O reino dos papa-bostas

Durante muito tempo as pessoas souberam a diferença entre o início e o fim do sistema digestório humano. Desde tempos imemoriais as crianças aprendiam – na escola e no dia-a-dia – que uma coisa era a comida que elas botavam para dentro e, outra coisa, os dejetos que elas botavam para fora. Em hipótese alguma era permitido confundir essas duas coisas.

Também desdes tempos imemoriais, contudo, alguns indivíduos pareciam não se adaptar àquele exigente estilo de vida. Sempre houve aquelas pessoas que, por razões quaisquer, desenvolviam uma compulsão por ingerir os próprios dejetos ou os de outras pessoas. O hábito, nojento e repugnante, sempre foi repudiado com veemência pela sociedade. Ser papa-bosta era um sinal de infâmia e de vergonha, e os que padeciam de tão estranho prazer queriam se libertar dele mais do que qualquer outra coisa no mundo. Havia também, contudo, aqueles que não conseguiam se libertar de seus hábitos alimentares; estes, comiam fezes somente às escondidas, às escuras, sozinhos, como quem comete uma espécie de crime do qual as demais pessoas não podem tomar ciência.

Um dia isso mudou. Não se sabe bem por qual motivo, um dia os papa-bostas cismaram que tinham o direito de comer bosta mesmo e ai de quem não gostasse. Pior: todos tinham que gostar. Disseram que tinham direito de escolher o que comiam, que a boca era deles mesmo e, nela, eles colocavam o que melhor entendessem. Disseram que com isso não estavam fazendo mal a ninguém, e era um absurdo injustificável que, em pleno século XXI, os degustadores de detritos (o primeiro dos nomes pomposos que se auto-atribuíram) fossem discriminados.

As pessoas normais reagiram com estranheza. Como alguém poderia se orgulhar de ser um papa-bosta?! No entanto, toleraram. Pensavam: “eles que comam a bosta deles para lá!”. Não sabiam, no entanto, que eles queriam muito mais do que isso.

Por serem olhados com estranheza, passaram a dizer que eram vítimas de preconceito e de tratamento desumano pelo simples fato de terem gostos alimentícios diferenciados. Passaram a combater com virulência a comidanormatividade alimentícia! E mais: a injustiça era ainda mais gritante porque o gosto por fezes, como é óbvio, não era uma escolha e sim uma condição. A pessoa nascia gostando (ou não) de comer detritos! Não era justo discriminar uma pessoa por aquilo que ela é: mulher, negro ou papa-bosta… Aliás, este termo passou a ser rapidamente considerado ofensivo e indigno de uma sociedade civilizada. Os degustadores de detritos, agora, queriam ser chamados escatófagos.

Muitos reagiram: “Sim, é verdade que cada um come o que quiser, mas eu não quero passar pela experiência desagradável de estar num restaurante e ver alguém comendo bosta na mesa ao lado, nem quero que meu filho adquira estes hábitos por conviver com gente assim”. Os papa-bostas urraram: escatofagofobia! Escatofagofobia! O termo (recém-cunhado) designava, segundo os seus inventores, o ódio irracional pelas pessoas que, ao fim e a cabo, gostavam de comer bosta. Era inadmissível que os seus gostos alimentares fossem considerados inferiores aos dos demais. Era intolerável existir alguém que não tolerasse um escatófago.

Rapidamente, jurisprudências em favor dos papa-bostas foram estabelecidas. Se alguém entrasse em um estabelecimento qualquer comendo bosta e fosse maltratado, o dono do estabelecimento era punido. A escatofagofobia, argumentavam os papa-bostas, matava centenas de milhares de escatófagos por ano. Se um pai descobria que a babá contratada por ele para tomar conta do seu filho era papa-bosta, e a demitia, os tribunais o condenavam a pagar pesadas indenizações. Ninguém podia nem mesmo recusar-se a contratar um candidato para um emprego pelo fato dele ser um papa-bosta. Os hábitos alimentares, diziam, não influenciavam nada na capacidade de exercer a sua função. O resto era puro preconceito.

As pessoas ficaram perplexas, mas pouco fizeram. Os papa-bostas passaram a se organizar em grandes manifestações de ruas, chamadas paradas, onde as pessoas lambuzavam-se publicamente com as fezes umas das outras. Faziam uma grande festa, atraíam muitas pessoas, dançavam e bebiam e papavam bosta e diziam que isso era tudo muito natural. Reivindicavam a criminalização da escatofagofobia, i.e., que nenhum papa-bosta fosse tratado como um ser humano inferior. Que fossem presos os que pensassem diferente.

Grupos mais conservadores rapidamente começaram a dizer que isto era errado. Os papa-bostas reagiram chamando-os de escroques fundamentalistas e retrógrados, escatofagofóbicos calhordas, dizendo que a única base que eles possuíam para dizer que era errado degustar detritos era um livro velho escrito há milhares de anos que continha um monte de proibições absurdas que, hoje, não eram levadas a sério por ninguém. A violência da reação foi tão grande que os conservadores, no primeiro momento, se retraíram. Os papa-bostas comemoram publicamente.

Foi iniciada uma campanha de inclusão cidadã da escatofagia. Nas escolas, as crianças eram apresentadas a materiais educativos que diziam ser normal comer fezes. A experiência escatofágica era estimulada. Os papa-bostas eram apresentados como pessoas de bem, modelos famosas, executivos de sucesso, bons pais de família, excelentes cidadãos. A figura da mãe obrigando o filho a comer verduras era pintada como se fosse o supra-sumo da opressão alimentar, uma violência sem precedentes e que não podia ser tolerada. Psicólogos renomados subscreviam esta tese. Um escatófago – diziam – não ia deixar de sentir vontade de comer fezes porque sua mãe lhe forçara a comer verduras. Ao contrário, o que ele devia fazer era se assumir, sair do banheiro e ser feliz.

Os conservadores, percebendo as dimensões que a loucura estava tomando, resolveram se manifestar. Mas a tropa dos papa-bostas já tinha tomado grande parte das estruturas de poder social, da imprensa aos órgãos de governo. Quando um conservador dizia que comer bosta fazia mal, rapidamente diziam que isto era puro preconceito dele. Quando ele mostrava a maior incidência de infecções intestinais em pessoas que tinham o hábito de comer bosta, os escatófagos rapidamente diziam que isto era justamente devido ao preconceito social que os papa-bostas sofriam – que os forçava a praticarem a escatofagia em ambientes e condições pouco adequados. Quando um conservador dizia que a boca foi feita para alimentar o corpo, os papa-bostas o ridicularizavam dizendo que as pessoas já há muito comiam para ter prazer, e não somente para se nutrir. Ousaram dizer que era anti-natural comer bosta, só para ouvirem os escatófagos listarem as inúmeras ocorrências de animais que comiam as próprias fezes, provando assim que a escatofagia era, na verdade, uma exigência da natureza.

No fim, foram vencidos. Humilhados impiedosamente, foram se tornando cada vez mais odiados pelas novas gerações. Muitos se renderam aos “novos tempos” e passaram até mesmo a gostar dos papa-bostas. De vez em quando, para não serem olhados com muita estranheza, aceitavam participar de uma degustação fecal. Outros tantos foram presos por escatofagofobia, e não se sabe ao certo o que aconteceu com eles. Alguns outros simplesmente foram embora, buscando algum rincão do mundo onde pudessem simplesmente se estabelecer e viver em paz; onde pudessem educar os seus filhos ensinando-lhes que é errado comer bosta, da forma como eles próprios foram ensinados. A verdade é que, no fim, quase nenhuma voz dissidente restou. E eles deixaram para trás um mundo sem preconceitos: onde ninguém era tratado como um inferior por gostar de comer detritos. Deixaram para trás um mundo moderno e civilizado, de ruas fétidas, pessoas de mau hálito e doentes. E todos se julgavam felizes por terem conseguido dar mais este importante passo na erradicação do preconceito da humanidade.

Este texto é de ficção.
Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

143 comentários em “O reino dos papa-bostas”

  1. Execelente!! Bela parábola!! Parabéns Jorge, pela forma inteligente de tecer a respeito desse assunto.

  2. Gustavo, como assim a Bíblia não fala a respeito do comportamento dos “papa-bosta”??? Estudar a Bíblia de vez em quando faz bem para a saúde…

  3. “Só uma dúvida. Nos retiros e peregrinações de que participei, em nenhum serviram bosta, agora estão servindo?”

    Não sei, Jorge.

    Quem entende desse assunto é voce.

  4. Excelente, Jorge! Se me permite, vou divulgar. Quem sabe dividimos as custas. rsrsrsrs…

    Abraço!

    Non Nise Te!

  5. Texto de extremo mau gosto… começando pelo preconceito estampado já na metáfora inacreditavelmente inadequada que foi feita. Então vocês realmente acham que um ser humano que é “diferente” de alguma forma deve ser comparado a um papa bosta e evitado pelos “normais” da sociedade? Ser homossexual, por exemplo, faz de alguém um ser inferior? Porque, de acordo com o meu entendimento, é essa a mensagem que o texto passa… é triste ver pessoas escrevendo tais coisas e ainda aqueles as que elogiam… prefiro imaginar que no íntimo vocês não gostaram disso de verdade e que se elogiaram foi por já estarem cegos.. pode ter certeza que muitos homossexuais fazem coisas grandiosas e levam uma vida muito mais valorosa do que muitos “bons-cristãos” que às vezes só sabem criticar os outros do alto de sua hipocrisia.. sinceramente, eu temo que na visão de vocês um homossexual que pratica a solidariedade e ama o próximo em nome de sua própria consciência e virtude valha menos do que um católico ferrenho que tortura e mata em nome de sua fé injustificada (qualquer semelhança com a “santa” inquisição é mera coincidência). Não sou ateia, não sou homossexual, nem estou enquadrada em nenhum dos tantos grupos ferrenhamente condenados pela igreja católica. Portanto, não é por uma questão pessoal que estou escrevendo esse comentário, mas sim pela esperança de que algum de vocês possa refletir sobre isso utilizando a própria razão e não continue apenas acreditando e defendendo um falso valor que foi há muito tempo injustamente incrustado na maioria de vocês quando ainda nem tinham capacidade crítica. Afinal, se deus realmente existe, estaria ele realmente preocupado se uma pessoa “come bosta” ou não? Não teria ele razões maiores para se preocupar? Não seria a felicidade geral, a paz, a aceitação e o bom convívio entre os homens o seu objetivo final? Não iria ele desejar a felicidade de cada um de nós, independentemente se a nossa forma de sermos plenos e verdadeiros com nós mesmos fosse por meio da ingestão de verdura ou de bosta??? Afinal, não foi ele que nos fez da maneira que somos????

  6. Gustavo,

    “Olegario

    Tu já imaginou que chato um mundo em que todos concordassem em tudo? Temos mais que descordar e defender nossa maneira de pensar.”

    Concordo.
    Em termos.
    Há controvérsias…

    Discordar de algo é possivel e justo.
    Tolerar já é mais difícel.
    E há que se pensar que existem certas coisas elementares nessas vida meu caro Gustavo.
    Comer bosta deveria ser repugnate para todos.
    Abraços.

    Olegas.

  7. Boa !!

    Provavelmente, haverá uma luta com os coprofágicos, ou pelo
    menos terão que pagas royalties.

    NÃO TENHAM a curiosidade de entrar na página da Wikipédia
    sobre o assunto.

    Antevejo uma disputa no Supremo:

    Coprofágicos x Escatofágicos !

  8. Qq hora a sociedade brasileira dos urinoterápicos vai tomar partido sobre condutas escatofóbicas e pressionar para que sejam feitos projetos de lei pro-escatofágicos ,etc kkkkkkkkk
    Vão sair do banheiro,kkkkkkkkkkkkkkkkk

  9. Ana Maria

    Qual o problema em comparar alguém a um ‘papa-bosta’? Você é muito preconceituosa com os papa-bostas. Por que comparar alguém a eles é deletério? Só se VOCÊ considerá-los inferior!

  10. ana maria says. Você agora quer fazer uma apologia dos papa-bostas e a base de argumentos infantis e colocações imprecisas, quando diz que muitos são bons, afirma que não são todos bons, quando diz que muitos católicos/cristãos são ruins é porque não são todos que são, agora eu não vejo a Igreja ensinando ninguém a ter preconceito ela só não abre mão da verdade, coisa que você desconhece, pois para você verdade é ser feliz, se realizar, mesmo fazendo aquilo que é contrário a sua própria natureza. Se todos os cristãos seguissem o cristianismo como ele é seriam bem melhores concordo mas se todos os “papa-bostas” procurassem serem fieis aquilo que são verdaderamente, esta discussão nem aconteceria. Agora o que não pode é todo mundo ter que concordar que é normal uma atitude somente porque você ou qualquer um quer. Minha filha você fala de razão mas age com emoção, se gosta tanto da razão use-a e será bem melhor. Não concordo com o texto, mas ele simplesmente expressa a revolta de alguém que quer ser ouvido de alguma forma, isto porque esta prestes a acontecer de todos começarem a comerem bosta.

  11. Ana Maria
    ” prefiro imaginar que no íntimo vocês não gostaram disso de verdade e que se elogiaram foi por já estarem cegos.. pode ter certeza que muitos homossexuais fazem coisas grandiosas e levam uma vida muito mais valorosa do que muitos “bons-cristãos” que às vezes só sabem criticar os outros do alto de sua hipocrisia..”
    Sim, realmente, fazem coisas grandiosas, como forçar a maioria da população, que tem consciência judaico-cristã, a aceitar o homossexualismo como algo normal e bonito. E calar a voz daqueles que discordam do homossexualismo. Retirar outdoors com trechos bíblicos, que trazem mensagens contra o homossexualismo, que eles consideram ofensivas e homofóbicas. Tachar de fundamentalistas aqueles que não concordam com este comportamento. Acusar aqueles que não concordam com o homossexualismo de assassinos em série (como se todos aqueles que não concordam fosse necessariamente assassinar homossexuais). É isso que está escrito neste texto, caso a senhora não tenha entendido e não tenha interpretado direito. Só a senhora não vê que há uma ideologia gayzista por trás disso tudo. Eles não são nenhum exemplo de tolerância não, minha senhora. Caso a senhora tenha esquecido, lembra-se do que fizeram na parada gay. Aquilo é tolerância? Aquilo por acaso é respeito? Quem quer respeito, deve no mínimo respeitar. E antes que venha com mimimi, não reclamo dos homossexuais, pelo menos não da maioria deles, nada tenho contra os homossexuais. Sou conta o homossexualismo, não contra os homossexuais. Não sou obrigada a concordar nem a aceitar o homossexualismo como algo normal. Reclamo de uma minoria de militantes gays, que acham que representam os homossexuais, mas não representam. Hipócritas são os ativistas gays, e hipócrita é a senhora.
    “sinceramente, eu temo que na visão de vocês um homossexual que pratica a solidariedade e ama o próximo em nome de sua própria consciência e virtude valha menos do que um católico ferrenho que tortura e mata em nome de sua fé injustificada (qualquer semelhança com a “santa” inquisição é mera coincidência).”
    Vá estudar sobre a Inquisição, sua ignorante. A inquisição não foi nada daquilo que está na sua imaginação, não. Não fale daquilo que não sabe. Aposto que nunca fez um estudo sério sobre a Inquisição, só sabe o que estudou no ensino médio, só sabe de ouvir falar. Para sua informação, a Inquisição é santa mesmo. Tanto que os acusados de algum crime preferiam ser julgados pela inquisição do que pelo braço secular. Por que será? E pro seu governo, a nossa fé é muito mais justificada do que sua defesa ferrenha do homossexualismo. Se quiser debater, temos muitos argumentos conta o homossexualismo. Nós temos boas razões para não concordar, nós pelo menos procuramos explicar porque somos contra, já vocês, favoráveis ao homossexualismo, nunca apresentam argumentos válidos que possam nos convencer do contrário.
    “Portanto, não é por uma questão pessoal que estou escrevendo esse comentário, mas sim pela esperança de que algum de vocês possa refletir sobre isso utilizando a própria razão e não continue apenas acreditando e defendendo um falso valor que foi há muito tempo injustamente incrustado na maioria de vocês quando ainda nem tinham capacidade crítica.”
    Capacidade crítica nós temos, filha. Você é que não tem nenhuma. Nós argumentamos com base na razão sim, dê uma olhada nos comentários dos textos anteriores, referentes ao homossexualismo. Nós argumentamos com base na razão, e você argumenta com base em sentimentalismo.
    “Afinal, se deus realmente existe, estaria ele realmente preocupado se uma pessoa “come bosta” ou não? Não teria ele razões maiores para se preocupar? Não seria a felicidade geral, a paz, a aceitação e o bom convívio entre os homens o seu objetivo final? Não iria ele desejar a felicidade de cada um de nós, independentemente se a nossa forma de sermos plenos e verdadeiros com nós mesmos fosse por meio da ingestão de verdura ou de bosta??? Afinal, não foi ele que nos fez da maneira que somos????”
    Deus é contra o homossexualismo, filha. Deus não aprova o homossexualismo em hipótese alguma. Você diz que não é atéia, mas se refere a Deus em inicial minúscula, e contesta a existência dele? Que é isto? Desconfio de que é atéia, sim, se ainda não é, será… O Deus ursinho-carinhoso só existe em sua cabeça, querida. Deus é bom, é amoroso, mas ele é PAI, não é VOVÔ, que fica passando a mão na cabeça dos netinhos quando estes estão chorando por terem levado surra dos pais. Deus nos ama, por isso quer que a gente se corrija. Quem ama corrige, filha, caso você não sabia. Amar não é passar a mão na cabeça, ser conivente com os erros, não. Deus fez os homossexuais, mas isto não quer dizer que ele é a favor do homossexualismo, não. Deixe de falar besteira, vai.

  12. Para Jorge Ferraz e Ana Maria: O mau gosto salvará o mundo? Ou Dostoievski disse outra coisa?

  13. Jorge, texto sensacional!
    É até engraçado ver tais cidadãos como a Ana Maria apelando para os velhos jargões contra a Igreja Católica.
    Querem “discutir”, mas sem argumentos, sem fundamentação, apelando para um sentimentalismo barato.
    Parabéns!
    Um abraço desde o Sul.

  14. Ana Maria

    Para os católicos a Inquisição foi algo bom e justo. Nenhum inocente foi machucado e o que nos ensinam no colégio é uma conspiração contra a Igreja.

    Alexandre M.

    O modo como o Jorge escolheu transmitir seu ponto de vista só vai agradar aos católicos mais radicais, qualquer pessoa sensata vai achar o texto de mau gosto mesmo.

  15. Gustavo
    “Ana Maria

    Para os católicos a Inquisição foi algo bom e justo. Nenhum inocente foi machucado e o que nos ensinam no colégio é uma conspiração contra a Igreja.”
    Não é bem assim não, senhor Gustavo. Você precisa estudar mais sobre a Inquisição. Ninguém aqui disse que não houve injustiça. Apenas que não foi bem aquilo que os colégios e universidades ensinam hoje em dia. Muita coisa é mentira sim, mas nem tudo é mentira. O fato é que distorceram tudo. Muitas coisas inventaram sim, conspiraram contra a Igreja sim. Espalharam mentiras porque queriam tirar o poder da Igreja. Mas em nenhum momento nós dissemos que não houve injustiça. Houve erros, afinal, a Inquisição era um tribunal humano como qualquer outro. Houve erros sim, mas não foi exatamente aquela matança que falam, não. E quem errou não foi a Igreja, e sim alguns membros dela. Caso você não saiba, sempre houve sacerdotes mal-intencionados, que traíram a Igreja. Mas a Inquisição em si mesma não era ruim, não. Procure estudar antes de falar besteira. Aqui está o download de um livro que trata da Inquisição, mas da verdadeira história mesmo, não do que ensinam nas escolas e universidades:
    http://www.saopiov.org/2009/08/inquisicao-em-seu-mundo-prof-joao_16.html
    Este livro é insuspeito, que eu saiba, o autor do livro NÃO É católico. Dê uma boa estudada, sem ódio, e depois venha falar com a gente, se quiser debater sobre isso.
    “O modo como o Jorge escolheu transmitir seu ponto de vista só vai agradar aos católicos mais radicais, qualquer pessoa sensata vai achar o texto de mau gosto mesmo.”
    Caso você não tenha entendido, senhor Gustavo, o Jorge só quis expressar nossa revolta. E ele não comparou TODOS os homossexuais a papa-bostas, e sim aos militantes gays. Para mim, militantes-gays são papa-bostas mesmo, porque só falam besteira, e só fazem bosta mesmo, entendeu? Porque eles não são nenhum exemplo de tolerância, não toleram quem discorda deles, fazem de tudo para calar a boca de quem não concorda com o homossexualismo, mesmo que nunca tenha xingado ou humilhado um homossexual. E depois vem gente defendê-los, como um certo senhor Gustavo, não é mesmo? Pessoa sensata, senhor Gustavo, não faz o que estes militantes gayzistas fizeram, não. Quanto à Inquisição, estude primeiro, para depois falar do assunto. Você não é nenhum estudioso de história, nunca estudou seriamente sobre a Inquisição, só sabe o que te ensinaram no ensino médio, portanto, melhor seria ter ficado calado. Estude primeiro, depois vem discutir sobre o assunto.

  16. Comparação muito fora da realidade e absurda. Se foi feita para impactar, provocar, até pode ser entendida. Mas o fato mostrado é por si mesmo tão degenerado que nem mesmo o maior defensor do homossexualismo se daria ao direito de defender um papa bostas. Este texto que veladamente e/ou propsitadamente alude a questão da dita homofobia, contribui e muito para o acirramento da causa oposta. Revela incompreensão por aspectos da psicologia humana que não se vinculam a atitudes animalizadas. Como comer capim. Se voce ver alguém comendo capim como um ingenuo bode, terá pena e mandará internar. Até um homossexual faria isto Jorge. Sem dúvida. Mas sentimentos internos, tendencias indesejadas, que surgem de um hora pra outra, que muitas vezes são rejeitadas, lamentadas, que causam dor e sofrimento e causam medo pela vergonha e a decepção que podem causar na família, nos amigos… não pode ser comparada nem de longe como esta anomalia. Tudo bem, voce se coloca contra a apologia gay. Da´pra entender. Mas há também as pessoas gays. E há cristãos gays. E gays castos. E se ter esta tendencia for a mesma coisa absurda e monstruosa de consumir detritos então nada se compreende da natureza humana. Do espinho na carne que São Paulo fala. E da força heroica e da ajuda da graça que deve ter quem precisa arrancar um braço ou perder um olho para não perder a vida eterna. Seu texto em nada contribui para enfrentar a apologia gayzista. Pelo contrario. Talvez sem querer tenha ferido muitas pessoas. Gostaria que repensasse o texto sob outro aspecto. Amor à verdade mas na caridade e soubesse separar bem apologia gay das pessoas; mesmos destas pessoas envolvidas nesta apologia, nesta digamos militância para fazer o homossexualismo passar por norma. Até porque são pessoas e não papa bostas. São seres humanos que não perderam a razão, e ainda mais. Entre estes há os que sofrem e carregam uma cruz que só quem carrega é capaz de saber o peso. Elas e Deus e ninguém mais. Estas pessoas merecem de todos nós nossas orações. Nossa caridade. Não perderam o juízo. Não se tornaram animais ou monstros. Ainda são gente de carne e osso, como eu e você.

  17. Gente, eu não entendo, vocês estão querendo dizer para a gente criticar com palavras doces? Nunca vi ninguém criticar com palavras doces. O que é caridade para vocês, usar palavras doces apenas e deixar de dizer a verdade? Isto está longe de ser caridade. Caridade só existe quando a verdade é dita. Cristo não usou palavras doces para criticar os fariseus. Cristo os chamou de sepulcros caiados e de raças de víboras, lembram-se? Vocês vão querer criticar Cristo por dizer isto aos fariseus? Então porque não podemos comparar os militantes gayzistas de papa-bostas? Eles só fazem bosta mesmo, não respeitam ninguém. Foi feita esta comparação apenas para causar impacto. O Jorge poderia tê-los comparado a raças de víboras, que também seria verdadeiro. E ninguém aqui criticou gays cristãos, gays castos, e sim gays que defendem o homossexualismo com unhas e dentes, que acham isso bonito e que querem forçar o restante da população a aceitar o homossexualismo como algo normal e natural. Sabemos que esta tendência deve causar dor e sofrimento aos homossexuais, mas é exatamente por isso que criticamos os gayzistas, eles em nada ajudam os homossexuais que querem se libertar desta tendência. Existem homossexuais cristãos que querem, por livre e espontânia vontade, sem pressão de ninguém, abandonar esta tendência, mas vocês acham que os militantes gays vão deixar? Se eles criticam as psicólogas que ajudam os homossexuais a deixar desta tendência… Se querem impedir estas mesmas psicólogas de clinicar… Sabemos que homossexuais são gente de carne e osso, mas às vezes é preciso dizer palavras duras para que as pessoas acordem. Eu mesma dou cabeçada, e muitas vezes só palavras duras para fazer com que eu aprenda. Não creio que o Jorge tenha tido a intenção de ofender ninguém.

  18. Horas, não vi nenhuma ofensa desse texto a aqueles que tendo atração por pessoa do mesmo sexo, ditas, homossexuais, mas, que guardam a castidade, porém, este texto teve que ser bem jocoso mesmo, para chamar atenção o quanto é repugnante a relação anal, sendo ela tanto entre dois homens como entre um homem e uma mulher, pois tal relação é tão repugnante quanto a alimentação de bosta, tanto um quanto outro quase se equivalem, e isto pode dizer que quem pratica tal ato, ou até defende, já perdeu a razão a muito tempo, pois somente pessoas sem razão alguma pode defender ou praticar tais atos, e como diz um velho ditado: “Louco só é quem rasga dinheiro ou come fezes”, dá para ver que o mundo hoje está chegando as raias da loucura, e até parece estranho, mas um texto deste seria mais um alerta, mais uma chamada de atenção, por amor e caridade para as pessoas que realizam tais praticas, para saírem deste lixo, desta escravidão deste vício em que se encontram estas pessoas para serem realmente filhos de DEUS, pois ao contrário de alguém que disse que DEUS não se interessa quem come bosta ou não, fique sabendo que DEUS interessa sim, pois ELE quer que nós sejamos sadios, de corpo e de mente, e não pessoas desajustadas que saem atrás de qualquer coisa, pois ELE sabe que se não fizermos as escolhas certas, nós é que sairemos machucados e até destruídos, não só na alma, como no corpo, vejam o que diz um outro ditado: “DEUS perdoa sempre, o ser humano quase sempre, mas a natureza nunca”, ou seja, quem ofender a natureza, pode deixar que ela vai dar o troco, e este troco vai ser bem dolorido, lembre quantas doenças são causadas por pessoas terem relações sexuais fora dos planos de DEUS, mas como há muitas pessoas “espertas”, “inteligentes”, “com alto grau e instrução”, achando tudo isto uma bobagem e que tudo vale, vão então, continuem com estes pensamentos, praticando ou incentivando a outros praticarem, mas, quando a corda arrebentar, não venham reclamar.

  19. Nossa, que mente doente. Você escreve muito bem, Jorge. Entretanto, é lamentável perceber suas prioridades: simbolismos, formalidades, a alínea do inciso do parágrafo do artigo do Cânon tal, com o qual talvez muitos papas nem gostariam de ter concordado. A mensagem de Cristo, que tudo originou e deveria ser preservada a todo custo (essa sim, que não passa e não muda nunca) parece secundarizada.
    Sabe o que parece, às vezes? Os doutores da lei, a exemplo de Saulo, antes de virar São Paulo, perseguidores ferrenhos dos defensores das idéias de Cristo, tudo em nome da lei de Moisés, dos templos, etc. Que Deus os ilumine.

  20. Sabe quem postou este vídeo, senhor Gustavo? Um protestante! Dê uma olhada no canal de quem postou o vídeo, é um protestante. E abaixo tem vários comentários de protestantes. Ora, um protestante é inimigo da Igreja, senhor Gustavo. Protestante tem ódio da Igreja Católica. Você está cansado de saber que a Igreja tem muitos inimigos, que não hesitam em lançar calúnias contra a Igreja. Vídeo postado por protestante não merece nenhuma credibilidade, não. Eu te mostro um livro insuspeito, considerado O MELHOR livro sobre a Inquisição na língua portuguesa, e você vem me mostrar um vídeo de inimigos da Igreja? Veja bem: O MELHOR livro sobre a inquisição na língua portuguesa, e aposto que você certamente nem se deu ao trabalho de fazer o download para ler. Faça-me o favor! E você vai confiar no que qualquer canalzinho de televisão diz? Não quero saber de qualquer vídeozinho, não. Quero fontes históricas, quero livros, meu caro. Historiadores sérios desmentem o que vem sido ensinado há séculos.
    O que se diz da Inquisição, grosso modo, são lendas caluniosas inventadas pelos inimigos da Fé.
    Se a Inquisição cometeu erros? Mesmo sem examinar qualquer documento, eu teria que responder que sim. Pois qual é o Tribunal humano que não erra?
    Será que os Tribunais do Brasil jamais cometeram erros?
    É óbvio que a Igreja não pode aprovar qualquer erro praticado pela Inquisição, ou por qualquer ser humano.
    Mais. Quando os reis absolutos procuraram usar a Inquisição com fins políticos, a Igreja condenou esses processos. Foi, por exemplo, o que ocorreu na Espanha e em Portugal, a Igreja sendo obrigada a tomar medidas contra a Inquisição do rei da Espanha.
    a Igreja –e através da Inquisição — foi a primeira instituição a não reconhecer como válidas as confissões obtidas sob tortura.
    No livro La Vera Storia dell Inquisizione de Rino Camilleri (Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001) se pode ler: “Onde mais se escurece o negrume da lenda [sobre a Inquisição] é quanto à tortura. Também aqui, porém a inquisição revela uma insuspeitada modernidade. Antes de tudo, deve ser dito que a tortura — como meio de interrogatório e também como pena — era usada normalmente na justiça do antigo regime. O primeiro monarca a abolir a tortura foi, de fato, Luis XVI, no fim do século XVIII” (Rino Camilleri,.La Vera Storia dell ´Inquisizione, Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001, pp. 45-46).

    E ainda:

    “As fontes [históricas] demonstram muito claramente que a Inquisição recorria à tortura muito raramente. O especialista Bartolomé Benassa, que se ocupou da Inquisição mais dura, a espanhola, fala de um uso da tortura “relativamente pouco frequente e geralmente moderado, era o recurso à pena capital, excepcional depois do ano 1500”. O fato é que os inquisidores não acreditavam na eficácia da tortura. Os manuais para inquisidores convidavam a que se desconfiasse dela, porque os fracos, sob tortura, confessariam qualquer coisa, e nela os “duros” teriam persistido facilmente. Ora, porque quem resistia à tortura sem confessar era automaticamente solto, vai de si que como meio de prova a tortura era pouco útil. Não só. A confissão obtida sob tortura devia ser confirmada por escrito pelo imputado posteriormente, sem tortura (somente assim as eventuais admissões de culpa podiam ser levadas a juízo). (Rino Camilleri,.La Vera Storia dell ´Inquisizione, Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001, p.p. 46-47).
    A maneira como o assunto foi tratado nestes vídeos não me surpreendeu. Nada se disse a respeito da heresia ser um mal que leva os fiéis a ofenderem a Deus porque passam a negar as verdades que Ele revelou e confiou à Igreja; não se disse que a heresia leva os fiéis a se afastarem dos sacramentos instituídos por Jesus Cristo, nem que ela os leva a se desligarem dos legítimos Pastores (o Papa e os Bispos) e a abandonarem a Única Igreja, fora da qual não há salvação. Portanto, a heresia é um mal que prejudica a nossa alma e compromete a nossa salvação eterna. Também não se disse que a Igreja, como mãe, tinha e tem o dever de defender seus filhos do mal, não só pregando a doutrina certa, mas ainda denunciando, atacando as heresias e (quando possível) impedindo os hereges de propagarem ensinamentos errados. Pelo contrário, os quatro programas da série televisiva traziam a idéia de que a Igreja prendeu, torturou e matou pessoas cujo único crime era pensarem de forma diferente dela. E que tudo isso não tinha outra finalidade senão assegurar o poder sobre o povo através do terror. Não é nada de novo, é sempre a mesma coisa que vivem dizendo, repetindo que nem um papagaio.

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