CESEP, CNBB, CTEH’s, “orientação sexual” – onde andam os responsáveis?

Por email, uma amiga me envia a divulgação do curso “A vida: desafio à ciência, bíblia e bioética – do genoma às células tronco”, promovido pelo CESEP – “Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular”. Neste blog há uma divulgação com o cartaz do evento.

O problema aparece quando entramos na página do CESEP que apresenta este curso de verão. Lá, em “conteúdo”, podemos encontrar a seguinte palestra:

A revolução científica na biologia e genética. O projeto genoma e as células tronco embrionárias – uma nova fronteira na pesquisa genética: seus dilemas científicos, éticos e jurídicos.
Lygia da Veiga Pereira – Livre docente e pesquisadora na área de genética humana-USP – São Paulo – SP

Para quem não lembra da sra. Lygia Pereira, trata-se de pesquisadora da USP favorável ao uso de embriões humanos em pesquisas científicas. Oras, cabe perguntar: em quê, exatamente, esta senhora pode contribuir para uma formação “à luz da Bíblia, Teologia, Pastoral e do compromisso cristão na sociedade” – que é a forma como se apresenta o curso de verão do CESEP?

O curso foi divulgado. Está no site do CNLB, está também no site da PJMP. E ninguém vê problemas em uma pesquisadora que afronta totalmente a posição da Igreja referente ao uso de CTEH’s em pesquisas cientícas ser convidada para palestrar em um evento que, teoricamente, é direcionado também para o povo católico – uma vez que está sendo divulgado em meios católicos? O que é isso, vamos chamar Hitler para dar uma palestra sobre respeito ao povo judeu? Bruna Surfistinha para explicar a moral sexual católica? Por que raios, então, uma pesquisadora que trabalha com embriões humanos – em frontal discordância, repita-se, com o que ensina a Igreja – é convidada para fazer parte de um evento (teoricamente, repita-se) direcionado a católicos? Ou, então: por que meios de comunicação católicos divulgam um evento onde vai ser dada uma conferência por uma pesquisadora que discorda da posição da Igreja sobre o emprego de CTEH’s em pesquisas? Será que é pedir demais um mínimo de coerência?

O evento ocorreu entre os dias 09 e 16 de janeiro de 2011. Ao seu término, foi divulgado no site da CNBB um texto contendo os “Compromissos do Curso de Verão 2011”. No texto, não é feita nenhuma menção ao singelo fato de que a Igreja não admite pesquisas com células-tronco embrionárias humanas. Nem é apresentada a menor explicação para que a presença da Lygia Pereira neste evento. No entanto, encontro lá, entre os compromissos assumidos, a necessidade de se “superar[em] discriminações de gênero, cor, raça, deficiência física, orientação sexual” (!). Agora expliquem-me como é que a “discriminação” por “orientação sexual” foi parar entre os compromissos firmados num curso cujo tema era “do genoma às células-tronco”!

A própria existência das pesquisas da sra. Lygia Pereira é, de per si, um fato já bastante lamentável. Que esta senhora seja conferencista em um curso de bioética ecumênico, já se transforma em um terrível escândalo. Agora, que meios de comunicação católicos – incluindo aí o próprio site da CNBB – divulguem e elogiem esta palhaçada, aí já ultrapassa todos os limites do tolerável. Repito-me: será que é pedir demais um pouco de coerência? Será que os católicos não podem se ocupar simplesmente em divulgar o que é católico e criticar o que é contrário à Igreja? Quem são os responsáveis por semear a confusão no meio do povo de Deus? E onde estão as sentinelas responsáveis por zelar pela doutrina da Igreja, que parecem não fazer nada?

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

44 comentários em “CESEP, CNBB, CTEH’s, “orientação sexual” – onde andam os responsáveis?”

  1. Jorge, antes de mais nada, meus sentimentos pela morte de sua avó, que creio que você soube amá-la e respeitá-la.

    Bom, ao tema em questão, creio que todos já sabiam que ela iria falar, pois a programação foi anunciada em Junho. Como agora, duas semanas depois do encerramento, você vem dando chilique dessa maneira.

    Ah, quando foi divulgada, estavamos rezando para a Dilma perder, ao invés de conscientizar o povo a votar no Serra.

    Desculpe amigo, mas a gente “comeu barriga” nessa. Nesses casos, ficar quieto é mais coerente. Até porque se os sentinelas não falaram nada, o que nós pobres mortais falariam?

    E olha, se a presença dela incomodasse tanto a Igreja (digo, aqueles que tem que zelar e são cobrados pelos responsáveis maiores: leia-se D.Odilo), ela não estaria lá. Juro por ti.

    Agora, se o próprio D.Odilo é promovido a uma missão que creio eu não tem competência para tanto, será nós, pobres leigos, que ãmos ficar chiando por isso? Nesse caso, ai sim, é mais util rezarmos pela Igreja.

  2. Que grande salada heim…

    Mas estes eventos e/ou campanhas são pensados de uma forma que ninguém consegue imaginar as verdadeiras intenções, se não for um bom observador e “pescar” os detalhes.

    É por isso que devemos tomar cuidado com muitas outras coisas, afinal as vezes nos parece algo bom, mas se trata apenas de uma carapaça para encobrir porcarias anti-católicas. Já vi, por exemplo, muitos cursos na PUC que são assim… Lamentável.

    Que Nossa Senhora dos livre destes lobos em pele de cordeiro.

  3. Há mais coisas entre o que o D. Odilo diz e o que D. Odilo faz do que julga nossa vã filosofia.

  4. Ouvir o ponto de vista de quem discorda do nosso pensar é o mínimo que se espera de um bom filósofo antes de abris a metralhadora e ir matando inocentes junto com os bandidos.

    Às vezes a luz pode vir de onde menos se espera. Até mesmo numa palestra que em tese trate de um tema que não é admitido pelos critãos pode surgir uma nova idéia que nos faça perceber e admirar cada vez mais a diversidade e a maravilha da grandiosa obra de Deus.

    O seu modo de criticar esta cientista parece-me em nada diferir das críticas que a alguns séculos foram proferidas contra Galileu. Alguns séculos depois o saudoso papa JP II humildemente pediu perdão e não só a Galileu, mas a muitos outros cientistas “condenados” pela infalível Igreja Católica ao longo dos séculos.

    A verdade absuluta só é conhecida por Deus que não a revelou na sua totalidade aos homens. A prova disto é que a cada dia o homem faz descobertas que muitas vezes até parecem ir contra a palavra de Deus.

    Galileu ao descobrir que a terra não era o centro do mundo, algo que ia frontalmente contra a Bíblia, foi condenado por afrontar a Sagrada Escritura que para alguns continua até hoje infalível tanto em assuntos éticos e morais – no que podemos concordar em parte – como também em assuntos científicos.

    Sempre foi contra qualquer forma de aborto e espero nunca mudar este ponto de vista. A Igreja ao se procunciar contra o aborto, porém, a faz a partir da premissa de que a vida começa no momento da concepção. Porém, talvez um dia a ciência pode nos dar nais clareza até mesmo nesta questão hoje parece ser imutável.

    Se a Igreja já aceitou, entre outras, a descoberta da ciência de que a Terra não era o centro do universo no futuro não pode acabar mudando de ponto de vista sobre outros temas?

    No meu humilde modo de pensar admito que ninguém é dono da verdade, pois ninguém é dono de Deus.

  5. Caramba, o evento já foi realizado!
    Não tá meio atrasado seu protesto?
    Ademais NÃO PODEMOS enfiar a cabeça na areia e fingir que nada está acontecendo a nosso redor.
    Se concordamos ou não, com o palestrante, é o momento e o lugar de debater o assunto!

  6. Caros,

    Que o evento já passou eu sei – aliás, fui eu próprio a pôr este informação no corpo do texto. No entanto, o escândalo passado não se torna menos escandaloso só porque “já aconteceu”. Pelo contrário, os fatos só são agravados pelo fato de não terem recebido uma resposta devida nem antes, nem durante, nem depois do evento.

    Quanto a Galileu, a comparação é totalmente descabida. Galileu queria empurrar teorias esotéricas por detrás da (então) hipótese científica do heliocentrismo (e, por isso, foi muito acertadamente condenado pela Igreja). A dra. Lygia está contrariando frontalmente a proibição da Igreja de matar seres humanos em pesquisas de laboratório; não há nenhuma discussão sobre o momento em que se inicia a vida do indivíduo humano, e sim o desprezo nu e cru à vida humana em seus estágios iniciais de desenvolvimento.

    Quanto à verdade, ninguém é dono d’Ela, mas Ela é dona de nós. E é exatamente por não sermos donos da verdade que não podemos “inventar” que é lícito matar seres humanos em laboratórios, porque não é. E isso precisa ficar claro.

    Abraços,
    Jorge

  7. Maravilhosa a frase:

    “E é exatamente por não sermos donos da verdade que não podemos “inventar” que é lícito matar seres humanos em laboratórios, porque não é. E isso precisa ficar claro.”

    É isso aí. O Valor da VIDA HUMANA é um valor inegociável, não há como fazer aberturas, nem ouvir nada que seja contra a VIDA. A VIDA HUMANA está acima de qualquer argumento, é DOM DE DEUS e ponto.

  8. Com certeza, essa “dotora” não foi lá para falar que embriões são bebês humanos em sua fase inicial de desenvolvimento…

  9. “Até hoje, os resultados obtidos em pesquisas envolvendo a morte de embriões humanos – nos países em que isso é permitido – tem sido desalentadores. Os experimentos têm demonstrado que as células-tronco embrionárias humanas, além de serem rejeitadas pelo organismo receptor, são causa frequente de tumores. Se há alguma “esperança” de sucesso com tais práticas imorais, ela é muito remota. É o que relata a Dra. Lygia da Veiga Pereira, Livre-docente e chefe do Laboratório de Genética Molecular do Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Genoma Humano, da USP, totalmente insuspeita por ser favorável ao uso dos embriões humanos:”

    fonte: site universo católico

  10. Jorge,
    Então o papa ao pedir perdão a Gelileu admitiu que ela tinha razão em suas teorias esostéricas também? Penso que sim, pois no pronuncimento de JP II não está claro que ele não está perdoando o esoterismo de Gelileu…
    Aliás, essa idéia de que Galileu defendia teorias esotéricas eu jamais ouvira deizer que a Igreja o acusava disto… Só pode ser porque ele recolocou algumas teorias no seu lugar e para muitos é difícil admitir que a Igreja estava errada enquanto um pecador como Galileu estivesse correto.
    Felizmente JP II teve humildade suficiente para reconhecer que a Igreja havia cometido graves erros no passado assim como nontinua errando hoje ao proteger bispos e padres pedófilos…

  11. Ricardo,

    Sendo assim, por que João Paulo II pediu desculpas pelo erro da igreja? Se ele disse que foi um erro, como é que foi um acerto?

    Não, não pediu, e não, não disse que foi um erro. Os abusos foram um erro e, isso, ninguém nega. Mas o abuso não tolhe o uso, no bom e velho adágio latino.

    Além do mais, não foi eu que disse “A Inquisição é um capítulo doloroso do qual os católicos devem se arrepender”

    Provavelmente foi o senhor mesmo, ou algum dos outros idiotas aos quais o senhor atribui infalibilidade, que disse esta frase absurda. Se o senhor tivesse se dado ao trabalho de ler o documento que me mandou, veria que ela não se encontra lá.

    – Jorge

  12. Paulo,

    Então o papa ao pedir perdão a Gelileu admitiu que ela tinha razão em suas teorias esostéricas também?

    Não.

    Penso que sim

    Nada surpreendentemente, pensas errado.

    pois no pronuncimento de JP II não está claro que ele não está perdoando o esoterismo de Gelileu…

    Que pronunciamento de João Paulo II?

    Aliás, essa idéia de que Galileu defendia teorias esotéricas eu jamais ouvira deizer que a Igreja o acusava disto…

    Pois é, não achas então meio estranho que venhas pontificar em um assunto que assumidamente ignoras?

    Só pode ser porque ele recolocou algumas teorias no seu lugar e para muitos é difícil admitir que a Igreja estava errada enquanto um pecador como Galileu estivesse correto.

    Em quê “a Igreja estava errada”, cara-pálida?

    Felizmente JP II teve humildade suficiente para reconhecer que a Igreja havia cometido graves erros no passado

    Não, não reconheceu.

    assim como nontinua errando hoje ao proteger bispos e padres pedófilos…

    A Igreja não protege pedófilos e, aqueles que são protegidos, o são à revelia da Igreja – são a perfeita correspondência dos abusos medievais pelos quais o Papa pediu perdão.

    – Jorge

  13. Paulo Ferreira says:

    “Ouvir o ponto de vista de quem discorda do nosso pensar”
    (…)
    “Às vezes a luz pode vir de onde menos se espera.”

    A Igreja faz debate o tempo todo. Mas depois que o Magistério se pronuncia definitivamente sobre um assunto de doutrina, o clero deve defendê-lo; os leigos não devem ser confundidos por vozes errôneas que usurpam o nome do Magistério.
    Não digo necessariamente que esse foi o caso do evento em questão; apenas explico que não se deve usurpar a autoridade do Magistério.

    O seu modo de criticar esta cientista parece-me em nada diferir das críticas que a alguns séculos foram proferidas contra Galileu.

    Eu recomendo do livro “Galileu” de Jorge Pimenteu Cintra, editora Quadrante. Posso adiantar alguns fatos:
    1) O Magistério da Igreja nunca disse que a Terra está no centro do universo
    2) Galileu não tinha argumentos científicos para sua teoria. Os oponentes de Galileu apontaram que os seus argumentos eram cientificamente errados (e de fato eram). Mas então Galileu começou a usar versos da Bíblia para apresentar a sua teoria como se fosse um dogma católico. Ou seja, ele usurpou a autoridade do Magistério.
    3) Ele foi proibido de apresentar o heliocentrismo como um dogma de fé; ele teria que apresentá-lo como uma teoria científica e usar argumentos científicos. Mas aí ele resolveu ignorar a proibição, falsificou uma assinatura (para enganar as autoridades) e publicou um livro apresentando o heliocentrismo como dogma de fé.
    4) Pela falsificação da assinatura, Galileu foi condenado à prisão. Ele foi autorizado a cumprir sua pena na casa de um cardeal que era seu amigo (e aliás, era também defensor do heliocentrismo). A pena de Galileu foi uns 9 meses de prisão domiciliar na luxuosa casa de um amigo.
    5) João Paulo II pediu desculpas por um erro processual que ocorreu no julgamento, mas não pelo crime imaginário de censurar o heliocentrismo. Tal crime nunca ocorreu.

    A verdade absuluta só é conhecida por Deus que não a revelou na sua totalidade aos homens. A prova disto é que a cada dia o homem faz descobertas que muitas vezes até parecem ir contra a palavra de Deus.

    Em matéria de doutrina e moral cristã, o Magistério da Igreja é infalível.
    Em 2000 anos, nunca um concílio ecumênico contradisse um concílio anterior. E nunca um pronunciamento ex cathedra do Papa contradisse um pronunciamento anterior.

    E a ciência empírica nunca foi contra a doutrina católica. Aliás, isso é praticamente impossível, pois a ciência só estuda o mundo material. Tentar medir Deus num laboratório é como tentar provar empiricamente que existem conjuntos matemáticos não-enumeráveis. Assim como tais conjuntos são objetos puramente matemáticos e independem de evidência material, Deus é espiritual e independe de evidência material. Eu acredito em Deus devido a raciocínios filosóficos, e principalmente devido à observação do meu próprio espírito.

    Galileu ao descobrir que a terra não era o centro do mundo, algo que ia frontalmente contra a Bíblia

    Não. A Bíblia não se pronuncia contra o heliocentrismo. De fato, o próprio Galileu tentou distorcer a Bíblia para demonstrar o heliocentrismo!

  14. Não se pode mudar o passado, mas podemos aprender muito com ele. Além disso não devemos ser intolerantes com quem não pensa como nós pois, a intolerancia é algo totalmente irracional.

  15. Caro Gustavo,

    Salve Maria!

    Quando tratamos de assuntos diversos sempre devemos escutar o outro.

    Mas,

    Quando o assunto é a VIDA HUMANA devemos sim, sermos intransigentes.

    A VIDA HUMANA é um VALOR INEGOCIÁVEL, DOM DE DEUS, não se deve matar aqueles que ainda não puderam nascer.

    É um crime abominável.

  16. A VIDA HUMANA é um VALOR INEGOCIÁVEL, DOM DE DEUS

    Apenas na SUA opinião ela é um dom de seu deus. Quando afirmar algo semelhante ponha a ressalva: “Na minha opinião…”

  17. Eu afirmei isso no contexto da postagem do blog, ou seja, sou contra o aborto.

    Entendeu?

    Em relação a células tronco e sobre o aborto.

  18. Gustavo,

    acaso o sr. tolera “médicos” e dondocas que acham que as mulheres tem o direito de matarem a vida inocente que brota em seus ventres, só porquê eles não pensam como nós?

    acaso o sr. tolera militantes do nefando vício do homossexualismo, querer além de transformar seus vícios em lei e regra, imiscuirem através de campanhas esse mesmo vícios entre adolescentes e crianças desde a mais tenra idade, só porquê eles não pensam como nós?

    acaso o sr. tolera pessoas que gostariam que a pedofilia fosse legalizada só porquê els não pensam como nós?

    o sr. também tolera o assassinto de nosso irmãos Cristãos por fanátticos islamicos em várias partes do mundo só porquê eles não pensam como nós?

    Jesus tolerou Satanás quando esse se atreveu a tentá-lo, só pôrquê o tinhoso não pensa como Ele? o sr. o tolera?

    e porquê também não pensam como nós, os promotores dos vícios carnavelscos que invadirão nossas casas através da televisão pouco antes de iniciarmos nossas meditações quaresmais sobre a paixão e morte de Nosso Senhor, devemos tolerá-los? O sr. os tolera?

    somos todos pecadores, eu muito mais do vc… mais nem por isso tolero o pecado que em mim habita, e mesmo pecador que sou, jamais tolerarei… o sr. tolera?

    o sr. sabe porquê os mártires derramaram o sangue?

    deixo aqui, para que o sr reflita bem, um texto de um sermão proferido por um cardeal em 1841, é muito oportuno esse texto, vai lhe servir como uma luva, faço inclusive a sugestão ao Jorge (pode ser Jorge?)que o coloque em um próximo post.

    o texto é um pouco grande,e pessoas preguiçosas e desinteressadas ou tolerantes,provavelmente não o lerão, mas mesmo assim faço votos de que se esforcem para lê-lo.

    Gustavo, espero que esse texto possa fazer de ti e de outros que o lerem, pessoas mais intolerantes e melhores católicos.
    afinal ser intolerante, não é tão ruim e quem é pai ou mãe aqui sabe muito bem do que estou falando.

    eis o texto:

    A intolerância católica* Cardeal Pie

    (sermão pregado na Catedral de Chartres em 1841)

    Meus irmãos(…),

    Nosso século clama: “tolerância, tolerância”. Tem-se como certo que um padre deve ser tolerante, que a religião deve ser tolerante. Meus irmãos, não há nada que valha mais que a franqueza e eu aqui estou para vos dizer, sem disfarce, que no mundo inteiro só existe uma sociedade que possui a verdade e que esta sociedade deve ser necessariamente intolerante. Mas antes de entrar no mérito, destinguimos as coisas, convenhamos sobe o sentido das palavras para bem nos entendermos. Assim não nos confundiremos.

    A tolerância pode ser civil ou teológica. A primeira não nos diz respeito e não falarei senão uma pequena palavra sobre ela: se a lei tolerante quer dizer que a sociedade permite todas as religiões porque a seus olhos, elas são todas igualmente boas ou porque as autoridades se consideram incompetentes para tomar partido neste assunto, tal lei é ímpia e atéia. Ela exprime não a tolerância civil como a seguir indicaremos, mas a tolerância dogmática que, por uma neutralidade criminosa, justifica nos indivíduos a mais absoluta indiferença religiosa. Ao contrário, se, reconhecendo que uma só religião é boa, a lei suporta e permite que as demais possam se exercer por amor à tranqüilidade pública, esta lei poderá ser sábia e necessária se assim o pedirem as circunstâncias como outros observaram antes de mim (…).

    Deixo porém este campo cheio de dificuldades e volto-me para a questão propriamente religiosa e teológica em que exponho estes dois princípios: primeiro, a religião que vem do céu é verdade e ela é intolerante com relação às doutrinas errôneas; segundo, a religião que vem do céu é caridade e ela é cheia de tolerância quanto às pessoas.

    Roguemos à Nossa Senhora vir em nossa ajuda e invocar para nós o Espírito de verdade e de caridade: Spiritum veritatis et pacis. Ave Maria.

    Faz parte da essência de toda verdade não tolerar o princípio que a contradiz. A afirmação de uma coisa exclui a negação dessa mesma coisa, assim como a luz exclui as trevas. Onde nada é certo, onde nada é definido, pode-se partilhar os sentimentos, podem variar as opiniões. Compreendo e peço a liberdade de opinião nas coisas duvidosas: in dubiis, libertas. Mas logo que a verdade se apresenta com as características certas que a distinguem, por isso mesmo que é verdade, ela é positiva, ela é necessária e por conseqüência ela é una e intolerante: in necessariis, unitas. Condenar a verdade à tolerância é condená-la ao suicídio. A afirmação se aniquila se ela duvida de si mesma, e ela duvida de si mesma se ela admite com indiferença que se ponha a seu lado a sua própria negação. Para a verdade, a intolerância é o instinto de conservação, é o exercício legítimo do direito de propriedade. Quando se possui alguma coisa é preciso defendê-la sob pena de ser despojado dela bem cedo.

    Assim, meus irmãos, pela própria necessidade das coisas, a intolerância está em toda parte porque em toda parte existe o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, a ordem e a desordem. Que há de mais intolerante do que esta proposição: 2 e 2 fazem 4? Se vierdes me dizer que 2 e 2 fazem 3 ou fazem 5, eu vos respondo que 2 e 2 fazem 4…

    Nada é tão exclusivo quanto a unidade. Ora, ouvi a palavra de São Paulo: “unus Dominus, una fides, unum baptisma”. Há, no céu, um só Senhor: unus Dominus. Esse Deus, cuja unidade é seu grande atributo, deu à terra um só símbolo, uma só doutrina, uma só fé: una fides. E esta fé, esta doutrina, Ele confiou-as a uma só sociedade visível, uma só Igreja cujos filhos são, todos, marcados com o mesmo selo e regenerados pela mesma graça: unum baptisma. Assim, a unidade divina que esplende por todos os séculos na glória de Deus, produziu-se sobre a terra pela unidade do dogma evangélico cujo depósito foi confiado por Nosso Senhor Jesus Cristo à unidade hierárquica do sacerdócio: um Deus, uma fé, uma Igreja: unus Dominus, una fides, unum baptisma.

    Um pastor inglês teve a coragem de escrever um livro sobre a tolerância de Jesus Cristo e o filósofo de Genebra [Rousseau] disse, falando do Salvador dos homens: “Não vejo que meu divino Mestre tenha formulado sutilezas sobre o dogma”. Bem verdadeiro, meus irmãos. Jesus Cristo não formulou sutilezas sobre o dogma, mas trouxe aos homens a verdade e disse: se alguém não for batizado na água e no Espírito Santo; se alguém, recusa-se a comer a minha carne e a beber o meu sangre, não terá parte em meu reino. Confesso que nisso não há sutilezas, há intolerância, há exclusão, a mais positiva, a mais franca. E mais, Jesus Cristo enviou seus Apóstolos para pregar a todas as nações, isto é, derrubar todas as religiões existentes para estabelecer em toda a terra a única religião cristã e substituir todas as crenças dos diferentes povos pela unidade do dogma católico. E prevendo os movimentos e as divisões que esta doutrina vai incitar sobre a terra, Ele não se deteve e declarou que tinha vindo para trazer não a paz mas a espada e acender a guerra não somente entre os povos, mas no seio de uma mesma família e separar, pelo menos quanto às convicções, a esposa fiel do esposo incrédulo, o genro cristão do sogro idólatra. A afirmação é verdadeira e o filósofo tem razão: Jesus Cristo não formulou sutilezas sobre o dogma (…).

    Falam da tolerância dos primeiros séculos, da tolerância dos Apóstolos. Mas isso não é assim, meus irmãos. Ao contrário, o estabelecimento da religião cristã foi, por excelência, uma obra de intolerância religiosa. No momento da pregação dos apóstolos, quase todo o universo praticava essa tolerância dogmática tão louvada. Como todas as religiões eram igualmente falsas e igualmente desarrazoadas, elas não se guerreavam; como todos os deuses valiam a mesma coisa uns para os outros, eram todos demônios, não eram
    exclusivos, eles se toleravam uns aos outros: Satã não está dividido contra si mesmo. O Império Romano, multiplicando suas conquistas, multiplicava seus deuses e o estudo de sua mitologia se complica na mesma proporção que o da sua geografia. O triunfador que subia ao capitólio, fazia marchar diante dele os deuses conquistados com mais orgulho ainda do que arrastava atrás de si os reis vencidos. A mais das vezes, em virtude de um Senatus-Consulto, os ídolos dos bárbaros se confundiam desde então com o domínio da pátria e o olímpio nacional crescia como o Império.

    Quando aparece o cristianismo (prestem atenção a isso, meus irmãos, são dados históricos de algum valor com relação ao assunto presente), o cristianismo quando apareceu pela primeira vez, não foi logo repelido subitamente. O paganismo perguntou-se se, ao invés de combater a nova religião, não devia dar-lhe acesso ao seu solo. A Judéia tinha se tornado uma província romana. Roma, acostumada a receber e conciliar todas as religiões, recebeu a princípio, sem maiores dificuldades, o culto saído da Judéia. Um imperador colocou Jesus Cristo assim como Abraão entre as divindades de seu oratório, como viu-se mais tarde um outro César propor prestar-lhe homenagens solenes. Mas a palavra do profeta não tardou a se verificar: as multidões de ídolos que viam, de ordinário sem ciúmes, deuses novos e estrangeiros serem colocados ao lado deles, com a chegada do deus dos cristãos, lançam um grito de terror, e, sacudindo sua tranqüila poeira, abalam-se sobre seus altares ameaçados: ecce Dominus ascendit, et commovebuntur simulacra a facie ejus. Roma estava atenta a esse espetáculo. E logo, quando se percebeu que esse Deus novo era irreconciliável inimigo dos outros deuses; quando viu-se que os cristãos, dos quais se havia admitido o culto, não queriam admitir o culto da nação; em uma palavra, quando constatou-se o espírito intolerante da fé cristã, é aí então que começou a perseguição.

    Ouvi como os historiadores do tempo justificam as torturas dos cristãos. Eles não falam mal de sua religião, de seu Deus, de seu Cristo, de suas práticas; só mais tarde é que inventaram calúnias. Eles os censuram somente por não poderem suportar outra religião que não seja a deles. “Eu não tinha dúvidas, diz Plínio o jovem, apesar de seu dogma, que não era preciso punir sua teimosia e sua obstinação inflexível”: pervicaciam et inflexibilem obstinationem. “Não são criminosos, diz Tácito, mas são intolerantes, misantropos, inimigos do gênero humano. Há neles uma fé teimosa em seus princípios, e uma fé exclusiva que condena as crenças de todos os povos”: apud ipsos fides obstinata, sed adversus omnes alios hostile odium. Os pagãos diziam geralmente dos cristãos o que Celso disse dos judeus, com os quais foram muito tempo confundidos, porque a doutrina cristã tinha nascido na Judéia. “Que esses homens adiram inviolavelmente às suas leis, dizia este sofista, nisto não os censuro; eu só censuro aqueles que abandonam a religião de seus pais para abraçar uma diferente! Mas se os judeus ou os cristãos querem só dar ares de uma sabedoria mais sublime que aquela do resto do mundo, eu diria que não se deve crer que eles sejam mais agradáveis a Deus que os outros”.

    Assim, meus irmãos, o principal agravo contra os cristãos era a rigidez absoluta do seu símbolo, e, como se dizia, o humor insociável de sua teologia. Se só se tratasse de um Deus a mais, não teria havido reclamações; mas era um Deus incompatível, que expulsava todos os outros: eis porque a perseguição. Assim, o estabelecimento da Igreja foi uma obra de intolerância dogmática. Toda a história da Igreja não é outra que a história dessa intolerância. O que são os mártires? Intolerantes em matéria de fé, que preferem os suplícios a professarem o erro. O que são os símbolos? São fórmulas de intolerância, que determinam o que é preciso crer e que impõem à razão os mistérios necessários. O que é o Papado? Uma instituição de intolerância doutrinal, que pela unidade hierárquica mantém a unidade de fé.
    Porque os concílios? Para freiar os desvios de pensamentos, condenar as falsas interpretações do dogma; anatematizar as proposições contrárias à fé.

    Nós somos então intolerantes, exclusivos em matéria de doutrina; nós disto fazemos profissão; nós nos orgulhamos da nossa intolerância. Se não o fôssemos, não estaríamos com a verdade, pois que a verdade é uma, e conseqüentemente intolerante. Filha do céu, a religião cristã, descendo sobre a terra, apresentou os títulos de sua origem; ela ofereceu ao exame da razão fatos incontestáveis, e que provam irrefutavelmente sua divindade. Ora, se ela vem de Deus, se Jesus Cristo, seu autor, pode dizer: Eu sou a verdade: Ego sum veritas, é necessário por uma conseqüência inevitável, que a Igreja Cristã conserve incorruptivelmente esta verdade tal qual a recebeu do céu; é necessário que ela repila, que ela exclua tudo o que é contrário a esta verdade, tudo o que possa destruí-la. Recriminar à Igreja Católica sua intolerância dogmática, sua afirmação absoluta em matéria de doutrina é dirigir-lhe uma recriminação muito honrável. É recriminar à sentinela ser muito fiel e muito vigilante, é recriminar à esposa ser muito delicada e exclusiva.

    Nós ficamos muitas vezes confusos do que ouvimos dizer sobre todas estas questões até por pessoas de senso. A lógica lhes falta, desde que se trate de religião. É a paixão, é o preconceito que os cega? É um e outro. No fundo, as paixões sabem bem o que elas querem quando procuram abalar os fundamentos da fé, pondo a religião entre as coisas sem consistência. Elas não ignoram que, demolindo o dogma, elas preparam para si uma moral fácil. Diz-se com uma justeza perfeita: é antes o decálogo que o símbolo que as faz incrédulas. Se todas as religiões podem ser postas num mesmo nível, é que elas se equivalem todas; se todas são verdadeiras é porque todas são falsas; se todos os deuses se toleram, é porque não há Deus. E se se pode aí chegar, não sobra mais nenhuma moral incômoda. Quantas consciências estariam tranqüilas, no dia em que a Igreja Católica desse o beijo fraternal a todas as seitas suas rivais!

    Jean-Jacques [Rousseau] foi entre nós o apologista e o propagador desse sistema de tolerância religiosa. A invenção não lhe pertence, se bem que ele tenha ido mais longe que o paganismo, que nunca chegou a levar a indiferença a tal ponto. Eis, com um curto comentário, o ponto principal do catecismo genebrino, tornado infelizmente popular: todas as religiões são boas. Isto é, de outra forma, todas as religiões são ruins (…).

    A filosofia do século XIX se espalha por mil canais sobre toda a superfície da França. Esta filosofia é chamada eclética, sincrética e, com uma pequena modificação, é também chamada progressiva. Esse belo sistema consiste em dizer que não existe nada falso; que todas as opiniões e todas as religiões podem se conciliadas; que o erro não é possível ao homem, a menos que ele se despoje da humanidade; que todo o erro dos homens consiste em crer possuírem exclusivamente toda a verdade, quando cada um deles só tem um elo e que, da reunião de todos esses elos, deve-se formar a corrente inteira da verdade. Assim, segundo essa inacreditável teoria, não há religiões falsas, mas elas são todas incompletas umas sem as outras. A verdadeira seria a religião do ecletismo sincrético e progressivo, a qual ajuntaria todas as outras, passadas, presentes e futuras: todas as outras, isto é, a religião natural que reconhece um Deus; o ateísmo que não conhece nenhum; o panteísmo que o reconhece em tudo e por tudo; o espiritualismo que crê na alma, e o materialismo que só crê na carne, no sangue e nos humores; as sociedades evangélicas que admitem uma revelação, e o deísmo racionalista que a rejeita; o cristianismo que crê no messias que veio e o judaísmo que o espera ainda; o catolicismo que obedece ao Papa, o protestantismo que olha o Papa como o anti-Cristo. Tudo isto é conciliável. São diferentes aspectos da verdade. Da união desses cultos resultará um culto mais largo, mais vasto, o grande culto verdadeiramente católico, isto é, universal, pois que abrigará todas as outras no seu seio.

    Esta doutrina que qualificais de absurda, não é de minha invenção; ela enche milhares de volumes e de publicações recentes; e, sem que seu fundo jamais varie, ela toma todos os dias novas formas sob a caneta e sobre os lábios dos homens entre as mãos dos quais repousam os destinos da França. — A que ponto de loucura nós então chegamos? — Nós chegamos ao ponto onde deve logicamente chegar todo aquele que não admite o princípio incontestável que estabelecemos, a saber: que a verdade é uma, e por conseqüência intolerante, exclusiva de toda doutrina que não é a sua. E, para juntar em poucas palavras toda a substância deste meu discurso, eu lhes direi: procurais a verdade sobre a terra? Procurai a Igreja intolerante. Todos os erros podem se fazer concessões mútuas; eles são parentes próximos, pois que tem um pai comum: vos ex patre diabolo estis. A verdade, filha do céu, é a única que não capitula.

    Vós, pois, que quereis julgar esta grande causa, tomai para isto a sabedoria de Salomão. Entre essas diferentes sociedades para as quais a verdade é um objeto de litígio, como era aquela criança entre as duas mães, quereis saber a quem adjudicá-la. Pedi que vos dêem uma espada, fingi cortar, e examinai as caras que farão os pretendentes. Haverá vários que se resignarão, que se contentarão da parte que vão ter. Dizei logo: essas não são as mães! Há uma cara, ao contrário, que se recusará a toda composição, que dirá: a verdade me pertence e eu devo conservá-la inteira, eu jamais tolerarei que ela seja diminuída, partida. Dizei: esta aqui é a verdadeira mãe!

    Sim, Santa Igreja Católica, vós tendes a verdade, porque vós tendes a unidade, e porque vós sois intolerante, não deixais decompor esta unidade.

    * Este sermão, cuja tradução é obra da caridade de Gercione Lima, nos foi enviado por um leitor. Temos alegria em publicá-lo, como uma lufada de ar fresco num ambiente empestado de falsa doutrinas.

    ——————————————————————————–
    Para citar este texto:
    Cardeal Pie – “A intolerância católica* (sermão pregado na Catedral de Chartres em 1841)”
    MONTFORT Associação Cultural
    http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=religiao&artigo=intolerancia&lang=bra

  19. GALILEU GALILEI

    Esse homem foi um gênio.
    Até hoje consegue colocar suas idéias em debates!
    A Igreja errou? A Igreja acertou?
    Foi ou não um herege?
    Sempre será uma pedra no sapato da Igreja…

  20. Ricardo, se a vida humana NÃO é um valor inegociável, então não venha reclamar quando um bandido retirar a vida de um dos seus.

  21. Concordo inteiramente com a Karina.

    É horrível ver um ser-humano que não respeita a vida, enquanto um animal irracional defende sua cria com unhas e dentes.

    Vai mexer com um filhote de onça para ver o que acontece.

    E as mães humanas matando os seus filhinhos antes de nascerem.

  22. se a vida humana NÃO é um valor inegociável

    Karina e Rafael:

    Embrião não é VIDA, na minha e na de muitas outras pessoas.

    Apenas isto.

    Na opinião de VOCES e de mais alguns outros é. Muito que bem, que vença a maioria.

    Agora, catolicismo não combina com democracia, não é verdade?

    É simples. Que se faça um plebiscito no Brasil com relação ao aborto.

    Duvido que os católicos apoiem tal procedimento.

  23. Aliás, com relação ao aborto, não; com relação à descriminalização do mesmo.

  24. O Ricardo nã pode argumentar com um bandido que não tem nada a perder. Não pode pedir para não matá-lo por “compaixão”.

    O valor da vida negocia-se, portanto, para o assassino, a existência do Ricardo não importa, o que interessa a ele são seus bens ou algum outro privilégio que obterá com sua morte. O “ter” é mais importante que a pessoa humana que está na frente dele.

    Assim, não se difere muito de um abortista, que prega que para fugir da responsabilidade é lícito matar.

    Para ambos, qualquer fim justifica os meios.

  25. Caros, para constar, não existe nenhuma dúvida séria de que a concepção marca o início de um novo indivíduo da espécie humana, vivo, geneticamente completo, único e distinto dos seus pais.

    O resto é xilique do obscurantismo ideológico dos abortistas.

    Abraços,
    Jorge

  26. Apenas na SUA opinião ela é um dom de seu deus. Quando afirmar algo semelhante ponha a ressalva: “Na minha opinião…”

    Errado. Opinião é algo subjetivo (“na minha opinião sorvete de chocolate é melhor que morando”). O direito à vida é uma verdade objetiva, que independe de opiniões.

    Você é um relativista, por acaso? Você duvida da existência objetiva da verdade?

    se a vida humana NÃO é um valor inegociável

    Embrião não é VIDA, na minha e na de muitas outras pessoas.

    É simples. Que se faça um plebiscito no Brasil com relação ao aborto.

    Duvido que os católicos apoiem tal procedimento.

    Para a sua informação, os abortistas são totalmente contra tal plebiscito, pois a grande maioria do povo brasileiro é favorável à vida.

    Eles são contra por interesse (sabem que perderiam), mas de fato não é matéria para plebiscito. Direito à vida é um direito humano, que pode ser deduzido através de filosofia (lei natural). Assim sendo, ninguém pode legitimamente violar o direito à vida.

    Como está na declaração de independência dos EUA:

    We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.

    Os direitos humanos, são “unalienable” – ninguém pode legitimamente violá-los – em particular, isso significa que o governo atual do do Barack Abortion Obama não respeita a declaração de independência do país dele.

  27. Ricardo: religião NÃO É feita para ser discutida: é feita para ser SEGUIDA! Será possível que no mundo de hoje TUDO tem que ser discutido? Será possível que algumas coisas (AINDA) não podem SER O QUE SÃO, e PONTO???

  28. “é feita para ser SEGUIDA!”

    Exatamente. Voce, como católico, siga a sua. Mas, não tente forçar ninguém a segui-la.

    Só porque [CENSURADO] escreveu: “Ide e pregai o evangelho”, todos acham que deve ser pregado a ferro e a fogo – e quem não o siga blá blá blá, blá blá blá.

    Ora, vão-se catar!

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