e analfabeta) n aguento mais vc. VAI SE TRATAR!!

  22. Srta Teresa Moreno,

    “Não chamei vagabunda à dona de casa, se alguém enfiou a carapuça a culpa não é minha!

    “Chamei vagabunda a quem vive às custas do marido sem nada fazer para retribuir o trabalho dele.”

    “Voltar à escola para aprender a ler não fazia mal a muitas.”

    Copiei as pérolas acima de um dos seus extensos comentários.

    Sei que essa discussão já está nuito chata. Mas quero perguntar-lhe: Tenho uma irmã casada com um engenheiro civil, por sinal muito bem sucedido, eles tem três filhos e empregada para todo o serviço da casa (todo o serviço mesmo)e de extra uma diarista para ajudá-la (a empregada). Minha irmã não precisa ajudar o meu cunhado nem fora nem dentro de casa; tomando como base a sua frase lapidar, seria minha irmã uma vagabunda?

    E por fim, a senhorita era melhor nos tempos da Magdalia (que saudade) a senhorita agora ficou estranha; como se define hoje a outrora tradicionalista radical quase sectária Teresa?

    És tradionalista, neoconservadora, conservadora, progressista, modernista ou o quê?

    Sabe o que penso? No fundo no fundo o que a senhorita quer mesmo é justificar a sua escolha qual seja: mais do que católica praticante e com tudo o que ser católica implica a senhorita quer se destacar e ser uma excelente profissional; não é isto?

    Pense nisto,

  23. Teresa,

    Você é muito baixa e desonesta. Citou sim a Maite na lista Moda e Modéstia, e não só mandou este texto que ela publicou na net.

    PALAVRAS DE TERESA MORENO NA LISTA MODA E MODESTIA CITANDO MAITE EM CONVERSA NA LISTA MULHER CATÓLICA:

    “Recebi de uma amiga, a Maite que todos conhecem bem – uma excelente católica – numa lista de discussão, da lista «mulher católica» e passo a citar:
    «Para mim, os puritanos são os descendentes dos fariseus de ontem, que Jesus dizia que sufocavam o povo com 1001 prescrições… Além da lei mosaica, a elite sacerdotal “inventava” mais um monte de rituais e prescrições que exigiam do povo, e de cuja observância fiel se
    vangloriavam… assim vejo essa “onda puritana”.”

    Ficou claro que a desonesta aqui é a Teresa Moreno? Ficou claro mesmo? Ficou claro que Vladimir não mentiu dizendo que esta pessoa realmente fica repassando as informações de Maite para uns e outros?

    Bom, não estou surpresa de ver que essa mesma Teresa Moreno resolveu publicar as palavras da Luciana de uma lista interna… se fosse de um texto que Luciana publicou na net… MAS FICAR PUBLICANDO LISTA DE DISCUSSÕES??

    Teresa: Desonesta, baixa, louca, MENTIROSA, contraditória…

    De fato, quem começou o caos do puritanismo foi Maite e cia, agora engulam a cobra Teresa Moreno criada por vocês.

    A Paz e que a verdade prevaleça!

  24. Teresa, como é que você pega trechos de uma lista de discussões e publica em um blog? Isso não se faz, Teresa! Você pegou textos inteiros que são parte da lista de discussão do MM e publicou aqui! Eu nem sei o que dizer!

    Sem comentários!

  25. Salve Maria!

    Acabei de ler um ótimo texto do Pe. Lodi “Mulher fora do lar (o engodo feminista…)”, disponível em http://www.providaanapolis.org.br/muflar.htm e deixo aqui um trecho muito bom:

    “Ao buscar desesperadamente por uma “realização profissional” fora de casa, a mulher está desvalorizando sua função única de mãe e rainha do lar.

    Ao sair de casa para “competir” com o marido (ao invés de ficar para “cooperar” com ele), a mãe de família está, sem o saber, atendendo a um dos anseios do Relatório Kissinger, a cartilha do imperialismo contraceptivo dos Estados Unidos. Vejamos o que diz esse documento na página 151:

    “A condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são de extrema importância na redução do tamanho da família. Para as mulheres, o emprego fora do lar oferece uma alternativa para o casamento e maternidade precoces, e incentiva a mulher a ter menos filhos após o casamento… As pesquisas mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher fora do lar…”

    Em resumo: mulheres trabalhando fora de casa significa menor número de filhos. Assim, o Brasil fica com menos brasileiros. E oferece menor ameaça para a segurança e os interesses externos do Tio Sam.”

    A Paz!

  26. Teresa, mais uma coisa:

    Agora que a acusação GRAVÍSSIMA feita por Vladimir FOI COMPROVADA – ESPERO QUE SE RETRATE DE MAIS ESTA MENTIRA.

    “Peço-lhe encarecidamente que o senhor reencaminhe para o e-mail da Maite toda e qualquer opinião dela dada noutro lugar e que eu reproduzi ao senhor.

    Jamais, e repito jamais, fiz isso.”

    Jamais, e repito jamais, fiz isso.”

    Jamais, e repito jamais, fiz isso.”

    Jamais, e repito jamais, fiz isso.”

    A VERDADE:

    “Recebi de uma amiga, a Maite que todos conhecem bem – uma excelente católica – numa lista de discussão, da lista «mulher católica» e passo a citar:
    «Para mim, os puritanos são os descendentes dos fariseus de ontem, que Jesus dizia que sufocavam o povo com 1001 prescrições… Além da lei mosaica, a elite sacerdotal “inventava” mais um monte de rituais e prescrições que exigiam do povo, e de cuja observância fiel se
    vangloriavam… assim vejo essa “onda puritana”.”

  27. Caríssimos,

    Já deu. Acho que já estão bem claros os pontos de concordância e de discordância entre os ilustres comentaristas.

    Tem ainda uma coisa que eu gostaria de discutir com a Teresa, mas não dá para fazê-lo nem aqui nem agora.

    O post está fechado para balanço.

    Abraços,
    Jorge

  28. [Publico comment que a Teresa Moreno escreveu, unicamente para esclarecer alguns pontos que, no entender dela, ficaram (injustamente) pendentes após eu ter encerrado a discussão.

    Não há interesse, da parte do Deus lo Vult!, em oferecer guarida para querelas pessoais. Portanto, ulteriores esclarecimentos sejam tratados diretamente com as pessoas envolvidas.]

    Sra. Ana Maria:
    Tenho um amigo chamado Francisco Melo, que a sra. conhece como Chico, que a lê de Braga. Portanto, o mais provável é que a pessoa que a lê às seis da manhã seja ele, pois como deve imaginar, eu terei coisas mais importantes a fazer a esse horário, como dormir (fundamental e elementar) ou rezar, na falta de sono. Claro que Braga, sra. Ana Maria, é uma cidade muito grande e pode ser qualquer outra pessoa.

    Acusações fazem-se sempre com provas. Jamais, em toda a minha vida, fiz um único comentário anónimo onde quer que seja, sempre me identifico devidamente. No mais, acredite no que quiser; Deus sabe a verdade e isso é o bastante para mim.

    Ângela,
    Não sou nada disto que me pergunta. Sou católica, apostólica, romana e ponto.

    A etiquetagem é sempre mais cómoda.

    Eu não tenho muitas saudades da Magdalia. Sabe porquê? Ela era agressiva, sectária, agredia as pessoas, era mal educada, e tudo porque comprou o que lhe venderam da suposta verdade sem respeitos humanos. Só que caridade, amor ao próximo, docilidade, não são respeitos humanos.

    Andrea,
    Tenho muita pena, mas mesmo muita, que as coisas tenham sido assim. Vá atrás aos comentários do sr. Vladimir e veja vc mesma que ele afirma que eu terei dito que a Maite falava mal de vc! Ora, citar uma frase contra o puritanismo em geral, no abstracto, não é exactamente o mesmo que dizer olhem, sabem, a Maite andou falando mal desta desta e desta. Né Andrea? Convenhamos, sejamos razoáveis e honestos, que eu sei que vc é – vc sabe que eu n fiz isso em nenhum momento.

    Daí eu ter colocado os textos dele e da srta Luciana. Pois se o sr Vladimir cometeu o acto de extrema gravidade de inventar uma mentira tão infame, eu, para defender o meu bom nome, vi-me na obrigação de repor a verdade dos factos.

    Michele,

    Vamos então às explicações: Essa frase, da Maite, é semi-pública, dado que, muito antes de ter sido colocada por mim na lista, foi também por mim colocada no meu blog, para ilustração de um texto. Foi uma frase que achei brilhante, genial; que não fala desta daquela e da outra, mas sim do puritanismo em geral. Logo, fica provadíssimo que o sr. Vladimir, com o seu terrorismo intelectual, distorceu sim e foi profundamente desonesto, ao colocar aqui neste tópico que eu teria dito que a Maite falava mal desta e daquela, grande e grossa mentira! Infame mentira, que graças a Deus a Maite não comprou.

    Eu ia explicar precisamente isto, e ia ser eu mesma a colocar a frase aqui, antes que a srta o fizesse. Mas, quando voltei ao blog, já estava fechado para comentários e a srta já se tinha adiantado.

    Explicada a frase.

    Por fim, gostaria de dizer à Andrea e à Melissa que o meu e-mail está sempre à vossa disposição, para esclarecimento de alguma coisa. Achei as duas as pessoas mais decentes e civilizadas desta discussão, de todos aqueles que subscrevem aqui posições contrárias às minhas. Mais uma vez, fica provado que eu realmente não sei aceitar opiniões diferentes, sem dúvida. Por isso é que estou a afirmar e reafirmo, que se a conversa fosse só com estas duas pessoas, nada disto teria acontecido. Conversando é que as pessoas se entendem, e com vocês não tenho – até agora – qualquer motivo para não querer conversar. Com caridade e verdade.

    Sei que não tenho nenhum direito, e que vocês nem gostam nem concordam: mas tenham cuidado com o fanatismo, o sectarismo, a agressividade e o fundamentalismo; tendo também cuidado com seguir cegamente as amigas, ser influenciáveis por esta ou por aquela. Estão firmes nas vossas opiniões, muito bem; mas não adoptem o estilo sectário devido ao temor reverencial a alguém.

    Muito obrigada Jorge pela oportunidade.

    Com vc, meu amigo, conversarei noutra ocasião, de preferência na nossa lista, sobre o que ainda tivermos a conversar sobre este assunto!

    Que Deus nos dê a todos discernimento e, sobretudo, o prémio ou o castigo que as nossas acções merecem. A bondade ou a maldade, ficam para quem as pratica.

    Maria Santíssima, rainha da humildade, da bondade, da docilidade, da caridade; inspiradora dos mais nobres sentimentos, das mais belas palavras, dos mais delicados afectos; Mãe do amor formoso, Senhora soberana do silêncio, que tudo meditava no seu bondoso Coração, ora pro nobis!

    E nos dê a graças de, largando as aparências, sermos verdadeiras filhas de Maria, não (só) no cumprimento das saias, a la puritana, mas na imitação das suas mais excelsas virtudes, à católica verdadeira filha de Maria.

    Em Jesus e Maria, rainha da bondade e caridade,
    Teresa Moreno
    Moreno.teresinha@gmail.com

    http://vida-espiritual-catolica.blogspot.com
    http://a-dignidade-da-mulher-catolica.blogspot.com

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