Curtas

Imagem de Nossa Senhora e Missa na Forma Extraordinária em São Paulo. «Esta imagem é chamada de Imagem Sagrada, pois, estando exposta numa paróquia em Nova Orléans, verteu milagrosamente lágrimas humanas no dia 17 de julho de 1972. Investigação liderada pelo bispo de Nova Orléans concluiu não haver explicação natural para o fenômeno».

Do mesmo texto: «Em silêncio, devotamente e de olhar atento a tudo o que acontecia no altar, aqueles dois mil paulistanos suburbanos provaram-me definitivamente que a missa de São Pio V pode perfeitamente ser rezada para multidões. Embora a grande maioria dos presentes provavelmente nunca tenha assistido à missa antiga, não houve embaraços nem constrangimentos. Apenas alguns poucos presentes sabiam os momentos corretos de ajoelhar-se, levantar-se etc. e estes poucos foram suficientes para conduzir, pelo mero exemplo, a multidão a adotar a postura correta em cada parte da missa. Enganam-se, portanto, os que pensam que o Usus Antiquior é indicado apenas para pequenos grupos, de espiritualidade mais elevada».

A Virgem e a Eucaristia, como no sonho de Dom Bosco! Ambas – assim esperamos! – como um sinal de que as coisas estão melhorando. Como um prenúncio da vitória da Igreja.

Digno de menção, a propósito, o comentário sobre a Forma Extraordinária do Rito Romano. Eu sempre soube que o povo simples é perfeitamente capaz de assistir – e com muitíssimo fruto – a celebração do Santo Sacrifício segundo as rubricas anteriores à Reforma Litúrgica. São apenas os “sábios deste mundo” que, por não possuírem vida espiritual e por não entenderem as coisas de Deus, pretendem que os pobres também não a possuam ou as entendam…

* * *

Luteranos voltam à Igreja CatólicaDeo Gratias, et iterum dico, Deo Gratias! «Todos os membros da ALCC [Igreja Católica Anglo-Luterana] se farão católicos. A diferença de algumas Igrejas Anglicanas, a ALCC não tem “posturas inamovíveis” A ALCC não está interessada em absoluto em “preservar um patrimônio”. Ao contrário, trata-se de uma Igreja profundamente “romanizada”, que trabalha com todas as suas forças para “desfazer” a Reforma, porque considera que foi um trágico erro de proporções épicas, que nunca devia ter acontecido, e procura restaurar a unidade da Igreja segundo os critérios da Igreja Católica. A ALCC não pede para preservar um “patrimônio luterano”. A diferença do patrimônio anglicano, o patrimônio luterano é essencialmente teológico e, ao ter compreendido plenamente as heresias do luteranismo e ao ter aceitado a fé católica, a única coisa que pede e por que reza a ALCC é que se lhe permita “voltar para casa” e entrar na Igreja Católica, como filhos pródigos arrependidos. A única coisa que queremos é nos dissolvermos na Igreja Católica, como católicos normais».

Isto, sim, são os verdadeiros frutos do Ecumenismo: a volta dos filhos pródigos à casa paterna, o retorno das ovelhas tresmalhadas ao único redil do Senhor. Há festa nos Céus. Que, a este exemplo, sigam-se outros e mais outros em profusão.

* * *

– Enquanto isso, Lula chama de bobagem palavras de Nosso Senhor (!!). Sim, senhoras e senhores, o ex-presidente que é “católico a seu modo” abre a boca para blasfemar desta maneira. «Bobagem», disse o ex-presidente, «essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra».

E quem ainda não compreendeu que o Reino de Nosso Senhor não é deste mundo não foi capaz de chegar nem mesmo aos umbrais do Cristianismo. Passagens de uma sabedoria profunda que inspiraram grandes homens ao longo dos séculos são agora transformadas em “bobagem” por esta sumidade sapiencial que é o sr. Luiz Inácio, vergonha do Pernambuco que um dia lutou pela Fé.

O Lula quer um reino aqui e agora, aqui na Terra. Como são mesquinhos e fúteis os desejos do ex-presidente! Para quê tesouros na terra, onde as traças corroem e a ferrugem consome? Contra este materialismo infeliz – digno de pena, inclusive – do Lula, ficam as palavras de São Paulo: «Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima» (1Cor 15,19). Bom faria o Luiz Inácio se meditasse nesta passagem antes de abrir a boca para falar besteiras.

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As mentiras do filme “Ágora”. O filme não é de hoje (se não me engano, a versão brasileira veio com o nome de “Alexandria” e foi – tanto aqui quanto na Espanha – um estrondoso fracasso de bilheteria), mas talvez valha a pena se prevenir. «Não só havia cristãos nas aulas de Hipátia, não só havia bispos cristãos entre seu círculo de amigos, mas havia também teólogos cristãos – Agostinho, Ambrósio e Orígenes, só para citar os mais proeminentes –  e eles eram entusiastas defensores do neo-platonismo. Portanto, retratá-la como a campeã da nobre razão sobre os intolerantes cristãos primitivos é simplesmente ridículo».

* * *

Motivações do terrorista de Oslo são anti-cristãs. Já que o assunto é recente, é bom deixar claro que este indivíduo não tem nada a ver com a “ultra-direita fanática” no mesmo sentido em que a expressão é (pejorativamente) aplicada aos cristãos que valorizam a sua Fé. Excerto:

O terrorista teria fundado, em 2002, em Londres, junto a outros ativistas, a ordem dos Pobres Companheiros de Cristo do Templo de Salomão, inspirado nos graus Templários da Maçonaria.

Esta suposta Ordem estaria aberta “aos cristãos, cristãos-agnósticos e ateus-cristãos”, quer dizer, a todos que reconhecem a importância das raízes culturais cristãs, “mas também “das judaicas e iluministas”, assim como “das pagãs e nórdicas”, por se oporem aos verdadeiros inimigos, o Islã e a imigração.

“Longe de ser um fundamentalista cristão – esclarece Introvigne – Breivik, batizado na Igreja Luterana da Noruega, define-se um ‘cristão cultural’, cujo apelo à herança cristã tem uma função instrumental anti-islâmica.”

As igrejas, segundo o terrorista, não estão dispostas a lutar contra o Islã. Por isso, ele propõe um Grande Congresso Cristão Europeu, do qual nasça uma nova Igreja Europeia e anti-islâmica. E ameaça diretamente o Papa Bento XVI, pois “abandonou o cristianismo e os cristãos na Europa e deve ser considerado um Papa covarde, incompetente, corrupto e ilegítimo”.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

68 comentários em “Curtas”

  1. Este Eliezer não tem o que fazer, não?
    Vai dar o dinheiro para o teu pastor, oras, ou então abandone a heresia!

  2. Hipátia foi sim morta por fanáticos cristãos, como relatou o historiador grego Sócrates Escolástico em História Eclesiástica. O filósofo Damáscio também afirmou que o bispo Cirilo tinha inveja de Hipátia e ordenou seu assassinato. Senésio de Cirene também fez o mesmo relato. E a biblioteca de Alexandria não foi “queimada pro tropas de Júlio César”, como o link afirma. Foi destruída por fanáticos liderados pelo bispo Teófilo em 391 d.C. Suetônio informa que a biblioteca ia bem centenas de anos depois de César e até estava recebendo escritos do imperador Cláudio (cf. The Vanished Library, 192, Luciano Canfora).

  3. Sinésio de Cirene tinha um apreço muito grande por Hipátia, desta amizade ficaram muitas cartas, ainda hoje disponíveis. Sinésio de Cirene, cristão convertido mais tarde bispo de Ptolemaida. Não foi o cristianismo que matou Hipátia, foram os que eram contra suas palavras.

  4. “«Todos os membros da ALCC [Igreja Católica Anglo-Luterana] se farão católicos.”

    Este é o fruto do verdadeiro ecumenismo do CVII !

    Laudetur Jesus Christus !

    abraços,
    lucas

  5. Há um abismo infinito entre a relevante entrevista ao Metropolita luterano na OBLATVS e a pesquisa local e irrelevante apontada pelo comentarista protestante. Só pelo título do link, já dava para desconfiar que se tratava de mais uma desonestidade intelectual de alguém que não sabe o que é seguir a Cristo… mas pensa que sabe.

    Lamentável!

  6. Igor, o autor citado por você – Socrates Scholasticus – fala de um grupo de cristãos (incitados pelo prefeito de Alexandria, rival político de Cirilo), porém sem lhes dar conotação de fanatismo e – principalmente – sem atribuir-lhes motivação religiosa “anti-pagã”. Depreende-se de todo o seu texto que os motivos eram – sem a menor dúvida – de caráter político. Convém lembrar que o tipo de violência que vitimou Hipatia era prática corriqueira em Alexandria, inclusive e acentuadamente por grupos de pagãos CONTRA cristãos, como relatam o próprio Socrates Scholasticus e Ammianus Marcelinus (autor de Historia Augusta). Interessante que esse lado – importante – da coisa é convenientemente “esquecido” pelos advogados da versão “fanáticos cristãos assassinos”.

    Nisso tudo reside, ainda, o problema fundamental suscitado por esse filme e que reprisa a onda anti-religiosa que vem desde autores como Carl Sagan. No filme, Hipatia é retratada como atéia que defendia ser a ciência a resposta para tudo, hipótese rechaçada por muita gente boa que conheço, inclusive pesquisadores ateus. A insistência em mostrar a protagonista como astrônoma é, ao meu ver, uma clara tentativa de associá-la ao (pseudo) “mártir da ciência”, Galileu, insinuando uma proto-mártir da ciência, vítima dos “cristãos malvados, inimigos do saber cientifico”. Conquanto atribua-se a Hipatia a invenção de instrumentos astronômicos (dentre os quais o astrolábio), não há indicativo primário de qualquer atividade dela nesse sentido, senão por fontes secundárias(os autores por você citados são unânimes em tratá-la por filósofa ou matemática). De igual modo, não sobreviveu nenhum escrito filosófico dela, não podendo se extrair qualquer conclusão acerca de sua religiosidade (ou falta de). Registre-se, contudo, que os referidos autores também falam de uma filósofa neo-platônica que dava aulas até para cristãos, leigos e clérigos, donde se deduziria, por tais fontes, não haver rastro em Hipatia de ateísmo no sentido hodierno do termo, sequer da intolerância anti-religiosa dos ateus filhinhos de Dawkins, e muito menos do cientificismo atribuído no filme.

    Quanto à Biblioteca de Alexandria, lamento informar, mas há relato, sim, da destruição acidental pelas tropas de Júlio César, em 47 a.C., e já antes um incêndio a destruira em parte, em 88 a.C. Seja como for, os historiadores alegam ou uma sequência de destruição/reconstrução permeando o lapso do séc. I a.C. ao IV d.C.; ou a perda definitiva do que denominam ter sido a “Biblioteca Mãe”, restando uma espécie de filial, a “Biblioteca Filha”, junto à qual erigira-se o Serapeum. Mesmo assim, esta teria sido destruída bem antes de Teófilo, na campanha egípcia de Aureliano, em 273 d.C, ou no incêndio deflagado por Diocleciano em 298 d.C. Quanto a Teófilo, a única certeza é que ele levantou uma igreja nas ruínas do Serapeum, mas que este fosse associado a uma biblioteca carece de fontes. Rufinus, por exemplo, descreveu a destruição do templo pagão mas não mencionou o menor traço dessa biblioteca. Acrescente-se que segundo outros a Biblioteca de Alexandria foi destruída muito depois, em 641 d.C. pelos árabes. Em todos esses casos atribuem-se palavras de júbilo proferidas pelos “vilões” destruidores, sempre procurando enfatizar um fanatismo contra a cultura pagã. O fato, enfim, é que tantas versões mais a pobreza extrema de fontes tornam prudente evitar afirmações contundentes tipo “foi destruída por fanáticos liderados pelo bispo Teófilo”.

  7. Outras fontes confirmam o massacre realizado pelos fanáticos cristãos: “Numa tarde do ano 415 d.C, a ira dos cristãos abateu-se sobre Hipátia. O historiador Edward Gibbon faz esse relato: “Num dia fatal, na estação sagrada de Lent, Hipátia foi arrancada de sua carruagem, teve suas roupas rasgadas e foi arrastada nua para a igreja. Lá foi desumanamente massacrada pelas mãos de Pedro, o Leitor, e sua horda de fanáticos selvagens. A carne foi esfolada de seus ossos com ostras afiadas e seus membros, ainda palpitantes, foram atirados às chamas”.

    No século VII, o bispo João, de Nikiu, justificou o massacre de judeus e o assassinato de Hipátia, ocorridos naquele ano, alegando tratar-se de medidas necessárias para a sobrevivência e o fortalecimento da Igreja.

    Michael Parenti, no livro “O assassinato de Júlio César” (pags. 159-160) afirma: “Além disso, 20 anos depois da campanha alexandrina de César, o geógrafo grego Estrabão trabalhou em dois prédios que faziam parte da biblioteca de Alexandria: O Serapeum, que era templo e anexo da biblioteca, e o Museu, o edifício principal. Ele os descreve em detalhes, como estando perfeitamente intactos.

    O Serapeum – contendo centenas de milhares de rolos de pergaminhos e códices tratando de história, ciência natural e literatura – foi de fato destruído por uma multidão de adoradores de Cristo, chefiados pelo bispo Teófilo em 391 d.C. Era uma época em que a ascendente igreja cristã fechava as antigas academias e destruía bibliotecas e livros em todo o império como parte de sua guerra totalitária contra a cultura pagã.’A queima de livros’, observa Luciano Canfora em The Vanished Library,’foi parte do advento da imposição do cristianismo’. Como descreve Gibbon: O bispo Teófilo demoliu o templo de Serapis…A valiosa biblioteca de Alexandria foi saqueada ou destruída; e, quase 20 anos depois, o surgimento das prateleiras vazias provocava o arrependimento e a indignação de todos os espectadores cuja mente não estivesse totalmente obscurecida pelo preconceito religioso”. (Declínio e Queda do Império Romano XXVIII, 981).

  8. Falava de fontes PRIMÁRIAS, não de secundárias – melhor, ainda, terciárias, tão grande o distanciamento.

    Interessante falar de “preconceito religioso” e citar o “iluminado” Gibbons*, autor do livro citado, repleto de PRECONCEITO ANTI-RELIGIOSO, especificamente com relação ao Cristianismo. Paira uma certa hipocrisia no ar.

    Note que o seu amado Gibbons* contraria seu primeiro autor citado (você o leu mesmo????) Socrates Scholasticus deixa claríssimo a conotação exclusivamente política do assassinato de Hypatia e é este o ponto que se discute aqui. Que seus executores tenham sido nominalmente cristãos (não verdadeiros, dos que seguem o Evangelho que diz para amar o próximo como a si mesmo) não autoriza a imbecil e estúpida reivindicação ateísta de uma “guerra totalitaria contra a cultura pagã”. A propósito , poderia gostaria de saber quais as “antigas academias” e bibliotecas em todo o império destruídas pela “ascendente igreja cristã” em prol de um suposto combate ao paganismo? Lembrando que a tal ascendente igreja cristã só teria poder para imprimir tamanha destruição a partir de 313 d.C., posto que antes disso, eram perseguidos, presos, torturados e massacrados por pagãos (não fanáticos, os ‘normais’ mesmo).

    Chega a ser cômico citar Estrabão como evidência para que persistisse, à época de Teófilo, a Biblioteca Filha. Como foi dito, Estrabão viveu muuuito antes de dois grandes incêndios que comprometeram os edifícios do bairro em que se situava o Serapeum, ambos, por seu turno, anteriores a Teófilo. Para que se possa imputar a este bispo a culpa pela destruição da biblioteca – não do Serapeum – é necessário uma fonte primária que não deixe margem para qualquer interpretação que não seja o fato positivamente. Desafio qualquer “historiador” a indicar essa fonte, naturalmente acompanhado da justificativa para que seja aceita inconteste como a autêntica expressão da verdade.

    *sobre Gibbons, Diderot, D’Alembert, Voltaire e outros “historiadores iluminados”, sua falta de rigor científico é tão prosaica que nenhum historiador hodierno ousaria adotá-los como fontes num livro de história antiga. Via de regra, o preconceito anti-cristianismo era tão arraigado neles que davam crédito ilimitado a qualquer baboseira que se escrevesse, desde que desfavorável à Igreja, por exemplo a asneira sobre a inexistência de porcos na Palestina romana, sob o “argumento” de que era vedado aos judeus alimentarem-se desses animais. Assim, bradavam os “iluminados” histericamente, estaria provada a inverdade do episódio evangélico dos porcos de Gadara (Gesara). Outra bobagem típica da estupidez anti-religiosa era a alegação de que os autores neotestamentários copiaram os vedas hindus, por conta de prescrições semelhantes naqueles textos. Mas a besteira maior ainda ficaria a cargo de Gibbons, com a inacreditável alegação de que o Cristianismo foi o responsável pela decadência do Império Romano. Claro, como todo bom “historiador” eivado de preconceito contra a religião cristã, ele “esqueceu” o Império Romano do Oriente que sobreviveu à queda de Roma e floresceu nos séculos seguintes com uma cultura firmada no Cristianismo.

  9. No livro “O assassinato de Júlio César” de Michael Parenti, página 160: “Os cristãos limparam também o Museu, a biblioteca principal, nos dois séculos seguintes, de modo que na época em que foi completamente destruída por invasores islâmicos em 641 d.C. ela praticamente só abrigava escritos patrísticos. Quando o cristianismo conquistou ascendência como religião oficial as 28 bibliotecas públicas de Roma ‘como túmulos, foram fechadas para sempre’, lamenta o notável historiador pagão do século IV Amiano Marcelino. Em tempos pagãos, os romanos se jactavam de terem bibliotecas com 500 mil volumes. Mas, sob hegemonia cristã, o acesso aos livros era normalmente proibidos aos leigos (…). Pelo século VI, as maiores bibliotecas monásticas continham coleções com magros 200 ou 600 livros, predominantemente de conteúdo religioso”. (citado por J.W. Thompson, The Medieval Library, Nova York, Hafner, 1939).

    “Apesar de apresentada como um oásis de conhecimento em meio à bruta ignorância da Idade Média, a igreja cristã foi, na realidade, a principal provedora dessa ignorância. A cruzada do cristianismo para erradicar a cultura e erudição pagãs – não se voltou apenas contra a historiografia, mas foi ao ponto de suprimir a astronomia, a biologia, a matemática, a medicina, a filosofia, a literatura, o teatro, a música e a arte”. (Dana Facaros e Michael Pauls, Rome (Londres: Cadogan Books, 1989)

    Qualificar de “político” o ataque à Hipátia é se desviar do fato de que foram cristãos (liderados por um bispo) que a mataram e destruíram a biblioteca de Alexandria, como várias fontes primárias confirmam.

  10. Primeiro: NÃO. Não há VÁRIAS fontes primárias (!) confirmando o assassinato de Hypatia por cristãos e ainda por cima liderados por um bispo.

    Quando pensamos que a ESTUPIDEZ ATEÍSTA considera ao menos o que se escreveu aparece mais um espécimen achando que vai convencer na base da insistência e do uso e abuso de “fontes” – prá lá de terciárias – de autores compromentidos com uma versão supostamente histórica de uma religião malvada destruindo a cultura pagã precedente. Bando de ignorantes!

    E o que você me diz do Império Bizantino, hein? Nele, a Igreja foi a principal força e motriz de toda a civilização. Agora me diz se algum ramo do conhecimento foi suprimido em Bizâncio (aposto que seus “estoriadores” omitem descaradamente essa parte).

    Repito, enfatizo e mantenho o que escrevi: não existe UMA ÚNICA fonte primária que permita reconstituir, ainda que parcialmente, a história dos dias finais da Biblioteca de Alexandria, sem que deixe margem para dúvidas, lacunas ou contestações. Os pouquíssimos relatos que sobraram não permitem extrair qualquer conclusão definitiva e sequer pode-se atestar sua confiabilidade. Aliás, seria muito estranho os cristãos destruirem uma Biblioteca que lhes servia, também, ou você e seus “estoriadores” acham que os patrísticos estudavam O QUÊ? Inclusive, o pouco que restou de informação sobre Hypatia menciona o dado muito interessante que dentre seus discentes havia cristãos, até clérigos, até autores patrísticos.

    Agora, é sumamente desonesto e uma bela duma patifaria intelectual falar de “cristãos fizeram isso”, “cristãos fizeram aquilo”, sem que haja uma única determinação expressa ordenando que os fiéis se organizassem em turbas para atacar instituições das próprias cidades em que residiam e das quais também se serviam ou assassinar estudiosos que eram também seus mestres.

    E digo mais: não qualificar de político um ato que um dos autores por você mesmo citado faz questão de apresentá-lo como tal (novamente: você leu mesmo Socrates Scholasticus?????????????) é o que senão um mimimi ateísta imbecil que tenta a todo custo impor uma visão distorcida do passado em que a religião que detestam, embora não desgrudem dela (assunto para um bom psiquiatra), é mostrada sempre como uma vilã contra os bonzinhos (todos que não faziam parte dela). Engraçado é que quando falamos das IMBECILIDADES DE ATEUS, EM NOME DO ATEÍSMO, como os massacres perpretados por Pol Pot, dizimando os budistas e católicos do Camboja, ou de Lenin e Stalin, com seu programa de extermínio da religião, logo aparecem as pobres vítimas fazendo sabe o quê: qualificando todas esses “nobres” atos de políticos … Engraçado, né?

  11. O que você está fazendo é procustinar*: tentar adaptar (ou distorcer) as informações para “caber” em sua suposta verdade.

    Citei inúmeras fontes que não deixam dúvidas: foram os cristãos que mataram Hipátia (nem você nega isso), e foram os cristãos que destruíram a Biblioteca de Alexandria. Citando livros, autores e testemunhas. Não é uma invenção.

    Qualificar de “político” o ato não muda nada. Hipátia foi assassinada por cristãos liderados por um bispo – ponto final. Se você brada que isso é “estupidez ateísta” não tem a menor importância. Não me consta que Sócrates Escolaticus ou Senésio de Cirene fossem ateus…

    A História não se faz com verdades pré-estabelecidas.

    * Refere-se a Procusto, lendário criminoso da Ásia Menor. Ele prendia sua vítimas em uma cama e, se fossem muito grandes, cortava partes do corpo. Se fossem pequenas, as esticava até ficarem do tamanho da cama. Utiliza-se também metaforicamente em relação às pessoas que tentam adaptar os fatos para “caberem” em uma suposta verdade.

  12. Igor
    “Qualificar de “político” o ataque à Hipátia é se desviar do fato de que foram cristãos (liderados por um bispo) que a mataram e destruíram a biblioteca de Alexandria, como várias fontes primárias confirmam.”
    Até agora você não apresentou nenhuma fonte primária. Cadê as fontes primárias? Até agora, você só mostrou fontes de autores que nasceram séculos e séculos depois de Hipátia ter sido assassinada. Portanto, não são fontes primárias coisa nenhuma, e sim secundárias, terciárias. Foi você mesmo que disse que várias fontes primárias confirmam o que você diz, mostre estas fontes então.

  13. Igor
    Você afirma essas coisas, mas até agora não mostrou provas de que cristãos perseguiam pagãos. Ah sim, só por Hipátia ter sido assassinada por um grupinho, você logo conclui que todos os cristãos são maus e que tinham passado a perseguir pagãos. Os pagãos é que perseguiam os cristãos, meu caro. Essa parte da história você faz questão de esquecer, não é mesmo? Claro, para encaixar nesta tua teoria de que todos os cristãos são maus, você se esquece de que os cristãos foram perseguidos pelos pagãos e pelos judeus. Mesmo que Hipátia tenha sido assassinada por cristãos, liderados por um bispo, como você mesmo disse (o que eu duvido, porque a Igreja jamais teria canonizado um bispo que tenha cometido atrocidades), era apenas um grupo de cristãos, não todos os cristãos. E quanto ao crime ter sido cometido por fanatismo, isso é você quem diz, mas provar que é bom, nada. Você afirma que os cristãos destruíram a Biblioteca de Alexandria, mas não acha que ainda há muita controvérsia nesta história? Há relatos de que Júlio César tenha destruído acidentalmente, e que um dos incêncios da Bibliteca tenha sido provocado por César. Também há relatos que de esta biblioteca foi destruída mais tarde pelos árabes. Todas as fontes que você citou só dizem que Hipátia tinha sido assassinada, não dizem o motivo do assassinato. Como você pode então concluir que foi por fanatismo, por preconceito religioso, se as fontes que você cita não dizem nada disto? Sim, porque você afirmou que Hipátia foi assassinada por cristãos fanáticos. Tamanha a sua ignorância. Não está escrito em nenhuma destas fontes que Hipátia tinha sido assassinada em nome de Deus. Só porque ela foi supostamente assassinada por cristãos? Você acha que todos aqueles que se dizem cristãos de fato o são? E você acha que aquelas pessoas que se dizem cristãs, sem o ser, sempre usam a religião para justificar seus crimes? O ataque à Hipátia pode ter sido por outros motivos que não o fanatismo, meu caro, independentemente do ataque ter sido provocado por cristãos ou não.
    “De acordo com o relato de Sócrates, o Escolástico [7], numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.
    Segundo o mesmo historiador, tudo isto aconteceu pouco tempo depois de Orestes, prefeito da cidade, ter ordenado a execução de um monge cristão chamado Amónio, acto que enfureceu o bispo Cirilo e seus correlegionários.[8] Devido à influência política que Hipátia exercia sobre o prefeito, é bastante provável que os fiéis de Cirilo a tivessem escolhido como uma espécie de alvo de retaliação para vingar a morte do monge. Neste período em que a população de Alexandria era conhecida pelo seu caráter extremamente violento, Jorge de Laodiceia (m. 361) e Protério (m. 457), dois bispos cristãos, sofreram uma morte muito similar à de Hipátia: o primeiro foi atado a um camelo, esquartejado e os seus restos queimados; o segundo arrastado pelas ruas e atirado ao fogo. [9]
    Dito isto, a eventual relação de Cirilo com o ocorrido continua a ser motivo de alguma controvérsia entre os historiadores. Embora Sócrates e Edward Gibbon afirmem que o episódio trouxe opróbrio para a Igreja de Alexandria, não mencionam qualquer envolvimento direto do patriarca.[10]”
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia
    Viu? O envolvimento de Cirilo com o ocorrido continua sendo motivo de controvérsia entre os historiadores. E houve dois bispos cristãos que foram assassinados do mesmo modo que Hipátia. Para ver como você é desonesto, faz de tudo para sustentar a sua versão de que os cristãos malvados e fanáticos atacaram os pobrezinhos dos pagãos, mas e os cristãos, não foram atacados também? Não foram mortos também? Se cristãos mataram Hipátia é uma coisa, agora se Cirilo mandou matar, é outra história. Duvido que ele tenha mandado matar. E lá vem você com a historia de que Hipátia tinha sido assassinada em nome de Deus. Só na sua cabeça mesmo.
    E aposto que você não leu isto:
    “«Não só havia cristãos nas aulas de Hipátia, não só havia bispos cristãos entre seu círculo de amigos, mas havia também teólogos cristãos – Agostinho, Ambrósio e Orígenes, só para citar os mais proeminentes – e eles eram entusiastas defensores do neo-platonismo. Portanto, retratá-la como a campeã da nobre razão sobre os intolerantes cristãos primitivos é simplesmente ridículo».”
    Nossa, realmente TODOS os VERDADEIROS cristãos odiavam Hipátia, não é? Veja quantos cristãos CONSCIENTES participavam das aulas de Hipátia. Vocês ateus gostam de generalizar todos os “religiosos” num saco só e assim fica mais fácil ridicularizá-los. Errado. Você gostaria que eu lhe dissesse que todo ateu é imoral? Todo ateu é stalinista? Todo ateu é assassino? Não. Assim como existem falsos cristãos que agem errado (não seguem os preceitos cristãos) tem ateus que, independente de seu sistema de negação de Deus, são toscos e imorais.
    “O filósofo Damáscio também afirmou que o bispo Cirilo tinha inveja de Hipátia e ordenou seu assassinato.”
    Damáscio era um filósofo pagão, seus escritos são anti-cristãos, ele escreveu cerca de um século depois do ocorrido, eu é que não vou dar crédito ao que ele fala.

  14. 1. “Apesar de apresentada como um oásis de conhecimento em meio à bruta ignorância da Idade Média, a igreja cristã foi, na realidade, a principal provedora dessa ignorância. A cruzada do cristianismo para erradicar a cultura e erudição pagãs – não se voltou apenas contra a historiografia, mas foi ao ponto de suprimir a astronomia, a biologia, a matemática, a medicina, a filosofia, a literatura, o teatro, a música e a arte”. (Dana Facaros e Michael Pauls, Rome (Londres: Cadogan Books, 1989)
    Por favor, preciso urgente que me esclareçam algo sobre o texto acima, sobre tudo peço ajuda de meus amigos Eduardo Araújo e a Cristiane Pinto, gostariam me tirassem as seguintes dúvidas:

    1º) não se voltou apenas contra a historiografia, mas foi ao ponto de suprimir a astronomia: que astronomia? a de Ptolomeu que tinha a terra o centro do universo?, teoria amplamente aceita até mesmo entre os pagão?

    2º) a biologia, a matemática: se não me engano toda e qualquer construção, que os engenheiros que me digam, precisa da matemática para realizar os cálculos de engenharia para daí efetuar a construção, como então a civilização européia poderia ter construídos grandes castelos, muralhas e catedrais se a famigerada Igreja Católica acabou com toda e qualquer vestígio da matemática antiga o qual eram aplicados nas grandes construções da antiguidade, como as pirâmides do Egisto por exemplo, e mais, quando Alcuíno de York a pedido de Carlos Magno começou a implantar escolas pela Europa, entre as matérias lecionadas estavam a aritmética e a geometria, da aonde Alcuino de York e todos aqueles que se empenharam em implantar estas escolas iriam tirar conhecimentos de aritmética e geometria já que a famigerada Igreja Católica suprimiu todo o conhecimento matemático da antiguidade?

    3º) a medicina, a filosofia, a literatura, o teatro, a música e a arte: como a Igreja suprimiu a filosofia vindas dos pagãos se a própria Igreja utilizou da filosofia grega, que Santo Agostinho como neo-platônico que o diga, para melhor explicar suas doutrinas e ensinamentos?, fora o direito Romano, a utilização do teatro (sacro é claro, pois não teria cabimento a Igreja apresentar teatros com encenações de ensinamentos pagãos), a utilização da medicina e por aí afora.

    Por favor meus amigos, me esclareçam isto, pois estou muito confuso depois das citações do Livro de Dana Facaros e Michael Pauls. Obrigado Pela atenção e tenham uma boa tarde.

  15. “A História não se faz com verdades pré-estabelecidas.”

    Mas não é irônico que justamente você, que me joga essa frase, é que vem aqui, na base da insistência, da citação SELETIVA de autores claramente preconceituosos com relação ao Cristianismo*, com a “verdade” pré-estabelecida de que os cristãos teriam destruído a cultura antiga?

    Você é cômico, como são cômicos os autores que você cita – todos anacrônicos e repletos de whiggismo (sabe o que é isso, “estoriador”?). E ainda fala de arrumação de fatos para compor uma versão, como se não fosse isso exatamente o que você e os adeptos da teoria da igreja malvada contra a cultura fazem. Até agora, você FUGIU como um rato das questões que levantei e que são, sim, imprescindíveis numa análise imparcial do passado. Os seus autores não tocam uma vírgula no “problema” bizantino, não é mesmo? Aposto que também escondem descaradamente o ressurgimento da filosofia grega na Europa Ocidental com os escolásticos e as escolas catedrais, que dariam origem às universidades, onde se discutiam abertamente (ao contrário do que “estoriadores” imbecis dizem) assuntos que iam da filosofia à astronomia. Ué, mas a Igreja malvada não era inimiga da ciência?

    Quando me refiro à

  16. (continuando, devido ao texto ter saído truncado)

    (Quando me refiro à) imbecilidade ateísta, faço questão de frisar o costume de vocês de erigir um tribunal anacrônico de enésima categoria para condenar a religião por um suposto (quase sempre forjado) passado. Aí, aparece vocÊ querendo me dar aulas de História e de metodologia em História, enfiando pelo ralo os mandamentos da boa história analítica, começando pela contextualização.

    Mais: não pensei em Socrates Scholasticus, muito menos Senésio, como autores ateus. Só mesmo uma leitura tacanha, pré-condicionada, para enxergar isso. Mencionei o fato de que nenhum deles atribui motivação religiosa ao assassinato de Hypatia. S.Scholasticus é incisivo em apontar as raízes políticas do crime e não sou eu, mas esse autor que explicita o caráter não religioso da morte violenta da filósofa. Da próxima vez que vier cantando de galo com sua EStória de ateu bonzinho versus cristão malvado pelo menos verifique melhor os autores que traz como fontes.

    A Cristiane tocou num ponto fundamental: o da generalização. Nem adianta você me acusar de distorcer a história, porque eu já sou vacinado com os costumes leninistas de sua laia (“acuse-os do que você faz”). São estoriadores como vocês que se um sujeito batizado comete um monte de crimes, referenciam o fato como “cristão” comete um monte de crimes. Quando citamos ateus que imprimiram massacres horrendos EM NOME DO ATEÍSMO, aí sobram de vocês “justificativa” de que a motivação teria sido política e que nós não podemos generalizar. É com essa balança viciada de peso único que você vem nos julgar de arrumar e distorcer fatos para beneficiar “nossa verdade”?

  17. Não fosse o cristianismo, não haveria o ocidente e ponto: democracia, separação entre estado e igreja, universidades, artes, filosofia, teologia, hospitais, nada disso existiria sem o cristianismo (e, claro, sem a Igreja Católica). Os bárbaros tudo teriam destruído não fossem monges e monjas copistas da Idade Média. A filosofia grega não teria resistido a séculos de esquecimento. Afirmar que é o contrário, que a Igreja dificultou tudo isso, é de uma obtusidade sem tamanho.

    Ah, e citar autores americanos e ingleses fazendo-os passar por fonte primária, fala sério!!!

  18. Releiam o que escrevi. Citei sim fontes primárias: Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene, contemporâneos de Hipátia. Sinésio inclusive foi aluno de Hipátia.

    Cada um interpreta a História como quiser. Mas só existe UMA verdade. Tudo o que escrevi foi embasado em FATOS, em livros e citando as fontes. Os livros estão à disposição para quem quiser conferir. Não é simplesmente um “achismo”.

    Se quiserem contestar, que citem livros,autores, fontes e deem a bibliografia. Do contrário, fica apenas sendo um protesto raivoso contra “mentiras”.

    Repito: a História não se faz com verdades pré-estabelecidas. Nem com gritaria.

  19. Igor
    “Cada um interpreta a História como quiser. Mas só existe UMA verdade.”
    Ninguém disse o contrário, quando foi que alguém disse o contrário aqui? Quem está distorcendo os fatos aqui é você, não somos nós não.
    “Não é simplesmente um “achismo”.
    Dizer que Hipátia foi assassinada por cristãos fanáticos, ou seja, em outras palavras, atribuir motivação religiosa ao assassinato de Hipátia é achismo sim, meu caro. Não adianta negar, não adianta sair pela tangente agora, foi isso que você disse sim. Você apenas mostrou fontes de autores que afirmam que Hipátia foi assassinada por cristãos. Mas nenhum destes autores afirma que o crime foi por motivações religiosas. Ao contrário, foi por motivações políticas. Agora, você afirmou sim que o assassinato de Hipática foi por motivações religosas. Já que foi você que afirmou isso, cabe a você o ônus da prova. Prove o que você disse. Traga fontes que confirmam isso que você disse, do assassinato de Hipátia ter sido por motivos religiosos. Isto é, se estas fontes realmente existirem, não é?
    “Se quiserem contestar, que citem livros,autores, fontes e deem a bibliografia. Do contrário, fica apenas sendo um protesto raivoso contra “mentiras”.”
    Eu citei uma fonte lá em cima, é só olhar. E se quiser mais uma fonte, aqui vai mais uma sobre a Biblioteca de Alexandria, que confirma algumas coisas que eu disse lá em cima, e que o Eduardo Araújo já tinha dito também:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Alexandria
    Neste link confirma tudo o que falei lá em cima sobre a Biblioteca.

  20. Igor Tavares,

    Fiz o que você disse. Reli o que você escreveu e tive o trabalho de “copiar e colar” suas fontes abaixo.

    -(cf. The Vanished Library, 192, Luciano Canfora).
    -Edward Gibbon…(Declínio e Queda do Império Romano XXVIII, 981).
    -Michael Parenti, no livro “O assassinato de Júlio César” (pags. 159-160…
    -(citado por J.W. Thompson, The Medieval Library, Nova York, Hafner, 1939).
    -(Dana Facaros e Michael Pauls, Rome (Londres: Cadogan Books, 1989).

    Quais destas são fontes primárias ou, pelo menos, secundárias? O fato de haver frases soltas de Sócrates Escolasticus (por exemplo) em algumas destas fontes por acaso as tornam primárias? Se você disser que sim, eu vou concluir que qualquer romance deve ser levado a sério, o que equivale a perder o juízo!!! Ora, o que você está fazendo se compara com alguém que quer saber do seu passado mas só consulta os seus inimigos. Aí como esse alguém vai poder realmente ter uma ideia razoável da sua conduta? A que se consultar os inimigos, os amigos e os neutros que te conhecem para se ter condições mínimas para te avaliar (e mesmo assim podem ocorrer injustiças).

    Retirei mais duas frases suas para usá-las contra você.

    “A História não se faz com verdades pré-estabelecidas”.

    É exatamente o que você devia compreender. Concluir algo como fato, baseado em fontes tendenciosas é pré-estabelecer algo como verdade quando este algo pode ser falso.

    “Cada um interpreta a História como quiser. Mas só existe UMA verdade.”

    De fato, somos livres para escolher muitas coisas. Eu respeito suas convicções por isso, mas não venha aqui querendo nos “vendê-las” como se fossem UMA verdade, pois não são. E eu não estou gritando para concluir isto. Foi suficiente observar que você, além de se limitar a fontes terciárias e fortemente parciais, não foi capaz de refutar quaisquer argumentos do Eduardo Araújo. Antes, apenas insiste que suas convicções são verdadeiras. Assim, suas afirmações não passam de mera opinião.

  21. Igor Tavares says:

    2 August 2011 at 7:41 pm

    Releiam o que escrevi. Citei sim fontes primárias: Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene, contemporâneos de Hipátia. Sinésio inclusive foi aluno de Hipátia.

    Muito bom

    Sócrates escolásticos afirma que foi um crime político.

    Sinésio de Cirene, convertido católico, bispo católico, talvez seja melhor um ateu não se firmar nas palavras de um homem assim tão honesto.

    E estas foram as tais fontes primárias.

  22. Pois é, Sidnei, todas as perguntas que você nos fez já desmentem tudo o que as citações do Livro de Dana Facaros e Michael Pauls dizem. A respostas, creio eu, está nas próprias perguntas que você fez. Esta citação com certeza é mentirosa. O Igor deve ter tirado de um livrinho tendencioso qualquer. Basta olhar para a realidade dos fatos. Se a Igreja realmente suprimiu a matemática antiga, então como houve a construção de tantos castelos, catedrais? Do nada? Se a Igreja realmente suprimiu a filosofia vinda dos pagãos, então como ela utilizou a filosofia grega, para explicar suas doutrinas e ensinamentos? Eu faço pedagogia, e meu professor de história disse que a Igreja preservou conhecimentos de povos antigos, dos tempos pagãos. E olha que meu curso é marxista. Abraços.

  23. Então, tá, vamos falar sobre “fontes”, senhor Igor.

    Michael Parenti, autor de “O assassinato de Júlio César”.

    Cientista político, não historiador, ele faz precisamente aquilo de que você nos acusa: arruma os fatos e os distorce para corroborar sua FARSA de uma Igreja Cristã inimiga da ciência e da cultura.

    Ao falar da destruição da Biblioteca de Alexandria, Michael Parenti simples, cínica e descaradamente evita qualquer menção à Biblioteca Mãe, a que teve seu acervo comprometido com o incêndio provocado acidentalmente pelas tropas de Julio César.

    Como um perfeito pilantra intelectual ele usa do argumento de que o Serapeum e o Museu eram anexos da Biblioteca e cita Estrabão, sem dizer que este referia-se à Biblioteca Filha.

    Sabe o nome disso, senhor Igor? PICARETAGEM. Pode ficar melindrado com a caixa alta (gritos?), a mesma que você também usa. Ocorre que seu amado cientista político se meteu a escrever um livro de história versando sobre Júlio César, que foi assassinado em 44 a.C., ou seja, ao quarenta e quatro ANTES DE CRISTO. Destaco esse pormenor porque o cientista político quase não passa uma página do seu livro sem investir contra o Cristinanismo, que na INTERPRETAÇÃO dele lançou o mundo na ignorância.

    A picaretagem de Parenti vai longe. Ele despreza todos os historiadores que analisam a decadência de Roma – e, assim, do mundo pagão – no seu devido contexto, o que não pode dispensar a importante participação das hordas bárbaras nesse processso. Mas o que faz Parenti? Limita-se a dizer que a análise que leva em conta as invasões bárbaras não é correta, pois seria um artifício de autores cristãos para livrar o Cristianismo da “culpa” pela destruição da cultura pagã! E baseado EM QUÊ o picareta afirma isso, hein, senhor Igor?? Vou lhe dizer: em coisíssima alguma, senão o seu imenso preconceito contra tudo que é cristão. Não é à toa que Parenti dá voz e vez definitivas a Gibbons, que nada mais fez senão lançar uma interpretação forjada do declínio de Roma, de modo a culpar o Cristianismo.

    Nesse aspecto, vale dizer, Michael Parenti aproxima-se – embora caricaturalmente – de Robin Lane Fox e de John Man, para quem as fontes cristãs não são críveis porque cristãs. Tão honesto esse pessoal …

    Concedendo crédito apenas a um dos lados – no caso o dos oponentes do Cristianismo – fica bem fácil arrumar e distorcer a favor de uma versão, não acha, senhor Igor?

    Diante disso, soam risíveis suas frases de efeito, tão bonitinhas, pena que “soi dissant”:

    “A história não se faz com verdades pré-estabelecidas”

    “Cada um interpreta a história como quiser. Mas só existe UMA verdade”

    O senhor devia avisar isso para Parenti e seus outros adorados estoriadores, como o casal autor de guias turísticos Michael Pauls e Dana Facaros. Veja bem: não é preciso ser formado em história para escrever bem sobre o passado – Eduardo Bueno que o diga. Mas pulula no mundo editorial uma corja de picaretas, verdadeiros vigaristas intelectuais, que promovem SUAS verdades, estas não passando de interpretações preconceituosas baseadas em distorções e arrumações de relatos de autores antigos.

    Não é porque um sujeito escreve um livro pretensamente de história, inclusive citando autores antigos e argumentando com “fatos” e alegando estar sendo objetivo que torna sua obra um inquestionável trabalho historiográfico. Bem antes de Parenti vieram Michael Bagenti, Henry Lincoln, Richard Leigh, Lynn Picknet, Dan Brown, Erich von Daniken etc. Todos da mesma laia e grau de patifaria.

  24. Obrigado Cristine, fiz estas questões mesmo em tom de ironias, pois como você disse, as respostas já se encontram em minhas próprias perguntas.

  25. É, Sidnei, eu percebi que eram em tons de ironia, e respondi para deixar claro que concordo plenamente com você. Pessoas como esse Igor não sabem o que falam.

  26. Percebe-se que vocês não leram os livros que citei e desconhecem completamente o processo histórico. E que também não sabem interpretar textos.

    As fontes, bibliografias, citações, estão todas aí. O que vocês tentam é interpretar os fragmentos que citei de acordo com suas conveniências e mitos pré-estabelecidos.

    A Historiografia considera fontes primárias todos os escritos contemporâneos aos fatos que narra, exatamente como aqueles que eu citei. Basta ler com cuidado. Questionar essas fontes do modo que fizeram é agir de má-fé, ainda mais não tendo o conhecimento necessário como vocês demonstram não ter.

    Ninguém citou outros livros ou autores para contradizer.

    Para quem ainda tem dúvidas, basta procurar as citações originais. Estão todas lá…

    Amiano Marcelino, História de Roma – século II d.C.

    Suetônio, Claudio, 42.5

    Lúcio Aneu Floro, Compêndio de História Romana

    Socrates Scholasticus, Historia ecclesiastica.

    Para finalizar: LEIAM um livro antes de questioná-lo.
    Do contrário, é apenas histerismo.

  27. Igor
    “As fontes, bibliografias, citações, estão todas aí. O que vocês tentam é interpretar os fragmentos que citei de acordo com suas conveniências e mitos pré-estabelecidos. ”
    Quem está interpretando segundo suas conveniências e mitos pré-estabelecidos é você mesmo. Você nos acusa do que você mesmo faz. Deve ter aprendido com Lênin.
    “A Historiografia considera fontes primárias todos os escritos contemporâneos aos fatos que narra, exatamente como aqueles que eu citei.”
    Você não citou fonte primária coisa nenhuma. Nenhum destes autores são contemporâneos aos fatos que narram, muito pelo contrário. São todos livros do século dezoito em diante, e você quer apresentar como fontes primárias? Faça-me o favor! São livros de autores de séculos e séculos após o fato ocorrido, não são livros da época em que Hipátia foi assassinada ou em que a Biblioteca de Alexandria foi destruída. Como você fala besteira.
    “Questionar essas fontes do modo que fizeram é agir de má-fé, ainda mais não tendo o conhecimento necessário como vocês demonstram não ter.”
    Quem está agindo de má fé aqui é você, que insiste em apresentar como fontes primárias livros do século dezoito em diante. Nós temos muito mais conhecimentos sobre a história da Igreja do que você. Você é que quer cantar de galo e saber mais sobre a Igreja do que nós.
    “Releiam o que escrevi. Citei sim fontes primárias: Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene, contemporâneos de Hipátia. Sinésio inclusive foi aluno de Hipátia.”
    Pelo jeito você se faz de burro. Você apenas mencionou estes autores, apenas citou, mostrou apenas frases soltas deles. O que você fez foi uma citação de citação, ou seja, pegou apenas um trecho da obra destes autores, sem ter acesso direto a elas, por meio de segunda fonte. Você não apresentou os escritos dos próprios Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene. O que você mostrou foram livros de autores que citaram Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene, mas não apresentou os escritos destes autores, entendeu agora? Eu li novamente o que você escreveu, e não vi os escritos destes autores, e sim o que outros autores escreveram sobre eles. Não adianta vir mostrar como fontes primárias os livros destes autores ingleses que nem existiam na época do assassinato de Hipátia. E outra, você até agora não refutou nada do que O Eduardo Araújo disse, nem refutou nada não apenas eu, como o Eduardo também falou sobre a Biblioteca de Alexandria. Só fica batendo na mesma tecla, insistindo que as fontes que você mostrou são primárias, quando na verdade não são.
    “Para finalizar: LEIAM um livro antes de questioná-lo.
    Do contrário, é apenas histerismo.”
    Histérico aqui é você, que insiste nos enfiar goela abaixo que tudo o que está escrito nos livros destes autores ingleses, inimigos da Igreja (e por isto mesmo são suspeitos) são verdades absolutas. Quem está com mimimi aqui é você, meu caro. E você não conseguiu refutar nada do que dissemos até agora. E ainda estou esperando você vir com as provas do que afirmou lá em cima, de que Hipátia foi assassinada por motivos religiosos, por fanatismo. Cadê as provas? Estou esperando. Até agora, você não refutou nada do que eu disse. E depois os histéricos somos nós… Faz-me rir…

  28. Igor Tavares
    “Ninguém citou outros livros ou autores para contradizer.”
    Eu mostrei fontes que contradizem o que você diz sobre a Biblioteca de Alexandria,é só olhar lá em cima.
    “Para quem ainda tem dúvidas, basta procurar as citações originais. Estão todas lá…”
    Não, não estão. Estão citações de autores ingleses, não há nenhum escrito dos autores contemporâneos de Hipátia. Você não mostrou os originais de Sócrates Escolasticus e Sinésio de Cirene, você mostrou foi autores que falaram sobre eles, e que mostraram citações soltas deles. O fato de haver frases soltas de Sócrates Escolasticus (por exemplo) em algumas destas fontes por acaso as tornam primárias? E você não refutou nada do que dissemos, apenas tenta apresentar obras destes autores ingleses como fontes primárias, quando na verdade não são. Da próxima vez, apresente uma obra do próprio Sócrates Escolásticos e de do próprio Sinésio de Cirene, apresenta o que eles realmente escreveram, textos deles mesmos, não de outros autores. Aí sim, serão realmente fontes primárias. Não me venha de novo com textos de outros autores que citam Sócrates Escolásticus e Sinésio de Cirene, traga obras deles mesmos. E da próxima vez, tente ao menos refutar tudo o que dissemos aqui, em vez de ficar batendo na mesma tecla sempre, e insistindo que as fontes que você apresentou são primárias. Não são coisa nenhuma.
    “Percebe-se que vocês não leram os livros que citei e desconhecem completamente o processo histórico. E que também não sabem interpretar textos.”
    Quem não sabe interpretar textos é você. Deve estar com algum problema sério. Você é que desconhece o processo histórico, ou não quer ver que tudo o que está escritos neste livro que você apresentou não tem nada a ver com a realidade. Você devia apresentar livros de historiadores sérios. Mas você foi apresentar Dana Facaros e Michael Pauls, que nem são historiadores de verdade. Como pôde apresentar livros de guias turísticos? Faz-me rir! E você quer que eu acredite nas baboseiras que eles escreveram, só para citar um exemplo?
    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://facarospauls.com/&ei=EGs5Tt_HNIf40gHS6rTvAw&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CB8Q7gEwAA&prev=/search%3Fq%3DDana%2BFacaros%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26hs%3DOSe%26sa%3DG%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26channel%3Ds%26biw%3D1680%26bih%3D830%26prmd%3Divnso
    Olha as besteiras deste livro:
    1. “Apesar de apresentada como um oásis de conhecimento em meio à bruta ignorância da Idade Média, a igreja cristã foi, na realidade, a principal provedora dessa ignorância. A cruzada do cristianismo para erradicar a cultura e erudição pagãs – não se voltou apenas contra a historiografia, mas foi ao ponto de suprimir a astronomia, a biologia, a matemática, a medicina, a filosofia, a literatura, o teatro, a música e a arte”. (Dana Facaros e Michael Pauls, Rome (Londres: Cadogan Books, 1989)

  29. E vou mostrar novamente a você, senhor Igor, as perguntas feitas pelo Sidney lá atrás, e que você nem se deu ao trabalho de refutar:
    “1º) não se voltou apenas contra a historiografia, mas foi ao ponto de suprimir a astronomia: que astronomia? a de Ptolomeu que tinha a terra o centro do universo?, teoria amplamente aceita até mesmo entre os pagão?

    2º) a biologia, a matemática: se não me engano toda e qualquer construção, que os engenheiros que me digam, precisa da matemática para realizar os cálculos de engenharia para daí efetuar a construção, como então a civilização européia poderia ter construídos grandes castelos, muralhas e catedrais se a famigerada Igreja Católica acabou com toda e qualquer vestígio da matemática antiga o qual eram aplicados nas grandes construções da antiguidade, como as pirâmides do Egisto por exemplo, e mais, quando Alcuíno de York a pedido de Carlos Magno começou a implantar escolas pela Europa, entre as matérias lecionadas estavam a aritmética e a geometria, da aonde Alcuino de York e todos aqueles que se empenharam em implantar estas escolas iriam tirar conhecimentos de aritmética e geometria já que a famigerada Igreja Católica suprimiu todo o conhecimento matemático da antiguidade?

    3º) a medicina, a filosofia, a literatura, o teatro, a música e a arte: como a Igreja suprimiu a filosofia vindas dos pagãos se a própria Igreja utilizou da filosofia grega, que Santo Agostinho como neo-platônico que o diga, para melhor explicar suas doutrinas e ensinamentos?, fora o direito Romano, a utilização do teatro (sacro é claro, pois não teria cabimento a Igreja apresentar teatros com encenações de ensinamentos pagãos), a utilização da medicina e por aí afora.”
    Como o senhor explica isto, senhor Igor Tavares? Como é que vai responder estas perguntas? Se a Igreja suprimiu todo tipo de conhecimento, como o senhor explica tudo isto? Eu tenho sim, obras que afirmam o contrário, que a Igreja não suprimiu o conhecimento coisa nenhuma, e também tenho obras que refutam todas as mentiras que ensinam sobre a Igreja:
    Igreja Católica: Construtora da Civilização – Thomas E. Woods.
    – A Inquisição em Seu Mundo, de João Bernardino Gonzaga
    A Filosofia na Idade Média – Etienne Gilson
    Luz sobre a Idade Média – Régine Pernoud
    E se quiser saber mais, tem outros livros aos quais ainda não tive acesso, mas que já citaram neste blog:
    O Outono da Idade Média, de Huizinga
    Uma História Que Não é Contada – Tomas E. Woods
    História da Igreja de Cristo (10 vols.) – Daniel Rops
    Os Intelectuais na Idade Média, Para um Novo Conceito da Idade Média – Jacques le Goff.
    Idade Média: O Que Não nos Ensinaram – Regine Pernoud
    Dê uma olhada nestes livros, quero ver se consegue refutá-los. Isso só para mostrar como estes guias turísticos, que na verdade são estoriadorezinhos de meia-tigela, têm muito conhecimento de história. Só para se ter uma idéia das fontes que você consulta.

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