Os novos bárbaros e os crucifixos

Não sei por qual motivo os símbolos religiosos nas repartições públicas voltaram à pauta do dia. A recente sanha “isenta” e “tolerante” do Sakamoto exige que eles sejam lançados às fogueiras, denunciando um atraso de 120 anos e aludindo ao dogma da irreligião moderna para reivindicar o exílio imediato dos crucifixos dos prédios públicos.

Eu não sei se o pior é o non sequitur argumentativo (como bem apontou um amigo, algo que pertence às raízes históricas de um povo e não fere a dignidade humana deve, sim, ser preservado) ou a hipocrisia de fazer exatamente aquilo que critica (afinal, o que é a retirada de crucifixos senão exatamente «[a]s decisões de Estado serem tomadas por meia dúzia de iluminados»?!). Em todo caso, o artigo todo é pura fanfarronice vazia, que não traz um único dado novo ao debate: limita-se a i) pontificar os próprios dogmas; ii) insinuar que manter um crucifixo em um tribunal é a mesma coisa que escravizar um negro; iii) tomar partido justamente pelas paredes atéias vazias que meia dúzia de gatos-pingados pretensamente iluminados querem impôr à população brasileira majoritariamente católica; e iv) pretender ensinar o Padre-Nosso ao vigário (ou, no caso, exegese bíblica à Igreja Católica). E mais nada.

Eu creio já ter dito algures: no dia em que os ateus conseguirem construir alguma civilização que preste, eles que ostentem por lá as suas paredes vazias, suas estradas de concreto e suas bolas de golfe perdidas. Esta civilização aqui, contudo, foi construída pela Igreja Católica. Este país aqui é a Terra de Santa Cruz. Este mundo no qual vivemos é o que é graças ao Cristianismo; ou, nas iluminadas palavras recentes do Santo Padre, este mundo nasce «do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma». É simplesmente inaceitável entregar o mundo aos bárbaros da nova religião sem Deus; Dawkins et caterva que infartem, mas isto não tem o menor cabimento.

Aliás, é uma histeria anacrônica: os intolerantes já perderam. Em março deste ano, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos já emitiu um parecer favorável à exibição de crucifixos nas escolas italianas (ver também a intervenção favorável de um judeu numa audiência sobre o assunto). E ele fez isso porque a decisão anterior foi recebida assim: simplemente multiplicaram-se os crucifixos por todas as cidades italianas! Os únicos que se incomodam com os crucifixos nos prédios públicos são os prosélitos do ateísmo. Ora, quais são as decisões unilaterais tomadas por meia dúzia de iluminados aqui? São as que mantêm as cruzes nos lugares que lhes pertencem por direito, ou são as dos bárbaros que as querem mandar arrancar?

Com a queda do Império Romano e as posteriores invasões bárbaras, a Europa foi lançada nas trevas. E, então, a Igreja Católica conseguiu preservar a ordem e construir, dos escombros de Roma, a civilização ocidental. Novos bárbaros (de cujas idéias o Sakamoto et caterva são os arautos) se lançam novamente – em hordas avassaladoras – sobre o mundo e o querem destruir; os bárbaros modernos vestem-se e discursam bem, têm o apoio dos meios de comunicação em massa e pretensamente falam em nome da civilização e do progresso.

Na verdade, os bárbaros modernos são muito piores do que os primeiros, e nos fazem lembrar aquela passagem bíblica sobre o demônio que, uma vez expulso, volta com sete outros demônios ainda piores para devastar a casa de onde saiu (cf. Mt 12, 43ss). A batalha é, portanto, difícil; mas a vitória pertence ao Senhor dos Exércitos, e a civilização e o bom senso vencerão uma vez mais a barbárie e a intolerância. Temos certeza de que as portas do Inferno não prevalecerão. A Igreja vencerá – mais uma vez. Porque os cartuxos estão certos, e stat crux, não importa o quanto volvitur orbis.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

112 comentários em “Os novos bárbaros e os crucifixos”

  1. Cristiane….Nós evangélicos(falo pela maioria) não somos contra a cruz não…e aliás a bancada evangélica juntamente com a católica…luta para que não se tirem os símbolos religiosos(quaisquer deles)….dos locais públicos.O fato de eu ter somente Cristo como intercessor não me dar o direito de desrespeitar a religião dos outros….(Não entrarei neste assunto da intercessão)
    Sou a favor sim!!!! de qualquer expressão pública de fé!!!!!!!!!!!!!!!!porém não dar para aceitar a “deusa” em frente ao STF e quererem tirar CRISTO de lá…Não!!!!!Se for pra tirar que tirem tudo!!!!Mas com certeza não irão tirar!!!!Isso é só balela!!!!é um direito constitucional nosso!!!!!!!!! expressar a nossa fé onde quisermos !!!!!Seja no âmbito público ou privado!!!!!Porém Senhora Cristiane!!!!Vc falou das minorias!!!nisso eu concordo!!!!até hoje eu não vi nehuma minoria reclamando dos crucifixos…a não serem os ateus!!!!!Bom!!!!!!!!Não tem nem graça debater este assunto,pois já falei aqui que os nossos opositores terão que derrubar o Cristo redentor primeiro!!!!!E terão que descristianizar uma nação cristã!!!!Algo impossível!!!!Por isso eu nem me preocupo!!!!!!

  2. Senhor Paulo Roberto
    “Você já viu alguém ser devoto da deusa Thêmis? A qual religião ela pertence mesmo?”
    O que tem uma coisa a ver com outra? Quer dizer que o senhor protesta contra os crucifixos só porque eles têm devotos aqui no Brasil? Quer dizer então que para ter uma imagem religiosa em local público é necessário não ter nenhum adepto de tal religião?

    Que argumento, senhor Paulo…

    Eu não protesto contra a deusa Thêmis, nunca me incomodei com a imagem da deusa Thêmis. Não vou encher o saco do STF para que retirem a imagem da deusa. Agora o senhor, que se incomoda tanto com os crucifixos, devia se incomodar também com a imagem da deusa Thêmis… Mas não, o senhor se incomoda só com os crucifixos… O que prova é que o senhor está a serviço do maligno mesmo.

    “Tem nada! Você é outro que tem inveja!”
    Ninguém aqui tem inveja de quem coloca Deus em SEGUNDO ou até mesmo em TERCEIRO plano. Baseado em quê o senhor diz que temos inveja? Inveja de quê? Se tivéssemos realmente inveja, iríamos querer ser iguais ao senhor. Mas eu não quero ser igual ao senhor, de jeito nenhum. Quero ser diferente, muito diferente do senhor. Fique sabendo que prefiro morrer a ser igual ao senhor. Eu jamais serei, e nem quero ser igual a pessoas como você.

    Então, por que eu teria inveja? Invejoso é aquele que quer o que é do outro. De acordo com os ensinamentos da Igreja, invejoso é aquele que ignora o que possui para cobiçar o que é do próximo. Por acaso estou cobiçando alguma coisa sua? Cobiçando o quê? Eu não quero nada seu. Eu é que não quero ser uma católica igual a você. NUNCA.

    E outra, muda o disco, nem adianta dizer que a gente tem inveja, parece criança falando, nunca vi ninguém tão infantil. Se a gente não concorda, é porque a gente tem inveja… É um bocó mesmo. Sem noção.

    Aliás, que argumento, senhor Paulo… Achei que o senhor fosse capaz de argumentar, mas só sabe mesmo dizer asneiras…

    “Não vejo porque a maioria cristã estaria em situação desvantajosa ou precisaria de privilégios. Ela já não é maioria?”
    Desde quando a religião cristã tem privilégios, sua anta?

    “E nunca vi um religioso reclamar do feriado da Independência, da República, etc…”
    Nem vai ver, nunca, porque não somos imbecis como o senhor, querendo proibir coisas com as quais não concorda. Não vejo ninguém aqui fazendo campanha para a retirada da imagem da deusa do STF.

    “Não está não senhor! Você é obrigado a pagar impostos, a votar e a prestar serviço militar.”
    Isso porque a Igreja sempre nos ensinou a respeitar e à obedecer às autoridades, que fazer o contrário disso é pecado. Ou por acaso o senhor não sabia disso? É um dos ensinamentos da Igreja, caso não saiba. Deus está acima de tudo sim senhor, inclusive da democracia.

    “E quem não for católico? Fica excluído da sociedade?”
    Quem é que está excluindo os outros aqui? Algumas vez negamos direito a protestantes, espíritas, islâmicos, judeus e não sei o que mais? Por acaso estamos perseguindo pessoas de outras seitas? Vá estudar, e veja se no tempo em que o estado era unido à Igreja, as outras religiões foram perseguidas… Nunca negamos o direito dos outros. Nunca impedimos os outros de professar ouras seitas. É você que está excluindo aqui.Você está excluindo os católicos. Como católico, você devia defender os interesses dos católicos e da Igreja, e não os interesses dos outros. Até porque os outros estão em condições de defender seus próprios interesses, não precisam de um pseudo-católico para defender os direitos deles. Sim, porque o senhor não é católico coisa nenhuma, se diz católico, mas é um pseudo-católico, isso sim.

    E não venha mais com suas ladainhas, não suporto gente imbecil que faz tudo em nome do politicamente correto, que coloca o politicamente correto acima de Deus.

  3. Senhor Paulo Roberto
    Pela última vez:
    Nosso país é dos que mais respeitam pessoas que seguem outras seitas. Portanto, pare de dizer asneiras. Não venha reclamar da gente, não reclame conosco. A única coisa que discordamos é em relação aos crucifixos. Vá para os países árabes reclamar com os muçulmanos. Eles é que perseguem cristãos. Nós não fazemos nada que eles fazem lá:
    http://www.istoe.com.br/reportagens/168132_CRISTAOS+PERSEGUIDOS
    Ah não ser que o senhor vai agora querer defender os muçulmanos, não é mesmo? Porque você só defende ateus e pessoas de qualquer outra seita. Você defende os ateus coitadinhos, que muitas vezes perseguem os cristãos:
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/10064/Ateus-americanos-querem-retirar-a-inscricao-Confiamos-em-Deus-do-dolar-americano
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/9577/Suica-Ateus-querem-proibir-criancas-e-adolescentes-de-lerem-a-Biblia
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/8727/Ateus-britanicos-vao-pedir-prisao-do-Papa-por-abusos-na-Igreja
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/10641/EUA-Ateus-pedem-na-Justica-a-retirada-de-cruz-do-memorial-das-torres-gemeas
    http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/7684/Bispo-espanhol-denuncia-perseguicao-religiosa-oculta-em-campanha-anti-crucifixo

    E você está do lado daquele que nos perseguem. Nunca ouviu falar da marcha que os ateus fizeram na espanha para castigar os católicos?

    Os cristãos você não defende. Em nenhum momento eu vi você defender os católicos.

    Tenho é pena de pessoas como você. E antes que venha com conversa fiada de novo, não tenho inveja nenhuma de você, porque não serei nem quero ser como você. Você não é capaz de dar inveja a ninguém, meu caro. Eu jamais sentiria inveja de alguém que fica só do lado dos nossos inimigos, em vez de nos defender.

  4. Álvaro, nisso concordo plenamente com você. Nunca vi um evangélico reclamar da cruz, nem ninguém de outra religião ou seita, só mesmo os ateus. Nunca vi um único espírita reclamar da cruz.

  5. “Sr. Paulo, a religião ESTÁ acima da sociedade, está ACIMA de QUALQUER regime democrático, tanto faz se é democrático, autoritário…”

    Não, não está. Só na sua concepção alienígena. Não foi o próprio Cristo que afirmou: “A César o que é de César, a Deus o que é de Deus”? – ele se referia à cobrança de impostos. Se a religião estivesse acima da sociedade, você não teria que pagar impostos seculares. Religião e Estado NÃO se misturam – o próprio Cristo afirmou. E não venha me dizer que é questão de interpretação…

    “Continuo tendo pena de você…”

    Acho que você continua tendo inveja e rancor…Isso não é argumento válido. Demonstra insegurança. Eu não preciso de caridade. Se afirma que tem “pena” de alguém – implicitamente está afirmando que é superior à outra pessoa – portanto sendo arrogante. E isso não é nem um pouco cristão.

    “Um privilégio nada mais é do que um direito especial de alguns. Portanto são privilégios sim. Não dá para discutir se você não sabe nem as definições…”

    Não, um direito é uma prerrogativa legal. Um privilégio é uma concessão indevida a um grupo devido à sua força numérica ou econômica – isso no sentido do texto. E a prerrogativa legal da Constituição é que o Estado é laico. Tanto a Constituição Federal quanto a tradição religiosa respaldam isso.

    “Na verdade – e ironicamente – são as repúblicas modernas que dão exemplo de falta de democracia e as monarquias medievais que dão exemplo exímio de democracia.”

    Meu Deus!!! Você deve ter vindo mesmo de outro planeta! Essa sua afirmação é uma pérola sensacional! As monarquias medievais eram monarquias absolutistas – os reis tinham poder de vida e morte sobre a população. Eles diziam que seu poder vinha diretamente de Deus – e usavam isso para explorarem ao máximo o povo! Qualquer contestação a isso era punida com a morte – pois a pessoa estaria se insurgindo também contra Deus. E o poder passava de pai para filho. Além do mais, após a Reforma Protestante, se o Rei se convertesse à nova religião a população que governava também era obrigada a converter-se! Onde está a democracia aqui, filho?

    Quanto à deusa Têmis – desde a Roma antiga ela é símbolo da justiça – representa a imparcialidade e o equilíbrio. Um crucifixo é um símbolo religioso – no caso representa a parcialidade e a interferência de valores pessoais sobre direitos e prerrogativas universais.

    O curioso é que a separação entre Estado e religião no Brasil ocorreu após a Proclamação da República em 1889 e já na 1ª Constituição republicana de 1891 se consagrava o Estado laico – foi extinto o ensino religioso nas escolas, instituído o casamento civil, proibido o proselitismo religioso nas repartições públicas e extinto o padroado – sistema no qual o Imperador nomeava os bispos. E não teve essa celeuma que tem hoje – isso numa época em que 99% da população era católica. Ninguém na época ficou reclamando de “perseguição”, e outros queixumes. E hoje se acham “iluminados”…

  6. “Isso porque a Igreja sempre nos ensinou a respeitar e à obedecer às autoridades, que fazer o contrário disso é pecado.”

    E diga-se de passagem, Cristiane, isso é exatamente o tema do Evangelho de hoje (16/09) – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” – que é a resposta de Jesus à tentativa da pegadinha dos malandros (os fariseus).

    E hoje, muitos querem exatamente o contrário: que consideremos demagogos como redentores e Cristo como um líder populista, proposta da “teologia” da “libertação”.

    Um abraço,

    Messias

  7. Você é ignorante mesmo, senhor Paulo Roberto. Você deturpa tudo o que diz o evangelho.

    “Se a religião estivesse acima da sociedade, você não teria que pagar impostos seculares. Religião e Estado NÃO se misturam – o próprio Cristo afirmou. E não venha me dizer que é questão de interpretação…”
    Falácia. Fique sabendo que Cristo mandou pagar tributo a César, ao dizer: “dai a César o que é de César” (MT XXII, 21 ). E reconheceu que o poder de Pilatos vinha do alto (Cfr. Jo. XIX, 1).

    E na Bíblia está escrito que os Reis reinam em nome de Deus: “Por mim reinam os Reis” (Prov VIII, 15 e Sab. VI).

    E São Paulo ensina: “Teme ao Príncipe, porque não é em vão que ele traz a espada” (Rom XIII, 4).

    Cristo mandou pagar o imposto a César, e não a rebelar-se contra ele. Ele fez até mesmo um milagre para que Pedro pagasse tributo ao Imperador, por si e por Cristo (Mt. XVII, 26). E Cristo pregou continuamente a obediência e não a rebelião.

    A religião sempre mandou obedecer às autoridades, ô cabeção. O que o senhor me diz destes trechos?

    Portanto, religião está acima da política sim senhor. Deus está acima da política. Não é todo mundo reconhece isso, mas nós colocamos Deus acima da política, ao contrário de você.

    “Quanto à deusa Têmis – desde a Roma antiga ela é símbolo da justiça – representa a imparcialidade e o equilíbrio. Um crucifixo é um símbolo religioso – no caso representa a parcialidade e a interferência de valores pessoais sobre direitos e prerrogativas universais.”
    Que direitos e prerrogativas universais o quê! Acaba de dizer a maior asneira do mundo. É a sociedade que define os direitos e as obrigações entre as pessoas. E uma sociedade é diferente da outra. No mundo, cada Estado adota direitos próprios a seu país. Isso é de acordo com a cultura de cada país. Acaso o senhor acha que as leis são as mesmas no mundo todo? Que as leis são universais?

    Larga a mão de ser besta. E outra, quem disse que a deusa Thêmis não é um símbolo religioso? Afinal, não é uma deusa? E outra, acabo de confirmar minhas suspeitas. Você não é cristão mesmo. Certamente é alguém que está caminhando para o ateísmo, já que defende que a religião não deve interferir na política.

  8. “Acho que você continua tendo inveja e rancor…”
    Como se alguém se importasse com o que você acha ou deixa de achar. Seu achismo não tem valor algum, porque é apenas a sua opinião, que é baseada apenas no que você imagina, portanto, nada a ver com a realidade. E ah sim, quem não concorda com você é rancoroso… Me poupe.

    “Eu não preciso de caridade.”
    Ah é, não precisa da piedade de ninguém? Nem mesmo que Deus tenha piedade de você? Por que, o senhor acha que não tem pecado algum? Que é alguém sem mancha e sem mácula? Esse seu comentário mostra o quanto é orgulhoso.

    “Se afirma que tem “pena” de alguém – implicitamente está afirmando que é superior à outra pessoa – portanto sendo arrogante.”
    Isso é você quem diz. Em nenhum momento alguém aqui disse que é superior à você, você é que está colocando palavras na boca dos outros. Se dissemos que temos pena de você, é que você, em vez de defender a fé católica, defende os ateus, que querem retirar os crucifixos. E isso é o primeiro passo para tentarem destruir o cristianismo, só você que não vê isso. Temos pena de você porque você não é capaz de perceber o quanto está errado. A gente tenta dizer o quanto você está errado, mas você não reconhece e quer estar sempre com a razão.

    E mais uma vez, invejoso é aquele que ignora o que possui para cobiçar o que é do próximo. Onde é que o senhor está vendo inveja aqui, seu tonto?

  9. Não, um direito é uma prerrogativa legal. Um privilégio é uma concessão indevida a um grupo devido à sua força numérica ou econômica – isso no sentido do texto.

    Isto nada mais é do que um refúgio na definição, uma falácia lógica.

    Tanto a Constituição Federal quanto a tradição religiosa respaldam isso.

    Mais mentiras do mentiroso crônico.

    Que tradição, Paulo? Só se for tradição com “t” minúsculo mesmo. Leia a Quanta Cura e a Quas Primas, que diz: “Cristo acusará aos que o expulsaram da vida pública, e a quantos, com desdém, o desprezaram ou desconheceram; de tamanha afronta há de tomar o Supremo Juiz a mais terrível vingança”.

    As monarquias medievais eram monarquias absolutistas.

    Errou feio sr. Paulo, mostrou claramente que não sabe absolutamente nada de História. As monarquias católicas medievais eram monarquias eletivas e/ou constitucionais. Você provavelmente está confundindo a Idade Média com o Renascimento.

    usavam isso para explorarem ao máximo o povo

    Como você pode falar isso de uma época que teve tantos reis e rainhas santos, como São Luís IX, Santa Izabel de Aragão e Santo Henrique II? Você conhece algum “presidente” santo, senhor Paulo?

    É até irônico você criticar aqueles tempos, considerando os tempos “maravilhosos” em que vivemos hoje!

    E o poder passava de pai para filho.

    E isso não acontece hoje na república, né?

    Além do mais, após a Reforma Protestante, se o Rei se convertesse à nova religião a população que governava também era obrigada a converter-se!

    Outro anacronismo, a “reforma” protestante não foi na Idade Média, foi no Renascimento. Meu Deus, quanta ignorância!

    Um crucifixo é um símbolo religioso – no caso representa a parcialidade e a interferência de valores pessoais sobre direitos e prerrogativas universais.

    Os santos se reviram em seus túmulos!!!

    O curioso é que a separação entre Estado e religião no Brasil ocorreu após a Proclamação da República em 1889 e já na 1ª Constituição republicana de 1891 se consagrava o Estado laico – foi extinto o ensino religioso nas escolas, instituído o casamento civil, proibido o proselitismo religioso nas repartições públicas e extinto o padroado – sistema no qual o Imperador nomeava os bispos. […] numa época em que 99% da população era católica.

    E veja que ótimos resultados: hoje a população brasileira em sua maioria já não é mais católica! Você pode citar a estatística de 73% do IBGE, mas os 56% de votos que a candidata do PT recebeu dos eleitores contradizem diretamente essa estatística, mostrando que pelo menos 17% dos brasileiros são “católicos” só da boca para fora, como o senhor.

  10. ““Se afirma que tem “pena” de alguém – implicitamente está afirmando que é superior à outra pessoa – portanto sendo arrogante.”
    Então, segundo suas próprias palavras, o senhor também é um arrogante. Olha só o que o senhor disse lá atrás:
    “Não, é como já afirmei: a fé não depende de um símbolo. Se a sua fé depende disso, meus pêsames.”
    Foi isso que o senhor me disse lá atrás, lembra-se?

    Logo, o senhor se acha superior a mim, portanto, é arrogante. E isso não sou eu que estou dizendo, foi o senhor quem disse que quem afirma ter pena de alguém está sendo arrogante.

    “Torno a repetir: coitado daquele no qual sua fé depende de um símbolo pendurado na parede!”
    Não foi isso o que o senhor nos disse?
    Então, quem é arrogante, nós ou o senhor?

    E olha as pérolas que o senhor disse lá atrás:
    “Vejam aqueles que se dizem cristãos, como se comportam: são arrogantes, fazem ofensas, são todos pomposos no uso do latim e fidelíssimos seguidores da doutrina. Mas não passam de hipócritas e fariseus!!! São vazios por dentro! ”
    Repito: foi o senhor mesmo quem disse que quem afirma ter pena de alguém está sendo arrogante.

    E o senhor acha mesmo que não ofendeu ninguém aqui? E qual é o problema em se usar o latim? Que que o latim tem de mal? E qual é o problema em ser seguidor da doutrina? Vai dizer agora que um cristão não deve seguir a doutrina? Seguir e defender a doutrina é o mínimo que todo cristão deve fazer, meu caro. O mínimo. Isso porque um bom cristão faz mais do que isso. Um bom cristão não apenas segue, vive a doutrina.

    Um bom cristão deve ser a Bíblia viva.

    O senhor não nos conhece, não sabe dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos nem mesmo das nossas intenções, e vai logo nos julgando pelo o que parece ser. Nem nos conhece e vai logo nos chamando de hipócritas e fariseus! E tudo por quê? Por que nós respondemos a um ataque de um ateu, foi isso? Não temos o direito de nos defendermos? Dar a outra face não significa que nós não tenhamos que nos defender, senhor.

    Isso não é nada cristão, senhor Paulo Roberto. Lembre-se que Cristo ensinou que não se deve julgar segundo as aparências, somente segundo a justiça. E o senhor não foi nem um pouco justo, muito pelo contrário. O senhor parece se esquecer de que Cristo ensinou a não julgar para não ser julgado, e foi exatamente isso que o senhor fez.

    O senhor deve achar que, como cristão, é muito melhor do que a gente. Deve se achar uma maravilha de cristão, muito superior a nós. Como se o senhor não tivesse pecados e nunca tivesse errado. Nossa, deve se achar um exemplo de cristão. Se isso não é arrogância, é o quê?

    Se nós dissemos que o senhor não é cristão coisa nenhuma, é porque o que todo mundo espera de um bom cristão, é que o cristão defenda o cristianismo, e não é o que o senhor está fazendo. Todo mundo espera que um cristão defenda os símbolos religiosos, e não é o que o senhor está fazendo. Agora, quando o senhor nos diz que somos cristãos só de nome, é porque, além de se achar o máximo, tem uma idéia errada do que seja ser um cristão verdadeiro.

    Quer saber, não perderei mais tempo com o senhor.

  11. Monarquia absoluta, senhor Paulo, foi a que existiu na Idade Moderna, após o Renascimento:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_absoluta
    O senhor é um ignorante mesmo. Que eu saiba, monarquia absoluta só existiu após o Renascimento. Nunca ouvi se quer nas aulas de história da faculdade que monarquia absoluta tivesse existido na Idade Média.

  12. E esta foi a última vez, pois não perderei mais tempo com o senhor. É que o senhor é tão ignorante que não resisti.

  13. Aconselho o senhor Paulo Roberto a estudar mais sobre o Absolutismo, antes de falar asneiras:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutismo

    E esta foi a última vez, pois não perderei mais tempo com o senhor. É que o senhor é tão ignorante que não resisti.

  14. “Hoje se acham iluminados”….Calma Sr Paulo!!!!Espero que a sua história de vida seja igual a do seu xará,antes Saulo perseguidor de cristãos,depois Paulo,maior defensor do Cristianismo.Meu Caro,Sou a favor do Estado Laico(separado da Igreja) e ninguém aqui quer que o Brasil se transforme em um Vaticano ou qualquer Estado eclesiástico,porém não quero um Estado Laicista(Indiferente a Igreja).
    Sr Paulo…O nosso Estado é separado da Igreja,mas entende que a mesma é um potente agente social ;o nosso Estado garante a liberdade religiosa na Constituição e ainda entende que a religiosidade é um fenômeno cultural que deve ser expressa no âmbito público,ademais a religiosidade é uma das mais belas demonstrações culturais do povo brasileiro.
    É por isso que o Estado incentiva com o não pagamento de impostos qualquer iniciativa das Igrejas ,por exemplo,casas de recuperação,pastorais,entidades beneficientes…etc,pois o Estado “agradece” quando um indivíduo marginalizado muda e o seu comportamento criminoso através da palavra de Deus.Por isso eu apóio essa iniciativa do Estado como um cidadão e cristão,pois sei que o Evangelho de Cristo transforma o homem.
    Que o Sr possa ter experiências com Deus!!!!!semelhante ao seu xará da Bíblia!!!!!Te desejo isto!
    Abraços,
    Álvaro Fernandes

  15. Sr Paulo….Espero que o Sr tenha uma experiência com Deus igual ao seu xará da Bíblia.O Saulo que outrora era perseguidor de Cristãos e não queria a “nova seita” que se tornaria em religião mundial,tornara -se Paulo a caminho da estrada de Damasco.Ele ficou cego e ouviu a voz divina:”Saulo,Saulo…Porque me persegues?
    Depois desta experiência com Cristo e de muitas outras ..Paulo se tornou um verdadeiro cristão apologeta do Evangelho.
    Desejo que o Sr tenha uma experiência com Deus!!!!!
    Quanto ao Estado!!!!Ninguém aqui defende um Estado Eclesiástico semelhante ao Vaticano,porém o Estado Laico é SEPARADO da Igreja e não Indiferente a Igreja(Laicista)
    O Estado laico entende que a Igreja é um potente agente social,por isso a mesma não paga impostos;O Estado Laico garante a liberdade religiosa(Art. 5º ,IV,VI,VIII e IX)
    e entende que a religiosidade é uma das mais belas manifestações culturais.
    Em termos populares…O Estado “agradece ” quando um indivíduo marginalizado muda o seu comportamento por causa da palavra de Deus .O Estado agradece quando estes indivíduos “deixam de dar trabalho”…
    Eu,particularmente,também acredito na transformação através do Evangelho.
    Espero que o Sr possa ter experiências com Deus iguais aos do seu xará na Bíblia.
    Abraços,
    Álvaro Fernandes

  16. en passant

    Se a religião estivesse acima da sociedade, você não teria que pagar impostos seculares.

    Non sequitur. O que tem os alhos a ver com os bugalhos? Não é porque a Religião está acima dos governos civis que estes são de per si ilegítimos.

    Aliás, o próprio comentário do sr. Paulo revela o non sequitur dele. Poucas linhas depois de dizer a besteira acima, ele afirma:

    «Eles [os reis medievais] diziam que seu poder vinha diretamente de Deus»

    Uai, e por acaso os reis medievais não cobravam impostos? Ou será que os reis medievais, por acaso, não diziam que Deus estava acima dos reinos seculares? Daqui se vê que nem o próprio sr. Paulo acredita naquilo que diz!

    É óbvio que havia impostos e é óbvio que, se os reis diziam que seu poder “vinha diretamente de Deus” (sic), então eles aceitavam que Deus estava acima da sociedade. E, portanto, Deus estar acima de qualquer autoridade temporal em nada diminui (ao contrário, fortalece) o poder desta autoridade temporal na sua esfera legítima de atuação.

    Religião e Estado NÃO se misturam – o próprio Cristo afirmou.

    Sim, não se misturam, nunca se misturaram institucionalmente desde o fim do Império Romano, a Igreja nunca disse que se misturavam ou que deviam se misturar e isto não tem nada a ver com a discussão sobre os símbolos religiosos nas repartições públicas.

    Abraços,
    Jorge

  17. O absolutismo na Europa durou até a Revolução Francesa de 1789. A afirmação dos monarcas medievais de que seu poder era divino era nominal, já que na prática isso era justificativa para terem poder absoluto sobre a população. Muitas atrocidades foram cometidas sob esse pretexto. Se admitir que religião esteja acima da sociedade, então não teremos democracia, mas sim uma autocracia.

    Na verdade Estado e religião já se misturaram sim, e continuam misturados. E isso TEM TUDO A VER com a presença de símbolos religiosos nas repartições públicas. Na época do Império o catolicismo era religião oficial do Estado e era o imperador quem nomeava os bispos. A República extinguiu isso. O objetivo do Estado laico é o respeito mútuo: a religião não se intromete nos negócios do Estado e o Estado não se intromete na religião.

    A religião pertence à ESFERA PRIVADA. O Brasil precisa aprender a separar o público do privado – raiz de muitos de nossos males.

  18. Cara, tu és ruim de catolicismo, és ruim de história, és ruim de tudo. Francamente!

    O Absolutismo Monárquico é da Idade Moderna; não tem nada a ver com as Monarquias Feudais da Idade Média. O direito divino dos reis é outra coisa distinta de ambas.

    Tanto democracia quanto aristocracia quanto monarquia são formas de governo que em si são justas (injustas são a demagogia, a oligarquia e a tirania – Platão já dizia isso) e não têm nada a ver com as relações entre Igreja e Estado (ou, para ser mais genérico, entre poder temporal e poder espiritual).

    Estado e Religião se misturavam no Império Romano, onde o Imperador era Deus. O cristianismo veio para acabar com isso e jamais pregou nada parecido. O Direito Divino dos Reis não tem nada a ver com a história, e adianto que o fato de toda autoridade vir de Deus é Doutrina Católica indiscutível com fundamento em São Paulo (“toda autoridade vem de Deus”, etc.) e em Nosso Senhor (a Pilatos – “não terias autoridade nenhuma sobre mim se não te fosse dada do alto”, etc.). Agora isto (é óbvio) não legitima arbitrariedades, muito pelo contrário: obriga os reis a se pautarem pela Lei Divina. Quem permite que os governantes façam arbitrariedades é o sistema de governo moderno, com a besteira de que “todo poder vem do povo” e o positivismo radical sem nenhum compromisso com a realidade.

    O Padroado era inimigo da Igreja. Ele não tem nada a ver com a Doutrina Católica sobre relações entre Igreja e Estado – aliás, contraria-o frontalmente.

    E a Religião não pertence à esfera privada coisíssima nenhuma – é exatamente contra esta impiedade que os últimos papas têm protestado energicamente! Tu tens certeza de que és católico?

    – Jorge

  19. É importante lembrar que o principal teórico do absolutismo, Thomas Hobbes defendia a união das duas cabeças – espiritual e temporal – pelo Estado. O Estado deveria tere os dois poderes que haviam sido separados por Cristo e praticado pela Igreja.

    Hobbes critica muito o Cristianismo exatamente por isso: defendia o Estado teocrático tal como na Roma Antiga em que o governante era considerado uma divindade, sistema que acabou com o Cristianismo, quando disse “a César o que é de César…” e “meu Reino não é deste mundo”.
    Ele dizia que o Cristianismo era perigoso porque enfraquecia o estado.
    O seu “Leviatã” era uma prefiguração do totalitarismo do século XX.

    Santo Agostinho sistematizou essa doutrina com a separação das duas cidades em “A Cidade de Deus”.

    Portanto, quem fez a correta separação entre o estado e a Igreja foi exatamente a Igreja.
    Os laicistas querem é submeter a Igreja ao estado arrogando prerrogativas que é da Igreja e de Deus (doravante escreverei estado com e minúsculo mesmo. É ridículo e simbolicamente totalitário estado com E maiúsculo.)

    Rousseau, o apologista da democracia direta elogia a proposta hobbesiana.

  20. Errata:

    Onde se lê: “O Estado deveria tere os dois poderes…”, leia-se: “O Estado deveria ter os dois poderes…”

    Onde se lê: “(…)sistema que acabou com o Cristianismo, quando disse “a César o que é de César…” e “meu Reino não é deste mundo.”, leia-se: “(…)sistema que Cristo condenou quando disse “a César o que é de César…” e “meu Reino não é deste mundo.”

  21. Para o ignorante do Paulo Roberto:
    “Desde a crise do século XIV, monarquias feudais se tornar o que pode ser chamado de monarquias autoritárias do Antigo Regime . Mais tarde, já na idade moderna , particularmente a partir do século XVII , eles compõem a monarquias absolutas.”
    Fonte: ttp://es.wikipedia.org/wiki/Monarqu%C3%ADas_feudales
    Já que ele parece ter preguiça de ler o que postamos aqui.

    Ou seja, as monarquias absolutistas só existem a partir da Idade Moderna.

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