Comentários políticos – de fora da cidade

Escrevo nas mesmas condições de ontem; mas não queria deixar de fazer algumas considerações que, aqui em retiro, e após apagarem-se as chamas da euforia (e da decepção) provocadas pelo resultado das eleições de domingo, vieram-me à mente.

Na verdade, nós vencemos. Porque vencemos as batalhas mais importantes, e aquela que perdemos foi precisamente a que tem menor relevância, porque era a única que não constitui novidade alguma no cenário político oficial.

É muito fácil explicar a vitória da sra. Rousseff nas urnas. Entre tantos outros motivos, podem-se destacar os seguintes:

1. A gigantesca (e ilegal, mas esse “detalhe” não interessa à petralhada) mobilização da máquina do Estado em favor da candidata petista, inclusive com o senhor presidente do Brasil abandonando as suas atribuições de Chefe de Estado para virar – palavras dele – “um cabo eleitoral da Dilma”, dizendo até mesmo que os que votassem na sra. Rousseff estariam votando também “um pouquinho” nele.

2. A grande farsa dos institutos de pesquisa, que passaram os últimos meses anunciando a vitória da Dilma em um país onde a população vota maciçamente como se estivesse apostando em uma corrida de cavalos e, caso vote – “aposte” – no candidato que perder a eleição, estará “perdendo o voto”.

3. A completa ausência de uma oposição que não seja composta em sua maior parte (ou, pelo menos, em sua parte reponsável pela tomada de decisões a nível estratégico) por companheiros dos criminosos que ora se encontram no poder e que, desde antes da campanha eleitoral ter início até, literalmente, a véspera do pleito, empenhou-se em assegurar a vitória da candidata do Governo.

4. O conservadorismo do povo brasileiro que, na análise do Carlos Ramalhete em lista de email, está paradoxalmente sendo empregado em favor da Revolução, uma vez que oferece natural resistência a mudanças políticas e, assim, favorece a perpetuação no poder da quadrilha que, hoje, lá já se encontra.

A vitória da sra. Rousseff, assim, apresenta-se como nenhuma novidade, nada de novo sob o sol. As novidades introduzidas foram exatamente aquelas sobre as quais já falei aqui e que, estas sim, ganhamos todas. Tiramos as questões morais do “submundo da política” para trazê-las às manchetes dos jornais. Comprovamos o enorme poder das novas mídias de comunicação. Revelamos o racha na Igreja no Brasil, forçando os lobos em pele de cordeiro (ou de pastor) a uivarem em público, arrancando-lhes assim as máscaras. Obtivemos apoio pontifical à luta que travávamos no Brasil há anos. Estas foram as nossas vitórias, estes são os nossos troféus dos quais devemos nos orgulhar, são os nossos trunfos que, doravante, poderemos e devemos utilizar.

Houve quem falasse em fazer as pazes, em depôr as armas agora que as eleições terminaram. Às vezes, eu fico impressionado com a capacidade dos meus leitores não entenderem nada. Nunca se tratou de uma querela político-partidária, o problema nunca esteve circunscrito às eleições. Trata-se da usurpação do governo brasileiro por uma cambada de criminosos que têm a intenção manifesta de transformar o Brasil (aliás, a América Latina como um todo) em uma versão aggiornata da antiga União Soviética, em um projeto que inclusive está já em estágio avançado de realização. Não começou com a eleição da sra. Rousseff e não estaria derrotado caso o sr. Serra tivesse saído vitorioso.

O combate sempre esteve além, muito além, das questiúnculas partidárias. E, portanto, é lógico que não terminou domingo passado. Há ainda muita coisa por ser feita, e é preciso fazê-las, aconteça o que acontecer.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

36 comentários em “Comentários políticos – de fora da cidade”

  1. Nostradamus sobre o Anti-Cristo

    “O tema mais impressionante de todos é sobre o fim dos tempos, em que Nostradamus relata seis papas futuros onde, a partir daí, seria o início do fim. Ele previu três anticristos encarnados em seres humanos. O primeiro seria Napoleão Bonaparte, o Segundo Adolf Hittler e o terceiro ainda está por vir (muitos estudiosos julgam ser Bill Gates III, que pois a soma numerológica do mesmo dá exatamente 666, que é o número da “besta” conforme previu Nostradamus).

    De acordo com o profeta, o Armagedom iniciará com o poder desse anti-cristo. Outro fator consideravel é a aparição de falsos Cristos, que enganam os homens e habitam nossos tempos. Nas centúrias de Nostradamus encontramos descrições do último e mais poderoso Anticristo:

    “O menino nascerá com dois dentes na garganta”
    “Corcunda, será eleito pelo conselho o mais hediondo monstro visto na terra”
    “Tarefa de assassino, enormes adultérios, grande inimigo de todo o gênero humano, ao qual fará pior que avós, tios, pais, em ferro, fogo, água, sanguinolento e desumano”

    Nostradamus cita o mês 7 (julho) de 1999 como “a era do terror”, onde haverá uma grande invasão asiática do Anticristo. Haverá uma fome universal e pouca chuva.
    Um eclipse do sol sucederá o mais escuro e tenebroso verão que jamais existiu desde a criação e a morte de Cristo. Esse eclipse está previsto para 11 de outubro de 1999 (fato não acontecido).”

    http://www.portalbrasil.net/reportagem_nostradamus.htm

  2. Realmente estou sem esperanças pela Igreja…aqui pelo menos é um dos poucos lugares onde posso falar e ouvir respostas…mas no geral, vejo ela caminhar para uma segunda Inquisição…pecados graves cometidos em nome do Senhor…Padres, Bispos e até Papa pregando o pecado para não perder interesses materiais.

    Não preciso nem me importo com o julgamento de alguns aqui se sou católico ou não. Julgamento cabe somente a Ele. E além disso, não disse em nenhum momento que vou tornar meu filho um Ateu, ao contrário…garanto que ele será muito mais cristão do que todos vocês que me julgam.
    “Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (Mateus 7.1).

  3. “Porque vocês não refletem sobre o posicionamento que a igreja católica está tomando? Eu sou católico, batizei meu filho como católico, mas se os membros da igreja continuarem por este caminho completamente contrário aos ensinamentos de Jesus Cristo, vou optar em retirá-lo deste meio até esta se reposicione.”

    Católico você não é, esta aí, escrito de próprio punho. Se arrependa enquanto possa.

    Sua primeira frase já é uma bobagem. A gente refletir?

    Meu caro, isso não cabe a gente. Não existe democracia na Igreja, somos submissos a Ela. Ponto! Não precisa falar mais nada.

    No meio do parágrafo seu, percebe uma veia exegeta sua, pois, o que percebe, é que você tá interpretando a Biblía. Católico nenhum pode. Isso é coisa de protestante. Ademais, também percebe que você não sabe o ensinamento de Cristo. Claro! Abrir a Biblía e ler lá versículo e pensar que entendeu, como os que você postou, não passa de mera presunção sua.

    Julgamento cabe a qualquer um, inclusive, posso julgar intelectualmente o Papa caso venha ensinar contra a fé católica. Digamos, que amanhã ele libere a camisinha. Ele tá errado! Apesar de ser Papa. Ou, por exemplo, posso julgar o Papa quando o mesmo venha dizer algo sobre ciência.

    E no final, tá uma sentença que realmente não é mais católico, quando pensa em tirar o próprio filho da reta moral católica. Além, claro, de expor sua alma a perdição. Pior que perder nossa alma é levar alguém a perdição.

    Pois é meu caro, que Deus tenha piedade de todos nós.

    Quanto a mim, antes servir a Deus e sua Igreja, que a qualquer partido, qualquer pessoa, qualquer governo, qualquer sistema de governo.

    E saiba uma coisa. A Igreja existe para salvar almas e naõ matar fome de ninguém. Contudo, obviamente, onde existe um cristão existe caridade. Assim, por consequência, a Igreja tem suas mais diversas obras sociais, bem como os cristão. Mas repito, a missão da Igreja é salvar almas e não matar fome.

  4. Se Cristo viesse hoje ao BRASIL NÃO VIVERIA ATÉ OS 33 ANOS, SE ELE FIZESSE O SERMÃO DA MONTANHA EM SÃO PAULO SERIA FUZILADO NA HORA PELA IGREJA E A ELITE REAÇONARIA DESTA CIDADE

  5. Seria comico se não fossem opiniões ditas com tanto ódio, eu não sou, não pertenço, não frequento religião nenhuma, isto não quer dizer que não acredite num ser supremo que rege este nosso universo, cujo poder e grandeza nossa pequenes não pode imaginar, a doutrina que CRISTO nos deixou, seus exemplos e principalmente o sermão da montanha são de longe o que de melhor aconteceu na história da humanidade, agora o que estes grupos de fanaticos (Opus Dei) estão fazendo é de estarecer,lendo comentarios acima tem-se a impressão de estarmos frente ao Talibã ou algo parecido, e não é só na igreja Católica que acontece isto, em diversas outras denominações tem fanatismo até pior. Embora eu sendo não religioso, (respeito todas as crenças e até admiroas pessoas verdadeiramente religiosas que se manifestam com concordialidade e carinho) tenho amizade com vários padres e até um Bispo, por sinal muito culto, e o que tenho ouvido deles a respeito desta celeuma sobre as posições de certos membros da igreja Católica na eleição recem finda é de que não foram felizes nas suas declarações, primeiro porque os dois principais candidatos tiveram e tem as mesmas posições sobre estes temas, é só conferir declarações de ambos em jornais e revistas mais antigos, e segundo lugar porque cairam com uma virulencia de causar espanto contra um dos candidatos, configurando claramente uma posição partidaria e politica. O que me assusta não é estas pessoas defenderem suas idéias e sua fé e seus dogmas, no caso do aborto eu tambem acho embora não seja cristão que suprimir uma vida é um crime como qualquer outro, é um atentado contra a ordem natural das coisas que este ser supremo criou, e sim me atemoriza o que estas pessoas que se mostram tão raivosos e fanaticos seriam capazes de fazer se tivessem poder! Pergunto: será que uma mulher que num momento de desespero fizesse aborto seria apedrejada até a morte como mo Iran? Ou seria queimada viva como na idade média? pelo que pessoas acima dizem dá para entender que sim , nestas e em outras questões, se esquecem que a grande mudança que o cristianismo introduziu na civilização ocidental foi o principio do perdão, repito embora não sendo cristão gosto muito de estudar a biblia, e o que se observa é justamente o contrario, pergunto mais uma vez: será justo deixar uma moça ou mulher que abortou atravez de charlatâes ou em situações de risco que precise de atendimento médico, sera justo deixa-la morrer?

  6. Porque será que nem um teólogo ,bispo ou padre respondeu os questionamentos do Sr. Genivaldo? Tem muitas observações que requerem respostas, ou não tem respostas? Eu acho que as portas do inferno estão prevalecendo contra a Igreja!

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