Assis e o Príncipe da Paz

Ocorre amanhã o encontro de Assis, quando o Papa Bento XVI vai se reunir com representantes de diversas religiões (e, se não me engano, até mesmo com os sem religião alguma) com vistas à promoção da paz mundial. O evento ocorre, também, em memória dos 25 anos do I Encontro de Assis, realizado pelo Papa João Paulo II em 1986.

A despeito de todos os cuidados do então Pontífice, a impressão que passa é a de que o primeiro encontro foi desastroso (como alguns dizem, Deus mandou até terremoto…). Mas faço questão, sim, de registrar os cuidados então tomados por João Paulo II, porque muito do que se lê sobre o Encontro de Assis é somente a maçã podre do cesto. Se é certo que certas coisas foram lamentáveis e não devem ser escondidas, é igualmente injusto esconder o outro lado da questão. Não se registra tanto, p.ex., que os membros de religiões diversas rezaram separadamente (e não em conjunto), e nem que o Papa João Paulo II disse lá, com todas as letras, que o encontro não tinha nenhuma conotação de indiferentismo religioso, nem de todas as religiões serem boas para construir um mundo melhor, nem nenhuma bobagem naturalista do tipo. Está lá, no discurso “[a]os representantes das várias Igrejas e Comunhões Cristãs e de outras religiões presentes em Assis para o Dia de Oração pela Paz (27 de outubro de 1986)” (ou em inglês):

O fato de termos vindo aqui não implica em alguma intenção de buscarmos um consenso religioso entre nós, ou de negociarmos as nossas convicções de fé. Tampouco significa que as religiões podem se reconciliar no nível de um empenho comum num projeto terreno que as sobrepasse todas. Também não é uma concessão a um relativismo nas crenças religiosas, porque todo ser humano deve seguir sinceramente a sua reta consciência na intenção de procurar e de obedecer à verdade.

O nosso encontro atesta somente – este é o [seu] verdadeiro significado para as pessoas de nosso tempo – que, no grande empenho pela paz, a humanidade (na sua própria diversidade) deve beber de suas mais profundas e vivificantes fontes, nas quais se forma a própria consciência e sobre as quais se fundam as ações de todas as pessoas.

E, na conclusão do encontro, João Paulo II disse ainda que a paz é um imperativo de qualquer consciência moral e que a situação atual do mundo testemunha que a realização da paz está além dos esforços humanos. Uma referência, portanto, à Lei Natural seguida de um apelo à transcendência em um mundo laicizado. Pode-se questionar a conveniência de tal encontro (ou de sua repetição), pode-se (aliás, deve-se!) repudiar com energia os abusos que lá aconteceram; mas não é razoável rasgar as vestes vaticinando por conta disso a apostasia da Igreja, nem tampouco inferir deste encontro coisas que o seu idealizador e organizador disse expressamente não decorrerem dele.

No encontro de amanhã, as coisas serão diferentes. Primeiro que não haverá orações nem em comum e nem separadamente; a programação do encontro não as prevê. Haverá somente, ao final do dia, um Rinnovo Solenne dell’Impegno per la Pace. Depois, a oração preparatória para o encontro de Assis (feita no Vaticano, na véspera da viagem, hoje) está cheia de elementos daquela santa intolerância que é apanágio da Fé Verdadeira: do Tu es Petrus da entrada, passando pelo “convertitevi e credete nel Vangelo” da Aclamação ao Salve Regina final. Sem espaço, portanto, para indiferença religiosa. A experiência passada foi negativa a ponto do Santo Padre julgar por bem tomar algumas precauções.

À luz disso, algumas considerações de Dom Marcelo Barros (publicadas no Site da Arquidiocese de Olinda e Recife) são sem cabimento e só se prestam a confundir o povo de Deus. Em primeiro lugar, o Papa não está (como disse o monge) convidando «os líderes de outras religiões para orar», e sim para se reunirem em Assis. Em segundo lugar, ainda que estivesse (como João Paulo II fez), isto de forma alguma seria «um gesto de reconhecimento do valor espiritual dessas religiões», a menos que estejamos falando do seu valor enquanto apontam para a Verdadeira Igreja de Cristo (o que certamente não é o sentido empregado pelo Marcelo Barros).

Na verdade, a paz é um anseio de todos os homens, assim como a sua sede de Infinito – que só no Deus Verdadeiro pode ser saciada. Apontar para o fato de que o homem anseia por Deus não é, absolutamente, a mesma coisa que legitimar os ídolos (antigos ou modernos) com os quais os homens buscam em vão suprir esta necessidade. Trata-se não de legitimá-la tal como se encontra e nem de fingir que ela não existe, mas de ordená-la para o seu fim verdadeiro. Afinal, é quando o homem reconhece a sua sede de infinito que ele se coloca a caminho da conversão.

Analogamente, reconhecer que os homens anelam a paz não é concordar com os meios por eles empregados para obtê-la: é simplesmente constatar um desejo, o qual só encontra a sua plena realização na paz de Cristo, na Paz que Ele nos deixou e que não é desta terra. Assim, falar em Deus mesmo para pagãos (como São Paulo no Areópago de Atenas) não é fazer uma concessão ao paganismo; é, ao contrário, fazer um apelo ao anseio de Transcendência que se encontra mesmo nos que tomam algum ídolo por Transcendente. E, do mesmo modo, falar em Paz para os que não A possuem (e nem podem possuir) não é capitular diante dos seus erros nem aceitar a pseudo-paz que eles oferecem: ao contrário, acenar com a importância da Paz Verdadeira é conceder aos homens a chance de perceberem que eles ainda não a possuem. É dar-lhes a possibilidade de encontrarem a Cristo, Único Príncipe da Paz.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

49 comentários em “Assis e o Príncipe da Paz”

  1. Gustavo, Salve Maria!

    Claro que entendi a ironia…:)

    Quanto ao vídeo, fica claro que foi produzido por um grupo de “sedes”.
    Mas isso não desmoraliza os fatos.
    Tudo o que foi postado nele ( vídeo) é prova.
    Já tinha apreciado essas imagens num outro contexto, porém, não menos desgostoso.
    É estarrecedor.
    Se um católico cambaleante na fé assistí-lo, migra imediatamente da missa para “reunião dos trezentos”, na Iurd…

  2. “…para quem aventar questões sobre sedevacantismo: o papa é papa. Mas é um dos piores.”

    Típico de sedevacantista teórico.

    lucas.

  3. Meu Deus, quanta arrogância, quanta presunção!!!

    Temos aqui senhores da verdade absoluta!! Deveriam estar sentados no trono do Sumo Pontífice.

    Destronem Bento XVI já!!! Temos verdadeiros santos aqui, senhores da verdade e da verdadeira doutrina que Cristo concedeu aos Santos Apóstolos!

    Que absurdo! Nunca li tantos insultos na minha vida. Nunca vi nada igual nem entre os pagãos!!!

    Contestam o Santo Padre como se ele fosse à pior das criaturas!!

    Contestam a autoridade de Pedro, e em outros tempos talvez contestassem até o próprio Cristo!!

    Meu Deus que loucura!!

    Sou tradicional, porém estou com a Igreja de Cristo, jamais contra ela. Mas aqui, surgem inimigos públicos da Igreja, pessoas que disseminam opiniões, alimentam o ódio e produzem a desunião na Igreja, indo totalmente contra o pedido de Nosso Senhor: Ut unum sint.

    Quanta presunção, quanto ódio!

    Víboras!!! É melhor vê-las fora da Igreja do que dentro dela semeando o ódio.

    Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas

    Deus tenha piedade de vocês!

    Sancte Michael Archángele, defende nos in proelio contra nequitiam et insidias diáboli esto praesidium.

    Deus tenha piedade de vocês.

  4. Fábio, bom dia meu filho.

    Meu caro, se voce julga que todas as atitudes publicas do saudoso JPII foram exemplos de fé e ortodoxia católica, isso é entre voce e ele.
    Se eu ajuizo que foram ( algumas atitudes ) exemplos indigestos e de extremo mal gosto, isso é entre eu e Deus.
    No final seremos todos julgados por Cristo Juiz.
    O Papa JPII por ter feito o que fez.
    Eu por tê-lo criticado, as vezes.
    E voce, por tê-lo apoiado em atitudes publicas constrangedoras e ter-nos desejado o mal.
    Por ora, apenas analiso seu senso de justiça para conosco, pois endossa e aprova com louvor “o beijo no alcorão; a benção da deusa seeva; e o sorriso apaziguador com os inimigos de Cristo”, enquanto fuzila impiedosamente aqueles que se opõe a isso.
    Um beijo no seu coração meu filho. Fica com Deus.

    Olegário

  5. Alexandre Magno,

    Muito obrigado por ter-nos feito a gentileza de postar o texto traduzido.
    Lí tudinho. Ti-tin-por-tin-tin.
    Embora o autor da matéria navegue no campo da especulação, ainda sim, nos passa uma pálida idéia do que ocorreu naquele fatídico ato.
    Deus lhe pague.
    Olegario

  6. Salve Maria,

    Pois é Fábio, vamos lá:

    Suponha, apenas suponha que o Papa fosse pedófilo e que tenha vitimado crianças. Com certeza, tu estarias indignado com isto e clamaria por justiça, bem como rezaria pela alma dele. ESTOU ERRADO?

    Entretanto, o beijo no Alcorão, o recebimento da “benção” da deusa Shiva!, dentre outros fatos, ofende diretamente a DEUS, muito pior que pedofilia. E AI, NINGUÉM FICA INDIGNADO NÉ?

    Concilie Fábio, as atitudes citadas com o magistério da Igreja. Nem com malabarismo.

    Atenciosamente.

  7. Gente, vocês ficam falando como se tivesse havido uma cerimônia solene de Osculação Corânica feita com toda a pompa na Praça de São Pedro, e isto é falso.

    João Paulo II teve um encontro diplomático privado com uma delegação iraquiana e supostamente beijou um livro que supostamente é um Alcorão.

    Menos né.

    – Jorge

  8. “O Papa João Paulo II jamais teve qualquer marca na fronte, colocada por uma “sacerdotisa pagã de Shiva”.
    Há uma foto do papa com a testa sendo ungida por uma mulher indiana, mas, ela era uma católica, e não uma “sacerdotisa pagã de Shiva”. Ela estava dando uma tradicional de saudação indiana conhecida como “Aarati “…

    fonte: http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com/2011/08/joao-paulo-ii-e-sacerdotisa-de-shiva.html

    abraços,
    lucas

  9. Jorge, por favor, explique ao ignorante aqui o que seria uma Osculação Corânica. Faço alguma ideia. O Google não ajudou. A Wikipédia, não muito. Consigo fazer alguma analogia com Ósculo Santo. Não sei se acerto.

  10. Pois é Olegário…

    Agora sou sedevacantista teórico.

    Só uma explicação: eu realmente vejo o sedevacantismo como uma HIPÓTESE teológica.

    Aliás, não fui eu que a formulou: santos doutores o fizeram. Afirmaram textualmente que a sé de Pedro estaria vacante em caso de heresia pública de seus ocupantes.

    Mas, ao contrário do que o Sr. Fábio sugere, eu não irei destronar o papa reinante. Só outro papa poderia fazer algo do tipo e, se tem algo de que eu não tenho a mínima esperança, é de uma intervanção humana espetacular tirando a Igreja da crise atual.

    Só um milagre estrondoso faria isso e também acho que ele não virá.

    Mas, o fato de não ser da minha alçada o julgamente canônico do papa, eu posso e tenho a obrigação de resistir ao que ele ensina fora de sintonia com 2.000 anos de magistério.

    Dom Jorge falou umas linhas aí acima que o beijo no corão não foi beijo no corão. Logo um outro disse que a unção de shiva não foi unção de shiva e sim uma saudação indiana.

    Bem, tanto Dom Jorge quanto seu Lucas poderiam clicar nos 2 links do Youtube que estão mais umas linhas acima e explicar as sequencias deles para nós.

    E, no passado, houve padres brasileiros que resistiram de forma muito mais intensa:

    Escândalo Farisaico, Pe. Fernando Arêas Rifan

    O escândalo farisaico, ensina o catecismo, acontece quando uma palavra ou ação, irrepreensível em si mesma, provoca espanto e escândalo em certas pessoas tendenciosas, as quais fecham os olhos para outros fatos realmente escandalosos.

    O nome vem do procedimento semelhante dos Fariseus, dos quais Jesus disse que “filtravam um mosquito e engoliam um camelo” (Mt. 23, 24). Cometiam os maiores crimes e injustiças e se escandalizavam, por exemplo, quando Jesus, para fazer o bem, não observava, como eles queriam, a lei do sábado.

    A história se repete.

    Quantos estão rasgando as suas vestes, a modo dos Fariseus, escandalizados porque Dom Marcel Lefebvre, para continuar com a Tradição da Igreja e fazer frente à heresia reinante, resolveu sagrar bispos realmente católicos!

    Mas não se escandalizaram quando João Paulo II, visitando um templo luterano, elogiou a profunda religiosidade e a herança espiritual de Lutero (17/11/1980)! Nem se escandalizaram quando, acompanhado de vários Cardeais, João Paulo II, num templo luterano em Roma, participou de um ofício herético e recitou uma oração composta por Lutero (11/12/1983)!

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II recebeu uma delegação da maçonaria judaica B’nai B’rith, qualificando a recepção de “encontro entre irmãos” (17/4/1984)!

    Nem se escandalizaram quando, na Tailândia, João Paulo II visitou o Patriarca Budista de Vasana Tera, diante do qual ele se inclinou profundamente (12/6/1984)!

    Nem se escandalizaram quando, no Togo, ele assistiu, na “Floresta Santa”, a ritos animistas e participou de ritos satânicos em Kara, em Togoville (8/8/1985)!

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II, na Índia, recebeu de uma sacerdotisa hindu, na testa, o sinal de “Tilak” (2/2/1986)!

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II visitou a grande Sinagoga de Roma, onde participou da recitação de salmos (13/4/1986)! Nem quando João Paulo II convidava os católicos e judeus a prepararem juntos o mundo para a vinda do Messias (!) (24/6/1986)!

    Nem se escandalizaram quando, na Igreja de São Pedro, em Assis, no encontro promovido pelo Vaticano, os bonzos adoraram o Grande Lama, que para eles é a reencarnação de Buda, sentado de costas para o Sacrário, com o Santíssimo (cfr. Avvenire 28/10/1986)!

    Nem quando, no mesmo encontro, na mesma igreja, o ídolo de Buda foi colocado sobre o Tabernáculo do Altar principal e lá foi adorado por eles (cf. Avvenire e Il Mattino 28/10/1986)!

    Nem quando, ainda no encontro de Assis, patrocinado pelo Vaticano, os hindus invocaram os seus deuses, sentados em torno do altar da Igreja de Santa Maria Maior (cfr. Il Corriere della Sera, 28/10/1986)!

    Quem, portanto, não sentiu profunda dor no coração ao ver assim o Sangue de Cristo ser pisado e a missão da Igreja ser traída, só hipocritamente poderá “rasgar as vestes” e “atirar pedras” diante da atitude firme e corajosa de Dom Marcel Lefebvre, levado unicamente pelo amor à Santa Igreja de Deus.

    Já dizia São Gregório Magno: “É preferível que aconteça um escândalo que esconder a verdade. Escândalo duplo seria tolerar o erro, cobrir um crime com sua desculpa para não dizer sua cumplicidade“!

  11. Alexandre, “Osculação Corânica” eu inventei. “Ósculo” é “beijo” e “corânico” é relativo ao Alcorão. Foi para enfatizar a (inexistente) pompa com a qual retratam as “blasfêmias” de João Paulo II.

    Exatamente porque a turma fica fazendo um escarcéu exagerado, intensificando e repercutindo cada pequeno ato do Santo Padre, regozijando-se no escândalo e chamando a isso de ser bom católico. E os que discordam deste modus operandi sulfúreo e absurdamente improfícuo… são fariseus. Cáspita! Haja paciência!

    – Jorge

  12. Gustavo escreveu:

    Quantos estão rasgando as suas vestes, a modo dos Fariseus, escandalizados porque Dom Marcel Lefebvre, para continuar com a Tradição da Igreja e fazer frente à heresia reinante, resolveu sagrar bispos realmente católicos!

    Mas não se escandalizaram quando João Paulo II, visitando um templo luterano, elogiou a profunda religiosidade e a herança espiritual de Lutero (17/11/1980)! 

    Eu gostaria de verificar isso na fonte. Qual é?

    Detalhes podem fazer a diferença. Quais teriam sido as palavras usadas por João Paulo II, se ele realmente fez algum elogio?

    Não encontrei no site do Vaticano.

    Nem se escandalizaram quando, acompanhado de vários Cardeais, João Paulo II, num templo luterano em Roma, participou de um ofício herético e recitou uma oração composta por Lutero (11/12/1983)!

    Como teria sido a adesão ao tal ofício herética, se ela existiu? Onde podemos ler ou ver isso indiscutivelmente?

    Lutero, como qualquer crente cristão, apesar de herege, até como alguém da IURD, pode, por “uma graça”, ter composto uma oração boa. Por que não?

    Mesmo os católicos precisam da Graça para fazerem orações que prestem!

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II recebeu uma delegação da maçonaria judaica B’nai B’rith, qualificando a recepção de “encontro entre irmãos” (17/4/1984)!

    Também nada encontrei no site do Vaticano. Onde estaria o registro das supostas palavra mal ditas? A fonte fidedigna?

    Ainda assim, qual teria sido o contexto? Será que o tal encontro entre teria a significação que sua crítica supõe?

    Nem se escandalizaram quando, na Tailândia, João Paulo II visitou o Patriarca Budista de Vasana Tera, diante do qual ele se inclinou profundamente (12/6/1984)!

    Será, por exemplo, que a tal inclinação não seria algo exigido pela “cultura”, tal como um aperto de mão, tendo Carol Wojtyla sido cortês?

    Não deixa de ser interessante um detalhamento da situação, das circunstâncias. Por favor, lucas, comece-o, ou link.

    Ou vai ficar acusando um Papa gratuitamente, repetindo como um papagaio o que encontrou lá no site da fsspx?

    Nem se escandalizaram quando, no Togo, ele assistiu, na “Floresta Santa”, a ritos animistas e participou de ritos satânicos em Kara, em Togoville (8/8/1985)!

    Essa eu quero ver mais do que todas!

    De onde raios tiraram que o Papa João Paulo II participara em ritos santânicos?

    Vá lá! Digamos que Carol fosse o embusteiro que estão pintando, você acha que ele deixaria se registrar em algo tão comprometedor facilmente?

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II, na Índia, recebeu de uma sacerdotisa hindu, na testa, o sinal de “Tilak” (2/2/1986)!

    Para situações provavelmente “aparentes” como essa e a tal do beijo no Alcorão, há explicações como a que lucas quiz referir em 31 October 2011 at 7:50 pm.

    Nem se escandalizaram quando João Paulo II visitou a grande Sinagoga de Roma, onde participou da recitação de salmos (13/4/1986)! 

    Como terá sido isso?

    Salmos também fazem parte da Bíblia, esqueceu? Aliás, em cada Missa eles também estão lá!

    Você repudia o Salmo Responsarial na Liturgia da Palavra?

    Nem quando João Paulo II convidava os católicos e judeus a prepararem juntos o mundo para a vinda do Messias (!) (24/6/1986)!

    Se for simplesmente assim, o que tem necessariamente de errado nisso?

    Jesus vem outra vez! Ou não vem?!

    Nem se escandalizaram quando, na Igreja de São Pedro, em Assis, no encontro promovido pelo Vaticano, os bonzos adoraram o Grande Lama, que para eles é a reencarnação de Buda, sentado de costas para o Sacrário, com o Santíssimo (cfr. Avvenire 28/10/1986)!

    O bonzos adoraram… se realmente adoraram. Os bonzos…

    Eles sentaram de costas… se realmente sentaram de costas. Os bonzos…

    (Nem sei o que é um bonzo, mas não importa)

    Nem quando, no mesmo encontro, na mesma igreja, o ídolo de Buda foi colocado sobre o Tabernáculo do Altar principal e lá foi adorado por eles (cf. Avvenire e Il Mattino 28/10/1986)!

    Ah! Dessa vez você citou a fonte…

    Mas fiz uma breve pesquisa Google e não ajudou muito.

    Nem quando, ainda no encontro de Assis, patrocinado pelo Vaticano, os hindus invocaram os seus deuses, sentados em torno do altar da Igreja de Santa Maria Maior (cfr. Il Corriere della Sera, 28/10/1986)!

    O hindus invocaram… se realmente invocaram. Os hindus…

    E eu gostaria muito de ver o registro disso, um registro sem invenções, sem acréscimos; apenas com os fatos, e completo, sem margens para dúvidas.

    PS.: Aff! Só no finalzinho da redação eu percebi que o comentário Gustavo é uma cópia de Escândalo Farisaico, Pe. Fernando Arêas Rifan.

    Bastaria ele ter linkado…

  13. Gustavo,

    Sim, sedevacantista teórico, como vc mesmo disse: “…para quem aventar questões sobre sedevacantismo: o papa é papa. Mas é um dos piores.”
    Como vc mesmo disse só outro papa pode julgar outro papa, então, vc é(um dos piores) papa ?

    ” ..sé de Pedro estaria vacante em caso de heresia pública de seus ocupantes…”
    Qual papa(acho eu) pós-conciliar cometeu heresia pública ?

    “…eu posso e tenho a obrigação de resistir ao que ele ensina fora de sintonia com 2.000 anos de magistério…”
    O que o Santo Padre “ensinou fora de sintonia”? De que magistério vc está falando ?

    “Escândalo Farisaico, Pe. Fernando Arêas Rifan
    O escândalo farisaico, ensina o catecismo, acontece quando uma palavra ou ação, irrepreensível em si mesma, provoca espanto e escândalo em certas pessoas tendenciosas, as quais fecham os olhos para outros fatos realmente escandalos …”
    Que viagem … não entendi nada! Escândalo farisaico só se for o seu.

    “..Quantos estão rasgando as suas vestes, a modo dos Fariseus, escandalizados porque Dom Marcel Lefebvre, para continuar com a Tradição da Igreja e fazer frente à heresia reinante, resolveu sagrar bispos realmente católicos..”
    Cara ,se vc é católico, deveria saber que é um gravíssimo delito sagrar bispos sem mandato pontifício. Mais uma vez te digo que quem esta rasgando as vestes é vc.
    Sedevacantista teórico, sim, o Papa João Paulo II em sua carta apostólica Ecclesia Dei dizia que: “…desejo sobre tudo dirijir um apelo, ao mesmo tempo solene e comovido, paterno e fraterno, a todos aqueles que até agora, de diversos modos,estiverem ligados ao movimento de D.Lefevbre, a fim de que cumpram o grave DEVER de permanecerem unidos ao Vigário de Cristo na unidade da Igreja Católica, e de NÃO continuarem a apoiar de modo algum esse movimento. Ninguém deve ignorar que a adesão formal ao cisma constitui GRAVE ofensa a DEUS e comporta a excomunhão estabelecida pelo direito da Igreja…”
    Pergunto o papa é papa … até quando ? Sedevacantista teórico para não dizer fariseu.

    “..Mas não se escandalizaram quando João Paulo II…
    Igreja de Santa Maria Maior (cfr. Il Corriere della Sera, 28/10/1986…”
    Mas o Santo Padre, aquele que Nosso Senhor deu as chaves para ligar ou desligar, declarou João Paulo II. Beato !
    Estranho,não?

    Já dizia São Pio X no motu proprio Praestantia Scripturae em 18/11/1907:
    ” .. É por isso que cremos que é preciso declarar e ordenar, como nós declaramos e ordenamos expressamente, que todos ,sem exceção,são obrigados em consciência a se submeter às decisões doutrinais da Pontifícia Comissão Bíblica, às`que foram omitidas como às que SERÃO, do mesmo modo que aos decretos das Congregações, aprovados pelo Soberano Pontífice e que todos que ,por palavras ou por escritos, atacarem essas decisões ,não poderão escapar da nota de desobediência ou de temeridade e terão a consciência onerada de falta grave, sem falar do escandalo que eles podem causar e de outras responsabilidades que eles podem incorrer diante de Deus pelas críticas temerárias e errôneas que geralmente acompanham as resistência desta espécie..”
    Então, o papa é papa…até quando ?

    lucas.

  14. Sr Alexandre Magno….não sou da IURD ,mas sou evangélico da Assembléia de Deus e destaco este comentário seu :

    “Lutero, como qualquer crente cristão, apesar de herege, até como alguém da IURD, pode, por “uma graça”, ter composto uma oração boa. Por que não?”
    …Posso está errado,mas eu acho que graça significa favor divino imerecido….se eu tiver errado …me corrija por favor!….mas fiquei curioso…me responde ai …o que seria uma “oração boa” na sua concepção….?
    Vc é um dos teólogos aqui do blog né?…Queria saber o que é oração “boa” na sua acepção….sem mais delongas…
    A PAZ DE CRISTO!

  15. Alexandre,

    Nem vou perder meu tempo com as tolices do Gustavo. Sem ele perceber, eu acho, fez um grande mal, deshonrando a memória do Papa Beato João Paulo II. Com que facilidade ele engole tudo, fico imaginando o que ele pensaria se passasse no youtube uma cena de Nosso Senhor com publicanos e pecadores ou São Pedro negando por três vezes a Jesus Nosso Senhor com certeza diria: “vou rasgar minhas vestes” ou “falei, Jesus errou ao escolher São Pedro” , etc…
    Ele deve achar que para ser um bom “tradicionalista” deve ter a posição mais dura e extrema é o cara da tradição católica !quanto mais melhor!
    Na boa, o cara é sedevacantista teórico sem saber,mas enfim é bobo mesmo.

    abraços,
    lucas

  16. “Sr Alexandre Magno….não sou da IURD ,mas sou evangélico da Assembléia de Deus e destaco este comentário seu”

    Alvaro, Alvaro, já falei nós católicos também somos crentes e evangélicos.Assuma que és protestante, use esse termo, soaria muito melhor e menos exclusivista.

  17. Eu nem percebi ….não quis excluir o termo evangélico(aquele que segue os evangelhos) dos católicos…é pq já estamos tão acostumados quando as pessoas se referem a nós protestantes de crentes,gospéis e evangélicos…e dificilmente e por questão cultural as pessoas não chamam chamam assim os católicos…no brasil católico é católico….mas calma aí!!!!Essa não foi minha intenção!!!!! Não te conheço,mas pela suas palavras vejo que vc tenta seguir sim os evangelhos!!!
    Abraços,
    Álvaro Fernandes

  18. Álvaro Fernandes (1 November 2011 at 1:45 pm), parece-me que você está certo e “graça” significa favor divino imerecido. Todos nós, pecadores, precisamos da Graça. Eu não disse que os católicos não precisam da Graça para fazerem coisas boas.

    Não, eu não sou teólogo. Apesar de ser da opinião de que cada um de nós deve procurar aperfeiçoar sua própria teologia. Isso não significa se arvorar em mestre, nem se fechar nela; pelo contrário, é estar sempre em busca. Procurar ouvir, ler a respeito, procurar saber, pensar, meditar, orar, pedir, cultivar a Fé.

    Você perguntou-me o que seria uma “oração boa” (o texto, ainda que criado de improviso). Vou lhe responder o que entendo como uma “oração boa”: uma oração sem erro. Porém, para além disso, ainda acredito que para “orar bem” não basta ter uma “oração boa” em mãos.

    Se a alma não se aproxima de Deus com verdade e humildade, ainda que a pessoa tenha em mãos ou em mente (em palavras) “uma bela oração”, ela não estará orando que preste. É o que eu acho.

    Mas, para não ficar no que eu acho por mim mesmo, recorro à Didaque, instrução que nos fala:

    «Confesse as suas faltas na reunião dos fiéis, e nãocomece a sua oração com má consciência.»

    «A oração autêntica é feita dentro do projetode Deus e em vista da sua realização (Cf. 1Jo 5,14).»

    «A oração mantéma pessoa aberta para o projeto de Deus e consciente dos pedidosessenciais, para que esse projeto se realize.»

    «A vida cristã tem na sua frente o Evangelho em exprimecomo oração (ligação com Deus), esmola (socorroimediato ao próximo necessitado) e ação (transformação dasociedade pecadora na comunidade fraterna que Deus quer).»

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