Sinceramente, eu não sei quem são os bárbaros (sobre a enfermeira e o Yorkshire)

Nos últimos dias, eu ouvi falar muito sobre a enfermeira que espancou e matou um Yorkshire. Vi também o vídeo do Youtube que mostra os maus-tratos; não é nada bonito. A garota chuta o cachorro, deixa-o preso sob um balde, joga-o para cima a fim de que caia no chão. E tudo isso na frente de uma criança (ao que parece, filha dela).

A repercussão (como sói acontecer em casos assim) foi imediata e violenta. O referido vídeo tem neste momento mais de sessenta mil comentários, entre os quais é possível encontrar coisas como (toda a pontuação e ortografia dos originais):

  • Da um joinha ae Para quem tem vontade de colocar essa mulher de 4, amarra uma coleira no pescoço dele e mete a bicuda, socos e ponta pé nela. Essa cadela vadia. OBS: sou contra a violência com as propias mão, mas no caso dela eu abro uma exeção!
  • ha jente muito ruin nete planeta ,mas eu apostu que eles teem uma localsinho marcado so pra eles . ARDE NU INFERNU MINHA VACA SEM ESCRUPULOS !
  • Ela não merece a morte, ela merece sofrer vagarosa e dolorosamente pra sentir pior que o cão sentiu. Depois disso tem que ir pro inferno sofrer eternamente sendo mordida por cachorros e estando acorrentada com corrente com lâminas, pra quando ela se debater de dor cortar a pele. Eu odeio essa vadia, sem cerébro! Morra demonio!!
  • Essa mulher teem problema!!! Vadiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaa! Você tem q ser espancada até a morte pra ver como é bom! Desgraçadaa!!!Voce podia viver sem fazer milhões de pessoas chorarem!! Vacaaaa se entrega logo ASSASINAAA!!!!

E daí (muito!) para baixo. Isto foi apenas uma pequena amostragem colhida ao acaso, navegando aleatoriamente pelas muitas páginas de comentários. Ao que parece, o sentimento universal é o de que esta mulher merece

  1. ser torturada;
  2. ser (violentamente) morta;
  3. ir pro inferno.

Há também diversas petições na internet para serem assinadas; a maior delas pede, no título, que a enfermeira sofra a pena máxima do crime de maus tratos (já está beirando as 400.000 assinaturas e tem muitos comentários como os que foram acima citados). Aliás, este abaixo-assinado é bem sucinto e merece ser citado na íntegra:

PARA PENA MÁXIMA DE CRIME DE MAUS TRATOS PARA A ENFERMEIRA QUE MATOU O YORKSHIRE. PUNIÇÃO POR CRIME DE MAUS-TRATOS E INCLUSIVE PENA PARA OS FAMILIARES QUE OMITIRAM SOCORRO! CASSAÇÃO DO REGISTRO DO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM!

É isto. Gritos e exclamações indignadas do original. Estas três linhas conseguiram, simplesmente, a simpatia de quase 400.000 brasileiros em uma semana. É verdadeiramente impressionante.

Falemos abertamente: é óbvio que não é normal uma pessoa espancar e matar um cachorro ou qualquer outro animal. Chesterton já dizia (salvo gravíssimo engano em “Ortodoxia”) que é evidente haver mal no mundo, e dava como exemplo de evidência disto um sujeito esfolando um gato. É também óbvio que o mal (e, neste caso, com o agravante de ser o mal que costuma ficar impune, o mal tratado com indiferentismo) costuma provocar indignação nas pessoas normais. Tudo isto é perfeitamente razoável. O que foge a qualquer razoabilidade é o exagero destas reações, tanto em quantidade quanto em qualidade.

Tenho certeza de que é possível encontrar com relativa facilidade notícias recentes de crimes de agressão e de morte praticados contra seres humanos neste Brasil afora, e não me recordo de ter jamais visto uma mobilização virtual desta magnitude quando as vítimas são pessoas humanas as quais, por sua própria natureza, valem infinitamente mais do que cachorros (por bonitinhos e fofinhos que eles sejam) ou qualquer outra coisa. Além disso, as manifestações contra a enfermeira incluem divulgação de foto, endereço, nome do marido e telefone (que eu vou ter o bom senso de não colocar aqui, mas a maior parte dos meus leitores deve ter recebido no Facebook ou por email) e, por conta disso e segundo esta notícia, a enfermeira está “escondida, pois já recebeu mais de 40 mil ameaças de morte”.

E isto, sinto muito, passa muito longe de ser demonstração de civilidade e de respeito, de ser o justo repúdio ao mal praticado. É fora de quaisquer dúvidas que é errado espancar e matar um cachorro, mas também é inquestionável que fazer incitação ao crime, ameaçar de morte e divulgar as informações necessárias para que tais ameaças se concretizem é muito mais errado e, se as pessoas não conseguem perceber isto, estão em um nível de degradação moral ainda pior do que o da enfermeira. Alguém comentou que é desanimador pensar no futuro de um país onde há pessoas que espancam e matam animais como se não estivessem fazendo nada, e eu concordo totalmente. No entanto, é ainda mais desanimador pensar no futuro de um país onde se defende abertamente o linchamento (moral e também físico) de um ser humano, a sua tortura e morte pela turba revoltosa seguida de condenação eterna, e onde os que fazem isso julgam-se os paladinos de uma civilidade que não possui a enfermeira condenada no júri popular virtual. Sinceramente, eu não sei quem são os bárbaros aqui.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

74 comentários em “Sinceramente, eu não sei quem são os bárbaros (sobre a enfermeira e o Yorkshire)”

  1. nossa, cristiane, eu disse que ocorre também fora da igreja, isso inclui pagãos. mas não exclui cristãos.
    que tal analisar o texto sem agressividade?

  2. Caríssima Cristiane, permita-me assinar embaixo todo o seu comentário de resposta ao Lucas, do qual destaco o trecho seguinte:

    “E quanto a padres e pastores pedófilos, porque não aproveita e denuncia também professores pedófilos, pedreiros pedófilos, médicos pedófilos, juízes pedófilos? Se você está realmente preocupado com criancinhas abusadas por pedófilos, então aproveita e denuncia TODOS os pedófilos, não só os religiosos. Por acaso o senhor sabia que, de acordo com as estatísticas, há muito mais pais de famílias pedófilos do que padres? E ainda assim, apesar das estatísticas, eu sei muito bem que nem todo pai de família é pedófilo e que, portanto, não preciso ficar paranóica e desconfiar de todo pai de família. E o senhor, será que vai desconfiar de todo pai de família agora, já que a grande maioria dos pedófilos está presente na família?

    A maioria dos pedófilos está na família, a maioria dos pedófilos são os pais das crianças abusadas. O pedófilo geralmente é o pai, e se não é o pai é o tio, o primo, o irmão… O que o senhor diz disso, hein, Lucas? Ainda assim, sabendo disso, devemos desconfiar de todo pai, todo irmão, todo primo?

    Por acaso só há pedófilos entre os religiosos, hein, Lucas? Por acaso todo padre ou pastor é pedófilo? Você está preocupado com as vítimas de estupro mesmo ou está mais preocupado em desmoralizar os religiosos, hein, Lucas?”

    Bingo! Você chegou ao ponto, caríssima. O que se pode constatar a partir de comentários como os do Lucas e da Vivian é um anti-catolicismo inflamado que se serve dos casos de pedofilia no clero como uma MULETA contra toda opinião dita por um católico em relação a um assunto, ainda que nada tenha a ver com desvios do celibato.

    Além de estupidamente preconceituosa, essa reação de pessoas como o Lucas e a Vivian cobrem-se de um mal velado manto de hipocrisia, porquanto são vigorosos quanto a supostos preconceitos em relação às minorias privilegiadas, caso dos gays. Para estes, qualquer vírgula contra é preconceito, homofobia, e quem ai de quem discorda. Agora, se for a Igreja Católica, os seus clérigos ou os seus fiéis, aí os bonitinhos vociferam imputações generalizadas de pedofilia. Se falhar, é só voltar para o cardápio “histórico” de inquisições e cruzadas. Assim, enquanto sobram emocionalismo, preconceitos e hipocrisia, faltam controle emocional e argumentos.

    No mais, aproveitando a correção do Leniéverson, creio que a maioria a que você se refere seja de pessoas anti-católicas como os mencionados comentaristas. Pelo menos, assim entendi.

  3. Caro Jorge,

    em nenhum momento disse que era a favor de ameaças e sim que entendia o surgimentos destas em função do panorama que existe atualmente. Qualquer um de nós está sujeito a ser filmado/fotografado com tanta tecnologia nos cercando, tantos sistemas de segurança. Ela deve arcar com sua responsabilidade assim como quem a ameaça deve responder por isso também já que há tempos a internet deixou de ser terra de ninguém.

    Quando a linchamentos físicos ou morais promovidos por religiões não me parece adequado discutir o assunto em post cujo assunto principal é outro – sim, sei que quem tocou no assunto primeiro. Além do mais você acredita que não e eu acredito que sim e mesmo com toda discussão o yorkshire continuaria morto.

    Parabéns pelo prêmio, provavelmente um dos elementos que faz o sucesso do blog é o espaço cedido aos que pensam de forma contrária.

  4. Leniéverson

    Eu quis dizer a grande maioria de pessoas como a Vivian, que defendem os animais, mas que se calam quando a violência é contra seres humanos, inclusive contra bebês indefesos que nem nasceram ainda. Eu não quis dizer a grande maioria no geral. Até porque eu sei que a imensa maioria dos brasileiros é contra o aborto. Mas a impressão que eu tenho é de que a maioria dos ativistas defensores dos animais defendem o aborto. Quando eu disse maioria, estava me referindo a pessoas que parecem defender mais a vida dos animais do que a vida humana. Posso estar enganada, mas é essa a impressão que eu tenho. Eu sei que existem ambientalistas que defendem o aborto, e que querem poupar embriões de tartarugas só porque estas estão ameaçadas de extinção. Uma grande inversão de valores.

  5. Tudo bem, Quintas. Mil desculpas. Quando eu erro, eu assumo. Realmente, eu não precisava falar daquele jeito. Apenas entendi mal o que você quis dizer.

  6. “No mais, aproveitando a correção do Leniéverson, creio que a maioria a que você se refere seja de pessoas anti-católicas como os mencionados comentaristas. Pelo menos, assim entendi.”
    Sim, Eduardo. Estava me referindo a essas pessoas mesmo, que chegam a defender embriões de tartarugas, mas não movem uma palha para defender embriões humanos.

  7. Leniéverson, às vezes a gente interpreta errado mesmo. Eu entendo, porque até mesmo eu faço isso às vezes. Sem querer, acabo interpretando errado. É coisa que acontece, portanto, não precisa se preocupar. Aceito suas desculpas. Abraços.

  8. Hoje, mais que cristianofobia eu vejo e às vezes sinto na pele uma catolicofobia. Se um católico se posiciona com relação a qualquer coisa, ele ouvirá acusações de pedofilia, inquisição, idolatria, venda de indulgências, etc. parece um disco arranhado.
    Sim,o católico sempre ouvirá essas acusações, pois alguém se sentirá agredido com a tomada de posição do católico e os ataques sempre são preferencialmente à Igreja Católica e se sobrar algo, vai respingar nas igrejas protestantes e se o crítico for um ateu vai sobrar para toda e qualquer religião, mas o “saco de pancadas” é a Igreja Católica.

    Mas…
    “8 Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. 19 Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa.” (Jo 15)

    E não adianta vir com aquela lenga-lenga de que foi Constantino que fundou a Igreja Católica, blá, blá, blá.

    Dom Bosco, rogai por nós!

  9. Essa arrogância de pensar que os seres humanos valem mais que os animais me enoja.

    Somos muito mais crueis do que os animais. Isso já nos torna mais podres do que eles.

    Concordo que a atitude tomada contra ela, ameaçando de morte, não se justifica. Mas defendê-la com esse tipo de argumento também não!

  10. “A Igreja jamais apoiou o linchamento de ninguém e, quando eram católicos os que o faziam, Ela protestava com veemência. Aliás, já que você falou, o fim dos pogrons na península ibérica veio pari passu com o estabelecimento da Santa Inquisição naquelas terras”.

    Mentira! A Inquisição foi a que mais perseguiu judeus na península Ibérica! Ou será que nunca existiram os “cristãos-novos”? É muito cinismo afirmar que a igreja nunca apoiou o linchamento de ninguém quando ela mesma matava em praça pública! Para sempre ela terá as mãos manchadas de sangue por esses crimes!

  11. Olá pessoal!

    Não tenho coragem de assistir a tal violência, só de imagina o horror percorre todo o corpo. Mas, incitação a mais violência, contra uma pessoa, isso é piorar o horror ainda mais, quem assim age deixa claro através de suas opiniões desequilibradas o quanto tem que se auto-avaliar para que não seja ela autora de atos muito piores do que o que julga condenável.

  12. Antônio Silva,

    Frequentemente, as pessoas esquecem-se que havia um histórico de antissemitismo na Europa desde o tempo das invasões bárbaras.

    Portugueses e espanhóis matavam judeus a torto e a direito muito antes de haver Inquisição. Até o estabelecimento da Inquisição ibérica, periodicamente, os sefarditas (=judeu ibérico) eram caçados nas ruas de Portugal e Espanha por multidões enfurecidas. Qualquer pogronzinho fazia dezenas, centenas, às vezes milhares, de vítimas.

    Após a Inquisição, que só surgiu na Península Ibérica no Renascimento, a perseguição aos judeus deixou de ser feita por multidões e passou a ser feita pelo Santo Ofício. Eu não gosto, não simpatizo e nem pretendo absolver a Inquisição ibérica (ela, no geral, é indefensável). Mas a verdade histórica, é que a quantidade de sangue judeu derramado diminuiu muito após o estabelecimento da Inquisição em Portugal e na Espanha.

    Por favor, veja ainda que linchamento é uma coisa, auto-de-fé é outra coisa. Uma coisa era queimar um cristão-novo em praça pública após um processo judiciário que levava meses ou anos. Outra coisa era a multidão invadir o bairro dos judeus matando, estuprando e saqueando tudo e todos que encontrava pela frente. A Igreja, infelizmente, apoiava autos-de-fé, mas nunca apoiou um linchamento.

  13. Pri,

    Sinceramente, eu não vi ninguém em nenhum contexto (nem aqui e nem em lugar nenhum) dizer que a enfermeira estivesse certa em espancar o cachorrinho até a morte.

    – Jorge

  14. Penso que o autor do post não discorda: essa mulher tem de sofrer alguma pena.

    EU DESEJO que ela passe um tempo – mais de ano! – na cadeia, também como medida exemplar. A pena que for máxima e justa; não uma pena injusta, que seja para mais ou para menos.

    Uma estúpida como essa provavelmente vai usar das autoridades da “psicologia” em sua defesa, dizer que anda aperreada, depressiva etc. “OH! TADINHA!” Li em algum canto que já começaram com esse lenga-lenga.

    Essa mulher desonra a inteligência humana que tem! Ao meu ver, tendo tido condições para fazer-se enfermeira, tem culpa em não ter procurado melhor formar sua consciência, chegando ao ponto de errar do jeito que errou. Eu também tenho esse tipo de culpa na história da minha vida, e por isso mesmo assim entendo. De uns tempos pra cá tenho buscado a correção.

    Pessoas humanas valem mais do que cachorros. Sim! Por outro lado, animais irracionais são criaturas completamente inocentes, incapazes de mal moral.

    Angelica (20 December 2011 at 5:57 pm), pelo contrário.

    O exercício cotidiano dessas profissões infelizmente modelam uma “frieza” na pessoa. Esta pode ter sido muito sensível na escolha da profissão, mas depois tende a perder aquela “sensibilidade sentimental” que a faria exclamar com toda a comoção: “Oh! Como esse irmãozinho ferido está sofrendo!”

    “De outro modo, atrapalharia a profissão.” (aspas, e bote aspas!)

    Ao meu ver, quando estes profissionais lucram humanamente, é exatamente de forma racional que mantém uma “sensibilidade”.

    Agora…

    A profissão dessa mulher não tem a ver com o julgamento do erro em pauta, que ela cometeu. Não entendo por que estão fazendo essa associação com a pena. Impedi-la de ser enfermeira em definitivo? Nada a ver! (ou eu não estou informado o suficiente sobre que ela fez)

    Dizer que ela é enfermeira, para mim, tem importância quase que somente sob o aspecto acima, quando observo sobre a necessidade de bem formar a consciência.

  15. Antônio Silva
    “Mentira! A Inquisição foi a que mais perseguiu judeus na península Ibérica! Ou será que nunca existiram os “cristãos-novos”? É muito cinismo afirmar que a igreja nunca apoiou o linchamento de ninguém quando ela mesma matava em praça pública! Para sempre ela terá as mãos manchadas de sangue por esses crimes!”
    Que comparação! Uma coisa é linchamento, outra coisa completamente diferente são os autos-de-fé! São duas coisas distintas! A Inquisição era um processo judiciário, que levava meses ou até anos. Os autos-de-fé eram a pena máxima, e somente quem tivesse cometido crimes gravíssimos eram condenados à pena de morte na fogueira. Havia outras penas mais leves. Isso é diferente de linchamento, meu caro. Uma coisa era um cristão-novo ser condenado à morte depois de um processo judiciário, outra coisa completamente diferente é invadir um local e sair saqueando e matando todo mundo, fazer justiça com as próprias mãos. E outra, os “cristãos-novos” eram julgados por heresia, e não por serem judeus. A Inquisição só julgava os católicos. Só julgava judeus que tivessem se tornado católicos. Não matava judeus por serem judeus. Portanto, não adianta acusar a Igreja de ser anti-semita! Meu Deus, quanta ignorância vinda de uma pessoa só!

  16. “Essa arrogância de pensar que os seres humanos valem mais que os animais me enoja.”
    Não é arrogância não, querida. Não nego que os seres humanos cometem atos abomináveis, mas o ser humano continua sendo a espécie mais inteligente da face da terra. E é só o ser humano que faz história. Só o ser humano é capaz de transformar a natureza.

    Foi nesse sentido que eu quis dizer que os seres humanos valem mais do que os animais. E quem disse que o ser humano vale mais do que os animais foi Cristo. Foi Cristo quem disse que nós valemos mais do que os pardais. Até Cristo dá mais valor ao homem, porque pelo que entendi, Cristo veio para salvar a humanidade, ou seja, o homem, e não os animais.

    E outra, ninguém aqui está defendendo esta mulher, cara Pri. Em nenhum momento eu disse que essa mulher estava certa em espancar o cachorrinho até a morte. Muito pelo contrário, acho que foi maldade por parte dela, ela não precisava e nem tinha por que fazer isso. Apenas acho que não é o caso de querer linchá-la, ou ameaçá-la de morte, não é mesmo? Eu amo os animais, mas para mim o ser humano continua valendo mais do que o animal.

  17. Que excelentes julgadores temos aqui!
    “Gente como a Vivian…” Que quer apedrejar por causa de um cachorro, que apóia o aborto…
    Em primeiro lugar ninguém aqui me conhece e estão se posicionando contra mim, a partir de um comentário, reação tão agressiva quanto os que querem a morte da bendita agressora.
    C-A-L-M-A! No final, é o que o post pede! Vamos adequar as reações a proporção do fato.
    Assim queridos, eu nunca fui e não sou a favor do aborto, nem mesmo acho que devam matar a assassina, como deixei bem claro no meu post. Desejei-lhe vida longa.
    Só o que quis evidenciar, foi que tudo que se defende com excesso de argumentos, beira a loucura.
    E na minha opinião (que não é a verdade absoluta como a de alguns aqui) o post não foi de bom tom.
    Cada pessoa se indigna com o que quer. E é lamentável que por causa do que postei, venham a pensar que não me importo com mortes de crianças, a distorção do que escrevi é necessária para que se tenha argumentos. Ok.
    Vida longa a todos nós e o acerto futuro individual com o Criador.

  18. Muito engraçado! Agora, nós somos os “julgadores” da Vivian.

    Ela reclama que não a conhecemos porém nos posicionamos contra ela a partir de um comentário, sendo isso uma reação agressiva, tanto quanto a dos que querem a morte da enfermeira que matou o cachorrinho.

    Antes, chamo a atenção para esse tipo de comportamento infantil de quem se mete a opinar num blog, mas não tolera réplicas e, no caso da Vivian, foram réplicas bem merecidas, bem aplicadas. Recapitulemos, então, o inocente post viviano que abriu esta caixa de comentários.

    1 – Já chegou, aqui, PRÉ-JULGANDO o autor e todo e qualquer um que se posicionasse de acordo com a postagem do Jorge:

    “É a típica atitude de EGOÍSTAS que só se envolvem se acontecer com alguém de sua família” (destaque meu)

    “você só vai se condoer quando for uma brutalidade contra vc ou alguém de tua família”

    Vejam só: a Vivian também não nos conhece nem o Jorge (suponho), mas é ligeirinha em dizer que somos um bando de egoístas que só olham para o “umbigo” da própria família.

    2 – Falando em AGRESSÃO, eis um exemplo da “finesse” anti-católica:

    “Só poderia vir de de um fanático religioso”

    3 – Contudo, pior que o xingamento acima foi a acusação leviana e estúpida que se seguiu:

    “… que defende os estupros e abusos sexuais do catolicismo” (sic)

    E essa pérola veio de quem quer se passar por vítima dos “excelentes julgadores”, que reagiram agressivamente ao seu inocente post. Bem inocente, como podem constatar…

    Mais: não bastando a acusação imbecil contra quem dela discorda, aproveita para JULGAR o Catolicismo, atribuindo à religião os desvios de uma MINORIA ÍNFIMA de clérigos desobedientes de seus votos religiosos. Como escrevi em comentário acima, é a muleta da vez da súcia anti-católica. Bem respondida, apelam para as outras muletas, como fez o “vigilante da Estória” que disse ter sido a Inquisição quem mais perseguiu judeus na Península Ibérica.

    4 – Após tanta agressão de quem se diz agredida, sai, com notável severidade, a sentença condenatória de quem se diz julgada. Tremei, vós que não pensam igual à Vivian!

    “Assassinos da infância, de yorkshires, todos devem viver, e pagar em vida, e depois na morte, indo direntiretamente para o inferno, onde seu chefe, o demônio, lhes espera, juntamente de todos os MALDITOS PAPAS, idólatras, estupradores e mentirosos” (destaque meu)

    Ou seja, para uma vítima e ré de “excelentes julgadores”, ela foi de uma agressividade ímpar e pré-julgou todos, na base de xingamentos, lugares-comuns, preconceitos, acusações levianas e muita, muita falta de respeito com a religião dos outros.

    Arrematando: a “vida longa” que a Vivian diz ter desejado para a matadora do cãozinho e o pessoal incluso na sua sentença é aquela na qual

    “Terão toda a eternidade para sofrer”

    Deus me livre dessa “vida longa” prescrita pelo tribunal viviano.

  19. “Em primeiro lugar ninguém aqui me conhece e estão se posicionando contra mim, a partir de um comentário, reação tão agressiva quanto os que querem a morte da bendita agressora.”
    Ah coitadinha! E a senhora por acaso também não foi agressiva, filha? A senhora também não se posicionou contra o dono do blog, sem nem mesmo conhecê-lo? A senhora acha que é certo ofender o dono do blog e a todos nós desta maneira? Agora vem se fazer de vítima, não é mesmo? Mas não conseguiu me comover, querida.

    “Cada pessoa se indigna com o que quer. E é lamentável que por causa do que postei, venham a pensar que não me importo com mortes de crianças, a distorção do que escrevi é necessária para que se tenha argumentos. Ok.”

    A maioria dos anti-clericais é a favor do aborto, querida. As mesmas pessoas que vivem vomitando seus preconceitos contra a Igreja, em sua maioria, são a favor do aborto. Achei que você fosse a favor. Porque gente como você tem um monte por aí, e a grande maioria é a favor do aborto. E se você realmente for contra tal arbitrariedade, então você é a exceção, não a regra.

    E não se faça de vítima, não. Você mesma tachou o dono do blog de fanático religioso, e não contente, ainda o acusou de “defender os estupros e abusos sexuais do catolicismo”, quando na verdade o dono do blog jamais foi a favor do estupro ou do abuso sexual. Nenhum católico aqui é a favor disso. Você vem com um bando de preconceitos, e depois vem se fazer de coitadinha? Vai caçar o que fazer, vai, filha.

  20. Sim, Cristão Católico, sua opinião é correta, assim como a dos seus antecessores afirmavam que a terra era quadrada. Boa noite.

  21. “Sim, Cristão Católico, sua opinião é correta, assim como a dos seus antecessores afirmavam que a terra era quadrada. Boa noite.”
    Caro Internauta, já que não tem nada melhor para dizer, vai encher outro, vai. Você é outro babaca que só cospe ofensas, em vez de apresentar argumentos.

  22. Cris, bota babaquice no comentário desse “internauta”.

    Sobre “terra quadrada”, seria interessante esses “iluminados” apresentarem uma, UMA SÓ fonte histórica que mostrasse algum(ns) cristão(s) afirmando que a Terra era quadrada.

    Uma imbecilidade que já vi foi num desses fascículos de “história” de banca de revista, segundo o qual Fernão de Magalhães teria zombado do papa al “comprovar” a esfericidade* da Terra. Vejam o nível de patifaria intelectual desses vigaristas. Até porque o navegador sequer concluiu a circunavegação, morrendo antes. Mais o principal é que tanto ele, quanto Colombo se serviram de globos disponibilizados pelos reis CATÓLICOS Fernão e Isabel de Castela, para planejar as rotas de suas viagens.

    Não é pois incomum deparar-se com esse tipo de besta quadrada movida a fúria anti-religiosa, despejando essas asneiras, como fez esse “internauta”.

    Quanto à esfericidade* da Terra, ainda que os fenícios já a admitissem por prática naval, demorou muito até Eratóstenes de Cirene prová-la empírica e matematicamente, calculando até o raio do planeta. Até então, os antecessores de TODOS NÓS – cristãos, crentes de outras religiões e ateus, inclusive – duvidavam ou não aceitavam a esfericidade* da Terra (embora eu não me lembre de nenhum caso de alegar uma forma quadrada para o planeta, sendo a mais comum a de disco chato).

    *sabemos, hoje, que a Terra também não é esférica, nem mesmo possui uma forma regular. Por isso, os astrônomos preferem chamar o formato irregular, peculiar e variável do nosso planeta de geóide.

  23. Adendo:

    Além do mais, mesmo considerando que pessoas de determinado grupo tivessem uma visão equivocada sobre algo em uma época passada, EM QUÊ isso invalidaria o discurso de quem vive hoje?

    Eis um exemplo de falácia de falsa relação mesclada com o estúpido preconceito do “teu passado te condena”.

  24. Cristiane, obrigado pelo “babaca”. Feliz ano novo para você e sua família.

    Eduardo Araújo, basta você simplesmente usar todo o seu conhecimento implacável e me provar que tudo descrito na Bíblia é a mais pura verdade. Então eu, “internauta babaca”, tratarei de provar minha pequena observação. Mas procure provar isso com “amor em Cristo”, pois se eu quiser ser ofendido prefiro perguntar ao pessoal da Montfort. Feliz ano novo, e que Odin o proteja.

  25. Internauta

    Não esquenta com a dona cristiane, ela fala assim mesmo com todo mundo. Já cansei de ser chamado de idiota por ela, acho que este é o jeitinho cristão dela debater. A ultima coisa que ela me chamou por tabela foi de satanico. Na verdade não só a mim, mas todos os espiritas.

  26. Não, senhor engraçadinho!

    Não tenho que lhe provar nada!

    Acredite, se quiser, e RESPEITE a crença alheia, coisa que você não fez.

    Faça isso, antes de ser hipócrita cobrando amor dos outros, tá?

    O ônus da prova é de quem afirma. Não fomos nós que lhe procuramos para tentar impor uma certeza do relato bíblico. Foi você que, arrogante e estupidamente, apareceu aqui com o “conhecimento implacável” – devolvendo-lhe a ironia – segundo o qual os católicos diziam que a Terra era quadrada.

    Depois, vem posar de pobre vítima ofendida, o coitadinho.

    Ofensa foi sua alusão mentirosa ao passado da religião como meio para desqualificar nossos comentários neste post.

    Ofensa é zombar de nossa crença referindo-se a uma divindade nórdica, como se já não estivéssemos vacinados contra essa bobagem ateísta de que “somos ateus em relação aos deuses cridos por outros povos”.

    Quando quiser debater, de verdade, com uma coisa chamada civilidade (quem sabe um dia você parende o que é, hã?), entre com pés e não com patas distribuindo coices, viu, senhor coitadinho.

  27. Eduardo Araújo, se você diz que não tem que me provar nada, eu também não me obrigarei a lhe provar coisa alguma.

    Reconheço que meu comentário do dia 28 foi realmente desrespeitoso, assim como alguns pontos do último e até peço desculpas, mas seu sarcasmo e arrogância ao se referir as pessoas descrentes, mais especificamente as não católicas, também já é conhecida nesse meio de comunicação.

    E não me venha falar de civilidade e respeito, por que isso você não tem.

    Saude, camarada.

  28. Caro Gustavo, não chamei os espíritas de satânicos, chamei o espiritismo de satânico, entendeu a diferença? Estava falando do espiritismo, não da sua pessoa, nem de nenhum dos espíritas. Por acaso falar que o espiritismo é seita demoníaca é ofender sua pessoa ou a qualquer espírita? Se for pensar assim, Gustavo, ninguém vai poder criticar doutrina nenhuma…

    Você é o espiritismo, Gustavo? Não, Gustavo, não confunda as coisas, você pode ser espírita, mas definitivamente, você NÃO É a doutrina espírita. Você não é o espiritismo. Uma coisa é a doutrina, outra coisa é você.

    Uma coisa é eu criticar o espiritismo, outra coisa completamente diferente é eu falar dos espíritas. Você é que mistura as coisas, não sabe separar. Não leve para o lado pessoal. Não precisa chorar, Gustavo.

    E outra, não se faça de coitado não. Não precisa ficar se fazendo de vítima. Vai me dizer que nunca chamou ninguém de idiota ou de babaca? Duvido que você nunca tenha xingado alguém. Portanto, não pode me dar lição de moral. Eu sou humana, ninguém é de ferro. Admito que tenho meus defeitos, como qualquer outro ser humano. Nem adianta defender o internauta, quem começou agredindo foi ele, não eu. Se eu o chamei de babaca, foi merecido, porque nem procurou argumentar, foi logo dando coice. Falei apenas o que eu acho. O que ele disse foi babaquice sim.

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