«Os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom»

Interessante e muito oportuno este artigo do pe. Anderson Alves sobre filhos e sua educação. Destaco apenas um trecho, que ilustra bem a suprema incoerência dos “valores” atualmente pregados, que se nos apresentam “evoluídos” (isto quando não se pretendem auto-evidentes!) e com base nos quais querem que a sociedade seja regida:

S. Freud, na sua época, sonhava o dia em que fosse separada a geração dos filhos da estrutura familiar, algo que a partir de 68 vem se tornando frequente. Desde então, procura-se incutir nos jovens a idéia de que os filhos são um obstáculo, algo que tolhe a liberdade, a autonomia e que impede a realização pessoal. Os filhos passam a ser considerados como uma ameaça e a gravidez como uma espécie de doença, que deve ser evitada a todo custo. E às pessoas que não são tão jovens, transmete-se a ideia de que os filhos são um “direito”. Desse modo, os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom.

Parece bastante óbvio que a desagregação das famílias vai se seguir ao império de valores tão criminosamente relativistas (e errados tanto num extremo quanto no outro). E é ao inexorável desenrolar deste processo que nós estamos assistindo atônitos, muitas vezes até nos perguntando onde foi que erramos. Como costuma acontecer, os erros são de base: corrigi-los sempre dá muito trabalho, mas precisa ser feito, quando menos por uma questão de sobrevivência, porque uma sociedade não pode subsistir se é solapada em suas bases mais fundamentais.

Judeu sobre Pio XII: “ele, de fato, salvou muitos milhares de vida”.

Em tempos de deputado Big-Brother destemperado cuja erudição é comparável à dos leitores de “Contigo” e “Tititi”, ao menos o bom jornalismo ainda está atento. Saiu hoje na Gazeta do Povo um artigo de Gary Krupp sobre Pio XII que merece ser lido e divulgado, impresso e afixado nas paredes da Câmara dos Deputados e nos murais de avisos dos cursinhos de pré-vestibular.

O Jean Wyllys é militante homossexual de fama devida a um Reality Show da Globo, e atacou recentemente o Papa por conta de um alegado “apoio da Igreja ao extermínio de judeus por nazistas”. Já o Gary Krupp é um judeu, fundador da Pave The Way Foundation, e escreveu que, com base em “mais de 76 mil páginas de documentos originais” publicadas nos últimos anos, “[a] evidência é avassaladora em favor de Pio XII e prova que ele, de fato, salvou muitos milhares de vidas”.

A diferença entre as posições assumidas por um e outro é gritante, só comparável à enorme descrepância de credenciais entre o presidente de uma fundação que se preocupa em publicar milhares de páginas de documentos originais e o deputado gay que vomita frases de efeito no Twitter e, quando contrariado, bloqueia os seus interlocutores. E o Gary Krupp ainda faz uma proposta aos céticos:

Você duvida? Por que não faz uma experiência por conta própria? Examine os arquivos de jornais, procure cada artigo escrito sobre Pio XII e os judeus entre 1939 e 1958. Você não encontrará um texto negativo sequer. Aqueles que realmente viveram durante a guerra e foram testemunhas oculares dos esforços da Igreja Católica sabem a verdade. E o que tornou esses esforços ainda mais heroicos foi o fato de a Igreja agir mesmo cercada por forças hostis e infiltrada por espiões. A Igreja salvou vidas sem se beneficiar da segurança daqueles que, em comparação, estavam em Washington, Londres ou outros lugares e não fizeram nada. Como foi possível?

Eu ajudo: o acervo de jornais antigos do Google está aqui.

E, às vésperas do Ano-Novo, faço os mesmos votos do fundador da PTWF: “Que 2013 seja o ano em que a verdade finalmente vença as mentiras e que a reputação desse grande defensor da humanidade seja recuperada”. Cada um faça a sua parte para que isto aconteça! Mesmo a despeito dos recorrentes chiliques dos militantes homossexuais e de toda a caterva dos inimigos levianos da Igreja Católica.

“Decapitando o Papa na PUC”

A situação da PUC-SP, ao que me consta, está já [p.s.: relativamente…] pacificada com o fim da greve. Sobre os lamentáveis atos que tiveram palco na Pontifícia eu já havia falado aqui no blog; contudo, apenas hoje tive acesso ao vídeo de uma peça “pela Democracia” que foi representada no pátio da Universidade.

Se a história toda provoca desconcerto, este vídeo a ilustra com uma expressividade macabra e assustadora. Diante de um sujeito com feições monstruosas que, apoteoticamente, saca uma motosserra (!) de verdade para decapitar um boneco gigante de um bispo (!!) – ou, disseram alguns, do Papa… -, ato ao qual se segue uma chuva de aplausos (!!!) dos presentes e uma animada dança Gangnam Style (!!!!) por sobre os “restos mortais” do defunto… o que se pode dizer?

Sinceramente, parece-me impossível conversar com alguém que não consiga perceber que não se deve dançar sobre um corpo decapitado. Parece-me evidente que uma peça que se resume a um líder religioso sendo decapitado – com profusão de detalhes – sob os aplausos da multidão é um claro espécimen de discurso de ódio danoso à vida em sociedade. Aqui, as palavras são até supérfluas. Contra o ódio tão vividamente pintado não há o que contra-argumentar.

Ele é o dono e o sentido da festa – Feliz Natal!

É o Natal do Senhor, e Cristo é nascido para nós. No mais alto dos Céus os anjos entoam o cântico de Glória, e na terra os homens de boa vontade podem enfim gozar de paz. Foi-nos dado um Menino para a nossa salvação!

É Natal! Que as portas do Céu neste dia abertas de par em par possam derramar copiosas graças sobre nós. Que, após a peregrinação do Advento, possamos chegar jubilosos a Belém para adorar o Deus-Menino nos braços virginais de Sua Santíssima Mãe. Que o fulgor desta Luz que resplandece nas Trevas possa afastar as trevas dos nossos próprios corações, e que a vista de um Deus envolto em faixas por amor a nós possa comover-nos e nos converter.

Porque Ele é o dono e o sentido da festa. Se o Natal é a festa das famílias, é porque o Verbo nasceu no seio da Família de Nazaré. Se é uma festa alegre, é pelo fato desta alegria ser um eco daquele gloria in excelsis Deo que os os coros angelicais entoaram há dois mil anos. Se é uma festa de paz, é por conta da promessa aos pastores de que o Nascimento do Menino era causa de paz na terra aos homens de boa vontade. Se é uma festa de troca de presentes, é porque é uma festa de Aniversário. Se é uma festa de generosidade para com os mais pobres, é por conta da Estrebaria de Belém que foi a única a oferecer alguns cuidados à indigência de uma Mulher grávida com Seu Esposo. Se é uma festa de mudança de vida, é por causa do Verbo que Se fez carne um dia e, desde então, o mundo nunca mais foi o mesmo. Tudo no dia de hoje exige o Menino de Belém e aponta para Ele. Não nos esqueçamos desta verdade.

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Cristo nasceu! Aleluia!

Um Santo e Feliz Natal a todos os leitores do Deus lo Vult!.

Onde estava Deus?

Comentário do Mike Huckabee na FOX, a respeito do massacre de Connecticut. A mensagem guarda traços de semelhança com uma outra que circula por email já há alguns anos; mas é bonito encontrá-la (de novo?) nos telejornais americanos, quando mais uma tragédia se consumou e mais uma vez a camarilla revolucionária vem a público dar respostas mirabolantes para explicar o que é que deu errado.

“E alguém irá sugerir que aprovemos uma lei para parar todo esse tipo de coisa. Gostaria de apontar que não temos que passar uma nova lei. Há uma que já existe há um tempo, e que funciona se a ensinarmos e observarmos: NÃO MATARÁS. Bem, há outras nove; mas falarmos sobre elas exigiria trazer Deus de volta, e nós sabemos o quão inaceitável isso pode ser”.

As trevas do Comunismo

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A comunista Coréia do Norte à noite, em foto tirada do espaço pela NASA, revelando a desoladora escuridão na qual o país está imerso em comparação com os seus vizinhos.

De acordo com a NASA, a Coréia do Norte ocupa o 71º lugar no mundo em produção de energia elétrica, e 0 73º em consumo. A Coréia do Sul é o 12º em produção e 10º em consumo, segundo estimativas de 2009.

“Técnica” eugenista para impedir transmissão de doenças genéticas

Divulgou-se na mídia uma técnica para «evita[r] que doenças genéticas sejam transmitidas para filhos». A notícia é alvissareira e muito nos anima! O repórter começa falando em “tratamento”. Após alguns minutos mostrando mulheres grávidas fazendo Yoga, o repórter anuncia a nova “técnica toda especial” que evita que doenças graves sejam transmitidas para bebês. Aqui começa o nosso horror.

Um casal quer ter filhos, mas o marido sofre de uma grave doença e tem medo de transmiti-la aos seus filhos. A doença: paramiloidose, transmitida geneticamente. O tratamento: DGPI. Diagnóstico Genético Pré-Implantacional. A médica descreve a técnica (aos 4m20s): «[a] gente escolhe, entre os vários embriões que são feitos (sic) por fertilização in vitro, quais aqueles que não são portadores daquela doença para serem implantados». E o resultado desta aplicação concreta: «[d]as 11 células [i.e., dos nove embriões], em nove a doença apareceu. Apenas dois embriões eram livres da paramiloidose». Estes últimos foram implantados, e um deles nasceu. A reportagem se exime de chamar a atenção para este “detalhe”, mas os outros nove embriões, naturalmente, eram produtos defeituosos e foram descartados.

Grande técnica! Faz-se um embrião, se ele não for saudável, descarta-se-lhe e faz-se outro! E o repórter, aos 5m20s, ainda vem falar sobre as questões éticas que esta técnica pode levantar… incrivelmente, não percebe ele que os limites éticos já foram jogados no lixo há muito tempo, junto com os outro nove filhos “defeituosos” que este casal descartou até conseguir uma criança perfeita.

A diferença entre isto e os bebês espartanos que, após o nascimento, eram lançados montanha abaixo caso fossem defeituosos é nenhuma: apenas o progresso da técnica elevou a níveis ultra-eficientes a velha eugenia. Ao invés da montanha onde um ancião avaliava minuciosamente o recém-nascido, uma placa de Petri onde o cientista analisa com avançado aparato tecnológico o recém-fecundado. Nada muda: um e outro serão descartados se não forem perfeitos. E ainda chamam isto de “avanço da ciência”! Barbárie e decadência, isto sim. Voltamos aos tempos pagãos, e – graças ao progresso científico – conseguimos realizar as suas barbaridades de modo muito mais eficaz. Isto não é motivo para se comemorar.

Dois textos sobre Niemeyer

Para oferecer um contraponto à onda de bajulação surgida após a recente morte do arquiteto Oscar Niemeyer.

Arquitetura e humanidade, por Carlos Ramalhete. «Stálin e Hitler mandaram construir edifícios gigantescos, em que o homem desaparecia como uma formiga numa mesa. Niemeyer fez edifícios em que o homem desaparecia como uma formiga numa bela escultura; a visão é a mesma, o erro é o mesmo. Difere apenas o talento de quem rascunha as leves linhas com que o humano é negado».

– Niemeyer, a arquitetura da destruição, por Demétrio Magnoli. «A estética de Niemeyer é uma declaração política. Em Brasília, como registrou James Holston, o contraste tipológico entre os edifícios públicos, “objetos excepcionais, figurais, de cunho monumental” e os edifícios residenciais, “objetos seriais, repetidos, que são cotidianos”, representa a utopia regressiva almejada pelo arquiteto. Tinha razão Alberto Moravia quando escreveu para um jornal italiano que a capital recém-inaugurada fazia as pessoas se sentirem “como os minúsculos habitantes de Lilliput” e procurarem “no céu vazio a forma ameaçadora de um novo Gulliver”».

Quando a polícia chega, o morticínio já está feito

Na sexta-feira passada, um atirador entrou em uma escola infantil dos EUA e matou vinte e seis pessoas (vinte das quais crianças) antes de se suicidar. A escola Sandy Hook fica «na pequena cidade de Newtown, no estado americano de Connecticut».

Uma das vítimas do massacre de Connecticut foi a jovem professora Victoria Soto. Segundo relatos:

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Soto, de 27 anos, reagiu rapidamente quando escutou os disparos no sala de aula vizinha que Lanza havia invadido. Ela disse às 17 crianças que os ruídos eram parte de uma brincadeira e que para ganhar deviam esconder-se nos armários da sala e permanecer em silêncio. Os pequenos a obedeceram.

Segundo diversos meios locais, quando Lanza ingressou na sala de aula, Victoria disse que as crianças estavam em aula de ginástica mas a explicação não convenceu o homicida. Ele abriu fogo contra um dos armários e ela se colocou entre as balas e as crianças para protegê-los, o que terminou custando sua vida.

O Cristianismo da jovem heroína não foi mencionado no mural das vítimas que G1 preparou, para o qual a informação mais relevante sobre a professora é que ela «não tinha filhos e vivia com seu cão, Roxie». O mesmo silêncio se encontra na matéria específica sobre ela. Tratamento bem diferente costuma ser empregado nos casos em que é fácil jogar a pecha de cristão sobre o atirador (p.ex., no caso do atirador maçom da Noruega); nestes, a religião do criminoso parece ser subitamente relevante.

O massacre reacende o velho debate sobre as armas; na última segunda-feira, o João Pereira Coutinho dedicou a sua coluna na Folha de São Paulo ao assunto. Concordo perfeitamente com o articulista quando ele sentencia que «[a] culpa é de Adam Lanza, um psicopata de 20 anos que matou 20 crianças e sete adultos, antes do suicídio clássico. Ele é o responsável. Foi ele quem premiu o gatilho». Discordo, no entanto, quando ele tenta compartilhar a culpa com a mãe do garoto:

Mas Adam Lanza não está sozinho no momento da repartição de culpas: a mãe, igualmente vítima dos crimes do filho, considerava normal ter armas em casa de livre acesso para a descendência.

Mais: de acordo com vários jornais americanos, a começar pelo “New York Times”, a sra. Lanza tinha o hábito saudável de levar os filhos em piqueniques familiares para que todos pudessem descarregar a adrenalina com o seu arsenal doméstico.

Com a devida vênia, a distinção entre o «modesto revólver para defesa pessoal» teoricamente aceitável e os «dois exemplares semiautomáticos –uma Sig Sauer e uma Glock– que deveriam ser reservados, apenas, a policiais e militares» que o psicopata utilizou no crime é bastante irrelevante. O crime não seria menos crime se o indivíduo usasse um revólver no lugar do rifle; aqui, no nosso Realengo, o atirador usou dois modestos revólveres calibre .38, e nem por isso o crime se torna menos bárbaro. À luz da importância da questão qualitativa (se deve ser permitido ou não às pessoas portarem armas de fogo), a quantitativa (uma Glock ou um .38 velho?) perde importância. Aliás, eu não sei nem se esta última existe; a história nos mostra que a reação passional a estas tragédias costuma gerar campanhas pela abolição total das armas de fogo, e não por questiúnculas menores sobre suas características.

A mim, parece-me óbvio que o massacre poderia ser evitado – ou, pelo menos, ter suas proporções reduzidas – se alguém na escola tivesse uma arma (um «modesto revólver» que fosse!) com a qual pudesse abater o psicopata à primeira vítima. Contra os que dizem que defender o cidadão é papel da polícia, peço que olhem para Sandy Hook (e para tantos outros massacres afins que, vez por outra, mancham de sangue os nossos jornais) e percebam isto que se repete com uma regularidade assustadora: quando a polícia chega, o morticínio já está feito. Não poderia jamais ser diferente.

Porque – como diz o J.P. Coutinho ao fim do seu artigo, conquistando mais uma vez a minha concordância – «nem a lei mais razoável do mundo será capaz de parar a criatura mais irrazoável: é a vontade de matar, não o instrumento do crime, que horroriza as consciências sãs». Este é o maior problema. É válido debater maneiras de minimizá-lo; mas dirigir a indignação às armas ao invés de pensar em como se precaver contra os que puxam os gatilhos é errar feio o alvo. Os criminosos não serão extintos à força de restrições legais às armas de fogo. Deve-se pensar no que se pode fazer para evitá-los; e, de preferência, antes que as sirenes da polícia chegando avisem a todos que já se consumou mais uma tragédia.

“Um caminho fácil, curto, perfeito e seguro”

Um curto e bem didático documentário sobre o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de  S. Luís de Montfort, obra que em 2012 completa 300 anos.

Um caminho fácil, curto, perfeito e seguro para a nossa santificação: a devoção à Santíssima Virgem! Faço coro ao pedido do final do vídeo: leia e consagre-se você também.

O livro é editado pela Vozes. Pode também ser encomendado à Fraternidade Arca de Maria. Ou pode também ser baixado (junto com as orações preparatórias da Consagração) na internet.