Ministério da Cultura Gay

mais de quatro meses atrás (em junho último) a Parada Gay de São Paulo debochou da Fé de milhões de cidadãos brasileiros ao colocar na avenida imagens de santos católicos retratados como homossexuais, em óbvia atitude de escárnio para com a religião da maioria do povo do Brasil. Na época, entre diversos protestos, uma amiga daqui de Recife escreveu à ouvidoria do Ministério da Cultura. Hoje, mais de quatro meses depois, veio a resposta. Reproduzo-a abaixo, na íntegra:

Ministério da Cultura – Ouvidoria

Resposta à Mensagem 15106

Sra. Tamyres Chalegre

Boa Tarde!

Primeiramente perdoe-nos pela demora em responder-lhe. Queira acreditar que tal fato constitui exceção ao padrão de atendimento que o Ministério da Cultura pretende oferecer aos cidadãos.

Consultada a Secretaria de Diversidade Cultural em 01/07/11, informamos:

“O Ministério da Cultura tem, desde 2003, buscado atuar em consonância com a Declaração Universal da UNESCO sobre Diversidade Cultural do ano de 2001 e em observância à Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, adotada pela Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, em outubro de 2005 e ratificada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2006.

Segundo tal Convenção, a diversidade cultural só pode ser protegida e promovida  se os direitos humanos e as liberdades fundamentais tais como a liberdade de expressão, de informação e de comunicação, bem como a possibilidade para os indivíduos de escolher as expressões culturais, forem assegurados. As disposições da presente Convenção não poderão ser invocadas em prejuízo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais tais como consagrados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem ou garantidos pelo direito internacional, ou para restringir seu alcance.

Nesse sentido, visando a atender ao disposto na Convenção acima mencionada  e também ao programa Brasil Sem Homofobia é que norteamos as ações que fazem parte do Programa de Fomento e Apoio Projetos de combate à homofobia, criado no âmbito da SID, o qual busca estar em consonância com  a oitava ação do Programa Brasil sem Homofobia, cujo titulo é: “Direito à Cultura:  construindo uma política de cultura de paz e valores de promoção da diversidade humana”, que, abrangendo tanto a dimensão dos direitos culturais quanto a dos direitos sociais, propõe, entre outras: “apoiar a produção de bens culturais e eventos de visibilidade massiva e afirmação de orientação sexual”.

Baseado na Convenção (em observância principalmente aos seus artigos 1º; 2º, 7º e 11º ), no Programa Brasil sem Homofobia e tendo avaliado os  contextos históricos e as manifestações culturais LGTB através dos relatos e das demandas do Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania GLTB  – criado em 2004 e ampliado em 2008 -, o Ministério da Cultura reuniu propostas para balizar as ações da instituição.

Sendo assim, O MinC tem apoiado,  desde 2005, projetos culturais de combate à homofobia e de visibilidade do segmento LGBT. Os projetos apoiados pelo MinC incluem em suas estratégias de ação manifestações reconhecidamente culturais como, por exemplo: ensaios fotográficos, ciclos de debates, mostra de filmes, peças de teatro, produção de documentários e eventos do tipo “Paradas de Orgulho LGBT” que, no  nosso entendimento se configuram como expressão singular  e perfeitamente reconhecível como evento periódico e de criação coletiva e popular, inclusive com incorporação de elementos da cultura universal e brasileira, contribuindo dessa forma para a promoção da diversidade cultural brasileira.

Esperamos, dessa forma, contribuir para a promoção de uma cultura de paz onde o direito à livre orientação sexual e à cidadania cultural sejam plenamente respeitados e garantidos.  Não se trata, portanto, de privilegiar nenhum segmento e sim de promover direitos humanos de cidadãos que historicamente vem sendo alvo de preconceito e violência física e psicológica.

Sendo o Ministério da Cultura parte da estrutura de um Estado Laico, não se envolve com questões de cunho religioso. Pedimos que se dirijam diretamente aos organizadores da Parada do orgulho LGBT de São Paulo, uma vez que o nosso único objetivo ao apoiar o evento foi o de promover a cidadania do segmento LGBT.”

Atenciosamente,

Fale com a Cultura
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, Térreo

Horário: segunda à sexta, das 9h às 17h
Telefones: (61) 2024-2077 / 2024-2097 / 2024-2239
(61) 2024-2118 / 2024-2314 / 2024-2146 / 2024-2249

Este é um e-mail automático. Por favor, não responda.

Resumo da ópera:

1. O Ministério da Cultura tem uma ouvidoria “pra inglês ver”, porque é evidente que um órgão cujo canal oficial de comunicação dá uma resposta depois de transcorrido um terço de ano da consulta inicial não está nem um pouco preocupado em oferecer satisfação alguma para as pessoas que entrem em contato com ele.

2. O Ministério da Cultura está igualmente pouco se lixando para as manifestações ofensivas com relação às quais foi questionado porque, para ele, o que importa é assegurar «a liberdade de expressão, de informação e de comunicação, bem como a possibilidade para os indivíduos de escolher as expressões culturais». Mesmo que estas “expressões culturais” em questão sejam um deboche puro e simples da religião católica.

3. Mais: para o Ministério da Cultura, agredir a religião da maioria do povo brasileiro parece ser uma forma plenamente legítima «para a promoção da diversidade cultural brasileira».

4. Para o Ministério da Cultura, «ensaios fotográficos [gays], ciclos de debates [gays], mostra de filmes [gays], peças de teatro [gays], produção de documentários [gays] e eventos do tipo “Paradas de Orgulho LGBT”» são indiscutivelmente «manifestações reconhecidamente culturais», merecedoras por isso do apoio (financeiro inclusive, às custas dos impostos dos brasileiros) entusiasta do Ministério.

5. Quando se aponta a óbvia contradição entre os elevados princípios morais apregoados pelo Ministério [p.ex., a promoção dos «direitos humanos de cidadãos que historicamente vem sendo alvo de preconceito e violência física e psicológica»] e a zombaria baixa e vulgar realizada pelos sodomitas em São Paulo (o que, aliás, constituiu o motivo da consulta), o Ministério tira o corpo fora: «Pedimos que se dirijam diretamente aos organizadores da Parada do orgulho LGBT de São Paulo».

Eis, portanto, o que podemos esperar dos poderes constituídos do Brasil. Eis aí como os nossos governantes nos tratam! Eis o que recebemos dos canais institucionais de participação cidadã. Eis o retrato do governo brasileiro.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

39 comentários em “Ministério da Cultura Gay”

  1. Isso é uma palhaçada. Tudo isso só faz aumentar a raiva que sinto contra o governo federal e esses ativistas gays

  2. Na realidade…

    Deve ter sido 4 meses para encher as linguiças, e verificar se o enchimento de linguiça estava OK. Nos últimos 5 minutos antes de clicarem o botão “enviar mensagem” é que a resposta, por certo, foi escrita:

    Sendo o Ministério da Cultura parte da estrutura de um Estado Laico, não se envolve com questões de cunho religioso. Pedimos que se dirijam diretamente aos organizadores da Parada do orgulho LGBT de São Paulo, uma vez que o nosso único objetivo ao apoiar o evento foi o de promover a cidadania do segmento LGBT.

    Uma Perdigão!
    Já estava pronta. É a de sempre:

    «Estado Laico» blá blá blá…

  3. Código Penal

    Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo

    Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

    Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.

    Parágrafo único – Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

  4. O Ministério da Cultura desprezou a religião que é um dos mais belos exemplos de cultura no nosso país e privilegiou o movimento gay porque eles sofrem “perseguição”…..

    Ainda querem criminalizar nossa opinião….

    Como diz um grande amigo….”Daqui há uns anos …quem negar um “carinho” a eles será preso…do jeito que está indo….
    Meu Deus ….cada uma….
    Jesus!!!!
    Salvai o nosso Brasil!!!

  5. Jorge,
    A CNBB se manifestou?
    As Entidades católicas (Tv´s,rádios,pastorais….)se manifestaram?
    No dia do desrespeito eu vi apenas o arcebispo de SP se manifestado….é claro que outros arcebispos podem ter se manifestado,mas com a força que a CNBB tem fica a pergunta…se ingressaram com uma ação judicial contra os organizadores…se não …porque…?

    Se não fizerem “nada”…eles não respeitaram de novo e qualquer um vai poder sair por aí ridicularizando a fé do outro….

    Se a CNBB tiver se manifestado,me avisem e me desculpem,mas as eu particularmente achei as entidades tanto quanto omissas também…

    Se nós os desrespeitamos o Ministério senta o sarrafo na gente …se eles vilipendiam a fé …nós é que estamos errados…vai entender….

  6. Prezados Salve Maria,

    Deixe-me ver se entendo:

    O Brasil é um pais laico, onde HÁ a liberdade religiosa e NÃO HÁ uma religião oficial, ok?

    1 – Aos católicos que apóiam a liberdade religiosa:

    Considero justo que vocês se ofendam com insultos à fé católica e com os tais atos de vilipêndio, contanto que vocês não ofendam as outras “religiões”, dentre elas, as ligadas a macumba e ao satanismo. E por que?

    Simples, vocês pregam a liberdade religiosa (CV2), um estado laico e sem uma igreja (religião) oficial do Estado, então não podem requerer regalias (proteção) ao catolicismo. Se vocês criticam de forma radical (com base na doutrina católica), por exemplo, macumbeiros, satanistas, e outras, por que o catolicismo não pode ser criticado?

    2 – Aos católicos que se opõem a liberdade religiosa e ao estado laico:

    Vocês tem o direito de se indignar, façam tudo o que for necessário para tornar o catolicismo a religião oficial, continuem embasando seus atos na doutrina. Continuem obedecendo a Cristo e não aos governos deste mundo.

    São Pio X e São Tomas More, rogai por nós.

  7. Simples, vocês pregam a liberdade religiosa (CV2), um estado laico

    Uma coisa não está necessariamente ligada a outra. A própria declaração Dignitatis Humanae do Vaticano II, que explicitou a doutrina da liberdade religiosa, ratificou a doutrina tradicional a respeito da confessionalidade do Estado:

    «Visto que a liberdade religiosa, que os homens exigem no exercício do seu dever de prestar culto a Deus, diz respeito à imunidade de coação na sociedade civil, em nada afeta a doutrina católica tradicional acerca do dever moral que os homens e as sociedades têm para com a verdadeira religião e a única Igreja de Cristo.» (n. 1)
    http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651207_dignitatis-humanae_po.html

    Ou seja, o Sagrado Concílio Vaticano II, no exercício de sua autoridade magisterial, ensinou que têm o dever de professar a religião verdadeira, não apenas os indivíduos, mas também as sociedades. E entre as sociedades destaca-se a que tem maior importância entre todas na ordem natural, a sociedade civil ou política, chamada modernamente de Estado.

    Assim, o ensinamento do Concílio é de que o Estado, ainda que não possa impor pela força material uma religião, tem o dever de professar a religião verdadeira, conformando com ela a sua legislação e garantindo-lhe proteção contra violências e perturbações materiais.

    Se vocês criticam de forma radical (com base na doutrina católica), por exemplo, macumbeiros, satanistas, e outras, por que o catolicismo não pode ser criticado?

    Uma coisa é criticar uma doutrina; outra coisa é insultar seus ministros ou os que a professam, profanar seus objetos e lugares de culto ou metê-los a ridículo. Aqui no Brasil, é garantida a liberdade de crítica a qualquer doutrina — liberdade de que você mesmo se aproveita ao criticar o Vaticano II — porém a lei penal pune criminalmente o ultraje a culto religioso.

    2 – Aos católicos que se opõem a liberdade religiosa e ao estado laico:

    Bom, eu defendo a liberdade religiosa e me oponho ao Estado laico, tal como ensina o Sagrado Concílio Vaticano II. A minha posição, que é a única que um católico bem informado pode assumir, parece não existir para você.

    2 – Aos católicos que se opõem a liberdade religiosa e ao estado laico:

    Vocês tem o direito de se indignar, façam tudo o que for necessário para tornar o catolicismo a religião oficial, continuem embasando seus atos na doutrina. Continuem obedecendo a Cristo e não aos governos deste mundo.

    Taí uma atitude coerente. Porque eu sempre achei que os pseudo-tradicionalistas não acreditam nem neles mesmos. Eu nunca vi esse povo que critica o Vaticano II defender, na prática, a abolição da liberdade religiosa. Nunca vi vocês tomarem uma atitude concreta em defesa do suposto direito da polícia de fechar os templos das religiões diversas da católica. Por que vocês não colocam, na página inicial de seus sítios eletrônicos, em letras bem grandes: SOMOS CONTRA A LIBERDADE RELIGIOSA! QUEREMOS QUE OS HEREGES SEJAM PUNIDOS PELO PODER COERCITIVO DO ESTADO! CADEIA PARA PROTESTANTES E ESPÍRITAS! VOLTA, INQUISIÇÃO!

    Pois é, vocês reclamam contra a liberdade religiosa em teoria, mas nada fazem contra ela na prática. Essa é a grande prova de que nem vocês levam a sério o que pregam. Veja o pessoal que luta contra o aborto: eles não apenas contestam o aborto em teoria, mas se organizam para passar leis antiaborto no Congresso Nacional, fazem campanhas de esclarecimento durante as eleições, denunciam à Polícia clínicas clandestinas etc. Por que os supostos opositores da liberdade religiosa nunca tomam qualquer atitude concreta contra ela?

  8. E, para finalizar, a cereja do bolo:

    São Pio X e São Tomas More, rogai por nós.

    Santo Tomás Morus era um grande defensor da liberdade religiosa, tal como seria no futuro explicitada pelo Sagrado Concílio Vaticano II. Você não poderia ter encerrado seu comentário de forma mais irônica… É o que dá citar um santo, sem antes ler o que ele escreveu!

    Pela liberdade religiosa

    Santo Tomás Morus, rogai por nós!

  9. Irmão Aparecido,

    Como andas des(aparecido), em outra página fiz algumas perguntas que ainda estão em aberto, enfim.

    Vamos por partes, suas colocações entre aspas:
    “Assim, o ensinamento do Concílio é de que o Estado, ainda que não possa impor pela força material uma religião, tem o dever de professar a religião verdadeira, conformando com ela a sua legislação e garantindo-lhe proteção contra violências e perturbações materiais.”

    A-hã, acredito, tem certeza? De quem é esta interpretação do Concílio? Pelo jeito só sua mesmo. Me diga sem rodeios, um só discurso, um só documento em que um papa pós conciliar exige que um Estado obrigue ou oriente a fé católica exlusiva ao seu povo.

    Tem mais, segura ai.

    São Tomas More, rogai por nós.

  10. Continuando (parte 2):

    “Uma coisa é criticar uma doutrina; outra coisa é insultar seus ministros ou os que a professam, profanar seus objetos e lugares de culto ou metê-los a ridículo. Aqui no Brasil, é garantida a liberdade de crítica a qualquer doutrina — liberdade de que você mesmo se aproveita ao criticar o Vaticano II — porém a lei penal pune criminalmente o ultraje a culto religioso.”

    Hipótese:

    Um padre seguindo em via pública com seu grupo de fiéis se depara com os objetos de um ritual de macumba e diz: Isto aqui não vale nada é uma porcaria só, quem promove isto são enganadores, charlatões do demônio, Deus os abomina. Se vierem até vocês, nem os recebais. E depois, ele e o grupo destroem os tais objetos. Pergunto:

    1 – O padre agiu conforme a doutrina da Igreja?
    2 – O Estado laico, vai puní-lo por destruir objeto de outra “religião”?

    Nós, apesar de nossas fraquezas humanas, tentamos seguir e defender a doutrina católica, mesmo que isto nos custe a liberdade civil. Independentemente de lei que nos permitisse criticar o CV2, nós o faríamos assim mesmo, pois nosso Rei é Cristo, não César.

    Segura que vem mais…

  11. Diante do comentário que Francisco A. B. Júnior fez em 12 November 2011 at 7:37 am, compartilho agora com vocês dois e-mails que destinei a particulares dias atrás. Especialmente a segunda mensagem, que é como uma “interpretação” do 1º e-mail, que me foi solicitada.

    1º e-mail

    Assunto: Santa Sé defende “direito dos pais a escolher a educação de seus filhos”

    Para quem ainda alimenta(va) dúvidas, as palavras que Bento XVI dirigiu ao novo embaixador do Brasil junto a Santa Sé deixam claro o que é o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé, celebrado em 2008:

    «[…] cabe ao Estado garantir a possibilidade do livre exercício de culto de cada confissão religiosa, […] sempre que isso não esteja em contraste com a ordem moral e pública.»

    «[…] apraz-me salientar aqui, Senhor Embaixador, o [campo] da educação [de colaboração mútua entre o Governo brasileiro e a Igreja], para o qual a Igreja contribui com inúmeras instituições educativas, cujo prestígio é reconhecido por toda a sociedade. Com efeito, o papel da educação não pode se reduzir a uma mera transmissão de conhecimentos e habilidades que visam à formação de um profissional; mas deve abarcar todos os aspectos da pessoa, desde a sua faceta social até ao anelo de transcendência. Por esta razão, é conveniente reafirmar que o ensino religioso confessional nas escolas públicas, tal como foi confirmado no referido Acordo de 2008 [entre Brasil e Santa Sé], longe de significar que o Estado assume ou impõe um determinado credo religioso, indica o reconhecimento da religião como um valor necessário para a formação integral da pessoa. E o ensino em questão não pode se reduzir a uma genérica sociologia das religiões, porque não existe uma religião genérica, aconfessional. Assim o ensino religioso confessional nas escolas públicas além de não ferir a laicidade do Estado, garante o direito dos pais a escolher a educação de seus filhos, contribuindo desse modo para a promoção do bem comum.»

    O destaques em negrito são meus.

    2º e-mail (interpretação)

    O Estado é laico mas os cidadãos são religiosos, em sua maioria. Independentemente de qual seja a religião professada, se o exercício dela não vai de encontro à ordem moral e pública, é dever do Estado salvaguardar o direito do cidadão à religião de sua escolha.

    Uma religião que contrasta com a ordem moral e pública é uma religião de princípios ou práticas que não se coadunam com os princípios fundamentais de justiça tirados do direito natural. Esses princípios fundamentais acertadamente “tendem a constar” na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição da república, e nas Leis do Estado.

    Assim, na categoria de “religiões” indesejadas (também pelo Estado) estão incluídas: manifestações de satanismo ou paganismo que promovam sacríficios humanos ou abuso sexual de crianças.

    Educação não é apenas ensinar a contar, escrever, projetar computadores e pilotar máquinas. É indispensável fornecer sentido existencial ao educando. Isso transcende esta vida, sendo papel da religião (ou da filosofia, talvez). Sem esse sentido, algo muito importante estará faltando à pessoa.

    Uma genérica exposição de várias religiões (ao mesmo aluno) não basta, pois apontar diversos sentidos simultaneamente, dessa forma, é apontar nenhum sentido e desorientar (ou não orientar quem não está orientado, como naturalmente é o caso de um “aluno”).

    O aluno de família protestante deve ter direito à sua aula de religião “protestante” (se possível, especificamente na doutrina de sua denominação). O aluno de família católica deve ter direito à sua aula de religião católica. O aluno de família mulçumana deve ter direito à sua aula de religião mulçumana. E assim por diante. Assim como o aluno de pais ateus ou agnósticos, se da preferência deles, deve ter direito a não ter aula de religião. Nota: para estes, no Rio de Janeiro, além do ensino religioso ter matrícula facultativa, como você pode checar no link a seguir, também haverá a opção de uma disciplina substituta: “Ensino de Valores”.

    Aproveite e – ainda que de forma ligeira – leia: Sancionada Lei do Ensino Religioso no Rio de Janeiro (site da CNBB). Lá você verá, nas fotos, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, entre os representantes religiosos, em um clima de confraternização. “Além da religião católica, os colégios da Rede Municipal também vão oferecer aulas sobre as doutrinas evangélica/protestante, afro-brasileira, espírita, orientais, judaica e islâmica.”

    Se o assunto lhe interessou, pode ser ainda mais interessante ter como referência a “Constituição Pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja e o Mundo Atual”, documento do Concílio Vaticano II, dado em Roma, 7 de Dezembro de 1965.

    Alexandre Magno

    PS.: resumindo: Igreja não busca privilégios em Acordo com Brasil, diz Papa (Canção Nova Notícias)

  12. Continuando (parte 3):

    Irmão Aparecido, que presume saber o que alguém leu ou não, larga a bola de cristal. Suas frases entre aspas:

    “E, para finalizar, a cereja do bolo:

    São Pio X e São Tomas More, rogai por nós.

    Santo Tomás Morus era um grande defensor da liberdade religiosa, tal como seria no futuro explicitada pelo Sagrado Concílio Vaticano II. Você não poderia ter encerrado seu comentário de forma mais irônica… É o que dá citar um santo, sem antes ler o que ele escreveu!

    Pela liberdade religiosa

    Santo Tomás Morus, rogai por nós!”

    Pergunto:

    1 – Você concorda com a dita “defesa da liberdade religiosa” de São Thomas more em seu livro -utopia-?
    2 – Sabe o que o Papa, de acordo com a Tradição da Igreja reservou ao tal livro na época, tamanha era a concordância com a tal liberdade religiosa?

    Admiro muito São Thomas More, evidentemente que jamais pelo tal livro, mas pela sua morte em martírio. Engraçado, ele se recusou a aceitar a seita de Henrique VIII.

    Quanto a cereja… bom proveito.

    Mais uma vez, São Thomas More, rogai por nós.

  13. Caro Alexande, Salve Maria

    Exato, Perfeito.

    Pelo jeito o Santo Padre não concorda com o Irmão Aparecido (IA). Veja o que este último disse:

    “Assim, o ensinamento do Concílio é de que o Estado, ainda que não possa impor pela força material uma religião, tem o dever de professar a religião verdadeira, conformando com ela a sua legislação e garantindo-lhe proteção contra violências e perturbações materiais.”

    De duas uma:

    Ou a interpretação do IA (para salvar o CV2) é fruto de seus sonhos, ou
    O Santo Padre não lembra bem da dourtina do CV2, se for este o caso, IA, por favor mande um e-mail para ele, alertando que é dever da Igreja exigir defesa para a religião verdadeira por parte do Estado.

    Observe, É CLARO: O Santo Padre não está preocupado com o ensino de doutrina católica nas escolas no Brasil, muito pelo contrário, ele pede igualdade de direito para com as seitas.

    IA, mostre onde o Santo Padre pede que o Estado defenda a verdadeira religião.

    São Thomas More, rogai por nós e pelo Santo Padre.

  14. Sr. Francisco, o senhor jogou conversa fora e não enfrentou a questão essencial:

    Por que os pseudo-tradicionalistas (a seita que se opõe ao Sagrado Concílio Vaticano II) não toma, na prática, nenhuma atitude concreta contra a liberdade religiosa, se é verdade que a abominam tanto?

  15. Crianças, quando irão crescer?

    Eu já disse anteriormente e repito: façam a denúncia ao Ministério Público com base na lei. Vocês estão parecendo o movimento gay. Ficam pedindo socorro pra pessoa errada.

    O que vocês esperavam? Que o Ministério da Cultura abrisse processo contra a APOGLBT?

    Pra mim vocês estão como a ABGLT, querem é fazer marola.

    Homessa!

  16. continua..

    Entre aspas, comentário do Irmão Aparecido (IA):

    “Sr. Francisco, o senhor jogou conversa fora e não enfrentou a questão essencial:

    Por que os pseudo-tradicionalistas (a seita que se opõe ao Sagrado Concílio Vaticano II) não toma, na prática, nenhuma atitude concreta contra a liberdade religiosa, se é verdade que a abominam tanto?”

    Antes uma pergunta: O que Roma e o Papa estão fazendo para que os Estados professem e defendam a verdadeira religião? Enriqueça sua resposta com documentos. (sugestão: procure tais documentos antes de 1962, será menos decepcionante).

    Pois é, nós os “pseudo-tradicionalistas” tentamos com toda a caridade ensinar aos católicos que a liberdade religiosa é doutrina defendida a partir do CV2. Sem contar é claro com nossas orações. Em nosso grupo, 100% é a favor de que a ÚNICA IGREJA DE CRISTO, A CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA deve estar acima do poder civil. E observe:

    1 – Se no Brsil a maioria é católica;
    2 – Se todos os católicos fossem contra a liberdade religiosa, assim como os “pseudo-tradicionalistas;
    3 – Elegeríamos representantes católicos de verdade;
    4 – Aprovaríamos leis católicas, dentre elas o extermínio da liberdade religiosa; e
    5 – Estaria instaurado, no Brasil, o que sempre nos ensinou a doutrina Católica: o fim da liberdade religiosa nos moldes do CV2 e a supremacia da Igreja Católica.

    O problema é que Roma ensina o contrário da doutrina de sempre e deste modo os católicos não almejam mais um país católico, mas apenas um pais “religioso”:
    http://www.zenit.org/article-29160?l=portuguese

    São Pio V, rogai por nós.

  17. Antes uma pergunta: O que Roma e o Papa estão fazendo para que os Estados professem e defendam a verdadeira religião?

    Tá mesmo interessado? Pergunta pra ele, oras! Eu lá tenho procuração pra responder pelo Papa! E, ademais, quem é você para interpelar o Papa?

    Pois é, nós os “pseudo-tradicionalistas” tentamos com toda a caridade ensinar aos católicos que a liberdade religiosa é doutrina defendida a partir do CV2. Sem contar é claro com nossas orações. Em nosso grupo, 100% é a favor de que a ÚNICA IGREJA DE CRISTO, A CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA deve estar acima do poder civil. E observe:
    1 – Se no Brsil a maioria é católica;
    2 – Se todos os católicos fossem contra a liberdade religiosa, assim como os “pseudo-tradicionalistas;
    3 – Elegeríamos representantes católicos de verdade;
    4 – Aprovaríamos leis católicas, dentre elas o extermínio da liberdade religiosa; e
    5 – Estaria instaurado, no Brasil, o que sempre nos ensinou a doutrina Católica: o fim da liberdade religiosa nos moldes do CV2 e a supremacia da Igreja Católica.

    Não perguntei sobre o que o papa, a Santa Sé, os católicos estão fazendo ou deveriam fazer. Perguntei sobre você e sua turminha. O que perguntei é: se os pseudo-tradicionalistas são tão contra a liberdade religiosa assim, o que de concreto estão fazendo contra ela? — além, é claro, de usá-la para falar mal do Papa e da Igreja.

    No fundo, vocês não estão contra a liberdade religiosa coisa nenhuma, porque vocês não têm sequer um projeto para acabar com ela, quem dirá atitudes práticas e concretas nesse sentido. Vocês só usam esse papo furado como um pretexto para a maledicência, para criticar o Papa, desacreditar a Igreja e confundir o povo fiel. Vocês se julgam santos e melhores que os outros, mas não passam de instrumentos do diabo (do grego diabolos, divisor), cheios de soberba e vaidade.

  18. De novo!!!! Gustavo!!!!Essa molecagem dos jornalistas da Época de mudarem o linguajar do pastor e já estão respondendo processo.

    Da mesma forma quando A Veja disse que o Padre Fábio de Melo fazia as fãs terem uma visão sexualizada dele e da mesma forma que a própia Veja também teve que se retratar por fazer uma reportagem intitulada de “a fé dos homofóbicos”…e tbm deu o direito de resposta ao pastor….
    Aí vc acredita em tudo que a mídia fala e ainda sai caluniando….

    Sobre a Falsa Teologia da prosperidade…eu pedi para tu dissertares para mim sobre a mesma,mas vejo que tu és covarde e só sabes caluniar e repetir o que a mídia elitista,anti-crisã,neomalthusiana,burguesa….diz…

    mas ainda há esperança!!!!!
    Que Deus te abençoe!!!!!

  19. continua, Eita, o Irmão Aparecido, que pelo jeito é adepto da TL, ficou brabinho, que dó.

    Pelo jeito passou o dia procurando um só documento que pedi e, no fim, decepção. Eu avisei.

    Eu respondi, para eliminar a Liberdade religiosa, nós “pseudo-tradicionalistas” rezamos e tentamos ensinar os católicos sobre o erro de defender a tal liberdade religiosa. Estas são as ações.

    A propósito você sugere algo a mais, já que estas a seu ver, não são atitudes concretas?

    Mas gostei, você tem um espírito radical preso dentro de si, liberte-o, pois vc disse: “…Vocês se julgam santos e melhores que os outros, mas não passam de instrumentos do diabo …” e ainda julga nosso íntimo. Muito bem IA, continuo aguardanto os tais documentos que pedi. Mas já alerto, tome calmantes, pois vai de decepcionar.

    Em tempo, nós já estamos celebrando missas dentro de seus templos e com autorização de seus bispos, ok? Ñós, a quem você chama de “instrumentos do diabo”.
    Acorda rapaz. E agora, vai criticar seus bispos por permitir tamanho “insulto”, ou vai reclamar que o papa não consegue tomar conta de seus bispos “negligentes” por nos deixar celebar missas. Mas pra vc que adora a liberdade religiosa e ecumenismo, exijo que nos trate no espírito “ecumenicamente correto”, Grato.

    Passar bem.

    Este assunto já foi bem tratado aqui: https://www.deuslovult.org//aux-armes/debate-vaticano-ii/

  20. Fica a pergunta…Porque a CNBB não entrou com ação judicial?

    Se nós fizéssemos isso,eles entrariam….

    Fica o alerta para a próxima vez!!!!!!!
    Posso está errado,mas achei a CNBB omissa em relação a esse desrespeito!!!!!!!!
    Alguns arcebispos isoladamente se manifestaram e também líderes de outras religiões como o Malafaia em seu programa,mas não houve uma atitude da entidade….se eu estiver errado …me avisem!!!!

  21. Alvaro

    O pastor falou que quis dizer funicar, uma gíria que nem existe no dicionário de gíria e que de acordo com ele quer dizer ferrar, arrombar e … Isso parece mais linguajar de bandido do que de Evangelizador.

    Agora é claro que tu tem o direito de achar justo e divino ele falar assim, mas atacar a mídia pelo indivíduo não saber se expressar direito é o cumulo. A revista época tornou disponível o audio da entrevista, deve ter feito isso por desonestidade também.

    Agradeço por me chamar de caluniador, mesmo eu mostrando o link da noticia que contem a explicação do tal pastor. Sei que é mais facil me atacar do que reconhecer os erros do seu guia religioso.

  22. Seu Francisco, pode me acusar de TL ou do que você quiser. Isso não muda as constatações de fato. Já ficou amplamente demonstrado que, apesar das fúteis declamações retóricas dos pseudo-tradicionalistas contra a liberdade religiosa, na prática a sua atitude é rigorosamente a mesma dos católicos que obedecem ao Papa e ao Concílio. A única diferença é que os católicos obedientes ao Papa e ao Concílio são coerentes com o que pregam, enquanto os pseudo-tradicionalistas negam na prática o que aparentemente insistem tanto na teoria. Ou seja, é a sua própria conduta prática que desmente a sua pregação anticonciliar.

  23. Enfim,

    Em resumo:

    1 – Os “pseudo-tradicionalistas” rezam para o fim da liberdade religiosa do CV2 e, dentro de nossas limitações, tentamos convencer os católicos sobre o erro doutrinário da liberdade religiosa. Se, na visão do IA, isto é pouco, ele que apresente o que podemos fazer mais. De outro modo, encerro o assunto.

    2 – Quando encontrardes um único documento após o CV2, no qual Roma exige proteção à Única Igreja de Cristo, nos diponibilize. Por hora, o que temos é o que eu afirmo, a doutrina pós CV2 é esta:
    http://www.zenit.org/article-29160?l=portuguese

    Se tomarmos como verdade, que o CV2 exige proteção do Estado ao catolicismo, então o próprio papa o está negligenciando, conforme link acima.

    At.

  24. Retiro o que disse sobre você ser caluniador…mas sobre a revista época e Veja…eu antes lia,mas hoje eu jogo no lixo e nãoa penas pelo desrespeito a padres,pastores ,católicos e evangélicos….mais poque as revistas são extremamente elitistas…

    Desculpe-me,mas é porque tu aparentas ser um reprodutor da mídia…talvez eu esteja errado…

    Abraços,

  25. Seu Francisco

    Se a liberdade religiosa é um erro doutrinário, por que vocês não fazem nada de concreto contra ela?

    Mire-se no pessoal que trabalha contra o aborto: eu já disse que eles pressionam o Congresso Nacional para aprovar projetos em defesa da vida, como o Estatuto do Nascituro; protestam contra decisões anti-vida do Poder Judiciário; denunciam à Polícia clínicas de aborto; ajudam gestantes em situação de risco.

    E vocês, que se dizem contra a liberdade religiosa, o que fazem contra isso? Nada de concreto, exceto usar essa conversa mole para desacreditar o magistério da Igreja.

    Ah, vocês rezam… Parece que Deus não está ouvindo as suas orações. Ele prefere os que rezam nas intenções do santo padre.
    http://www.catedralsaojose.org.br/catedral2011/noticias/8485-papa-pede-oracoes-em-agosto-pelos-migrantes-e-pela-liberdade-religiosa.html

    É o que eu disse e você mesmo confessou: os pseudo-tradicionalistas são contra a liberdade religiosa da boca pra fora, mas na prática a sua atitude é rigorosamente a mesma dos católicos que obedecem ao Papa e ao Concílio. A única diferença é que os católicos obedientes ao Papa e ao Concílio são coerentes com o que pregam, enquanto os pseudo-tradicionalistas tem seu discurso desmentido pela maneira como vivem, pois nada fazem de concreto contra a liberdade religiosa. É apenas um pretexto hipócrita para perturbar a paz e a obediência na Igreja.

  26. Não, Álvaro, infelizmente você não está errado. A CNBB foi omissa sim. Alguns bispos se manifestaram, mas a CNBB não. E não engoli isso até agora. E se quer saber, sabe por que a CNBB foi omissa? Porque a CNBB foi tomada pelo marxismo, pela teologia da libertação. E isso faz muito, muito tempo. Foi a CNBB que deu origem ao PT, você sabia? Maldita CNBB! A CNBB parece mais um partido político de esquerda, porque está mais preocupada em resolver os problemas sociais do mundo do que em defender a fé católica e salvar as almas. A CNBB não presta, meu querido. A CNBB deixou de ser católica faz tempo. A CNBB é um lixo, são raças de víboras. Desculpe falar assim, mas estou apenas desabafando.

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