“Decapitando o Papa na PUC”

A situação da PUC-SP, ao que me consta, está já [p.s.: relativamente…] pacificada com o fim da greve. Sobre os lamentáveis atos que tiveram palco na Pontifícia eu já havia falado aqui no blog; contudo, apenas hoje tive acesso ao vídeo de uma peça “pela Democracia” que foi representada no pátio da Universidade.

Se a história toda provoca desconcerto, este vídeo a ilustra com uma expressividade macabra e assustadora. Diante de um sujeito com feições monstruosas que, apoteoticamente, saca uma motosserra (!) de verdade para decapitar um boneco gigante de um bispo (!!) – ou, disseram alguns, do Papa… -, ato ao qual se segue uma chuva de aplausos (!!!) dos presentes e uma animada dança Gangnam Style (!!!!) por sobre os “restos mortais” do defunto… o que se pode dizer?

Sinceramente, parece-me impossível conversar com alguém que não consiga perceber que não se deve dançar sobre um corpo decapitado. Parece-me evidente que uma peça que se resume a um líder religioso sendo decapitado – com profusão de detalhes – sob os aplausos da multidão é um claro espécimen de discurso de ódio danoso à vida em sociedade. Aqui, as palavras são até supérfluas. Contra o ódio tão vividamente pintado não há o que contra-argumentar.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

36 comentários em ““Decapitando o Papa na PUC””

  1. Caro Alexandre. claro que concordo contigo, não só Deus permitiu como me deu uma mãe que sempre se ajoelhou para Nossa Senhora do Perpétuo Socorro pedindo por mim e por todos os meus irmãos, e que cruzava a cidade à pé para conseguir caderno de graça para que nós pudessemos fazer o ensino básico, naquela época primário e ginásio. Claro que Deus me ajudou e sendo saudável pude trabalhar desde os dez anos para cooperar em casa. … etc etc etc

    Mas não seja injusto com Deus, não creio que Ele tenha dificultado a vida de nosso amigo, estudante da PUC, nem creio que Deus tenha faltado a quem O procurou.

    Talvez a palavra competência pudesse ser inadequada, mas para algumas pessoas já não é possível falar de fé.

  2. Hoje em dia as ideologias niilistas, como as vazias comunistas, estão sendo prestigiadas por muitos supostos católicos nas urnas, uma apostasia; mesmo cristãos de igrejas paralelas, alguns deles até servindo de base de apoio ao governo, como sabemos, a Universal, permanecendo lado a lado de partidos propagandistas das mesmas, como o PT.
    Não diria que pertencessem ao PT, porém seriam estudantes esquerdistas tendo aversão especial à Igreja católica, desejando colocar nas suas universidades o conhecido e manjado esquema “politicamente correto”, equivalente ao “marxisticamente correto”, ou imposição da prática da religião dos ateístas, a “IRRELIGIÃO”, já que desejam implantá-la a todo custo, agindo no caso como militantes-ateus.
    E querem acusar os outros de intolerantes, arrogantes preconceituosos… Para não dizerem que são eles… Acusam para se defenderem!
    O importante que D Odilo não dá moleza e encarará pro que der e vier; foi assim que enfrentou e derrubou Russomanno-Edir Macedo-PRB…

  3. Comunistas tão facínoras quanto >alguns< conservadores militares direitistas. Confesso, não sou católico, não sou religioso, mas esta manifestação é podre, desonrosa. Não me espanta ver o Martinez no meio — que, como artista, é questionável, é de uma psicodelia despropositada, de uma baixíssima auto-estima travestida de protesto carnavalesco. Que caretice.

  4. Com certeza, a Revolução é o ato mais covarde e careta que já vi. Hoje os jovens estão mais conservadores que os da minha época da década de 90. Aqueles jovens que seguem as modinhas não são mais a “cereja” do bolo; a tal cereja caiu do bolo e ninguém mais a admira. Será essa reação um “rejuvenescimento” do verdadeiro “recheio” da juventude?

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