Chefe da Família. Rainha do Lar.

Estão muito produtivas as discussões sobre o papel da mulher no Matrimônio católico, que foram motivadas por um meu comentário a um ponto do discurso do presidente Lula aqui em Recife. O assunto – a lista Tradição Católica que o diga… – tem uma impressionante capacidade de acirrar ânimos e melindrar susceptibilidades. Sobre ele, vale tecer alguns comentários.

Dentro do Matrimônio, a cada um dos cônjuges competem papéis distintos e complementares. Quer agrade, quer desagrade. Isto não é uma convenção social e nem uma construção histórica; isto está inscrito na própria natureza do consórcio matrimonial, da forma como foi querido e instituído por Deus. Portanto, esposo e esposa não são peças idênticas de uma máquina, perfeitamente intercambiáveis entre si sem nenhum prejuízo da harmonia do todo. Ele é esposo, ela é esposa. Ele é pai, ela é mãe. Ele é chefe da família, ela é rainha do lar.

Isto, no entanto, não pode ser entendido com a estreiteza intelectual das feministas. É óbvio que a mulher não está “proibida” de sair de casa, desde que isso não a faça descuidar do seu papel insubstituível de manter a ordem e a harmonia no lar da família. E é óbvio que a vocação a (vá lá, usemos corajosamente a palavra que tem uma carga tão pejorativa nos dias de hoje, explicando-a melhor adiante) dona de casa – vocação de toda mulher casada, diga-se de passagem – não tem nada de degradante, de simplória ou de digna de compaixão. Ao contrário: tem muito é de santidade e de heroísmo.

Não me lancem pedras, ainda. Ser dona de casa não tem nada a ver com ser inculta, ou com precisar passar a vida entre o fogão e o tanque de roupas, ou com tantas outras imagens ainda mais ofensivas que encontramos algures, mas que eu não vou reproduzir aqui. Uma mulher casada pode optar por ser médica ou executiva, por ser jornalista ou advogada, por ser professora ou pesquisadora. O que ela não pode é optar por ser dona de casa – i.e., por ser a responsável pela ordem doméstica -, porque isso não é opção, é precisamente o papel que lhe compete dentro do Matrimônio, e do qual ela não pode abdicar.

Vê-se muito extremismo sobre este assunto. Por exemplo, há quem ache um absurdo que a menina seja educada para os serviços domésticos porque precisa trabalhar para não ser “vagabunda”, e há quem diga que mulher não pode estudar porque tem é a obrigação de cuidar da casa. E vê-se muita da estreiteza intelectual sobre a qual falei acima. Sim, a menina precisa ser educada para ser dona de casa, e a mulher casada precisa sê-lo de fato. Sim, a menina (e a moça, e a mulher, solteira ou casada) pode(m) estudar, e a moça e a mulher (a casada inclusive) podem trabalhar. Quem vê contradição entre as duas coisas é porque não encarou ainda a realidade sem as lentes ideológicas infelizmente tão comuns nos dias de hoje.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

45 comentários em “Chefe da Família. Rainha do Lar.”

  1. Jorge,
    vc acha que um homem não pode mudar fraldas ou fazer tarefas domésticas?

    Se sim, se pode, quais seriam os papéis que a mulher não pode desempenhar e que o homem também não pode, porque são exclusivos de um dos sexos?

    Quer parecer-me a mim que esse tipo de discurso é dos tempos de Pio XI e que João Paulo II e Bento XVI já não usam esse tipo de terminologia. Refiro-me ao termo «rainha do lar». Claro que a mulher é rainha do lar e o homem rei; mas parece-me – e já lho disse na lista – que a abordagem actual ao santo matrimónio feita pelo magistério e pelos diversos livros catequéticos dos sacerdotes autorizados e que muito estudam a questão, abandonaram por completo certo tipo de linguagem manifestamente insuficiente e inadequada como a tal «hierarquia doméstica» completamente superada no Concílio Vaticano II.

    O matrimónio é abordado hoje, com as descobertas de S. Josemaría e do Concílio, como uma comunhão de vida, uma comunidade de vida e de amor. O amor conjugal bem e saudavelmente vivido, refiro-me a amor verdadeiro e não às distorções que dele se fazem, exclui toda a hierarquia. Isto não é igualitarismo, é igualdade na ordem do amor daqueles que amam. O amor supõe cedências mútuas e não um que manda e o outro que obedece.

    O Papa João Paulo II, secundado por Bento XVI, disse várias vezes que a grande redescoberta do amor humano foi feita por S. Josemaría Escrivá de Balaguer. Sugiro-lhe a leitura atenta de todos os seus discursos e homilias sobre matrimónio e vai ver a visão lindíssima que dali advém, sem jamais se colocar qualquer enfoque nessa distorção do superior/subordinada – manifestamente ultrapassada no magistério e que não consta do Catecismo da Igreja Católica, com a graça de Deus!

    No mais, já discutimos isto na lista.

    Abraço

  2. Recomendo sobretudo os óptimos livros de Dom Rafael Llano Cifuentes, particularmente um chamado em Portugal: a emancipação católica da mulher, publicado pela editora Esfera dos livros.

  3. E concordo: dona de casa toda a mulher casada é! Claro! Dona da sua casa e não dona-de-casa no sentido do trabalho braçal.

    Como alguém dizia lá na lista, uma é dona-de-casa; a outra é madame rsrsrss

  4. Ahahah mas ninguém diga que aquela discussão na lista não foi fantástica!

    Adorei. Todos nos damos bem, somos amigos, conversamos saudavelmente. Nada a ver com as puritanas…

    Era eu, a Juliana Ribeiro Lima e a Tamara di Mayo a defender com unhas e dentes a vida profissional da mulher. Foi muito divertido!

  5. Esse tema, de fato, é exaustivo e polêmico.

    Mas vou deixar aqui meu pequeno depoimento de mãe (de um filho só, por enquanto) que fica em média 10 horas fora de casa.

    Sim, meu marido me ajuda. Ele trabalha de escala, e nos seus dias de folga, fica com meu menino à tarde.

    Porém, não adianta, meu esposo é um super pai… mas não é mãe.

    Isso não é coisa que colocaram na minha cabeça, nem ingenuidade, muito menos preconceito meu. É simplesmente um fato.

    Meu esposo não se atenta à horário de remédio, de comida, de dar banho… E a rotina de criança tem que ser algo muito bem esquematizado, senão vai chegar um dia que seu filho vai querer dormir às 2 horas da manhã, vai querer comer besteira no horário de almoço, aquelas coisas.

    Eu fico de longe, cuidando de tudo por telefone. Mas é difícil quando você percebe que seu filho obedece mais à babá que à você. Quando chega fim de semana e ele procura a babá. Por mais que eu dê toda atenção, ele passa mais de 40 horas na semana COM A BABÁ.

    Ele acorda, eu dou mamadeira e saio pro serviço. Eu chego, dá uma hora e meia depois ele dorme. Que caráter eu formo, o que eu ensino??

    Eu trabalho numa empresa pública, e tenho cargo de chefia, o que me permite ter um horário mais flexível. O expediente começa às 08:30, mas eu por conta própria comecei a chegar às 09, e compenso no almoço. Se fosse numa empresa privada, meu amigo, já teria sido convidada a passear há muiiiito tempo.

    Na maior parte das empresas privadas, “Mãe” é sempre vista como aquela que arranja desculpa pra faltar serviço. Já vi mulher voltando da licença maternidade 1 mês após o parto, com “medo” de perder o emprego…

    Às vezes estou tão cansada por conta do serviço que chego em casa e quero ficar quietinha no sofá.

    Por outro lado, nos dias que ele adoece, eu chego no serviço um bagaço (não vem com o papo de “pede pro pai acordar”, porque a preocupação é tanta que a gente não consegue dormir).

    Ah, sim, tem outra coisa. Graças a Deus, a babá faz o serviço de casa. Porque, se além de trabalhar as oito horas, eu ainda tivesse uma casa pra arrumar:
    * ou minha casa seria um lixo,
    * ou meu filho ficaria de escanteio,
    * ou eu me esforçaria pra dar atenção a meu filho e arrumar a casa, e quem ficaria um lixo seria eu.

    Isso sem contar o papel de esposa, do qual não podemos nos descuidar.

    Participar ativamente da comunidade? Ir à missa é o que eu consigo dar conta.

    Enfim, por mais que seu marido seja um gentleman, um super marido e um super pai, a cabeça do homem não administra bem as coisas da casa.

    Sinceramente, no meu segundo filho, se as coisas tiverem mais ajeitadas lá em casa, vou reavaliar seriamente essa coisa de “precisar” trabalhar fora.

  6. Teresinha,

    Naturalmente o homem pode mudar fraldas e lavar louça. Se a mulher pode trabalhar fora, o homem também pode “trabalhar dentro”. Os papéis de cada um dos cônjuges dentro do Matrimônio são distintos e complementares, mas não são “compartimentos estanques” sem nenhuma intersecção comum.

    Entre “nenhum dos dois pode participar do papel do outro” e “qualquer um dos dois pode indistintamente fazer o papel do outro” há uma infinidade de gradações. Estes dois extremos estão equivocados. O que vale universalmente é que nenhum dos dois pode descuidar do papel que lhe é próprio: o marido, de prover o sustento da Família e, a esposa, de cuidar da ordem do Lar.

    Os discursos “do tempo de Pio XI”, “do tempo de Santo Tomás de Aquino”, “do tempo de São Paulo”, etc., são discursos católicos universalmente válidos, como eu já te disse lá na lista. Não existe mudança na Doutrina Católica. Se uma ou outra terminologia recebe maior ou menor ênfase em um ou outro período histórico, a realidade expressa pela terminologia obviamente não muda.

    A frase “o amor conjugal […] exclui toda a hierarquia” não é católica. Exclui sim todo o arbitrarismo (e talvez seja isso que tu estejas querendo dizer), sem sombra de dúvidas; mas hierarquia não é arbitrarismo – sobre isso, vale a pena (re)ler o texto do Carlos.

    E não é a partir de São Josemaría ou de João Paulo II que o amor conjugal “deixou de ser” uma relação arbitrária de “manda-obedece” como quem manda em um cachorro. Em Pio XI já era assim (lógico), como se pode ler na Casti Conubii (Grifos meus):

    Da observância desta ordem entre o marido e a mulher já falou com muita sabedoria o nosso predecessor Leão XIII, de feliz memória, na Encíclica que já recordámos acerca do matrimónio cristão: «O marido é o chefe da família e a cabeça da mulher; e esta, portanto, porque é a carne da sua carne e os ossos dos seus ossos, não deve sujeitar-se a obedecer ao marido como escrava mas como companheira, isto é, de tal modo que a sujeição que lhe presta não seja destituída de decoro nem de dignidade. Naquele que governa e naquela que obedece, reproduzindo num a imagem de Cristo e na outra a da Igreja, seja, pois, a caridade divina a perpétua reguladora dos seus deveres».

    Como eu também disse na lista, não existe Doutrina Católica “ultrapassada”. A Doutrina Católica, se é verdadeiramente Doutrina Católica, é por definição Eterna.

    Abraços,
    Jorge

  7. Jorge, ótimas considerações!

    “não existe Doutrina Católica “ultrapassada”. A Doutrina Católica, se é verdadeiramente Doutrina Católica, é por definição Eterna.”

    Exato!

    A Paz!

  8. Jorge, como a Andrea lhe disse, ótimas considerações!

    «não existe Doutrina Católica “ultrapassada”. A Doutrina Católica, se é verdadeiramente Doutrina Católica, é por definição Eterna.»[2]

    Em Cristo,
    Melissa

  9. Sem dúvida!

    A sagrada Doutrina da Santa Igreja – belíssima – é eterna.

    Só que a santa doutrina é aprofundada, enriquecida, melhor compreendida. Não são os dogmas e as doutrinas que evoluem – isso é heresia – o que evolui é a nossa compreensão dos dogmas e doutrinas.

    A teologia não estagna; hoje não existe só teologia modernista. Tradição não é imobilismo teológico – São Tomás de Aquino aí está para confirmar isso. Antes dos progressos por ele introduzidos, toda a doutrina e o modo de fazer teologia dogmática – estreitamente associada aos conteúdos doutrinais – eram influenciados pelo pensamento agostiniano.

    Com São Tomás, vieram muitos e grandes progressos teológico-doutrinais.

    Recuso-me a aceitar que a teologia tenha estagnado.

    O mesmo se diga da exegese. Não existe só exegese modernista; o progresso na exegese em ordem a uma maior dignidade humana é um progresso bom.

    João Paulo II acompanhou os exegetas recentes dentro da ortodoxia da Fé.

    Pluralismo de interpretações não é relativismo – basta confrontar as várias interpretações que os Padres da Igreja deram das mesmas passagens bíblicas.

    Teologia não estagna, exegese não estagna, e a doutrina é melhor compreendida com os ensinamentos que o magistério nos vai trazendo, aos quais, para não sermos cismáticos sectários, temos de dar o nosso piedoso assentimento e obedecer com docilidade.

  10. Karina diz: “Enfim, por mais que seu marido seja um gentleman, um super marido e um super pai, a cabeça do homem não administra bem as coisas da casa.”

    Prezada Karina, meu pai era um super pai, mas era desse tipo que não administrava bem horários, a rotina da casa, etc. Então, como você, eu generalizava e achava que todos os homens eram assim.

    No entanto, meu marido não só é um super marido e um super pai, como administra super bem as coisas da casa e a rotina das crianças. Por ser autônomo, na área de internet, sempre pôde se dar ao ‘luxo’ de trabalhar de casa (que inveja :P). Atualmente tenta aprovação em concursos públicos e se dedica a estudar. Ele é quem faz as compras sozinho – quando eu vou junto, acabamos gastando mais. Quando vamos ao pediatra para a consulta de rotina, é ele quem sabe de cabeça toda a dieta das crianças, seus horários, seus hábitos, as queixas… E, com tudo isso, é um homem ‘típico’, que gosta de futebol, sair com os amigos…ele faz as coisas à moda masculina, não tem a mesma delicadeza, mas é super eficiente !

  11. Maite, você encontrou uma agulha no palheiro rsrsrs

    Tenho um tio que é famoso por sua perfeição e capricho quando o assunto é casa, mas meus primos e minha tia testemunham: ele faz o serviço de casa extraordinariamente bem, mas somente quando dá na telha dele.

    No “dia a dia cotidiano rotineiro”, ele pertence à classe dos homens que acham que o papel higiênico brota no banheiro.

    Meu pai está na mesma categoria que meu tio, com um grau menor de “perfeição”.

  12. Caro amigo Jorge,
    E se lhe enviasse o meu comentário-resposta para o seu e-mail? Vc publicaria no tópico sem precisar reabri-lo. O que acha?

    Sim, faltou a caridade cristã que é devida entre irmãos. Tenho mesmo muita pena de me ter descontrolado também, pois gostaria muito de conversar sobre estas coisas e seriamente com a Andrea e a Melissa, as duas únicas pessoas civilizadas daquele tópico que subscreviam posição diferente da minha.

    Creio que, somente com elas, a conversa talvez tivesse sido produtiva, e jamais haveria chegado àquela escandaleira.

    É importantíssimo imitar a Santíssima Virgem no cumprimento das saias e na execução perfeitíssima de todo o trabalho braçal em casa, bem como no santo recolhimento obrigatório e universalmente válido para todas na mesma a tempo integral.

    Imitar a Santíssima Virgem na caridade, na humildade, no silêncio, no cultivo de sentimentos de mansidão e delicadeza, no meditar todas as coisas no seu coração, na bondade e docilidade, na nobreza de alma e na integridade de carácter, nas virtudes, no crescimento em amor a Deus e na escolha de palavras cristãs e de boa e santa educação, é que já não parece ser tão importante.

    Mas claro, eu jamais disse que queria imitar a Santa Virgem – quanta presunção e vaidade espiritual! A Santíssima Virgem deve ser imitada nas suas virtudes, mas Ela está tão mas tãoa cima de nós que, usar a toda a hora o discurso da imitação da Virgem, leva a que os outros reparem nestas coisas, nestas faltas, digamos ao espírito da Virgem.

    Em poucas palavras: hipocrisia farisaica. Puritanismo protestante. Ultra-rigorismo. Falta de caridade.

    Posso enviar-lhe a resposta para o seu e-mail?

    Um grande abraço, na certeza de que havemos de conversar – com verdade, lealdade, transparência e caridade – o que vc ainda queira discutir. Mas na nossa querida listinha! Sem interferências desordeiras e todos entre amigos e, sobretudo, irmãos de fé e caminhada.

    Abraço, fique com o bom Deus e a nossa Mãe Maria Santíssima, Rainha da bondade, da docilidade e exemplo perfeitíssimo de pureza de coração.

  13. Teresinha,

    Sim, este teu último comment apareceu aqui oito vezes. =P Só publiquei o último.

    Sim, podes enviar a tua resposta por email mas, pelo amor de Deus, objetivo e impessoal, para não reinflamar os ânimos. Agradeço antecipadamente.

    Abraços,
    Jorge

  14. Veja esta notícia. “Berlusconi diz às mulheres que busquem maridos ricos”.

    http://br.noticias.yahoo.com/s/13092010/25/mundo-berlusconi-diz-mulheres-busquem-maridos.html

    Isso é muito triste, principalmente num mundo onde as mulheres ganham cada vez melhor que os homens! Certa vez eu li na BBC Brasil que as inglesas têm profissões melhores e que ganham mais que os homens. O mesmo acontece na Suécia. Mas isso está em andamento também aqui no Brasil. As mulheres estão ocupanda cada vez mais os lugares nas escolas, universidades, lugares de trabalho.

    Não sou machista nem feminista, mas essa história de igualdade de direitos das feministas não existe.

  15. Pode ser que em alguns lugares na África e na Ásia as mulheres estejam em situações degradantes e desumanas, mas no Ocidente, de maneira geral, as mulheres estão em posição superior aos homens. No Ocidente, as mulheres tem mais direitos que os homens. Vejam a notícia sobre as mulheres na Grã-Bretanha, onde elas têm empregos melhores e que ganham mais que os homens.

    P.S.:

    “Na Suécia, 70% das crianças, acima de seis meses, ficam mais com os pais do que com as mães. A licença paternidade no país permite que o pai sueco fique em casa por um período de até 13 meses para cuidar do filho.”

    http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL575831-10406,00-LICENCA+PATERNIDADE+DE+ATE+MESES+DIMINUI+DIVORCIOS+NA+SUECIA.html

  16. Acho muito bem que haja licença-paternidade. Conheço vários casais católicos que vivem nos países nórdicos e fazem uso dessa magnífica ajuda para que a esposa executiva trabalhe e cumpra na perfeição o seu trabalho.

    Pena que em Portugal não se facilita nada a vida das mães católicas executivas.

    Nesses países, por exemplo, a mulher pode optar livremente por trabalhar meio período sem regredir na carreira – isto seria óptimo.

  17. Teresa, acho que você não entendeu o problema que vejo nesta licença paternidade nos países nórdicos. O problema é que os pais ficam cuidando dos filhos no lugar da mãe. Num fase em que a criança precisa do leite materno e do cuidado da mãe, a mãe fica fora de casa trabalhando e o pai fica dentro de casa cuidando dos filhos. Ora, isso é claramente uma troca de papéis. O homem está fazendo o papel da mãe e a mulher o papel do pai. O homem se torna então “um galo capão”. Segundo explicações do meu pai, galo capão é o galo que cuida dos pintinhos para a galinha. rsrs
    Entenda, Teresa, que a mãe tem de deixar de trabalhar para amamentar o seu filhinho, o seu nenên. Ninguém pode fazer isso por ela. E se ela desmana o filho, para trabalhar, ambos sofrem com isso, tanto a mãe que deixou de amamentar quanto o bebê que deixou de ser amamentado. Entendeu?!

  18. Sobre o conselho do Berlusconi de as mulheres se casarem com noivos ricos, isso é uma injustiça. Não é somente o dinheiro que vai fazer um casal feliz.

    É claro que os noivos precisam de meios econômico para constituírem uma família, mas precisam também de boa saúde, de amor, de harmonia, de amizade…

    É claro que o Berlusconi está dizendo isso, porque ele é rico. Se ele fosse pobre não diria isso.

  19. Veja como as feministas estão destruindo a ordem social dada por Deus (ver link da notícia do JN):

    “Eu passo o dia com o meu filho. Minha mulher tem um emprego mais promissor do que o meu, por isso fizemos essa opção”, disse um sueco.

    As feministas são uma praga para a sociedade, além de disputarem o tempo todo contra os homens, enquanto deveriam ser companheiras-amigas, elas também invertem a ordem natural.

    As mulheres graças ao maldito feminismo, hoje ganham mais que os homens e vão ganhar cada vez mais. Isso é perversão da ordem social.

    Quando Adão e Eva foram expulsos do Paráiso, Deus disse que o homem (Adão), trabalhasse e que a mulher fosse mãe (Eva sofreria com as dores do parto).

    Não sou contra que mulheres trabalhem fora, mas sou contra que as mulheres prejudiquem a harmonia social e familiar pelo capricho feminista de trabalharem fora de casa e ganharem muito e muito dinheiro para fazer o que bem entenderem da sua vida, sobretudo adiarem ao máximo possível a idede de ter filhos.

  20. Jorge e Teresa, meus amigos, gostaria de saber o que vocês acham da frase do Berlusconi segundo a qual as mulheres devem se casar com homens ricos.

    Por favor, gostaria de saber a opinião de vocês, que são pessoas cultas e estudiosas.

  21. Alex, amamentar?? Volta e meia dou uma visitada nos sites de revistas “pais e filhos” (*), e o que mais há são meios de como desmamar precocemente o filho, principalmente em relação à mamada noturna.

    Mamada noturna atrapalha o sono, a criança não precisa de leite à noite (**), tudo isso é desculpa, mas todas com a mesma origem: eu PRECISO/quero trabalhar fora.

    Gente, já vi pessoas se gabando que deixaram a criança de mês chorando 3 noites seguidas até “aprender” a dormir a noite toda!

    Meu obstetra, que é um dos médicos de parto humanizado mais respeitados do Brasil e tem trabalhos reconhecidos mundo afora, já falava: europeu é um bicho esquisito. O parto natural para eles é totalmente natural, mas não falam nem por reza em amamentação!! Para eles, amamentar é um estorvo, uma vergonha e mamadeira cumpre perfeitamente o serviço.

    Daqui uns dias vão inventar umas próteses de leite para o bebê mamar no pai, alegando que não há diferença entre o pai e a mãe na hora de dar de mamar.

    Sinceramente, quem não tem filhos não entende, mas eu não abro mão do contato com meu pequeno nem por reza! Eu amamentei até os 15 meses e, sim, deixei de amamentar por causa do trabalho. Se Deus quiser, quando vier o segundo, a situação será totalmente diferente!

    (*) essas revistas deveriam ser chamadas de “crianças grandes e seus bonequinhos de luxo”, porque são de uma futilidade de dar dó. Poooucas vezes você encontra uma matéria útil e, geralmente, essa matéria é reedição de uma anterior.

    (**) Meu filho nasceu com 50 cm. Aos 3 meses, ele já contava com 64. Como alguém que cresce 28% em 2 meses não precisa se alimentar de 3 em 3 horas?????? Só para vocês terem ideia, eu PAREI de crescer há DEZESSETE anos!

  22. Posso contar uma piada? Tem tudo a ver com o tema.

    Duas amigas se reencontram, e vão colocar a conversa em dia.

    – Como estão seus filhos? Já devem estar criados!

    – Ah, se estão! Minha filha fez um casamento maravilhoso! O marido dela cozinha, lava a louça, cuida das crianças, dá mamadeira a noite, leva para o parquinho no fim de semana! É um ótimo genro!!

    – Nossa, que maravilha!! E seu filho, casou também?

    – Ai, nem fala, o que eu fiz para merecer uma nora daquelas?? Preguiçosa de dar raiva! Acredita que meu filho trabalha, cuida da casa, das crianças e ainda tem que dar conta do cachorro? Uma nora dessas ninguém merece!

  23. Karina,

    Parabéns por ter amamentado seu filhinho todo o tempo em que ele precisou! É um belo exemplo!

  24. No Brasil a licença também é de 4 meses, graças a Deus consegui mais um de férias e cheguei o mais perto da recomendação de amamentação exclusiva até os seis meses.

    A pergunta básica é: se a amamentação deve ser EXCLUSIVA até os 6 meses, como voltar a trabalhar em 4? Não vale dizer ” é só tirar leite e deixar guardado”, que isso funciona com a minoria da minoria das mulheres.

    Não consigo acessar o site da Teresa, lá vão os meus “top 10 da amamentação”:

    * o contato físico entre a gente e nosso filho é… indescritível. Mamadeira não chega nem na unha do dedo mindinho de comparação.

    * é de graça!!!!

    * está pronto.

    * não precisa esterilizar.

    * é compleeeeto!!

    * não precisa de “kit viagem”.

    * Já falei do contato físico?

    * ajuda, e muito, o corpo a voltar ao normal após o parto.

    * diminui o risco de hemorragia pós parto, especialmente em quem fez cesárea.

    * Já falei que é uma delícia ver a bochechinha do seu bebê tomando leite até cair no sono e ele ficar com aquela carinha de preguiça e aquela boquinha meio assim, meio assado?

    * Não engasga!

    * Já falei da mãozinha do seu bebê fazendo carinho nas suas costas, enquanto você acaricia o rosto dele?

    * mamadeira ocupa as duas mãos, ou, se você quer ficar com a mão livre, te priva do contato corpo a corpo.

    * É boooom demaaaaais!

    E tem gente que acha que não vai fazer diferença a presença da mãe ou do pai junto ao bebê nessa hora! Por mais que não faça pro bebê, pra gente COM CERTEZA faz!

    Antes que me chamem de radical, é claro que existem mulheres que enfrentam problemas para amamentar, ou não podem por causa de alguma enfermidade. A essas, lembramos que seu amor de mãe não será diminuído!
    Aproveitem cada segundo com seus filhotes, poucas coisas nesse mundo são tão insubstituíveis quanto a mãe da gente.

  25. Karina,
    eu esqueci que vc n consegue acessar o blogger durante o dia. Desculpa!

    Coloco o post aqui pra vc:
    Amamentar reduz risco de derrames e
    doenças cardíacas nas mães,
    diz estudo

    Estudos indicam que a amamentação traz benefícios também para as MULHERES.
    Mulheres que amamentam os seus filhos podem estar a reduzir o seu próprio risco de sofrer doenças cardíacas ou derrames, indica uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

    Os pesquisadores americanos dizem ter verificado que mulheres que amamentam por mais de um ano estão 10% menos propensas a sofrer desses problemas de saúde do que aquelas que nunca amamentaram.

    O estudo americano envolveu 140 mil mulheres já no período pós-menopausa. Em média, essas mulheres haviam amamentado os seus bebés há mais de 35 anos.

    Acredita-se que a redução do risco de sofrer de doenças cardiovasculares ocorre porque, ao amamentar, as mulheres diminuem os depósitos de gordura no corpo.

    No entanto, os pesquisadores afirmam que o efeito é mais complexo e que a liberação de hormónios estimulada pela amamentação também tem um papel importante.

    Segundo os pesquisadores, amamentar por mais de um ano pode ainda reduzir em cerca de 20% os riscos de as mães sofrerem de diabetes e colesterol alto, e em 12% o risco de pressão alta. O estudo afirma que mesmo as mães que amamentam por pelo menos um mês já têm o risco de diabetes, colesterol e pressão alta reduzidos em relação àquelas que nunca amamentaram.

    A pesquisa também verificou que amamentar reduz os riscos de a mulher sofrer de câncer de mama e ovário e de osteoporose.

    Benefícios
    Esse estudo, divulgado na publicação especializada Obstetrics and Gynaecology, vem somar-se às crescentes evidências de que amamentar traz benefícios não somente para a saúde dos bebés, mas também das mães, dizem especialistas.

    Para os bebés, a lista de benefícios é extensa, afirmam especialistas. O leite materno pode proteger contra obesidade, diabetes, asma e infecções no ouvido, estômago e peito.

    “Há anos nós sabemos que amamentar é bom para a saúde dos bebés”,disse a pesquisadora Eleanor Bimla Schwarz. “Agora sabemos que também é importante para a saúde das mães.”

    Segundo Schwarz, a amamentação é “uma parte importante da maneira como o corpo das mulheres se recupera da gravidez”.”Quando esse processo é interrompido, as mulheres ficam mais propensas a sofrer diversos problemas de saúde, como ataques cardíacos e derrames”, disse a pesquisadora.

    O Departamento de Saúde britânico recomenda a amamentação por pelo menos seis meses.

    Segundo a especialista em doenças cardíacas June Davison, da British Heart Foundation, a pesquisa revela uma associação entre amamentação e redução de riscos de problemas cardíacos, mas ainda são necessárias “mais pesquisas para compreender porque isso ocorre”.

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