Fé na esfera pública: remédio ao ateísmo das massas

Eu li bem en passant uma notícia de ZENIT hoje, onde o Papa diz que os católicos devem participar da vida pública. O conselho não é estranho a quem tem noções mínimas de catolicismo; mas, nos dias de hoje, talvez valha a pena falar um pouco sobre o assunto.

Hoje eu também vi em algum lugar (acho que numa chamada da “Folha de São Paulo” – não importa) a expressão “ateísmo de massas” empregada por (acho) um bispo. E o que existe de estranho no fenômeno é que, salvo grave engano da minha parte, nunca houve na história um “ateísmo de massas”. Como já tivemos a oportunidade de dizer outras vezes, o fenômeno religioso é inerente ao ser humano e, por isso, todos os povos e culturas sempre tiveram necessidade de externar, em alguma forma de culto, a sua admiração pelo transcendente e o seu reconhecimento a um ser superior. Se for verdade que, hoje em dia, as massas são atéias… cabe investigar um pouco quais poderiam ser as causas de tão inusitado fenômeno.

Há uma outra expressão que penso ser correlata a esta. Foi empregada por João Paulo II ao se referir à Europa. Trata-se de uma expressão extremamente dura mas nem por isso (infelizmente) menos verdadeira. Estou falando da expressão “apostasia silenciosa”.

Um “apóstata” é alguém que renega a Fé Católica uma vez que a tenha recebido. Como a religião em geral (e a Igreja em particular) é e sempre foi pública, visível, a apostasia sempre foi, também, pública. O fenômeno referido por João Paulo II consiste, assim, em uma maneira particularmente maliciosa de defecção da Fé: Ela é tratada com um desprezo tão grande que não merece sequer ser publicamente negada. Dá-se tão pouca importância a Deus que se passa, simplesmente, a viver como se Ele não existisse. Não se trata, assim, de uma apostasia consciente e deliberada, de uma negação na esfera da inteligência e da vontade: estamos falando de uma “apostasia prática”, daquela “tentativa – diz o Bem-Aventurado João Paulo II – de fazer prevalecer uma antropologia sem Deus e sem Cristo”.

Ora, estamos falando aqui precisamente do confinamento da religião à esfera privada, subjetiva, como se ela fosse algo que pouca ou nenhuma contribuição tem a dar à sociedade ou – pior ainda – que só pode ter nesta influências deletérias e nefastas. E isto – o que é mais espantoso – praticado por católicos! Somente com uma profunda perda de consciência da própria identidade religiosa é possível a um católico defender semelhante subjetivismo em matéria religiosa que é, ele próprio, um suicídio para a religião. Afinal, o que é subjetivo tem pouco ou nenhum valor para fora do sujeito. E, se a religião é subjetiva, não faz sentido sair pelo mundo inteiro anunciando o Evangelho a toda criatura, como disse Nosso Senhor.

O Evangelho não tem meramente valor subjetivo – ao contrário, as Escrituras nos ensinam que ele serve a toda criatura. E o que serve a todos não pode ser uma questão meramente privada, mas sim definitavemente pública. Aquilo pelo que toda criatura anseia não pode ser nunca algo de natureza particular, senão universal. Quem quer que acredite na autenticidade dos Evangelhos (e todos os católicos estão obrigados a fazê-lo) precisa acreditar neste caráter público, universal, da Sã Doutrina da Igreja. Não fazê-lo é trair a Igreja; é ser, pelo menos já em gérmen, apóstata.

E a apostasia silenciosa sem dúvidas começou com a perda da identidade católica. Com o confinamento da Fé à esfera particular, subjetiva. Com a (estúpida) idéia de se procurar entender o ser humano desvinculado de Deus e de Cristo e – pior ainda! – de construir sociedades em cima de tão frágeis alicerces. O resultado da apostasia silenciosa é, portanto, o “ateísmo de massas” do qual se falava acima.

Porque o homem tem necessidade de Deus e a Igreja de Cristo é a resposta aos anseios últimos de todos os homens; e se o sal perde o sabor, para nada mais há de servir senão para ser lançado fora e calcado aos pés dos homens. Se a religião católica é uma questão meramente privada, subjetiva, então ela não pode responder aos anseios universais de todos os homens. Se ela não é a resposta a estes anseios, então ela para nada serve e deve ser lançada fora. E, se é falsa a Igreja – a Igreja que é a Igreja, a Igreja que estabeleceu os alicerces morais sobre os quais foi construída a virtual totalidade do mundo que conhecemos, a Igreja que foi fundada por um Homem que morreu e ressuscitou, a Igreja que existe há dois mil anos enfrentando inimigos de dentro e de fora sem mudar uma vírgula do ensinamento do qual Ela afirma ser Guardiã, a Igreja da miríade de santos e de milagres no decurso dos séculos – se é falsa a Igreja, repetimos, então são falsas todas as religiões, pois nenhuma há que se Lhe equipare ainda que minimamente. Eis a gênese do ateísmo das massas! E eis porque, desde então, o catolicismo é calcado aos pés dos homens ímpios: se ele não servir à vida pública, então ele não serve para nada. Como o sal sem sabor.

O Santo Padre sabe perfeitamente disso, e é por isso que ele insiste na importância de que os católicos vivam a sua Fé publicamente. E, portanto, cabe a todos nós fazermos o que nos pede o Vigário de Cristo. Não podemos aceitar o confinamento da Fé à esfera privada, pois isto é o mesmo que esvaziar a Fé. Importa que testemunhemos publicamente a Cristo, que vivamos como cristãos, que lutemos contra os que zombam de Deus e da Sua Santa Igreja. Importa – como pediu o Papa – viver publicamente a Fé. Este é o único remédio à apostasia silenciosa e ao conseqüente ateísmo das massas. E somente assim estaremos correspondendo fielmente à nossa vocação cristã.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

32 comentários em “Fé na esfera pública: remédio ao ateísmo das massas”

  1. Amei o artigo. Esta aí a resposta para quem disse que a gente devia voltar às catacumbas e pregar a quem quisermos. Nós é que não vamos viver a fé somente na esfera privada, vamos procurar viver publicamente a nossa fé.

  2. Realmente, é deveras alarmante e mais lamentavel que esse fenomeno ocorre por grande culpa nossa pois, qual tem sido o nosso testemunho de fé, se não buscamos nos encher de Jesus,como evangelizaremos?

  3. Antonio
    Concordo com você. Temos que procurar nos enchermos de Jesus para evangelizarmos. Penso que muitas pessoas se tornam atéias porque está cada vez mais difícil de se encontrar cristãos autênticos. Porque tem muita gente que se diz cristã sem ser de verdade. Posso estar enganada, cristãos sinceros, verdadeiros, infelizmente são poucos. A maioria se diz cristã mas apóia homossexualismo, é a favor da camisinha, e um monte de coisas que a Igreja é contra. Só para citar alguns exemplos. Tem muita gente que se diz cristã mas não procura seguir os ensinamentos de cristo. Portanto, não me admira que o ateísmo aumente.

  4. Amigos o Pastor Silas malafaia está com um abaixo-assinado contra a PL-122; assinemos, por uma questão de amor as crianças dp Brasil!
    Salva Maria!

  5. Porque o homem tem necessidade de Deus

    Fale apenas por voce, meu caro. Quem disse que um homem adulto precisa de um consolo ficticio? Um homem adulto que necessita de consolo psicológico é um fraco, uma pessoa que ainda não cresceu totalmente. Um dependente. (Ah, extensivo às fêmeas da espécie, apenas para constar)

  6. [quote]O Evangelho não tem meramente valor subjetivo – ao contrário, as Escrituras nos ensinam que ele serve a toda criatura. E o que serve a todos não pode ser uma questão meramente privada, mas sim definitavemente pública. Aquilo pelo que toda criatura anseia não pode ser nunca algo de natureza particular, senão universal.[/quote]

    desnecessário dizer que discordo. de acordo com os evangelhos, estes devem ser divulgados a toda criatura, cabendo a estas crer ou não. portanto, é algo particular, não público.

  7. Ricardo
    “Quem disse que um homem adulto precisa de um consolo ficticio? Um homem adulto que necessita de consolo psicológico é um fraco, uma pessoa que ainda não cresceu totalmente. Um dependente.”
    Consolo fictício? Só na sua cabeça mesmo. Para nós, Deus não é apenas um consolo, não. É muito mais do que um simples consolo. Você é que não entende nada, e quer dar uma de entendido. Religião para nós não é somente consolo não, a questão não é consolar, a questão é a maneira de viver. Ser cristão é uma maneira de viver e de ver o mundo. E todos nós dependemos uns dos outros, precisamos uns dos outros, quanto mais de Deus. Ou você acha que uma pessoa é capaz de viver sozinha? Até mesmo para nascer, para existir, dependemos de outras pessoas. E sempre vamos precisar dos outros, mesmo sendo adultos. Sempre seremos dependentes uns dos outros, não existe independência absoluta. O que seria de você se não fosse seus pais que cuidaram de você quando você nasceu? Você nem estaria aqui. Até os marxistas, que são tão ateus quanto você, dizem isso. Agora, se você acha que não precisa de Deus, problema seu. Tem todo o direito de não concordar. Quanto a isso, tudo bem. Se não quer acreditar em Deus nem servi-lo, tudo bem também. Se quiser debater, tudo bem também. Mas pare de criticar os outros, chamando-os de fracos, por acreditarem em Deus. Larga a mão de ser chato e preconceituoso. Já disse em outro tópico, pare de se incomodar com quem acredita em Deus e vá viver sua vida.

  8. Ricardo

    “Fale apenas por voce, meu caro. Quem disse que um homem adulto precisa de um consolo ficticio? Um homem adulto que necessita de consolo psicológico é um fraco, uma pessoa que ainda não cresceu totalmente. Um dependente. (Ah, extensivo às fêmeas da espécie, apenas para constar)”

    Quanta arrogância nas suas palavras hein Ricardo, Deus não é um consolo ficticio não Ricardo, Ele é simplesmente o nosso Pai e Criador (O seu Criador também). O que realmente não necessitamos é desse seu ateísmo nojento, arrogante e demoniaco. Me diga Ricardo, o que a “filosofia” ateísta e materialista contribuiu para libertar os drogados do vício das drogas? Os alcolotras do vício do álcool? Os homosexuais do homosexualismo? O que os sofismas ateístas já fizeram para os filhos aprenderem a respeitar os pais? Os maridos serem fiéis as suas esposas, e vice e versa, aifm de construirem uma Verdadeira Família? Para combater o egoísmo? Nada! A “filosofia” e “cosmovisão” ateísta e materialista não contribuiu e nunca contribuirá com nada de bom para a humanidade, pois ela só consegue gerar tristeza, morte, vício, egoismo e destruição.
    A verdadeira Paz só se encontra em Deus Pai Todo Poderoso Criador do Céu e da Terra.

  9. Ele é simplesmente o nosso Pai e Criador

    Uma afirmação dessas necessita de provas. Voce as tem?

    Eh, eh. Ah, há sei: etc etc

    Continuas sendo um fraco não crescido, meu caro. Uma criança que trocou apenas de cantigas de ninar, de contos de fada. Que continua a precisar de alguém maior e mais forte que ele para não parar de crescer.

    Um Peter Pan que continua na Terra do Nunca, onde nunca se fica adulto.

  10. Ricardo
    “Uma afirmação dessas necessita de provas. Voce as tem?”
    Por que não cala a boca? Você tem todo o direito de discordar sim, mas procure expressar suas opiniões com mais respeito. Pare de ofender os outros desse jeito. Quem é infantil aqui é você, meu caro. Pare de esbravejar, por que tanta agressividade? Você não respeita os outros, depois quer ser respeitado. Uma pessoa arrogante como você, que vem aqui só para dar alfinetadas, não merece meu respeito. Se você está a fim de debater, será bem vindo, desde que respeite os outros. Mas se você entra aqui para ofender os outros, é melhor cair fora. Você que é o fraco aqui, você que não cresce nunca, e fica vomitando esse seu ódio irracional contra todos aqueles que prestam culto à Deus. Quem precisa amadurecer aqui é você, meu caro. Pro seu governo, o seu ateísmo também necessita de provas, você por acaso as tem? Seu babaca,imbecil. Não precisamos provar nada a ninguém não, você é que parece estar precisando provar alguma coisa para os outros. Do contrário, não estaria aqui falando besteiras. Larga a mão de ser chato e vá procurar a sua turma.

  11. Estou com a impressão que este tópico vai virar mais uma ciranda do tipo “deus existe! Não existe! Existe! Não existe…!”

    Anyway, o tão terrível “ateísmo de massas” (ou “morosidade religiosa”, como se apresenta mais comumente) parece não ter nenhum efeito sobre a estabilidade moral ou social da civilização. De fato, a tendência é que, quanto mais desenvolvido um país ou região seja, menos “popular” se torne a religião:

    http://api.ning.com/files/EXl04yewNpcpU5PZ9r7k2L9yoSun9JSkhy3o9O3thG8b8wmQ2DPPitBpsJCaBmhYiAVsoF8xMy2srV*TRDKoUVyK93hwSWnK/MunkDebateRelgionGlobalSurveyNov2610.pdf

    http://bulevoador.haaan.com/wp-content/uploads/2011/04/Religiao_impopularidade_vs_posicao_IDH.jpg

    Em certos países da Europa Ocidental, de fato, falar de religião é tão indiscreto quanto comentar sobre a vida sexual alheia.

    No outro âmbito, países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento possuem altíssimos níveis de aceitação e expressão religiosa. O Brasil é, segundo pesquisa do Instituto Bertelsmann Stiftung, o 3o país mais religioso do planeta. Entre os mais religiosos, uma lista de países nada invejáveis: Indonésia, Marrocos, Nigéria e Guatemala.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u425463.shtml

    Por outro lado, a “qualidade da prática religiosa” parece esmorecer a cada ano (será fruto do desenvolvimento social que experimentamos na última década??). Alguns trechos interessantes da reportagem acima:

    “A pesquisa mostra que só um terço dos jovens (brasileiros) se dizem convencidos de que devem seguir os mandamentos de sua religião, ou que estão dispostos a obedecer os mandamentos religiosos”, afirmou o sociólogo Flávio Pierucci à Folha Online.

    “Primeiramente, é um traço muito moderno da juventude brasileira, que mostra ser mais moderna do que parece”, disse ele, professor titular de sociologia da FFLCH (Ciências Sociais) da USP.

    “A tendência é reduzir a religião a uma coleção de crenças”, afirma Pierucci. Para o professor, quando se reduz a religião “a uma simples adesão intelectual, começa-se a fazer misturas (de religiões)”.

    Outra coisa interessante (para não dizer irônica) foi a declaração do presidente da CNBB: “d. Raymundo Damasceno Assis, disse ontem que a ascensão social de quase 30 milhões de pessoas nos últimos anos as tornou mais “críticas”. Por conta disso, disse, a presença evangélica na população do país teria caído.” (http://www.consuladosocial.com.br/?p=97156)

    A ironia é que esta mesma citação, a da “atitude mais crítica”, é usada por estudiosos para explicar o fenômeno da “apostasia silenciosa” entre as nações desenvolvidas.

    – Cysne

  12. Ricardo

    “Uma afirmação dessa necessita de provas. Você as têm?”

    Que espécie de provas vc quer? Filosóficas? Científicas? Quais?
    Se for científicas, não há provas pois, a metafísica não é objeto de estudo das ciências. Se for filosóficas, procure por Aristóteles e São Tomás de Aquino sobre a vias racionais que levam a conclusão da existência de Deus. Vá você, no alto da sua “maturidade” (ARROGÂNCIA) tentar refutá-los com esse seu ateísmo infantil, sofismático e ridiculo.

    “Continuas sendo um fraco não crescido, meu caro. Uma criança que trocou apenas de cantigas de ninar, de contos de fada. Que continua a precisar de alguém maior e mais forte que ele para não parar de crescer.

    Um Peter Pan que continua na Terra do Nunca, onde nunca se fica adulto. ”

    Eu, fraco? Você me conhece por acaso? sabe da minha vida cotidiana? como pode me julgar um fraco? Tenho fraquesas sim, como todo ser humano, mas eu procuro lutar contra as minhas fraquezas, ao invés de me render a elas.
    Ah sim, você é um “adulto”, “maduro”, “forte” (essa eu ri rsrsrs) e bla bla bla… TU É UM PUTA DUM ARROGANTE, INFANTIL E MANÉ! VÊ SE OLHA NO ESPELHO, SEU LUNÁTICO!
    Cantigas de ninar são as suas, cantadas pelo richard dawkins e quadrilha ltda., aquelas cantiguinhas furadas (mentiradas do diabo) do carl sagan, que aqueles manés, como você, da super “interessante” gostam de publicar. Preciso sim de Deus Pai Todo Poderoso Criador do Céu e da Terra, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e, sem eles, realmente eu sou um nada e ainda bem preciso da força deles, não só eu, mas VOCÊ TAMBÉM.
    Vocês ateus, se julgam tão céticos, tão esclarecidos, amantes do livre pensamento e bla bla bla, mas só provam justamente o contrário de suas auto promoções a cada estultice que proferem.
    Não crescido é você, que prova a cada linha que escreve a sua arrogância infantil e nojenta.
    Quem tá provando ter uma sindrome de Peter Pan aqui, é você, só que espiritualmente e psicológicamente.
    É, Ricardo, tem aqueles que querem envelhecer, tem aqueles que querem crescer e Aqueles que querem Amadurecer. Pelo visto, você só preocupou em envelhecer e “crescer”, Amadurecer??? Essa não é a sua praia.

  13. Se ser adulto e forte é ser como o Ricardo, eu prefiro ser criança e fraco.

  14. Caro Jordan J. Souza,
    Não perca tempo com o Ricardo.
    O coitado é gay.
    Reze por ele. Só isso.

  15. Jordan J. Souza
    Assino embaixo tudo o que você disse. Também acho que ateísmo não é necessariamente sinônimo de amadurecimento. Esse Ricardo se acha o tal só porque é ateu. Grande coisa. Como se isso fizesse alguma diferença. A maioria dos ateus são assim, só porque são ateus acham que são mais inteligentes e mais espertos que os demais mortais, quando na verdade eles não têm nada de extraordinário, são pessoas como qualquer outra, a única diferença é que não crêem em um Deus. Não é o fato de alguém ser ateu ou crente que faz com que esse alguém amadureça. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Por isso assino embaixo o que o Ygor disse, se ser adulto e forte é ser como o Ricardo, eu prefiro ser criança e fraca. Detesto pessoas que se acham. Humildade não parece ser uma qualidade de pessoas como esse Ricardo. Fraco e infantil é esse cara, que acusa de infantilidade as pessoas só por elas pensarem diferente dele. Um completo idiota.

  16. Esse Ricardo esta a um passo de se tornar católico.
    Sem mais.

    Olegario

  17. Com certeza o ateísmo é culpa dos proprios religiosos, quem não vai virar ateu ao ver os pastores realizando exorcismo?

    Ou quando assistem aos fieis doando carros, casas e apartamentos para o “Senhor”. Existem até videos que ensinam aos pastores como arrancar dinheiro dos fieis.

    Eu mesmo era ateus ate encontrar uma religião racional o bastante para me fazer crer em Deus.

  18. “Esse Ricardo esta a um passo de se tornar católico.
    Sem mais.

    Olegario”

    Boa, Olegário.

    Digo, até, que o “fortíssimo adulto” (rs) tem duas opções: tornar-se católico ou continuar caótico.

    Voltando à empáfia do sujeito – por sinal, coisa típica de ateus “brilhantes” – o risível de tudo é ele gastar tanto tempo com os “fracos” e “infantis” que acreditam num “substituto de contos de fadas”. Daí, só resta duas explicações:

    a) ou ele é muito mais fraco e infantil dos que assim considera;

    b) ou é um coitadinho intolerante ultra incoerente, sabe-se lá até com algum distúrbio psíquico, que o faz ter uma enorme fixação por nós, por este blogue, por religião – tema que ele ama demais. Não é engraçado que o cara não larga do nosso pé? Vai gostar de “fraco” e infantil” assim lá no reino da Carochinha ateísta …

    Sério: acho que nós somos a desculpa que ele se dá para a própria mediocridade e insegurança. É um recurso bem característico de pessoas com esses problemas: tratar outras como medíocres e inseguras, para, no subconsciente, sentir-se superior, forte, adulto etc.

  19. Gustavo, há, de fato, pessoas que tornaram-se atéias devido ao comportamento de alguns crentes.

    Mas não generalize.

    Eu também já fui ateu, no caso em razão de deslumbramento infantilóide com a “deusa” ciência. Todas as baboseiras cientificistas que ainda hoje se reproduzem, como amiúde se vê em comentários neste e em outros blogues, eu os conheço de longa data e me fazem certificar-me do quanto eu padecia de tola prepotência.

    Há, também, motivações para o ateísmo em adolescentes em busca de afirmação, o que fazem contestando a ordem vigente. Nesses casos, rejeitar a fé religiosa é uma maneira de rejeitar o mundo dos adultos de então, que não é o dele, mas o dos pais dele.

    Outros são ateus por motivo ideológico-político, como ocorre especialmente com os comunistas.

  20. Cysne,

    [Voltou o avatar do Google! Fizeste alguma coisa em particular?]

    Anyway, o tão terrível “ateísmo de massas” (ou “morosidade religiosa”, como se apresenta mais comumente) parece não ter nenhum efeito sobre a estabilidade moral ou social da civilização. De fato, a tendência é que, quanto mais desenvolvido um país ou região seja, menos “popular” se torne a religião

    Não há dados para se fazer tal inferência. Este é um fenômeno exclusivamente moderno. Em nenhuma outra época da história houve semelhante correlação.

    Por outro lado, a “qualidade da prática religiosa” parece esmorecer a cada ano (será fruto do desenvolvimento social que experimentamos na última década??).

    Pois eu vejo o contrário. Ela parece esmorecer cada vez menos, a olhos vistos.

    À guisa de exemplo (não é o Brasil, mas serve para ilustrar):

    https://www.deuslovult.org//2010/02/01/vocacoes-recentes-para-a-vida-religiosa/

    A ironia é que esta mesma citação, a da “atitude mais crítica”, é usada por estudiosos para explicar o fenômeno da “apostasia silenciosa” entre as nações desenvolvidas.

    Pois é, mas vejo o mesmo que eu disse acima. O problema não é atitude crítica, e sim credulidade demais aliada à crise pela qual atravessa a Igreja – mas já estamos passando.

    Afinal, aquela famosa frase de Chesterton permanece perfeitamente válida: quando alguém deixa de acreditar em Deus, não é que ele passe a não acreditar em nada; na verdade, ele passa a acreditar em qualquer coisa…

    Abraços,
    Jorge

  21. Jorge,

    não fiz nada com o avatar! :P Simplesmente voltou!

    “Não há dados para se fazer tal inferência.” Uma simples comparação entre a religiosidade nos países mais desenvolvidos do mundo com a nos menos desenvolvidos é o suficiente para mostrar que, naqueles, ela é muito mais “pálida” que nestes.

    “Este é um fenômeno exclusivamente moderno. Em nenhuma outra época da história houve semelhante correlação.” Sim, e? A relação inversamente proporcional entre fé e desenvolvimento social é interpretada mesmo como um fenômeno moderno, e com justificativas: ora, em nenhum outro momento da história humana houve, por exemplo, o “welfare state”, responsável por avanços sociais inimagináveis em qualquer época pré-1945.

    “À guisa de exemplo (não é o Brasil, mas serve para ilustrar)…” Uma pena (ou não) que esta pesquisa se refira aos EUA, tão (ou mais) religiosos que o Brasil. O problema é que os EUA são um país socialmente falido. Os índices do IDH, um dos índices sociais mais fajutos que há, constroem mitos, e os EUA são um deles: eles não possuem sistema público de saúde (recomendo-lhe o filme “Sicko”, do gênio Michael Moore), a educação pública está falida (o filme “Wainting for Superman” ilustra bem parte do problema), possuem o maior índice de pobreza entre as nações desenvolvidas (bem como os maiores índices de assassinatos), o capital privado assume o controle de quase todos os aspectos da política do país (aconselho o documentário “The Corporation”), o extremismo religioso de direita é notório… o IDH é um dos pouquíssimos (para não dizer o único) “termômetros sociais” em que os EUA aparecem em posição privilegiada. Segundo o IDH, o Qatar, o Bahrein, a Costa Rica, o Peru, o México, o Irã (!!!) são países com “alto desenvolvimento humano” (sic!), pô!

    “quando alguém deixa de acreditar em Deus, não é que ele passe a não acreditar em nada; na verdade, ele passa a acreditar em qualquer coisa…” Como assim “qualquer coisa”? Se for em relação ao “sentido da vida”, acredito simplesmente que vou crescer, envelhecer e morrer. Depois disso, game over. E só. :)

    Abraços,
    Cysne.

  22. Cysne,

    Sim, e? A relação inversamente proporcional entre fé e desenvolvimento social é interpretada mesmo como um fenômeno moderno, e com justificativas: ora, em nenhum outro momento da história humana houve, por exemplo, o “welfare state”, responsável por avanços sociais inimagináveis em qualquer época pré-1945.

    “E” que a natureza completamente inédita do fenômeno torna impossível estabelecer correlações como as aventadas. O mundo passou por muitos períodos de avanços e retrocessos [romanos – bárbaros – império carolíngio – invasões muçulmanas – século XIII – Renascimento – Absolutismo – Revolução Francesa – et cetera] desde que é mundo. A “evolução” do século XX é somente de grau, e não de essência.

    O problema é que os EUA são um país socialmente falido.

    Isto se você considerar que saúde pública, educação pública, intervenção estatal em tudo e congêneres são o critério para determinar a vitalidade de um país. Os EUA discordam disso, há muito tempo, e estão por aí provando a tese deles.

    Como assim “qualquer coisa”?

    Coisas do tipo acreditar que Deus não existe, acreditar que a Igreja passou dois mil anos moldando o mundo ocidental e enfrentando inimigos de dentro e de fora sem retroceder um milímetro por mera casualidade, acreditar que coisas como o Milagre de Fátima são explicáveis por “histeria coletiva” (ou o que o Milagre de Calanda é uma conspiração fraudulenta), etc.

    Abraços,
    Jorge

  23. acredito simplesmente que vou crescer, envelhecer e morrer

    É disto que as “crianças” têm medo, e ficam se agarrando ao seu “papai” imaginário para que ele expulse o bicho-papão.

    Tenho pena delas…

  24. Caro Gustavo, não disse que há ateus que perderam a fé em decorrência de maus religiosos. Considero essa via uma pobreza de espírito, mas sei que ela explica alguns descrentes.

    O que discordei do seu comentário foi a generalização expressa tão convictamente:

    “Com certeza o ateísmo é culpa dos proprios religiosos”

    Note que você menciona “ateísmo” de maneira geral e nisso eu não concordei, citando meu próprio exemplo de quando era ateu.

  25. Eduardo

    Tem toda razão, me expressei mau mesmo. Essa é uma hipotese apenas e não uma regra geral.

    Outra hipótese é a dificuldade de se entender Deus, de tentar definir e explicar algo que foge a nossa capacidade limitada. Além disso, há uma certa disparidade entre o Deus citado no antigo testamento e o do novo testamento. Mas isso é apenas uma opinião pessoal minha, meu ponto de vista.

  26. Jorge,

    “A “evolução” do século XX é somente de grau, e não de essência.” Isso só a tempo pode nos dizer e, a não ser que alguém possa ver o futuro para poder concluir a verdadeira natureza dessa evolução (porque entre aspas?), não há como sustentar esta idéia.

    Anyway, não entendo o que uma coisa tem a ver com a outra. Os estudos mostram que os países mais desenvolvidos do globo estão se tornando mais “ateus”, e daí? Em quê o ineditismo histórico deste dado invalida essas pesquisas?

    “Isto se você considerar que saúde pública, educação pública, intervenção estatal em tudo…” Parei por aqui. Eu falei “welfare state”, não socialismo.
    http://en.wikipedia.org/wiki/Welfare_state
    http://en.wikipedia.org/wiki/Keynesianism

    “Os EUA discordam disso, há muito tempo, e estão por aí provando a tese deles.” Como é que eles estão provando? Ao deixar a saúde, a educação e a política caírem nas mãos do capital privado, irrestritamente? Ao cortarem os benefícios sociais e ao ignorarem o índice de miserabilidade crescente? Ao revelarem ao mundo que são o único país “desenvolvido” cuja população combate o uso das vacinas, ou cujos índices de desigualdade social rivalizam com países de “terceiro mundo” (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Gini_Coefficient_World_CIA_Report_2009.png)? Ao terem um sério movimento religioso de extrema direita, que luta até mesmo contra o ensino da evolução?

    Só porque um país tem rios de dinheiro e um exército que lhe garanta a hegemonia mundial, isso não é sinônimo, nem nunca foi, de o seu modelo está certo. Por essa mesma perspectiva, a China está chegando no mesmo estágio que os americanos, está “provando a tese dela”.

    “acreditar que a Igreja passou dois mil anos moldando o mundo ocidental” Ué, mas é inegável que a Igreja ajudou a moldar o mundo ocidental.

    “sem retroceder um milímetro por mera casualidade” A Igreja é notoriamente conservadora (reacionária, até). Mas houve certos avanços, ainda que tímidos, após o Concílio do Vaticano II.

    “acreditar que coisas como o Milagre de Fátima são explicáveis por “histeria coletiva”” Acho a histeria coletiva muito mais provável do que acreditar que o Sol dançou pelo céu sem ser visto ou noticiado em nenhum outro canto do mundo (Portugal é pequeno, mas não é tãããão isolado assim do planeta). Pior, que ele se moveu sem que, seguindo as leis da física, destruísse todo o sistema solar (afinal, as alterações na gravitação e a energia despendida por movimentos tão bruscos seriam o suficiente para exterminar qualquer forma de vida no sistema). Quanto ao Milagre de Calanda, supostamente um dos mais bem-documentados do mundo: http://skeptoid.com/episodes/4247&usg=ALkJrhjKHicsS8vk1qEYSUw1k1955usybg

    – Cysne (http://cinelupinha.blogspot.com)

  27. “A “evolução” do século XX é somente de grau, e não de essência.” Isso só a tempo pode nos dizer e, a não ser que alguém possa ver o futuro para poder concluir a verdadeira natureza dessa evolução (porque entre aspas?), não há como sustentar esta idéia.

    Eu não preciso ver o futuro. Basta olhar para o passado. O mundo já passou por incontáveis fases de evolução/declínio e, portanto, não há nenhuma “mudança” no mundo de hoje que já não tenha acontecido em outras épocas. A tecnologia de hoje é maior (grau) do que aquela da Revolução Industrial, p.ex., mas a Revolução Industrial foi um período de evolução.

    Anyway, não entendo o que uma coisa tem a ver com a outra. Os estudos mostram que os países mais desenvolvidos do globo estão se tornando mais “ateus”, e daí? Em quê o ineditismo histórico deste dado invalida essas pesquisas?

    Não invalida que os países mais desenvolvidos hoje estão se tornando mais “ateus”, é lógico. O que eu estou dizendo que não pode ser afirmado é a premissa geral: “avanço tecnológico e bem-estar geram ateísmo”, pelo fato de que as (supostas) causas já foram observadas anteriormente e o efeito não se observou – é a primeira vez que ele se observa.

    Eu falei “welfare state”, não socialismo.

    Sim, e eu citei precisamente os pontos que você criticou nos USA.

    “Os EUA discordam disso, há muito tempo, e estão por aí provando a tese deles.” Como é que eles estão provando? Ao deixar a saúde, a educação e a política caírem nas mãos do capital privado, irrestritamente? (…)

    Exatamente. Fazendo tudo isso e, mesmo assim, rivalizando com os demais países do globo.

    Só porque um país tem rios de dinheiro e um exército que lhe garanta a hegemonia mundial, isso não é sinônimo, nem nunca foi, de o seu modelo está certo.

    Os “rios de dinheiro” porventura vieram do nada? Porventura eles não redundam em benefícios para a população?

    E ninguém está falando em “estar certo” nem em “estar errado”, e sim em duas coisas: 1. o modelo americano funciona e 2. [muito mais importante, que era o ponto inicial] desenvolvimento tecnológico e bem-estar populacionais não implicam em ateísmo.

    Por essa mesma perspectiva, a China está chegando no mesmo estágio que os americanos, está “provando a tese dela”.

    Quiçá. Mas (aí sim) vai ser preciso esperar o futuro. E, de qualquer modo, não tem prejuízo algum para a tese porque ninguém está dizendo que o modelo americano é o único modelo que funciona no mundo.

    “sem retroceder um milímetro por mera casualidade” A Igreja é notoriamente conservadora (reacionária, até). Mas houve certos avanços, ainda que tímidos, após o Concílio do Vaticano II.

    Não estou falando disso, e sim na defesa intransigente de um Corpo Doutrinário ao longo dos séculos, quando por incontáveis vezes teria sido muito mais fácil (humanamente falando) simplesmente ceder.

    “acreditar que coisas como o Milagre de Fátima são explicáveis por “histeria coletiva”” Acho a histeria coletiva muito mais provável do que acreditar que o Sol dançou pelo céu sem ser visto ou noticiado em nenhum outro canto do mundo

    E quem disse que a única possibilidade do milagre é o sol se deslocando fisicamente do centro do sistema solar?

    Quanto ao Milagre de Calanda, supostamente um dos mais bem-documentados do mundo: http://skeptoid.com/episodes/4247&usg=ALkJrhjKHicsS8vk1qEYSUw1k1955usybg

    É exatamente sobre isto que estou falando: na impossibilidade de acreditarem no sobrenatural, os ateus começam a acreditar em qualquer coisa, nas explicações mais estapafúrdias e improváveis. Este link acabou de transformar o Miguel Juan Pellicer em um fraudador (sem nenhuma base para se fazer isso a não ser o próprio preconceito), bem como todas as testemunhas que afirmaram tê-lo visto sem uma das pernas ou em mentirosos ou em incompetentes que não sabem distinguir uma perna faltante de um joelho dobrado.

    Abraços,
    Jorge

  28. Ricardo diz:

    “acredito simplesmente que vou crescer, envelhecer e morrer”

    Respeito essa sua opinião por mais vazia que me pareça.

    Ricardo diz:

    “É disto que as “crianças” têm medo, e ficam se agarrando ao seu “papai” imaginário para que ele expulse o bicho-papão.

    Tenho pena delas… ”

    Quem mentiu para você? Medo? Papai imaginário? Melancia? Big Bang? Guarde sua pena para quem precisa dela.

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