Eis uma criatura esmagando a cabeça da serpente

Já passa da meia noite, mas escrevo agora porque só agora cheguei em casa. Para mim, ainda é festa da Imaculada; e Deus, que não vê o tempo, haverá de considerar estas linhas como se fossem escritas no dia d’Ela. Quando eu as queria escrever; para homenagear também eu Aquela que é Tota Pulchra. Aquela sobre a Qual nunca se falou e nem nunca se falará o suficiente, porque as Suas glórias e virtudes são tantas quanto as estrelas do Céu – tot tibi sunt dotes, Virgo, quot sidera caelo, como rezamos na Coroinha.

Todas as graças reunidas em uma só criatura! Assim é a Virgem Mãe de Deus. Assim é Nossa Senhora Imaculada. E quem poderá mensurar o poder de Deus? Quem ousará impôr os limites às graças que Ele, em Sua magnificência, é capaz de conceder às obras de Suas mãos? As estrelas do Céu são uma comparação ínfima para as glórias da Virgem Santíssima. Ela foi coroada com muito mais virtudes do que o Céu foi coroado de estrelas.

Em particular, hoje nós celebramos a Virgem Imaculada – e esta palavra tem um especial significado para nós que, marcados pelo Pecado Original, lutamos diariamente contra as suas terríveis conseqüências em nossa própria carne. Nós somos criaturas profundamente feridas pela triste herança de nossos primeiros pais. A nossa natureza rebela-se contra a nossa vontade, e a nossa inteligência recusa-se a aceitar esta contraditória situação como sendo o modelo estabelecido por Deus para o gênero humano. Temos em nós a sede do Infinito mas, no entanto, esbarramos o tempo inteiro em nossas próprias imperfeições. A festa de hoje é o bálsamo que vem aliviar as nossas feridas. É a prova de que o gênero humano não ficou completamente entregue à maldição da desobediência primeva. A Virgem Santíssima é Imaculada e, n’Ela, nós enxergamos aquilo que nós deveríamos ser. Aquilo que desejamos ser. Aquilo que – mantidas as devidas proporções – nós um dia seremos, com a graça de Deus.

Porque Aquele que foi poderoso o bastante a ponto de preservar Maria Santíssima das nefastas conseqüências do Pecado, é também capaz de delas nos livrar. Pois não foi apenas pela Virgem Santíssima que o Verbo Se fez carne – afinal, o Filho de Maria Imaculada, Nosso Senhor Jesus Cristo, é precisamente Aquele que tira os pecados do mundo. E, se as dores deste vale de Lágrimas onde fomos degredados forem fortes demais para nós, olhemos para a Imaculada Conceição: luz que nos ajuda a perseverar e – ousemos dizer – penhor da nossa salvação.

Porque não foi somente sobre o Deus três vezes Santo que o Pecado não pôde lançar as suas garras. Também a uma criatura ele foi impedido de macular. Os limites que Deus impôs às consequências devastadoras do Pecado não se restringem ao Seu Divino Filho: incluem também a Sua Mãe Santíssima, incluem também a Virgem Imaculada que hoje celebramos, e que temos por Mãe e intercessora! Sim, Deus é mais forte do que o Pecado, e Ele quer salvar os seres humanos e, sim, Ele pode fazê-lo. Eis a prova viva, eis a gloriosa Mãe de Deus sobre a Qual o pecado jamais lançou a mais mínima sombra. Eis uma criatura esmagando a cabeça da serpente: eis Aquela que, sem ser Deus, mas com a Graça d’Ele, foi e é sempre livre de todo o pecado.

Recomendemo-nos à Virgem Imaculada, reconhecendo-nos pecadores. Recomendemo-nos à Sua poderosa intercessão, confiando na misericórdia infinita d’Aquele que soube fazer maravilhas na Virgem Santíssima. Que Ela nos ajude a, um dia, vivermos com Ela a Bem-Aventurança eterna da presença de Deus.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

6 comentários em “Eis uma criatura esmagando a cabeça da serpente”

  1. Por que ser devoto de Nossa Senhora da Conceição não é a mesma coisa que ser devoto de Nossa Senhora Aparecida se ambos os nomes indicam a mesma pessoa, a mãe de Jesus? Na Religiosidade popular prevalece a devoção aos títulos e imagens de Maria. O povo sente-se atraído pela imagem e pelo nome como se fosse outra santa. Isto pelo fato de ter rezado perante determinada imagem que representa uma invocação ou nome de Maria,ou por ter alcançado alguma graça numa Igreja dedicada ao nome da Imagem desta Igreja. Isto comprova que é pela imagem ou a estátua que o povo sente atração. Ele caminha pela visão e indiretamente pela fé. Se uma imagem é mais bonita do que outra se presta mais devoção a esta. Este aspecto é resquício da variedade de deusas que haviam no inicio do cristianismo. Uma para cada situação da vida representada em suas inúmeras esculturas. Para apagar da mentalidade comum a força que havia das deusas, Maria a Mãe do Senhor, ocupou este lugar.Reconheçamos,porém, que é melhor um cristão honrar a Virgem mãe do Cristo do que Iemanjá, Oxum, Ogum ou outra entidade que nenhuma ligação tem com Nosso Senhor Jesus Cristo. Deve-se também se aproveitar a ocasião destas festas marianas para reforçar que se está venerando a mesma mãe de Jesus. Torna-se desnecessário pedir a Nossa Senhora de Lourdes Rogai por nós e ao mesmo tempo Nossa Senhora de Fátima rogai por nós, já que ao nos dirigirmos para Nossa Senhora de Lourdes ou de Fátima estamos nos dirigindo à mesma pessoa. Não tem sentido uma ladainha de títulos ou nomes de imagens da Virgem. Os títulos de Maria indicam apenas a riqueza da personalidade desta mulher abençoada e o grande papel que desempenhou ao livrar os povos da idolatria a deusas sensuais, cruéis e que não indicavam o grande Deus e Salvador nosso, Cristo Jesus. Agora dia 12 de Dezembro celebramos a aparição de Nossa Senhor ao índio Juan Diego. Origem da invocação Nossa Senhora de Guadalupe. Sob este título há uma representação de Maria conforme ficou impressa no manto do índio.Entretanto a tendência é se voltar para imagem e não para a mensagem que a Virgem deixou. Porem, Maria Santíssima em todas as suas aparições nunca pediu que se fizesse uma imagem dela. É certo que ela deixou uma representação sua na manta do índio mexicano mas isto para servir de sinal que ela mesma estava pedindo ao bispo uma Igreja para celebrar o seu nome. A Virgem se apresentou a Juan Diego como a mãe do verdadeiro Deus. Também em Fátima Maria não pediu nenhuma imagem conforme a aparição dela. Pediu que o povo não ofendesse mais a Deus, Nosso Senhor. A religiosidade popular para com Maria precisa ser orientada, esclarecida. Evitar identificar a imagem com a pessoa de Maria e seus títulos, com as imagens que os representa. quando o povo compreender que Ser devoto de Maria, amar a mãe do Senhor é reverenciar e amar todos os seus título e invocações e que as imagens não tem poder algum por si mesmas ficarão livres de toda superstição e até resquício de idolatria. Todas as imagens que se referem a Virgem representa sempre a mesma pessoa: A mãe de Cristo Nosso Senhor.De modo que ser devota e filho fervoroso da Mãe do Senhor é amar e honrar todos os seus títulos independente das imagens que os representam.

  2. María pisa la serpiente

    30/11/2010 (1:54)
    El padre Gabriele Amorth, exorcista de la diócesis de Roma desde hace 21 años, sacerdote de la Congregación de san Pablo, experto en la figura de María, asegura que el demonio tiene terror a la madre de Jesucristo porque ella le aplasta la cabeza.
    “En cierta ocasión un amigo mío exorcista preguntó al demonio que era lo que más le hería de la Virgen, porque le tenía tanta manía:

    porque es la mas pura de todas las criaturas y yo soy el más inmundo, es la más obediente de todas las criaturas y yo soy el más rebelde, es aquella que nunca ha cometido ni el más mínimo pecado y por ello me vence siempre”.
    El padre Amorth, afirma que Dios obliga en ocasiones al príncipe de la mentira a decir la verdad pero la mayoría de las veces la lucha del diablo consiste en hacer caer al hombre en pecado.
    “Llevar al hombre al mal para hacerlo caer en pecado. Es la actividad que el demonio aprecia más y todos estamos sujetos a ello desde el nacimiento hasta la muerte”.
    De acuerdo con el padre Amorth, María es una figura clave en la lucha contra el mal, contra las debilidades y pecados. Ella misma fue tentada:
    “Mi materia es la mariología y varias veces me han preguntado si también la Virgen fue tentada por el demonio. Ciertamente ¿cuándo? Desde el nacimiento hasta la muerte. Pero siempre venció”.

    http://www.h2onews.org/index.php?option=com_content&view=article&id=224447350&catid=70&Itemid=15

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