Marco Civil: censura da internet?

Com a devida vênia, eu só cético quanto à idéia de que o Marco Civil da Internet (PL 2126/2011) vá atentar contra a nossa liberdade de expressão. A tese vem ganhando destaque nos últimos dias por conta da iminente votação do projeto na Câmara, mas eu sinceramente não consigo ver os problemas que vêm sido apontados. Trago o tema à baila mais para esclarecimentos e debates do que para subscrever o que se vem dizendo sobre o assunto.

O estopim, parece-me, foi o texto do Elio Gaspari na Folha de São Paulo no último dia 11 de novembro. Lá o articulista diz que este «[é] o arcabouço do qual saiu o modelo chinês. A internet é livre, desde que cumpra as normas de serviço, portarias e regulamentos do governo». Certamente eu concordo que estas generalidades em textos legais podem dar brechas a aberrações futuras, mas o ponto aqui é que a gente não está muito melhor sem o Marco Civil do que com ele. Alega-se que uma portaria futura pode censurar tal ou qual site de acordo com interesses do governo, e eu concedo; mas qual mecanismo impede que isso seja feito diretamente, sem PL 2126 nem nada? Ou, em outras palavras, por que para o Governo é mais fácil censurar a internet depois do Marco Civil do que antes dele?

A questão da responsabilidade dos provedores (art. 14-16) mais os alivia do que onera. Atualmente, a Justiça Brasileira condena o Google por conta de coisas que terceiros publicaram no Orkut, o que é francamente absurdo; o Marco Civil, ao contrário, diz que os provedores de aplicações só poderão ser responsabilizados se não retirarem o conteúdo danoso do ar após ordem judicial específica. E, no exemplo do Elio Gaspari [O soldado Bradley Manning rouba 750 mil documentos secretos do governo americano, transmite-os para o site WikiLeaks por meio de um sistema impossível de ser rastreado (ele só foi descoberto porque contou sua proeza) e um juiz de Mato Grosso manda o Google esterilizar o link. Se não o fizer, pagará uma multa e seu gerente poderá ser preso.], a coisa se resolve simplesmente replicando o conteúdo censurado em outro link, mecanismo orgânico de divulgação de informação inerente à internet e que a própria comunidade de usuários se encarrega de fazer. Ou acaso alguém conseguiu tirar o conteúdo do WikiLeaks do ar? Ou porventura as pessoas deixaram de baixar vídeo pirata depois que censuraram o Megaupload?

Os sites de tecnologia têm se manifestado de modo positivo sobre o Marco Civil. E algumas denúncias que pululam por aí são simplesmente falsas. P.ex., este site “Contra o Marco Civil da Internet” diz, em sua página principal, que o projeto de lei pretende criar “registros preventivos de toda movimentação na internet brasileira” – as aspas são de lá. Ora, primeiro que isto não está no texto do projeto de lei e, segundo, que é completamente impossível: “toda movimentação na internet” é uma quantidade de dados gigantesca o suficiente para que seu registro seja absolutamente inexequível, por limitações técnicas (de armazenamento e processamento) simplesmente incontornáveis.

Eu não acredito em censura na internet: isto não funciona nem em Cuba e na China. Acho que a discussão é válida e é sadio que as pessoas demonstrem esta preocupação, mas honestamente eu não vejo nenhuma ameaça real no Marco Civil. Não me parece que a internet se tornará um lugar pior com a sua aprovação. Julgo ser sábio distinguir as ameaças verdadeiras das falsas, ou – concedamos – as atuais e concretas das potenciais e futuras. E, diante de cada uma delas, é mister reagir-lhe proporcionalmente.

Protestantes confessam: os Padres da Igreja são, de fato, os pais da Igreja Católica Romana!

É raro encontrar honestidade entre os hereges protestantes, mas este artigo do “Sola Scriptura TT” bem que merecia ser lido e relido por todos os filhos de Lutero que pretendem manter a própria honestidade intelectual acima de compromissos ideológicos que a História já demonstrou fracassados.

O texto é propositalmente longo, mas a sua tese central (demonstrada à profusão de citações) é sucinta: basicamente, estes protestantes confessam que «os “pais de igreja” são de fato os pais da Igreja Católica Romana». Ou, de modo mais extenso:

Todos os “pais de igreja” foram infetados com alguma falsa doutrina, e a maioria deles foi seriamente infectada. Até mesmo os denominados pais apostólicos do segundo século estavam ensinando o falso evangelho que o batismo, o celibato, e o martírio proveriam perdão de pecados (Howard Vos, Exploring Church History, pág. 12). E, a respeito dos “pais” posteriores, — Clemente, Orígenes, Cirilo, Jerônimo, Ambrósio, Agostinho, Teodoro, e João Crisóstomo — o mesmo historiador admite: “Nas suas vidas e ensinos, achamos a semente de quase tudo aquilo que surgiu depois. Em forma de semente aparecem os dogmas do purgatório, transubstanciação, mediação sacerdotal, regeneração batismal, e o inteiro sistema sacramental” (Vos, pág. 25).

Se por um lado é um alívio encontrar protestantes assumindo aquilo que nós católicos sempre dissemos (i.e., que a Igreja é e foi desde sempre Católica no mesmo sentido que o termo tem hoje em dia), por outro causa desconcerto a cegueira espiritual à qual podem ser levados os homens quando abandonam a Fé. A contradição chega a ser inacreditável: mesmo admitindo que o Cristianismo historicamente sempre foi aquilo que hoje em dia é pregado pela Igreja Católica, os hereges insistem em continuar protestantes!

O texto divide os Padres da Igreja em quatro grupos: pais apostólicos, ante-nicenos, nicenos e pós-nicenos. E não poupa a nenhum deles das acusações de “heresia” que, hoje em dia, os seguidores de Lutero gostam de vomitar sobre os que guardamos íntegra a Fé que recebemos dos Apóstolos. O texto não poupa sequer Santo Inácio de Antioquia! Ora, Santo Inácio é do primeiro século, foi discípulo de São João. Se nem no primeiro século havia Cristianismo nos moldes em que pregam atualmente os protestantes, cabe perguntar: e quando foi, então, que existiu Cristianismo sobre a terra? Se o registro histórico do Cristianismo dos primeiros séculos apresenta-O com as mesmas características que, hoje, encontram-se na Igreja Católica, que outra conclusão se pode tirar deste fato a não ser que o Catolicismo é, de fato, a fiel expressão histórica do Cristianismo? Se um herege encontra a Igreja Primitiva exuberantemente ensinando toda a Doutrina Católica que ele aprendeu a chamar de “heresia”, como não se perguntar se isto que lhe ensinaram ser “heresia” não é, na verdade, historicamente demonstrado, a mais legítima e pura expressão da Doutrina Cristã?

Para fugir a estas incômodas conclusões, os protestantes do referido site refugiam-se em um fideísmo francamente ridículo. Afirmam, sem o menor suporte racional para semelhante alegação, que a Igreja Católica destruiu todos os escritos dos primeiros cristãos (!) que continham a doutrina protestante. E, mesmo sem possuir nenhum indício desta pretensão absurda e irracional, não coram de vergonha ao afirmar o seguinte: «Isto não prova que a maioria das igrejas teve então a doutrina católica romana. Somente prova que esses escritos simpatizantes para com Roma foram permitidos sobreviver». A pergunta evidente a se fazer aqui seria, simplesmente, como é possível que os livros da Bíblia (que, segundo os protestantes, condenam as doutrinas católicas) tenham conseguido sobreviver a esta extraordinária reescrita da História do Cristianismo que a Igreja foi capaz de realizar?

Ora, se a Bíblia condena a Doutrina Católica, não teria sido fácil à Igreja (que «esteve no poder por um inteiro milênio», cuja «Inquisição alcançou os cantos mais distantes de Europa e além» e que  «fez tudo em seu poder para destruir os escritos daqueles que divergiam dela», como diz o artigo protestante) convenientemente apagar estes livros (ou as passagens destes livros) que A condenavam? Isto, no entanto, não foi feito. E, contraditoriamente, os protestantes seguem a Bíblia da Igreja ao mesmo tempo em que afirmam que Ela destruiu todos os escritos dos primeiros cristãos que combatiam o catolicismo então existente. Isto faz sentido para alguém?

Digno de nota também é o final do texto: lá, é feito um “alerta” a respeito do “poder dos Pais da Igreja em levar a Roma” (!), e são citados exemplos de convertidos famosos como o Beato John Newman e o Scott Hahn. Ora, ao invés de admitir o acerto desses ex-protestantes que preferiram abjurar de suas falsas crenças ao serem confrontados com as evidências de que a Igreja dos primeiros séculos era tão Católica Romana quanto a que hoje é guiada pelo Papa Bento XVI, os autores deste texto preferem “alertar” os seus leitores para que tomem “cuidado” com os textos dos Primeiros Cristãos! Ou seja, a tese deles é que os cristãos de literalmente todos os séculos são hereges: os únicos detentores do verdadeiro Cristianismo são os protestantes, e se falta suporte histórico para semelhante pretensão é justamente porque a Igreja – que sempre existiu – cuidou de varrer da história tudo que A podia desmascarar. Com este tipo de “lógica” não é possível debater.

Mas é bom divulgar textos assim para que os protestantes de boa fé possam, quiçá, com a graça de Deus, libertar-se das garras de Satanás e voltar ao seio da Igreja Católica, única e verdadeira Igreja de Cristo. Afinal, diante de tudo isso, talvez alguns protestantes de hoje (à semelhança de tantos outros) possam se libertar da sua heresia. Talvez a Virgem Santíssima os auxilie e eles, iluminados pelo Espírito Santo, ao perceberem que os primeiros cristãos eram católicos romanos, possam tirar a conclusão mais lógica: não que os primeiros cristãos eram hereges, mas sim que é impossível negar que o catolicismo romano seja, na verdade, o verdadeiro cristianismo.

Seminário pró-vida na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

O seminário “O Estado Brasileiro entre a Vida e a Morte” foi realizado há dois meses em São Paulo, mas só agora eu vi os vídeos que disponibilizo abaixo. O evento foi «realizado para debater a necessidade de manter uma postura pró-vida e antiaborto», e contou com presenças ilustres como o Dr. Rodrigo Pedroso e a Profa. Renata Gusson (para quem não lembra, é a mesma mulher que deu uma lição de moral nos nossos parlamentares no último Dia Internacional da Mulher).

Após o seminário, a Profa. Renata foi entrevistada por Zenit sobre a situação do aborto no Brasil. Vejam lá.

Ainda o “Deus seja louvado” da moeda brasileira: mais repercussões

– O De Lapsis fez o grande favor de transportar a nossa polêmica tupiniquim ao mundo hispânico ao verter na língua de Cervantes esta batalha cultural que se está travando no Brasil. A análise do articulista me parece bem verdadeira: «tenho certeza de que há católicos, inclusive de boa fé, que julgam estas questões irrelevantes [intrascendentes]. Talvez quando as vejam relevantes [trascendentes] seja já tarde demais»…

Em tempos onde bispos parecem aproveitar o calor da batalha para desferir mais um cruel golpe à Igreja Católica mandando tirar estátuas de santos de uma praça da matriz (o tempora! O mores!), estamos muitíssimo bem servidos de inimigos intra-muros. Chega a parecer incrível que a Igreja permaneça de pé. Cada episódio traiçoeiro destes (já incontáveis vezes repetido ao longo dos 2000 anos de Cristianismo) só nos revela a eficácia daquelas palavras de Cristo de que as Portas do Inferno não prevaleceriam sobre a Igreja d’Ele.

– Em defesa da retirada da inscrição, o sr. Robson de Souza escreveu para o Acerto de Contas e, o Carlos Orsi, para a Folha de São Paulo. Não vou mais repetir que a cédula vazia é tão anti-cristã quanto a mobilização para torná-la vazia é ateísta fanática, porque isto é óbvio: os efeitos apontam para as suas causas e são da mesma natureza destas. Guilhotinar o Rei de França e expôr o trono vazio é um símbolo anti-monarquista, ainda que não coloquem outra pessoa no trono ou mandem afixar na sala real uma placa dizendo “não há rei”.

Cabe apenas notar aqui que o Carlos Orsi, que dedica a maior parte do seu texto a atacar espantalhos ou a despejar falácias – como se (p.ex.) a permanência de uma coisa errada por séculos a transformasse em menos errada [«os nomes de cidades seculares têm peso cultural e histórico muito maior que “Deus seja louvado” (lema adotado nos anos 1980)»], e não – ao contrário – tornasse a luta pelo restabelecimento da Justiça mais premente! -, tem uma interpretação peculiaríssima da língua portuguesa. Para ele, «[o] artigo 19 da Constituição proíbe o Estado de “subvencionar” cultos religiosos. E usar dinheiro para mandar as pessoas louvarem a Deus me parece um caso claro de subvenção». Como se a inscrição na cédula brasileira tivesse a força de um mandado legal para obrigar os cidadãos a celebrarem missas, ou como se a pequena frase implicasse na reserva legal de uma parcela do dinheiro em circulação para a construção de igrejas ou o pagamento de espórtulas, ou – ainda! – como se um indivíduo que, de repente, pegasse uma nota de Real para examinar, prestasse atenção na frase e repetisse mentalmente “Deus seja louvado!” estivesse celebrando um culto religioso!

O fato é que a Fé Atéia irracional não se confunde com a verdade objetiva dos fatos. A existência de Deus é objeto da razão e da Filosofia Natural, esferas que estão perfeitamente ao alcance de qualquer pessoa (e, por extensão, do Estado). O que entra na seara da religião é saber Quem é Deus e como Ele deve ser cultuado; a simples e genérica existência d’Ele não é crença religiosa, mas saber filosófico. Assim, o mero reconhecimento de que Deus existe (chame-se-Lhe de IHWH dos Exércitos, Allah, Primeiro Motor Imóvel, Causa das Causas ou como se queira) não é, sob nenhuma ótica, um culto religioso!

No “Consultor Jurídico”, o Lenio Streck – Procurador de Justiça do Rio Grande do Sul – também escreveu sobre o tema, em um texto longo e provocativo que vale a pena ler. E, além disso, vale fazer uma pequena retrospectiva histórica.

A Maçonaria (que eu não sei se os fanáticos ateístas consideram ou não uma religião, mas não vem ao caso agora, pelo que segue) diz que a efígie da República chama-se Marianne mesmo e – ainda! – que ela é «chamada por uns de Senhora da Liberdade e por outros de Senhora da Maçonaria». Ou seja, o fato de haver uma francesa nas cédulas de Real é (além de racismo, como já mostrado) um injustificável favorecimento dos Maçons em detrimento de todos os não-maçons. Alguém já viu cristãos encaminhando pedidos ao Ministério Público para a retirada deste símbolo?

E mais: a nota de 50.000 cruzeiros reais tinha na frente uma «[e]fígie de “baiana”, com torço e colares, tendo à esquerda painel onde figuram alguns de seus mais importantes balagandãs, os quais possuem diversos significados: romã e cacho de uvas (fecundidade); figa de madeira e dentes de animais (proteção); caju (abundância); peixe, cordeiro e pombas do Espírito Santo» (vejam aqui). Alguém se lembra de algum católico ter então exigido a retirada do símbolo alegando que ele ofendia os seus sentimentos religiosos?

Todas essas coisas servem para mostrar quem é que tem razão nesta história toda: se o punhado de ateístas fanáticos em uma jihad para banir Deus da vida pública ou o resto do mundo que não enxerga esta exigência de alijar a moeda brasileira de sua pequena inscrição de louvor a Deus. A realidade dos fatos mostra de modo insofismável quem são os verdadeiros intolerantes (e, por conseguinte, quem é a maior ameaça à vida em sociedade): não são os cristãos que sempre toleraram no dinheiro do Brasil referências a outras religiões até incompatíveis com o Cristianismo, mas sim os ateístas que – ao contrário – são incapazes de tolerar quaisquer referências (por mínimas e genéricas que sejam) a outras crenças distintas da sua própria.

Crise nas Universidades Católicas: PUCPR e PUCSP

– Foi amplamente noticiada, no final do mês passado, a polêmica envolvendo críticas à Doutrina da Igreja proferidas por um membro do Corpo Docente da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Para quem não se lembra (ou não acompanhou):

A polêmica começou depois que uma carta de um aluno seminarista, que não se identificou, foi publicada em um blog religioso. No texto, o autor acusa o professor de Filosofia Francisco Verardi Bocca de dizer blasfêmias e desrespeitar os dogmas da Igreja. O professor teria dito que “a eucaristia é um baseado, que o padre vai passando de mão em mão… É uma droga lícita…”. Em outro trecho, diz: “Esse papa é tão ruim que nem Deus gosta dele”. O post foi publicado no blog fratresinunum.com em 18 de outubro e recebeu quase 60 comentários de apoio.

A matéria do Estadão disse ainda «que um representante do papa chegou a pedir esclarecimento da direção da universidade»; a PUC negou. No entanto, uma nota conjunta sobre o assunto assinada pelo reitor da PUC e pelo Arcebispo de Curitiba (que não consegui encontrar nem no site da Universidade e nem no da Arquidiocese) parece ter sido escrita em resposta a este (não admitido) questionamento vaticano, pois ela diz que «[a] PUCPR segue integralmente a Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae de Sua Santidade o Papa João Paulo II, dada a sua condição institucional de Pontifícia Universidade Católica». Como praticamente nenhum jornalista sabe o que é a Ex Corde Ecclesiae (que nem sequer foi citada pela mídia secular, e o foi somente en passant pelo  texto original do Fratres in Unum), o destinatário da mensagem me parece claramente ser o Vaticano – embora a Universidade o negue.

Sobre o assunto, a Gazeta do Povo publicou dois textos: um escrito pelo sr. Bortolo Valle, «professor titular do programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR», e outro da lavra do sr. Joel Pinheiro, «mestrando em Filosofia» e «editor da revista cultural Dicta&Contradicta». Deste último, destaco: “assim como a instituição reconhece o benefício de ter professores diversos, eles também deveriam reconhecer o mérito da instituição, comprometendo-se a respeitar seus valores, ainda que discordem deles. A ofensa verdadeira não está na manifestação da descrença, mas no intuito de ridicularizar a crença – intuito que nunca parece ser grande coisa para quem faz a brincadeira, mas que é percebido como grave pelos ouvintes afetados”.

* * *

– Também em São Paulo há uma Universidade Pontifícia no olho do furacão. Alguns cursos da PUCSP estão em greve desde o último dia 13 de novembro por conta da «indicação da professora Anna Maria Marques Cintra para assumir a reitoria, nomeada pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e grão-chanceler da universidade». A professora foi a terceira mais votada nas eleições internas da Universidade; o Estatuto Universitário prevê que a escolha do reitor é feita pelo grão-chanceler a partir de uma lista tríplice elaborada pela comunidade acadêmica. Os grevistas querem que a professora renuncie à reitoria.

Houve recentemente uma encenação, num dos campus da PUC (Perdizes), em protesto contra a eleição da nova reitora. A matéria nos dá alguns importantes detalhes a respeito da tolerância dos grevistas:

  • O sacerdote [um boneco de 3m de altura – na verdade é um bispo], que dizia “querer a PUC”, teve partes do corpo mutiladas até perder a cabeça. Morreu ouvindo a frase derradeira: “O senhor também não pode querer ter tudo. Muito menos a PUC”.
  • Zé Celso iniciou o espetáculo com frases provocativas: “Fora Anna Cintra!”; “O Vaticano tem que entrar pelo cano! Chega!”.
  • “O movimento político da PUC ficou forte e vai tocar o mundo. O papa é um ditador. A Igreja castra e o catolicismo é antropófago”, disse Zé Celso, após o ato.

O Legado d’O Andarilho também publicou o fato, e é deste blog que retiro a foto abaixo, retratando a pacífica e educada manifestação artística na PUC:

Segundo consta, o cardeal Odilo Scherer garantiu que não volta atrás. Que Santo Tomás de Aquino interceda pelas Pontifícias Universidades, e conceda aos que fazem parte dela – administrando, lecionando ou estudando – a sabedoria necessária para resgatarem a sua identidade católica, tão esquecida e tão necessária nos tempos modernos.

Os Poderes Públicos diante dos maus hábitos e das virtudes

Descobri na leitura desta notícia três coisas que me deixaram estarrecido. A primeira: a zoofilia é legalizada na Alemanha desde 1969 (!), seja lá o que isto signifique. A segunda: há mais zoófilos na Alemanha (a «comunidade zoófila da Alemanha [é] estimada em mais de 100 mil pessoas», segundo a notícia) do que gays em San Francisco. E a terceira é que esta depravação só está sendo combatida «como parte de uma emenda à lei de proteção aos animais do país» – como se o horror do bestialismo estivesse não no homem que avilta sua própria dignidade ao cometê-lo, mas no animal que pode estar sofrendo maus tratos!

A faculdade sexual do ser humano (como a de todos os animais) está obviamente ordenada à perpetuação da espécie humana, assim como a faculdade alimentar está evidentemente ordenada à preservação do indivíduo. A negação desta verdade cristalina só se tornou possível depois da cortina de fumaça moderna, que passou a confundir deliberadamente os fins objetivos do aparelho reprodutor com os gostos e desgostos subjetivos dos que o empregam para outras finalidades menos nobres. Assim, a contracepção, o sexo livre, o homossexualismo, a zoofilia, a necrofilia e todas as outras taras sexuais humanas imagináveis têm, todas, um só e o mesmo vício de fundo, que é uma radical negação da sexualidade humana.

Entenda-se: o que é apanágio dos nossos tempos não são estas depravações em si, mas a recusa mesma de considerá-las depravadas. Naturalmente, estes maus hábitos sempre existiram, porque desde que o mundo é mundo o Pecado Original encontra terra fértil na natureza humana decaída para degenerar em toda sorte de flores fétidas e frutos pútridos. Acontece que a valoração moral de um ato humano deve ser feita a partir da sua adequação maior ou menor à ratio divina (ou à Lei Natural, como prefiram os mais preconceituosos), e não tomando por base meramente a sua ocorrência ao longo da história humana. O fratricídio é tão antigo quanto Caim e Abel, e nem por isso se vêem (ao menos não ainda) os “doutos” dos nossos tempos pleiteando a sua legalização por se tratar de prática onipresente na humanidade.

Certos hábitos, conquanto sejam maus, devem ser tolerados pelos poderes públicos: assim, p.ex., o onanismo, mesmo sendo uma flagrante deturpação do ato conjugal, não precisa ser tipificado em nenhum Código Penal positivo. A maus hábitos alimentares, p.ex., de ordem privada, a legislação positiva pode e até deve fazer vista grossa. O problema ocorre quando um grupo confunde os seus vícios com direitos legítimos e passa a exigir à sociedade que lhes conceda absoluto amparo legal. Maus hábitos sempre existiram; mas a insistência doentia em tratá-los (e à força) como virtudes é degradantemente moderna.

Não existe nenhuma obrigação imposta aos homens de serem virtuosos, afora aquela de ordem moral sentenciada pessoalmente por Deus e da qual ninguém pode jamais se furtar. O Estado não está aí para forçar os homens à prática das virtudes e, portanto, é razoável e legítimo que certos vícios “possam” (no sentido de não serem puníveis legalmente) ser praticados pelos cidadãos; não obstante, o mesmo Estado tem o dever de facilitar aos seus súditos o exercício das virtudes e, portanto, é legítimo e razoável que reprima os vícios. É esta a razão pela qual uma coisa pode [e muitas vezes deve] simultaneamente ser tolerada enquanto prática individual e condenada enquanto ideologia pública. Do fato de não ser Deus o Estado, segue-se que um homem tem um certo “direito” de se degradar; do fato do Estado existir em vistas ao bem comum, segue que tem um certo dever de proteger os seus cidadãos daquilo que é degradante. Agir de outra maneira é trair o seu papel de Estado e converter-se em uma estrutura voltada não para o bem, mas para o prejuízo dos que vivem sob ela.

E, aqui, deve-se opôr à tagarelice moderna a autoridade dos fatos e do bom senso. Não se pode admitir, sob o pretexto de respeito às liberdades individuais, que as coisas evidentes sejam postas em discussão e – pior ainda! – que o nonsense chegue ao cúmulo de orientar a vida política de um país. Se uma pessoa não consegue entender que (p.ex.) a coprofagia ou o bestialismo são degradantes, isto é problema dela; mas se esta mesma pessoa quer ditar a organização da vida em sociedade conforme a sua (peculiaríssima) visão de mundo, isto é problema de todos. Há uma oposição radical e irreconciliável entre vícios e virtudes, que não desaparece se gente fingir que ela não existe ou passar a chamar de virtudes o que vícios são. Sem este entendimento claro ninguém pode governar legitimamente, por mais que digam o contrário os “intelectuais” modernos – que, na verdade, não são mais do que bárbaros em franco e aberto ataque à civilização; e que, como tais, devem ser combatidos.

Canção Nova Sertaneja: ê, vida de gado…

É necessário fazer coro à denúncia do Fratres in Unum sobre a “Missa Sertaneja” (ou seja lá que aberração for essa) que a Canção Nova promoveu (e transmitiu!) no último final de semana. A foto abaixo é a que saiu no Fratres, mas há outras no próprio Flickr da Canção Nova (entre as quais encontrar pessoas – fiéis e celebrantes – de chapéu no meio da Santa Missa (!) é o que há de menos chocante).

A coisa é tão aterradora que a gente fica pensando estar enganado; pensamos que uma coisa assim obviamente não pode ter acontecido na mesma Canção Nova que há não muito tempo organizou (embora não tenha transmitido – mas as fotos correram a internet) uma Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano. Mas infelizmente é verdade; o evento foi anunciado pela Canção Nova, foi transmitido pela TV e há fotos dele (aliás esta aqui é verdadeiramente aberrante) nos canais oficiais de divulgação da comunidade. Portanto, aconteceu: para opróbrio de Deus Nosso Senhor e vergonha da Igreja Católica nesta Terra de Santa Cruz, a maior emissora católica do Brasil realizou e divulgou uma depravação do Santo Sacrifício da Missa.

Eu já falei aqui por diversas vezes que sou um profundo entusiasta da tese “Save the Liturgy, Save the World”; estou honestamente convencido que a maneira mais rápida e eficaz de promover a recristianização da sociedade é cuidar com bastante zelo do santo serviço do Altar, das coisas que se referem diretamente ao culto que a Esposa de Cristo presta «em toda parte, do nascer ao pôr do sol» ao Seu Divino Esposo. E, em contrapartida, distorcer o Rito Romano a ponto de torná-lo praticamente irreconhecível sob um amontoado de elementos (para dizer o mínimo!) que lhe são estranhos é uma forma diabolicamente útil de corroer a Fé Católica nas almas e formar uma multidão de “fiéis” que, no final das contas, não fazem a menor idéia do que vão fazer na Missa aos domingos (isto considerando que eles continuem cumprindo o preceito da Missa Dominical).

Nunca é demais repetir que o Santo Sacrifício da Missa é, literalmente, um e o mesmo sacrifício com Aquele que foi um dia celebrado na Cruz do Calvário. Nunca é demais lembrar que, em cada Santa Missa que é celebrada em qualquer lugar do mundo, torna-se presente o mesmíssimo Sacrifício da Cruz que Nosso Senhor Jesus Cristo ofereceu um dia e para sempre para o perdão dos nossos pecados. Ora, se é importante (como de fato o é) para a nossa saúde espiritual entendermos estes acontecimentos da nossa Redenção, se conhecer os Santos Mistérios da nossa Religião é-nos crucial para melhor participarmos deles, o que justifica deturpar o Rito Romano aos limites do irreconhecível? Toda Santa Missa deve apontar para a Cruz de Cristo elevada sobre o Calvário! Não dá para entender o que se passa pela cabeça dos que querem fazer de cada celebração uma coisa completamente diferente de todas as demais, quando é exatamente o contrário e o grande milagre invisível por detrás das rubricas é que toda e qualquer missa é sempre e em todo lugar a Mesma! A Liturgia deve ajudar os homens a encontrar o que se encontra sob os seus signos, e não afastá-los ainda mais das realidades escondidas sob o véu sacramental. Podem ainda se dizer católicos os que não entendem estas coisas tão básicas? Ao contrário, agem como animais irracionais que são arrastados para lá ou para cá ao som de qualquer berrante que algum Anjo Decaído confunda com trombeta e resolva fazer soar.

Sobre Missa Crioula e outras aberrações transvestidas de “legítima inculturação”, deixo este texto do Salvem a Liturgia! publicado no ano passado, que é o desabafo de um gaúcho diante desta abominação, e do qual destaco:

O “rito crioulo” é artificial porque cria elementos não presentes em nenhum outro rito e completamente destoante até mesmo da espiritualidade católica tradicional. Não usa uma linguagem adequada para a liturgia também. De outra sorte, nem mesmo atende a um legítimo anseio do povo gaúcho: tradicional por tradicional (que é o que esse rito pretende ser), a forma extraordinária do rito romano é muito mais.

Além disso, ele não se pretende outro rito, mas uma variação do rito romano, ou um rito romano inculturado. Entretanto, o próprio Vaticano II – como bem recordava João Paulo II – só permitiu a inculturação litúrgica salvaguardada a unidade substancial do rito romano. Além disso, é preciso autorização de Roma. Esse rito crioulo, de romano não tem nada (nada mesmo!), e, se é um rito novo, só poderia ser “criado” a partir de desenvolvimento litúrgico (o que não se faz, ademais, de uma hora para outra; desenvolvimento supõe anos, décadas, séculos). Outrossim, só quem pode criar ou reformar ritos é o Papa.

Melhor faria a Canção Nova se divulgasse os legítimos tesouros da Igreja de Cristo da Qual ela se diz servidora. Ao contrário, espalhando esta espécie de lixo blasfemo a comunidade está é prestando um enorme favor a Satanás, que é o primeiro a odiar  as coisas sagradas por meio das quais a ação santificadora de Deus se faz presente no mundo.

Cristo-Rei: solenidade da Igreja contra o laicismo, «peste de nossos tempos»

Ontem, no novo calendário litúrgico, foi a celebração da Festa de Cristo Rei; em tempos de ateísmo militante como estes nos quais vivemos, é oportuno conhecer as origens desta festa e o porquê do Papa ter um dia mandado que ela fosse celebrada.

Quem a instituiu foi Pio XI na Encíclica Quas Primas (no site do Vaticano só tem em espanhol; encontrei uma tradução para o português aqui, e é desta que tiro as citações adiante (inclusive com a numeração, que diverge da do texto em espanhol), apenas para fins de praticidade – pois prefiro a versão espanhola e recomendo a todos a sua leitura nos pontos em que a tradução portuguesa se mostrar de difícil compreensão). Os pontos mais importantes desta Encíclica, no meu entender, são três:

1) Cristo é Rei de todos os homens, e não somente dos cristãos. Embora o Seu Reino seja primordialmente espiritual, disto não segue que o Filho de Deus seja menos Rei na esfera temporal. Assim Pio XI: «fora erro grosseiro denegar a Cristo Homem a soberania sobre as coisas temporais todas, sejam quais forem. Do Pai recebeu Jesus o mais absoluto domínio das criaturas, que Lhe permite dispor delas todas como Lhe aprouver» (QP 13). E ainda:

14. Assim, pois, a realeza do nosso Redentor abraça a totalidade dos homens. Sobre este ponto, de muito bom grado fazemos Nossas as palavras seguintes de Nosso Predecessor Leão XIII, de imortal memória: “Seu império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja, ainda quando dela separados por opiniões errôneas ou pelo cisma: estende-se igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo rigor da verdade, o gênero humano inteiro” (Encícl. Annum Sacrum, 25 de Maio de 1899). E, neste particular, não cabe fazer distinção entre os indivíduos, as famílias e os estados; pois os homens não estão menos sujeitos à autoridade de Cristo em sua vida coletiva do que na vida individual. Cristo é fonte única de salvação para as nações como para os indivíduos. “Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos” (At 4, 12). Dele provêm ao estado como ao cidadão toda prosperidade e bem-estar verdadeiro. “Uma e única é a fonte da ventura, assim para as nações como para os indivíduos, pois outra coisa não é a cidade mais que uma multidão concorde de indivíduos” (S. Aug., Epíst. ad Macedonium, c. 3). Não podem, pois, os homens de governo recusar à soberania de Cristo, em seu nome pessoal e no de seus povos, públicas homenagens de respeito e submissão. Com isto, sobre estearem o próprio poder, hão de promover e aumentar a prosperidade nacional.

2) Não se diga que isto é doutrina ultrapassada que já se encontra aggiornada. A Festa de Cristo-Rei continua sendo celebrada mesmo após a Reforma Litúrgica, e – segundo Pio XI – as Festas Litúrgicas servem para incutir mais eficazmente no povo fiel as verdades divinas:

19. Com efeito, para instruir o povo nas verdades da fé e levá-lo assim às alegrias da vida interna, mais eficazes que os documentos mais importantes do Magistério eclesiástico são as festividades anuais dos sagrados mistérios. Os documentos do Magistério, de fato, apenas alcançam um restrito número de espíritos mais cultos, ao passo que as festas atingem e instruem a universalidade dos fiéis. Os primeiros, por assim dizer, falam uma vez só, as segundas falam sem interminência de ano para ano; os primeiros dirigem-se, sobretudo, ao entendimento; as segundas influem não só na inteligência, mas também no coração, quer dizer — no homem todo.

3) Esta festa foi instituída contra o laicismo, e é dever dos católicos – mesmo (e talvez principalmente) dos fiéis leigos – lutar com denodo para recuperar a Nosso Senhor a Sua Realeza pública. Assim nos ensina o Papa:

22. Como bem sabeis, Veneráveis Irmãos, não é num dia que esta praga [o laicismo] chegou à sua plena maturação; há muito, estava latente nos estados modernos. Começou-se, primeiro, a negar a soberania de Cristo sobre todas as nações; negou-se, portanto, à Igreja o direito de doutrinar o gênero humano, de legislar e reger os povos em ordem à eterna bem-aventurança. Aos poucos, foi equiparada a religião de Cristo aos falsos cultos e indecorosamente rebaixada ao mesmo nível. Sujeitaram-na, em seguida, à autoridade civil, entregando-a, por assim dizer, ao capricho de príncipes e governos. Houve até quem pretendesse substituir à religião de Cristo um simples sentimento de religiosidade natural. Certos estados, por fim, julgaram poder dispensar-se do próprio Deus e fizeram consistir sua religião na irreligião e no esquecimento consciente e voluntário de Deus.

E ainda, sobre os leigos:

24. A festa, doravante ânua, de “Cristo-Rei” dá-nos a mais viva esperança de acelerarmos a tão desejada volta da humanidade a seu Salvador amantíssimo. Fora, com certeza, dever dos católicos, apressar e preparar esta volta com diligente empenho; a muitos deles, contudo, pelo que parece, não toca, na sociedade civil, o posto e a autoridade que conviriam aos apologistas da fé. Talvez deva este fato atribuir-se à indolência e timidez dos bons que se abstêm de toda resistência, ou resistem com moleza, donde provém, nos adversários da Igreja, novo acréscimo de pretensões e de audácia. Mas, desde que a massa dos fiéis se compenetre de que é obrigação sua combater com valentia e sem tréguas sob os estandartes de Cristo-Rei, o zelo apostólico abrasará seus corações, e todos se esforçarão de reconciliar com o Senhor as almas que o ignoram ou dele desertaram; todos, enfim, se esforçarão por manter inviolados os direitos do próprio Deus.

Cristo é Rei e Se revestiu de Majestade: esta verdade solenemente cantada ontem em todas as nossas igrejas não perde o seu valor por conta da lastimável situação na qual o mundo se encontra hoje em dia. Assim como Nosso Senhor está substancialmente presente nas espécies eucarísticas ainda que d’Ele zombem e blasfemem, Cristo é Rei das Nações ainda que os nossos governantes deixem-se guiar pela impiedade e batalhem ostensivamente para erigir «o esquecimento constante e voluntário de Deus» como única regra de fé permitida no Estado Moderno. A nós, contudo, que tivemos a graça de ouvir da Igreja de Cristo a doce mensagem da Salvação, cumpre batalhar com todas as nossas forças pelos «direitos do próprio Deus». Não ousemos nos furtar a tão grave dever! Porque, se o fizermos – Deus não o permita! -, n’Aquele Dia Terrível «de tamanha afronta há de tomar o Supremo Juiz a mais terrível vingança» (QP 33).

Prêmio Topblog 2012: não foi desta vez!

Ontem foram divulgados os Top 3 finalistas do prêmio Topblog 2012 e, infelizmente, desta vez o Deus lo Vult! não foi selecionado.

Na categoria “Religião / Pessoal” (onde este blog era concorrente), os escolhidos foram:

Júri Popular:

Júri Acadêmico:

O Deus lo Vult! parabeniza os finalistas e lhes deseja boa sorte: a cerimônia de premiação ocorrerá no próximo dia 08 de dezembro. Aos meus leitores que dedicaram uma pouco do seu tempo para votar e divulgar este blog, os meus sinceros agradecimentos: muito obrigado! Não conseguimos repetir o êxito do ano passado, mas sem dúvidas valeu o esforço. Ano que vem tem mais.