Também é orgulho ser sozinho

Um dos conselhos mais importantes de São Paulo no Novo Testamento é aquele “quem julga estar de pé, cuide para que não caia” que encontramos na primeira carta aos Coríntios. Não obstante, e infelizmente, sempre se encontrou na história da Igreja quem fizesse pouco caso dessa tão fundamental exortação, o que já levou muitas almas à mais terrível ruína.

São Luís de Montfort lamenta n’algum lugar do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem os tantos cedros do Líbano que já caíram miseravelmente por terra devido à imprudência de se julgarem auto-suficientes. Não é sem razão que a espiritualidade católica sempre insistiu na importância de combater não apenas os pecados externos, mas também (e principalmente) os internos, dentre os quais o orgulho ocupa um lugar de infeliz proeminência. Enganar-nos-íamos se pensássemos que este vício anda sempre lado-a-lado com a arrogância manifesta! O orgulho é primariamente interior. Pode perfeitamente reinar no coração de um homem e, ao mesmo tempo, passar despercebido de todos os que convivem com ele.

Decerto não era nisso que pensava a Florbela Espanca quando o escreveu, mas há muita sabedoria naquele seu verso que diz “[q]ue também é orgulho ser sozinha”. A idéia de que somos mais especiais de que os nossos irmãos é sedutora, mas é terrivelmente falsa. A concepção de que podemos fazer alguma coisa de grande por nós mesmo é enganadora – e quantos não caem neste canto-de-sereia! A vaidade de desbravarmos o nosso próprio caminho nesta vida, desprezando a caminhada dos que nos são próximos, já conduziu muitas almas para o abismo.

Aqui é preciso tomarmos cuidado para não cairmos em engano; sem dúvidas cada pessoa tem o direito e até mesmo o dever de escrever a própria história, e o insubstituível protagonismo de cada um na sua própria salvação é uma necessidade que não nos convém nunca esquecer. Não obstante, por meio de um desses aparentes paradoxos que perfazem a complexidade humana, a nossa dimensão individual é inseparável da comunitária e, se é verdade que temos o dever de trilhar o nosso próprio caminho, não é menos verdade que ele deve estar inserido na teia de relacionamentos que o Altíssimo teceu para a nossa existência.

De modo particular, a nossa salvação – individual – passa necessariamente por aquela comunidade de fiéis que Deus estabeleceu no mundo para conduzir os homens à Bem-Aventurança Eterna; passa, necessariamente, pela Igreja de Cristo. Rejeitar a companhia daquelas almas ao lado das quais a Divina Providência determinou que caminhássemos neste Vale de Lágrimas, longe de ser um sadio protagonismo próprio das grandes almas, é orgulho mesquinho que se revela um horrendo sinal de perdição. Querer construir por conta própria um caminho que conduza aos Céus é loucura e, na verdade, é somente a velha tentação original apresentada sob uma nova roupagem. O verdadeiro e legítimo protagonismo que precisamos assumir é o de conferir as marcas da nossa individualidade ao caminho que Nosso Senhor Jesus Cristo já abriu para nós, e não o de buscar por conta própria um outro caminho para o Céu. A Igreja não é uma estrada para o Paraíso ao lado de tantas outras, muito pelo contrário: é o terreno seguro somente dentro do qual é possível ao ser humano abrir o seu caminho para Deus. Podemos ensaiar os nossos próprios passos sim, e temos total liberdade para fazê-los da nossa própria maneira – mas somente dentro do palco que Deus preparou para que fosse possível haver dança. Esforcemo-nos, sim, para salvar a nossa alma, e o façamos com todas as particularidades que nos são próprias; mas somente dentro da Igreja, criada por Deus para que pudesse existir salvação no mundo.

Eu pensava nessas coisas quando li aquela triste notícia segundo a qual Magdi Cristiano Allam, ex-muçulmano batizado por Bento XVI, anunciou ter deixado a Igreja Católica. Eu me lembro do seu Batismo, em uma vigília de Páscoa, no coração do Vaticano, diante de todas as câmeras do mundo; lembro-me de como fiquei feliz com o ex-muçulmano, cujo batismo no Sábado de Aleluia parecia uma resposta a uma das Grandes Orações da véspera. Lembro-me de que – insensato! – pensei que, este, a Igreja não haveria de perder, pois se convertera já na idade adulta e após experimentar os falsos credos, e estas conversões soem ser mais profundas e definitivas.

Infeliz de mim, que estava rotundamente engando! O converso abandonou a Igreja. Por que o fez? Por conta daquilo que ele chamou de “relativismo religioso” e, particularmente, pela suposta legitimação do Islam como verdadeira religião por parte da Igreja Católica. Aqui as coisas começam a ficar mais claras. É óbvio que o Islamismo não é “verdadeira religião”, porque a única religião verdadeira é aquela fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e Homem Verdadeiro. É óbvio que a Igreja jamais “legitimou” o Islam e nem o poderia fazer jamais, porque isso seria trair a Si mesma. Então, do que é exatamente que Magdi Allam está reclamando?

Arriscamos uma resposta. O que o incomoda é a – na visão dele – leniência da Igreja em enfrentar o Islam, o que lhe tira a paz é perceber que a Igreja não combate o islamismo com o denodo que ele julga necessário. Em uma palavra, o seu problema, aparentemente, é um só: a sua conversão à Igreja em 2008 parece ter sido mais para lutar contra Maomé do que para fazer-se discípulo de Cristo. Mais por ódio ao Corão do que por amor a Cruz. E o ódio, embora pareça mais intenso, é também mais inconstante e menos duradouro: o simples ódio a alguma coisa é incapaz de garantir a regularidade devotada que o Cristianismo exige como caminho de vida.

E essa história triste, na verdade, nos deixa ao menos uma preciosa lição: ninguém deve se converter à Igreja por ser contra o islamismo ou o protestantismo, o relativismo ou o esquerdismo, o feminismo ou o homossexualismo, a degeneração moral ou a crise de valores, nada. Vou até mais além: ninguém deve nem mesmo converter-se à Igreja porque os Seus ensinamentos são corretos. Na verdade, deve-se ser católico por uma única e simples razão: para salvar a própria alma, uma vez que sozinho ninguém é capaz de a salvar. Outra espécie de amor à Igreja que não esteja radicado em Cristo, que não seja amor a Cristo por Aquilo que Ele é em Si mesmo, não é amor verdadeiro à Igreja. Semelhante “conversão” (que eu nem sei se se pode chamar assim) não é aquela casa do homem prudente edificada sobre a rocha da qual nos fala o Evangelho. Ao contrário, é frágil construção edificada sobre a areia, cujos alicerces cedo ou tarde irão abaixo por conta das intempéries da natureza – e grande será a ruína de quem fez ali a sua morada.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

74 comentários em “Também é orgulho ser sozinho”

  1. Lampedusa,

    não disse que você faria acrobacia mental independente daquilo que João Paulo II diz ou deixa de dizer somente para justifica-lo, seja em qual situação for?

    Você é ridículo! Se a fonte está errada e a citação correta, isso se deve, presumivelmente, a um erro simples, talvez um número invertido na hora de digitar, etc…se eu fosse desonesto como você diz, eu teria INVENTADO a citação, aí sim lhe daria razão em suas palavras.

    Ah, mas o Islã então tem que ser bem compreendido, não é mesmo? Aí se vai na raiz da palavra, se a traduz de uma forma como ninguém a compreende nos dias de hoje, para dizer que, afinal, João Paulo II não disse o que disse, mas mesmo que ainda dissesse, nenhum mal teria.

    Não perco mais tempo com você. Lá por 2017, se o mundo não tiver acabado, conversamos novamente.

    Sandro de Pontes

  2. A resposta 10/04/2013 at 15:32, do Lampedusa, parece boa, uma visão razoável. Ao menos no que diz respeito à como interpretar a fala do Papa, que é que estou prestando atenção. Não estou tomando partido do Lampedusa ou do Sandro Pontes; para mim importa apenas a verdade.

  3. O que eu estou percebendo aqui é como os católicos conservadores pós-Vaticano II agem: Nenhum Papa na história da Madre Igreja fez elogios diretos ou indiretos as falsas religiões. Ao contrário: Eles as combateram.

    Os papas conciliares elogiam direta ou indiretamente as falsas religiões e os conservadores em nenhum momento ficam preocupados com esses dizeres. Os conservadores pós-Vaticano II já ficam satisfeitos com os dizeres da Sala de Imprensa da Santa Sé quando esses dizem: “não foi bem isso que o Papa disse.”

    Rebaixam a Única e Verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo diante do mundo, e dos seus inimigos, e fica tudo por isso mesmo.

  4. Sandro,

    Você acusa a Santa Sé de alterar uma homilia do Papa, eu demonstro que você está errado e eu que sou ridículo? [compare com minha atitude que foi pesquisar e perguntou-lhe a fonte e não acusei ninguém sem saber…]

    Você não confere suas fontes, quer nos fazer crer que viu o Osservatore Romano de março de 2000 com a informação que você trouxe (lembra que você até usou o argumento da internet em 2000 ,,,), traz informações erradas [e, sim, com palavras erradas, pois Jordão não é Jordânia, o que descaracteriza a definição de Islã que o Houaiss e a Wikipedia traz], e eu que faço malabarismo?

    Você fica fazendo ctrl-C/ctrl-V de sites e blogs pouco ou nada sérios e chama isso de argumentar?

    Na boa, até 2017 se o mundo não acabar..

  5. Lampedusa,

    Sim, você é ridículo, além de desonesto intelectualmente. Tem o espirito protestante da soberba, o que nos obriga a abandoná-lo, sabendo que condena-se a si mesmo (Tito 3, v. 9, 10 e 11). Você tem a cara-de-pau de dizer:

    “(…) Você acusa a Santa Sé de alterar uma homilia do Papa, eu demonstro que você está errado e eu que sou ridículo?”.

    Eu acusei, seu mentiroso? Eu apenas disse e estava correto: SE a passagem não se encontra lá é porque foi retirada de forma maliciosa. EU NÃO DISSE QUE ELA NÃO SE ENCONTRAVA LÁ, FOI VOCÊ quem disse ter encontrado a tal homilia do seu anti-papa e que nela não se encontrava a tal passagem. Portanto, explique-me você como posteriormente você encontrou outra homilia onde consta a tal passagem (passagem esta que CONDENA o seu beato, que não é meu, para a glória de Deus).

    Veja o que aconteceu: você achou um texto onde não havia esta citação (por que não havia?), a partir dai criou esta situação totalmente desnecessária (porque ao final provou-se que VOCÊ ESTAVA ERRADO E JOÃO PAULO II REALMENTE DISSE O QUE APRESENTEI), questionou a honestidade dos sedevacantistas (nem conhece o Roberto, que neste momento responde a vários processos de organizações LGS’s, enquanto você brinca de ser católico), depois encontrou o texto onde está lá a citação e ainda quer cantar de galo?

    Agora, é claro que ao ver a data de 1989 na fonte que não retirei do Roberto (tanto ele como eu devemos ter retirado da mesma fonte, que é um site sedevacantista de muita credibilidade, porque feito por pessoas honestas, ao contrário de você) e vendo que a homilia foi publicada no ano 2000 tal só poderia ter acontecido porque em 89 não havia internet. Foi você quem perguntou o porque desta questão 89-2000. Essa era a única resposta possível para explicar o porquê de uma homilia feita em 89 ser publicada na internet somente no ano 2000. Foi uma coisa óbvia, elementar, eu lá ia saber que aquele 1989 estava por engano? O mais importante é que eu SABIA que João Paulo II disse aquilo, como de fato disse. Tanto que você admitiu, para sua vergonha e humilhação:

    “(…) essas palavras foram ditas por João Paulo II em 21 de março de 2000, durante uma cerimônia na Jordânia, junto ao Rio Jordão, no local onde São João Batista batizou Jesus”.

    MOLEQUE!!!! Insinua que os outros são desonestos como você e após certificar-se de seu erro não tem a humildade de pedir desculpas? Não lhe disse que eu me lembrava da repercussão desta declaração por volta do ano 2000? O que deseja mais de mim? Que além da repercussão que eu me lembrasse com exatidão se foi por exemplo em 2000 ou 2002?

    Outra coisa, eu realmente não disse que vi o Observatore no ano 2000, como você, SEMPRE MENTINDO, afirma, eu disse que eu me lembrava da repercussão desta declaração heretizante feita por Karol e da sua repercussão. Não enfie palavras em minha boca. E você termina INACREDITAVELMENTE dizendo:

    “(…) Você fica fazendo ctrl-C/ctrl-V de sites e blogs pouco ou nada sérios (sic) e chama isso de argumentar?”.

    MALDITO, MALDITO, MALDITO SEJA!!!!!!!!!!!!! A citação está correta, inclusive a fonte, o que aconteceu é que havia algo mais ali, certamente por erro inocente, o ano de 1989.

    Deus irá castigá-lo. Vá ser desonesto assim lá no inferno. Perto de você, o David Conceição desaparece.

    Sandro de Pontes

  6. Sandro,

    “Sim, você é ridículo, além de desonesto intelectualmente. Tem o espirito protestante da soberba, o que nos obriga a abandoná-lo, sabendo que condena-se a si mesmo (Tito 3, v. 9, 10 e 11).:”

    2017 passou rápido para você… ou o seu mundo já acabou? Acabaram-se os argumentos e você voltou ao seu normal que é xingar e apelar para os impropérios.

    “(…) Você acusa a Santa Sé de alterar uma homilia do Papa, eu demonstro que você está errado e eu que sou ridículo?”.

    “Eu acusei, seu mentiroso? Eu apenas disse e estava correto: SE a passagem não se encontra lá é porque foi retirada de forma maliciosa. EU NÃO DISSE QUE ELA NÃO SE ENCONTRAVA LÁ, FOI VOCÊ quem disse ter encontrado a tal homilia do seu anti-papa e que nela não se encontrava a tal passagem.”

    Sandro, ainda bem que você não consegue apagar o que você aqui escreve. Veja o que você escreveu:

    “Já lhe disse a fonte: tal disparte foi dito durante a homilia realizada no dia 13 de Outubro de 1989, tal como foi publicada pelo L’ Osservatore Romano em março do ano 2000.

    Se, posteriormente, como você diz, este trecho já não se encontra mais na homilia, é porque foi retirado pelo escândalo que causava.”

    O que está escrito aí? Que foi dito em uma homilia em 1989 e que se não se encontra mais lá é porque foi retirado. Você não entende o que você mesmo escreveu? Ora, eu lhe trouxe o link da homilia e para facilitar sua vida ainda copiei o único trecho que ela cita o islamismo. Ou, então, deixe-me entender: você debate sem ler o que os seus debatedores escrevem? Estava lá na homilia que você citou? Não. Logo, você mentiu (como sou diferente de você, posso admitir que você errou). Você afirmou que foi retirada. Ora, se lá não estava não pode ter sido retirada. Logo, você mentiu (ou, como não sou prepotente como você, admito que, mais uma vez, você errou, mas, agora, só me resta a alternativa de que foi para prejudicar “meu anti- Papa”…

    ” Portanto, explique-me você como posteriormente você encontrou outra homilia onde consta a tal passagem (passagem esta que CONDENA o seu beato, que não é meu, para a glória de Deus).”

    Sandro, definitivamente você não lê o que debate com os outros. Sabe como isso se chama? Cegueira ideológica, ódio irracional ou má fé. Não está em outra homilia. Encontra-se em uma breve oração feita numa celebração às margens do rio Jordão. E não com as mesmas palavras que você trouxe. Além disso, a “tão desonesta” Santa Sé que não hesita fraudar as homilias papais, mantém essa oração em seu site. Vai entender…

    “Veja o que aconteceu: você achou um texto onde não havia esta citação (por que não havia?),”

    Oras, porque não estava lá , ao contrário do que você tinha afirmado.

    ” a partir dai criou esta situação totalmente desnecessária (porque ao final provou-se que VOCÊ ESTAVA ERRADO E JOÃO PAULO II REALMENTE DISSE O QUE APRESENTEI)”

    Não, caríssimo, eu não estava errado. Em nenhum momento afirmei que João Paulo II não havia dito aquilo. Apenas afirmei, o que estava correto, que não estava aonde você falou que estava. Não só reconheci as plavras do Papa ,) como fui que lhe trouxe as fontes (agora você pode usá-la para enganar outros em vez de usar a desses sites sedevacantistas pouco sérios). Além disso, eu falei que achei inapropriada a forma como o Santo Padre falou, mas por causa de como poderia ser interpretada pelos que o odeiam e não pelo conteúdo.

    Não vou debater com você a quantas andava a internet no ano 2000. Só posso lhe dizer que nesse ano ou muito próximo deles (entre 1998 e 2002) minha secretária (e todos os funcionários que trabalhavam em minha área no banco) tinham micro e internet.Mas, isso não importa.

    “MOLEQUE!!!! Insinua que os outros são desonestos como você e após certificar-se de seu erro não tem a humildade de pedir desculpas? Não lhe disse que eu me lembrava da repercussão desta declaração por volta do ano 2000? O que deseja mais de mim? Que além da repercussão que eu me lembrasse com exatidão se foi por exemplo em 2000 ou 2002?”

    Sim, você disse isso e também (perdoem-me os demais, mas acho que é preciso repetir) disse:

    “”Já lhe disse a fonte: tal disparte foi dito durante a homilia realizada no dia 13 de Outubro de 1989, tal como foi publicada pelo L’ Osservatore Romano em março do ano 2000.””

    Não é molecagem, “orgulho protestante”, etc não admitir que errou quando fez essa afirmação peremptória e, ainda mais, que o Vaticano a retirou dessa homilia que você apontou?

    “Outra coisa, eu realmente não disse que vi o Observatore no ano 2000, como você, SEMPRE MENTINDO, afirma, ”

    Sandro, como você quer que alguém interprete o que você escreveu abaixo (logo após seu duvidoso arrazoado sobre o uso da internet):

    “Eu, claro, não salvei a publicação original, mas me lembro e muito bem da repercussão desta citação, repercutiu no mundo todo, principalmente no tradicionalista, e isso naquela época, há 13 anos.”

    Você nem salvou e nem leu essa edição. Quem está sempre mentindo?

    “MALDITO, MALDITO, MALDITO SEJA!!!!!!!!!!!!! A citação está correta, inclusive a fonte, o que aconteceu é que havia algo mais ali, certamente por erro inocente, o ano de 1989.”

    Um erro inocente (ano, instrumento, local, interpretação, etc) reiterado diversas vezes mesmo depois de arguido. Está bem… fazer o quê? E QUE DEUS LHE ABENÇOE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    “Deus irá castigá-lo.”

    E que Nossa Senhora de Fátima lhe ilumine e possa lhe apresentar-lhe favoravelmente a Seu Filho no dia terrível a que a todos nós chegará.

    E, por fim, mais uma vez, até 2017!

  7. Lampeduza,

    Você diz: “e que Deus lhe abençoe”, eu porém vos digo: “maldito seja”!

    Não me venha com falsa hipocrisia. O melhor de tudo isso é que no dia do julgamento estaremos todos diante de Cristo, eu, você e João Paulo II.

    Eu estou dizendo que este anti-papa fez uma homilia abençoando o Islã, não importa se esta homilia foi feita em 89, em 2000 ou 2004. Ah, mas em 2000 a beira do Jordão “não foi homilia”, foi uma “mensagem”, foi um recado que ele colocou num cartaz, foi sei lá o quê…isso no mundo católico, o qual eu pertenço, se chama COAR MOSQUITO E ENGOLIR CAMELO…

    Embora eu possa reconhecer ter entendido errado o que escreveu, eu realmente entendi que você achou uma homilia do ano 2000, e não uma homilia do ano de 1989. Mas no que este meu engano altera aquilo que estamos debatendo: a FRASE HERÉTICA do seu anti-papa? Em nada. Você desvia o assunto para não se dar por vencido, porque você foi vencido, seu doce Karol acionou o céu católico para proteger o Islã. Nada que você diga mudará o fato de que dois mais dois são quatro, de que o fogo queima e a água molha.

    Você afirmou que João Paulo não disse o que eu disse que ele de fato disse…eu creio particularmente que ele tenha dito tal disparate por duas vezes: em 89 e no ano 2000. Se eu achar a homilia original de 89 com ele dizendo isso, você será ainda mais desmoralizado. Mas ainda que ele de fato não tenha dito em 89 na homilia, disse em 2000 ainda que não seja homilia propriamente, apenas uma “mensagem” ou seja lá o que for.

    Aliás, de acordo com os dicionários “homilia” significa, entre outros significados teológicos mais precisos, também “conversa fraterna” ou “familiar”. Logo, se ele conversou fraternalmente com os muçulmanos ele pronunciou uma homilia, pelo menos neste sentido.

    Continue agora com seu Francisco, o Fraticelli. E passe os próximos tempos fingindo na ver as heresias e as blasfemias que ele comete. Vocês se merecem.

    Sandro de Pontes

    Mas de que adianta

  8. Outra coisa: eu havia escrito que não vi o Observatore no ano 2000, nos seguintes termos:

    “(…) Eu, claro, NÃO SALVEI a publicação original, mas me lembro e muito bem da REPERCUSSÃO desta citação, repercutiu no mundo todo, principalmente no tradicionalista, e isso NAQUELA ÉPOCA, há 13 anos.”

    Aí você escreve que eu estou “mentindo” (???):

    “(…) Você nem salvou e nem leu essa edição. Quem está sempre mentindo?” e também “como você quer que alguém interprete o que você escreveu?”.

    Ora, como se interpreta o que eu escrevi? Simples: na época eu não salvei a citação mas me lembro muito bem da repercussão que ela causou. Simples!

    Você é louco? Vôcê não lê o que o sei adiversário e inimigo escreve? Isso se chama má fé, ou cegueira espiritual, ou qualquer outra coisa.

  9. Prezado Jorge,

    Este homem tira qualquer um do sério. Pus a citação lá do João Paulo invocando João Batista sobre o Islã com duas fontes simultâneas: uma que indica homilia de 1989 e outra o ano 2000. Parece realmente que no local onde tirei a citação houve talvez um erro de digitação, o fato é que, ao que tudo indica, as palavras de João Paulo II foram ditas no ano 2000, e não em 89.

    Um erro inocente de digitação, ou sei lá o que, mas este sujeito é~tão malévolo que faz disso uma “arma” para demonstrar o mau-caratismo do interlocutor, que não é sério, porque Roberto Cavalcanti não é sério, porque ninguém no mundo seria sério, só ele.

    Tudo tem limite, bom para mim aprender, já dizia um velho professor para nunca perdermos tempo com quem demonstra má fé.

    Não sei porque eu insisto em crer na reta intenção de algumas pessoas.

    Sandro

  10. Jorge, salve Maria.

    Apenas para fazer justiça ao Roberto, que foi achincalhado pelo Lampedusa: eis como ele coloca a citação e a fonte desta declaração de João Paulo II em seu blog:

    “Possa São João Batista proteger o Islã e todas as pessoas do Jordão…” –
    L’ Osservatore Romano, March 29, 2000, p. 2.

    http://roberto-cavalcanti.blogspot.com.br/2010/06/joao-paulo-ii-apostata-e-herege.html

    Ou seja, não faz nenhum tipo de artimanha que mereça as palavras depreciativas do vosso leitor desequilibrado.

    Mas ele vai pedir desculpas públicas ao Roberto por ter o caluniado?

    Vai nada.

  11. Jorge, salve Maria.

    Finalizando a questão das palavras de João Paulo II sobre o Islã no que se refere a fonte, o autor do blog onde retirei a citação disse realmente ter cometido um erro. As palavras foram ditas por ele apenas no ano 2000, sendo que em outubro de 1989 ele disse “somente” que “os seguidores do Islã, que acreditam no mesmo bom e justo Deus.”

    Vai ver que os muçulmanos creem que Cristo seja Deus e ninguém está sabendo.

    Porém, ele disse que irá corrigir a fonte, porque na hora de compor o trabalho acabou colocando esta junto com aquela do ano 2000, que estava correta, como reconheceu o infeliz.

    Sobre esta questão do acesso a internet no ano 2000, disse ao infeliz que naquela época quase ninguém a acessava em nosso país, somente os ricos. Ele responde “questionar” tal coisa justamente porque ele, RICO, tinha internet que era usada pelas suas secretárias…

    Ou seja, se eu disser que a África é um continente formado por negros ou que o Iraque é país formado por muçulmanos ele irá me questionar, condicionando a má fé dos sedevacantistas a informação colocada, citando como exemplo desta ma fé a Africa do Sul onde também moram muitos brancos e a pequena comunidade católica iraquiana, provando então que este não é país formado por muçulmanos, como o malévolo Sandro, que tem ódio pelos “santos padres” quer nos fazer crer, e que muito menos a África é continente de negros!

    Ora, pesquisa indica que agora, neste momento, menos da metade da população tem acesso a internet:

    http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=28315&sid=4

    Ou seja, apenas 48% tem acesso a internet no Brasil atualmente! E estes que tem acesso ainda o tem por causa de lan-houses. Dando aula em escolas públicas tenho enorme dificuldade em pedir atividades relacionadas a internet, pois 90% dos alunos não a possui em casa, apenas a acessam em lan-houses, e a maioria ainda o faz ocasionalmente. Isso hoje, 2013, e com a juventude.

    Aliás, no ano 2000 havia 9,8 milhões de internautas no Brasil, o que perfazia APENAS 5,7% da população brasileira. Veja:

    https://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html

    É isso.

    Logo coloco São Tomás falando sobre o ato de apostasia público e notório.

    Abraços,

    Sandro

  12. Prezado Jorge, salve Maria.

    Eis a citação de São Tomás de Aquino na Summa declara:

    “…determinadas palavras ou certas obras exteriores estão atreladas à infidelidade, enquanto dela são sinal… E se alguém…cultuasse o sepulcro de Maomé, seria considerado apóstata (Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, 2-2, 12, 1).

    Penso ser evidente que não se pode distinguir a veneração do sepulcro de Maomé da veneração pública do Corão, ou da veneração de Lutero em sua Igreja e da própria Igreja de Lutero, ou da oração ou veneração que João Paulo II e Bento fizeram no muro das lamentações, nas sinagogas e mesquitas, reverenciadas como “locais de oração”, etc…sempre reverenciados, cultuados estes locais, sempre!

    O que tem que ficar claro é que o desviado não precisa escrever com todas as letras aquilo que ele por meio de seus atos demonstra crer. Isso é que falta a todos vocês, inclusive a você, prezado Jorge: contatar a falta da fé católica por meio de um “encontro de Assis” da vida, por exemplo, que está em total desacordo e inclusive cai nas condenações de Pio IX no seu documento contra o ecumenismo falso.

    Sandro

  13. Jorge,

    Vi seu pedido ontem e resolvi acatá-lo. Não pretendo mais dirigir-me ao Sandro sobre o tema que serviu de ringue. Para que você não precise reler todo os posts e eu possa me defender como ele tentou fazer após o seu pedido, assim resumo o ocorrido:

    1 – dirigi-me pela primeira vez ao Sandro no post 04/04 at 14:11 para concordar com sua (Jorge) tese de que o temor dos papas atuais em condenar o Islã pode ser comparado com o de Pio XII em condenar o holocausto.

    2 – o debate foi relativamente civilizado nos dois ou três posts seguintes. Então, como costuma acontecer, o Sandro passou a desviar o assunto para supostos dizeres e atos heréticos de João Paulo II e Bento XVI que me recusei a debater.

    3 – um dos dizeres apontados por ele me chamou a atenção tanto pelo conteúdo como por desconhecê-lo: ““Possa São João Batista proteger (sic) O ISLÃ e todas as pessoas do Jordão…” (João Paulo II, Homilia do dia 13 de Outubro de 1989 – Fonte: L’ Osservatore Romano, March 29, 2000, p. 2).”

    4 – como sei que as palavras dos Papas atuais usadas por alguns críticos (entre eles alguns sedevacantistas ) costumam ser apresentadas descontextualizadas ou truncadas, fui à fonte original – a citada homilia – para lê-la. Não a encontrei nem na citada homilia e nem em nenhum dos discursos e homilias do Papa na viagem que estava realizando na data colocada – Indonésia).

    5 – questionei, educadamente, ao Sandro (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-1/#comment-44006) a fonte. Ele reiterou a fonte e afirmou “Se, posteriormente, como você diz, este trecho já não se encontra mais na homilia, é porque foi retirado pelo escândalo que causava.”.

    6 – continuei questionando civilizadamente a fonte de onde isso aparaceu (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-1/#comment-44013) e ele trouxe argumentos de ordem técnica inverossímeis e reiterou as acusações à Santa Sé (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-1/#comment-44014). O Alexandre Magno também o questionou tecnicamente (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-1/#comment-44024)

    7 – como não queria ser leviano e acusá-lo de estar inventando as palavras do Papa continuei procurando e apenas encontrei uma citação no blog de um tal de Roberto Cavalcanti que nunca tinha ouvido falar e com os mesmos erros de citação e datas (volto a esse assunto no final). Encontrei, finalmente, as palavras citadas pelo Sandro (com uma diferença, a meu ver, importante e completas e no seu contexto, local e data) e EU a trouxe aqui e COMENTEI-A LARGAMENTE concordando que as palavras foram inapropriadas, mas dando-lhe uma possível e mais querazoável interpretação benéfica ao Santo Padre (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-1/#comment-44014). Peço que leia esse post meu e o imediatamente seguinte, pois ele foi o divisor de águas desse imbróglio. Novamente o Alexandre Magno e o Renato tentaram continuar o debate em termos de ideias (https://www.deuslovult.org//2013/04/04/tambem-e-orgulho-ser-sozinho/comment-page-2/#comment-44035)

    8 – a partir daí “deu a louca” no Sandro. Antes de seu pedido de moderação ele dedicou umas duas frases para tentar rebater o que eu comentei. Ora ele negava o que tinha dito; ora dizia que tinha havido um ‘inocente erro de digitação’; ora reiterava o que havia dito e as acusações à Santa Sé; ora ofendia os Papas atuais e, principalmente, passou a me ofender de forma descontrolada.

    9 – abaixo faço uma lista exaustiva dos “argumentos” que ele usou nesse debate. Antes uma ressalva sobre o blog do Roberto Cavalcanti. Infelizmente não salvei, mas a citação dele estava praticamente idêntica à feita pelo Sandro aqui (tanto que a encontrei “googlando”, pois não conhecia esse blog). Ele, não sei porque (tenho minhas desconfianças), alterou ontem ou anteontem o texto e, curiosamente, só hoje o Sandro trouxe o link dele, o que eu já tinha feito. Porém, FALTOU COMBINAR COM OS RUSSOS: o Sandro, para defender esse seu companheiro, trouxe a citação COM A FONTE alterada aqui:
    ““Possa São João Batista proteger o Islã e todas as pessoas do Jordão…” –
    L’ Osservatore Romano, March 29, 2000, p. 2
    .
    http://roberto-cavalcanti.blogspot.com.br/2010/06/joao-paulo-ii-apostata-e-herege.html

    O problema é que não foi desse modo que o tal Roberto ‘consertou’ o que estava errado, pois agora ele escreve assim :

    ““Possa São João Batista proteger o Islã e todas as pessoas do Jordão…” [12]
    João Paulo II, Homilia, 13 de Outubro de 1989:”

    Dessa vez, consciente do tipo de pessoas que estou tratando, fiz print da tela.

    10 – Por fim, Jorge, a lista de “argumentos” que o Sandro usou nesse debate:

    – “Você é ridículo”
    – “desonesto intelectualmente”
    – ” Tem o espirito protestante da soberba
    – “seu mentiroso”
    – “MOLEQUE!!!!”
    – “desonestos como você”
    – “você, SEMPRE MENTINDO”
    – “Deus irá castigá-lo”
    – ” Vá ser desonesto assim lá no inferno.”
    – ““maldito seja”!
    – “Você é louco?” (esse foi dito pelo alter ego dele, o “catolico”)
    – “malévolo ” (idem)
    – “RICO” (aqui voltou a ser o Sandro)
    – “desequilibrado” (não ria, é sério)
    – “MALDITO, MALDITO, MALDITO SEJA!!!!!!!!!!!!!”

    Perdoe-me ter servido de coadjutor nesse triste espetáculo que usou seu blog (um dos melhores da blogosfera católica brasileira) como palco. Peço desculpas também aos demais leitores. Como disse, para mim, esse debate acaba aqui.

  14. Jorge, salve Maria.

    “Cínico” foi a palavra que faltou ao Lampedusa, O Roberto neste momento passa por problemas seríssimos, acho que nem acessando a internet ele está. Faz dias que tento falar com ele sobre o processo e não consigo, provavelmente ele não está nem sabendo deste debate.

    E sobre o Roberto Lampedusa escreveu:

    “3 – é provável que o Sandro tenha tirado essa informação de algum site sedevacantista pouco preocupado com a verdade ou com os fatos em si, mas, sim, em demonstrar sua ideologia. Provavelmente esse:

    http://roberto-cavalcanti.blogspot.com.br/2010/06/joao-paulo-ii-apostata-e-herege.html ,

    pois os dizeres e DADOS são muito assemelhados. Apenas para registrar, o que afirmo no ítem 3 – não é dirigido ao Sandro, pois, como disse, ele fez uso de informação errada de forma acrítica mas, imagino eu, não de má fé. Já quanto a esse Roberto Cavalcanti, ao publicar algo assim, sem conferir ou checar as fontes ou dar outras possíveis interpretações, cabe pouca comiseração”.

    Ora, eu não peguei a citação do blog do Roberto e veja a forma como este senhor se dirigiu aquele que ele nem conhece. Ele não tem o menor respeito, é um fanático.

    Se ler tudo o que escrevi verão que eu coloquei a questão em termos condicionados: “se” havia uma homilia e o trecho não está lá é porque retiraram, “se” a homilia foi proferida em 89 só pode ter sido publicada na internet anos depois porque em 89 a internet não existia (o que seria óbvio), “se” isso, “se” aquilo. Mas ele interpreta a minha forma de falar como se eu estivesse afirmando. Será que ele não lê o que o debatedor escreve?

    Agora, cometi um erro de interpretação ao texto dele pois entendi, talvez por ter lido correndo em meio ao trabalho da tarde, que ele encontrou a homilia primeiramente sem a citação maldita e posteriormente com a citação maldita. Isso eu errei mesmo, e assumo. Porém, seria um erro tão idiota que o que vale debater é a citação, e não se ela foi dita em 89 ou no ano 2000, se ela foi dita em uma homilia ou em uma oração.

    E quando eu li errado o que ele escreveu ao invés de simplesmente me corrigir disse que eu sou cego, que eu odeio, que eu isso, que eu aquilo…logo, é ele quem odeia qualquer um que ataque João Paulo II, que merece ser atacado.

    É isso. Não fosse ele tão mau caráter as coisas jamais teriam chegado a este ponto. Mas é justamente por sê-lo que eu peguei o chicote, como Cristo fez com os maus fariseus em seu templo.

    Caráter, infelizmente, não se encontra nem mesmo entre aqueles que se dizem católicos e defensores do papa.

    Sandro

  15. Caro Sandro de Pontes, gosto de debates em que tradicionalistas apresentam seu ponto de vista com fontes confiáveis, acompanho diariamente quando o tema nos enriquece,mas é claro que todos podemos nos enganar, a humildade deve partir de quem deveria ou procura demonstrar maior cabedal. Neste caso tua fonte foi falha!

  16. Wilson, salve Maria.

    Amigo, releia o debate, veja que eu apresentei a citação maldita onde se abençoa a religião islâmica invocando São João Batista com duas fontes, uma verdadeira e a outra equivocada. Assim, temos que:

    a) a citação era verdadeira;
    b) uma das duas fontes era verdadeiríssima;
    c) a outra foi colocada por engano;

    Este erro de digitação já foi corrigido, e inclusive expliquei a origem do problema, pois que meu amigo estava se referindo a homilia de 89 em seu trabalho, onde Karol diz que Alá é o mesmo Deus que Cristo. Não foi o Roberto Cavalcanti quem cometeu o erro porque o site não é brasileiro. Se no site do Roberto estiver a fonte errada seria somente porque ele teria copiado, também por engano, deste mesmo site totalmente confiável onde busquei a fonte.

    Concluindo, se o interlocutor fosse honesto ele teria ido pesquisar e veria que, estando corretos os itens “a” e “b” acima, o “c” passaria a ser quirela.

    Mas por se desonesto e não ter ido pesquisar “a” e “b” fez do item “c” a bandeira da sua vida, chegando a conclusões que seriam as seguintes:

    1) a citação não seria verdadeira;
    2) os sedevacantistas são desonestos (como ele sabe) porque todo mundo que discorda dele é desonesto neste mundo, menos ele, que enxerga a crise com os olhos cristalinos da ortodoxia, sempre salvaguardando os papas conciliares que, claro, jamais se desviaram da fé católica, porque quem está desviado são justamente aqueles que herculeiamente denunciam os desvarios e as heresias cometidas por eles;

    E o pior deste tipo de empreitada é que ela chega a enganar até mesmo católicos de boa intenção, como você demonstra ser. Mas se puder reler verá que o que aconteceu foi tão somente isso: uma das duas fontes estava errada, e é claro que por engano, logo, vício que estaria sanado a partir do momento em que ele conferisse a segunda fonte, que estava correta.

    Depois da confusão desgraçada que ele armou por nada eu fui no google e digitei “João Paulo II Islã São João Batista” e a primeira página que apareceu foi a do Vaticano onde está a citação apresentada por mim. Então é tão simples achar que a conclusão é que, se ele não age de má fé, é porque é muito incompetente mesmo, o que justificaria muitas coisas relacionadas ao seu mode de agir.

    Sandro

  17. Caríssimo Sandro,

    Obrigado pela referência, pois com ela consegui recuperar a citação original. Como eu pensara, o problema não está simplesmente em “rezar no túmulo de Maomé”, e sim em venerá-lo. Aliás, o original (e em espanhol aqui) é ainda mais forte: sepulcrum Mahumeti adoraret. Revela-se a apostasia, portanto, por meio de um falso culto, e não meramente por atitudes que aos olhos de alguns podem parecer incompatíveis com o que eles entendem da Fé.

    Sobre o mesmo assunto, a propósito, talvez possam lançar esclarecedores luzes as seguintes passagens de Del Greco no seu conhecido “Compêndio de Teologia Moral” (grifos meus):

    Indiretamente [se renega a Fé] quando se realizam atos ou omissões que[,] não por sua natureza, mas pelas circunstâncias[,] contêm de fato uma negação de fé. Assim, por exemplo, renega a fé indiretamente quem, interrogado sôbre ela, se cala, enquanto outro afirma não ser êle católico; aqueles que freqüentemente assistem às funções religiosas dos acatólicos e quase nunca às dos católicos, etc. [p. 127]

    [Comento: renega-se a Fé por meio da participação em falsos cultos quando esta se dá freqüentemente, e não uma única vez. Ora, uma ou duas visitas a mesquitas ao longo de cinco ou dez anos não podem ser chamadas de assistir com freqüência às funções religiosas de não-católicos!]

    Pode ser tolerada a presença passiva ou puramente material [em cultos acatólicos] por razão de conveniência civil ou de cortesia, e, por causa grave, estar presente a funerais ou casamentos e solenidades semelhantes, contanto que seja sempre remoto o perigo de perversão ou de escândalo (Cân. 1258, §2). [pp. 133-134]

    [Comento: vê-se, portanto, que mesmo antes do Vaticano II era permitido fazer-se presente a ato de culto não-católico, contanto que isso fosse por “conveniência” ou “cortesia” e não implicasse em participação ativa. Ora, parece-me claro que os casos citados dos últimos Papas enquadram-se nesta permissão: além deles não terem jamais tomado parte ativa em ato de culto algum, só o fizeram por questões de conveniência em situações pontuais de encontros entre líderes religiosos.

    Ainda: não acho que nem João Paulo II nem Bento XVI e nem ninguém tenha sequer se feito presente a um ato de culto (coisa que, como vimos, eles até poderiam fazer). As visitas a mesquitas, sinagogas e congêneres, salvo grave engano da minha parte, nunca foram feitas durante celebrações acatólicas. Ora, participar de um culto acatólico é sem dúvidas mais grave do que a simples visita ao lugar de culto acatólico e, portanto, se é lícito fazer o primeiro por razões de conveniência sem que isso implique em nenhuma apostasia pública, com muito mais razão é lícito, nas mesmas circunstâncias, fazer o segundo. É, portanto, descabido sentenciar “apostasia” a partir de atos pontuais e de conveniência, praticamente exigidos pelas circunstâncias, e que ninguém ou quase ninguém interpreta univocamente (ou mesmo equivocamente!) como repúdio à Fé Cristã.]

    Não participa [em ato de culto acatólico], porém, aquele que, entrando num templo acatólico, descobre a cabeça, senta-se, se os demais o fazem, levanta-se como os outros, se o faz para evitar singularidade. [p. 133]

    [Comento: apenas reforça o que já se disse. “Imitar” os gestos e atitudes de acatólicos em seus atos religiosos não necessariamente significa participar daquele culto e, portanto, se – p.ex. – alguém abaixa a cabeça enquanto um muçulmano reza e o faz “para evitar singularidade”, não se pode dizer que está participando de culto islâmico e de modo algum isso é análogo a «sepulcrum Mahumeti adoraret».]

    Do exposto, segue-se que não dá para concluir, das atitudes mencionadas, que os últimos Pontífices tenham cometido “apostasia pública” e, portanto, é (no mínimo!) temerário sustentar que eles sejam hereges ou cismáticos sem evidência incontestável disso.

    O mesmo vale para os maus bispos. Sobre estes, a propósito, não me parece haver diferença significativa entre um herege oculto e um herege que apenas uma (ínfima) parcela dos seus súditos reputa herege; não vejo lógica nenhuma em chamar esse último de “herege público”. Como apenas os hereges públicos deixam de ser membros da Igreja (segundo a opinião mais provável trazida por Ott), e os ocultos não, então os bispos hereges, conquanto não sejam reputados enquanto tais, permanecem membros da Igreja e permanecem detentores de plena e verdadeira jurisdição sobre suas dioceses.

    Como eu disse, ainda concedendo (para argumentar) que o bispo herege deixasse de ser membro da Igreja tão-logo um único súdito seu constatasse a sua heresia e, por conseguinte, perdesse toda jurisdição (ou mesmo que a perdesse no mesmo instante em que caísse internamente em heresia, ainda que ninguém o soubesse), aplicar-se-ia o supplet Ecclesia para suprir-lhe a falta; e assim a Igreja Universal, em atenção ao bem das almas, garantiria a potestade necessária para a realização dos seus atos que exigem jurisdição para surtir efeito. Com isso, mesmo na pior e mais improvável das hipóteses, a Igreja Católica permanece presente, visível e atuante ainda na diocese de um bispo abertamente herege. E, como disse, penso que isso resolve o problema.

    Abraços,
    Jorge Ferraz

  18. Prezado, Salve Maria.

    Apenas rapidamente, porque estou dormindo sobre o teclado agora: rezar sobre o túmulo de um dos mais famosos falsos profetas e fundador de religião falsa me parece que qualifica como culto à pessoa dele. Daí a inferência que quem reza no túmulo de Maomé o cultua, entendendo culto como prestação de homenagem. Lembre-se que na idade média se usava a palavra “adorar” para veneração, desta forma era comum se dizer “adorar o Romano Pontífice”, por exemplo. Aliás, até na bíblia se usa a palavra adorar com sentido de venerar, e eu sempre utilizo este argumento contra os protestantes quando eles criticam a “adoração” da cruz na sexta-feira santa.

    O essencial é que se está manifestando claramente por essa conduta que não se crê que o islamismo seja uma religião abominável, como de fato é, com isso você irá concordar. E também está se manifestando que se nega que Maomé seja um falso profeta que não deve ser associado a oração dirigida ao Deus verdadeiro.

    Logo, se está manifestando uma crença incompatível com o dogma católico, mas não apenas isso: uma atitude igualmente incompatível com este mesmo dogma.

    Mesmo nestas citações de Greco já se pode condenar os papas conciliares: o ensinamento católico é claro quando diz que somente se pode assistir passivamente cultos acatólicos por motivos extremamente justos, como por exemplo se minha irmã for casar numa igreja protestante, ou uma missa anglicana onde meu pai comemorará as bodas de 50 anos de casado, entre outros exemplos parecidos.

    Ou seja, a nossa ausência nestas situações seria algo inimaginável e causaria escândalo entre o restante da família e dos amigos, que não se conformariam com uma atitude destas que aos olhos deles demonstraria que desprezamos aqueles que deveríamos amar.

    E assim, lá fui eu assistir uma missa nova recentemente por causa da morte de um tio muito amado onde o padre rebolava junto com pantominas multi-coloridas ao som da música estridente…entrei mudo, saí calado.

    Porém, Del Greco realça que tal participação passiva só se faz possível se ela:

    a) não causar escândalo;
    b) não tiver a participação ativa do católico;

    Penso que os papas conciliares quebraram as duas condições.

    Depois continuamos. Boa noite.

    Sandro

  19. Ah, só uma coisa: o que você pensa do ósculo ao alcorão?

  20. Caro Renato, quantos cristãos morreram por confessar sua fé? Esta vida deve ser defendida sob todas as circunstâncias que for possível, a defesa não deve se prender à fé da pessoa. Esta vida, este grande presente que recebemos, Não é o motivo de estarmos aqui.

    Caro Sandro levar Cristo aonde ele não é conhecido… carrega uma grande contradição, aqueles a que o evangelho foi levado, não poderão mais ser justificados pela ignorância.

    Quando o Papa João Paulo II disse “São João Baptista proteja o Islão, todo o povo da Jordânia”, ele não estava em território cristão e mesmo assim não se deteve em deixar claro a sua fé, bem diferente da fé do país que o recebia.

    “Glória a vós, ó Cristo, Filho de Deus!”

    “Glória a vós, ó Espírito Santo, Senhor e Dador da vida!”

    “A Igreja é baptizada mediante o vosso poder, descendo na morte com Cristo
    e ressuscitando com Ele para a nova vida.”
    (Oração em Wadi Al-Kharrar(Jordânia), 2000)

    “Alguns dos nomes mais bonitos da linguagem humana são dadas ao Deus do Alcorão, mas Ele é basicamente um Deus fora do mundo, um Deus que é apenas Majestade, nunca Emanuel, Deus-conosco. O Islã não é uma religião de redenção. Não há espaço para a Cruz e a Ressurreição. Jesus é mencionado, mas somente como um profeta que se prepara para o último profeta, Maomé. Há também menção a Maria, sua Mãe Virgem, mas a tragédia da redenção é completamente ausente. Por esta razão não só da teologia, mas também a antropologia do Islã é muito distante do cristianismo. ”
    (João Paulo II, Cruzando o Limiar da Esperança. pg 98)

    Eu acredito que serei cobrado pelo meu fracasso em levar o evangelho a quem nele não tem fé, ajo assim por medo ou conveniência, mas principalmente porque a frase de São Paulo quase sempre me parece distante, difícil e escandalosa.

    “Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível”. (1Cor 9,19)

  21. Esse lampedusa (ou seria [CENSURADO] de JP 2?) é realmente mais um difamador barato, que ainda por cima gosta de ofender as pessoas por trás na base do anonimato. Veja a citação aí do JP 2 pedindo a São João Batista proteger o Islã:

    “May Saint John Baptist protect Islam and all the people of Jordan, and all who partecipated in this celebration, a memorable celebration. I’m very grateful to all of you.”

    http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/travels/documents/hf_jp-ii_spe_20000321_wadi-al-kharrar_en.html

  22. Prezados amigos, salve Maria.

    Apenas para jogar uma luz nesta questão sobre cultuar o túmulo de Maomé, vejamos também o que o mesmo São Tomás diz, completando o ensinamento:

    “(…) Por duas razões NÃO SE DEVE MANTER RELAÇÕES COM OS HEREGES. Primeiramente, por causa da excomunhão, pois, sendo excomungados, não se deve ter relações com eles, da mesma maneira que com os outros excomungados.

    A segunda razão é a heresia. Em primeiro lugar, por causa do perigo, para que as relações com eles não venham a corromper os outros, segundo aquilo da primeira epístola aos Coríntios (15, 33):

    ‘As más conversações corrompem os costumes’’.

    E em segundo lugar para que não pareça se prestar algum assentimento às suas doutrinas perversas. Daí dizer-se na segunda epístola canônica de S. João (v. 10):

    ‘Se alguém vier a vós e não trouxer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis, pois o que o saúda toma parte em suas más obras’.

    E aqui a Glosa comenta:

    ‘Já que para isso foi instituída, a palavra demonstra comunhão com esse tal: de outro modo não seria senão SIMULAÇÃO, QUE NÃO DEVE EXISTIR ENTRE CRISTÃOS’.

    Em terceiro e último lugar, para que nossa familiaridade [com eles] não dê aos outros OCASIÃO DE ERRAR. Por isso, outra Glosa comenta a respeito dessa passagem da Escritura:

    ‘E se acaso vós mesmos não vos deixais enganar, outros todavia, vendo vossa familiaridade [com os hereges], podem enganar-se, acreditando que esses tais vos são agradáveis, e assim crer neles. E uma terceira Glosa acrescenta:

    ‘Os Apóstolos e seus discípulos usavam de tanta cautela em matéria religiosa, que não sofriam sequer a troca de palavras com os que se haviam afastado da verdade’.

    Entende-se, porém: excetuado o caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo” (Quaestiones quodlibetales, quodlibeto 10, q. 7, a. 1 (15), c.)”.

  23. Prezado Roberto, salve Maria.

    Não adianta falar com ele, que não entende. Por exemplo, o Jorge escreveu a nós dois o seguinte:

    “Senhores, vamos respirar fundo e voltar à apreciação serena das idéias?”.

    Não está claro que o Jorge tão somente pede calma? Ora, a este pedido tão claro ele respondeu o seguinte:

    “(…) Jorge, vi seu pedido ontem e resolvi acatá-lo. Não pretendo mais dirigir-me ao Sandro sobre o tema que serviu de ringue”.

    Ora, o Jorge pediu calma, não pediu para ele não me escrever mais…ele não entende o que falamos, verdadeiramente não compreende. Antes cheguei a crer que era má fé, mas agora tenho certeza que não é, pois até o Jorge que tem a mesma posição dele ele não compreende quando lhe dirige mensagem tão simples.

    Cordialmente.

    Sandro de Pontes

  24. Jorge, salve Maria.

    Vídeo que mostra Bergoglio participando do Hannukkah, a festa da dedicação qeu comemora a vitória sobre Antíoco por parte dos Macabeus:

    http://www.youtube.com/watch?v=BkeaWNH2kCE

    Ou seja, não apenas um culto ecumênico mas participação ativa nas orações judaicas e inclusive fazendo uso da palavra, acendendo velas, etc…um escândalo para qualquer católico que ainda não perdeu o senso sobre aquilo que nossa religião ensina.

    Sandro

  25. Sandro, meu amigo, o tal Francisco, por mais que Jorge e Cia neguem, é um modernista de marca maior. O tal Francisco adora participar desses encontros ecumênicos.

    Ele não tem desculpas para profanar uma Catedral que não lhe pertence e nem tinha autoridade para tal. Ele é um excomungado.

    Francisco segue o ecumenismo de um lado só. É curioso como modernistas como Francisco segue esse ecumenismo e como se exige dos cristãos. Basicamente devemos nós cristãos nos render aos deuses e às fantasias dos outros, e os demais nada precisam dar ou apresentar em troca. É o ecumenismo de um lado só.

    Na liturgia autorizada por Bergoglio não há uma só, UMA SÓ, menção ao nome de Cristo (http://www.wsherc.org/teaching/commemoration/liturgy_christian.aspx). Isso numa pretensa liturgia a ser cantada por pretensos cristãos num lugar pretensamente cristão. Naturalmente tal atitude hostil e ofensiva é esperado de certas pessoas, tais as que compuseram a liturgia, que nutrem um bem conhecido ódio atávico a tudo o que os cristãos representam. Por razões reais ou patologicamente fantasiosas. A psicopatologia deles é tamanha que não conseguem sequer deixar que os cristãos pronunciem o nome de seu próprio Deus num lugar cristão. Essas pessoas ao menos poderiam ter um pouquinho de senso de decência de agir como os satanistas entre eles, e fazer o favor de exibir o seu desprezo burlesco em outro lugar. Que chamassem os cristãos que fossem idiotas e sem amor próprio o bastante para acompanhá-los. Que levassem o próprio Bergoglio junto, já que ele mostrou que é disso o que ele gosta. Mas que não fizessem tamanho carnaval numa Catedral cristã romana consagrada!

    Bergoglio é da laia de João Paulo II, um outro réprobo que acredita que os cristãos são os únicos miseráveis e infelizes do mundo a possuir o dever moral de mostrar humildade pelo vilipêndio da própria fé. Se Cristo é crucificado de novo, tudo bem! Contanto que isso garanta que Francisco receba a alcunha post mortem de “O Grande” pela boca de alguns ridículos, tal como feito a João Paulo II. E, claro, o mais importante: desde que Francisco seja diariamente bajulado em vida, tal como feito aos fariseus com a sua falsa humildade. O que importa é felicidade materialista, inclusive a dos deicidas.

    Enquanto os muçulmanos mostram o (iludido) amor próprio pela sua (falsa) fé, ao combaterem os crimes de blasfêmia em seus países, e os vândalos sionistas fazem o mesmo em Israel, os cristãos néscios sob a inspiração do “beato” Wojtila, abrem as próprias basílicas e igrejas para serem pisotedas por pessoas cujos ancestrais queriam escravizar e converter a Europa a uma fé estranha. É incrível a hipocrisia desses cristãos ecumenistas e efeminados! Falam tanto de amor ao próximo, mas sequer concebem o dever de amar e honrar esses mesmos europeus cristãos que tombaram em sangue por uma geração futura e corrupta que não merece o pão que come!

    Mas enfim: a honra é para quem tem alguma noção de honra e um resto de amor e senso de dignidade própria.

    Sei reconhecer a humildade farisaica quando vejo um fariseu gesticulando simplicidades inadequadas, em horas e lugares impróprios, e para pessoas indignas. Wojtila e Bergoglio dão generosos exemplos de falsa humildade, que desonra a Cristo e que resulta em auto-adulação. Resta saber se Bergoglio encarnará o fariseu para profanar a Basílica de São Pedro tal como ele profanou a Catedral de Buenos Aires. Tudo indica que ele fará isso. Se isso acontecer, ele terá dado um passo que nem mesmo Wojtila teve coragem de dar.

    Tanto pior se ele convocar um Concílio Vaticano III.

    No dia em que o Encontro Ecumênico de Assis for transferido para o Vaticano, e eu tenho certeza que há néscios e malucos curiais o bastante em Roma para que isso seja feito, então que o último a sair faça o favor de apagar a luz.

  26. Sandro, salve Maria!

    Retomando isto aqui, gostaria de deixar claro que, a partir do que escrevi aqui da última vez, depreende-se que há duas maneiras de se cometer apostasia.

    Uma delas, é a apostasia direta, i.e., tomar ações que “por sua natureza” contenham ou a negação da Fé ou a profissão de uma fé falsa. É o que diz Del Greco no parágrafo imediatamente anterior ao que citei anteriormente, e é nesta categoria de apostasia pública que, creio, enquadre-se o sepulcrum Mahumeti adoraret.

    A outra delas é a apostasia indireta, que não se dá por meio de uma única (ou de esparsas) assistência(s) a falso(s) culto(s), mas ao contrário é característica «[d]aqueles que freqüentemente assistem às funções religiosas dos acatólicos e quase nunca às dos católicos».

    Quanto à participação em ato de culto acatólico, ela só é tolerável, naturalmente, naqueles que não reneguem diretamente a Fé Católica. P.ex., a participação em uma Missa Negra, óbvio, não é permitida e nem mesmo tolerada “por cortesia ou conveniência civil”. Isto, sim, seria caso de apostasia pública diretamente.

    Naquilo que não renega diretamente a Fé Católica, segundo Del Greco, a participação é lícita em certas circunstâncias, que devem ser cumpridas sob pena de – atenção – pecado, possivelmente grave, mas não de apostasia! A apostasia por meio da simples assistência a atos de cultos acatólicos, lembremo-nos, só se dá nos casos em que fulanos «freqüentemente assistem às funções religiosas dos acatólicos e quase nunca às dos católicos».

    [Estamos, naturalmente, excluindo da análise os atos interiores, por meio dos quais é sem dúvida possível cometer apostasia mesmo participando somente de missas tridentinas. Mas o que é interior dessa maneira não nos é possível conhecer e nem julgar e, portanto, devemos nos ater ao que é público – e, mesmo aquilo que é público, temos dever de caridade de interpertar da maneira mais benevolente possível.]

    Portanto, ainda que Bento XVI tivesse tomado participação ativa num culto islâmico (o que ele obviamente não fez) e ainda que tivesse provocado escândalo (o que é discutível – vide mais abaixo), se o ato concreto não contém negação direta da Fé então o Papa comete no máximo pecado, e não “apostasia pública”.

    Nego que seja sempre necessário manifestar claramente que o islamismo é uma religião abominável sob pena de apostasia. Os muçulmanos de boa fé se salvam em ignorância invencível, e o islamismo atual mantém ao menos a necessidade de se referir ao transcendental em meio a um mundo materialista. As boas relações são, portanto, matéria de política e de conveniência. Claro que o islamismo é uma falsa religião, mas isso não obriga ninguém (nem muito menos sob pena de apostasia!) a repeti-lo sempre que tiver chance. Isto é uma questão prudencial e não teológica. Penso que, por conta disso, aplica-se aqui aquele «caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo» das Quaestiones quodlibetales citadas.

    A única coisa em que, forçando ao extremo, dá pra enquadrar as atitudes de João Paulo II e de Bento XVI é em provocar escândalo. Sobre isso, eu poderia dizer que o escândalo precisa ser objetivo (porque é óbvio que a medida da licitude dos atos não pode ser as reações afetadas que quaisquer indivíduos – por irrelevantes numérica e qualitativamente que sejam – tenham diante deles, sob pena de não ser jamais lícito a ninguém fazer nada), e que isso é questionável. Mas nem vou entrar nesse mérito: vou considerar que tais atitudes tenham mesmo sido escandalosas. E daí?

    Seriam um pecado gravíssimo dos Papas, pelos quais eles teriam que prestar duras contas diante de Deus, mas não seria jamais caso de perda de pontificado. Pecado por pecado, nós temos todos, e nem mesmo ao Papa foi garantido o dom da “impecabilidade”. É por isso, aliás, que eu venho repetidamente dizendo ser contraprodutivo expôr em público os pecados (reais ou alegados, whatever) dos papas conciliares, pois pecar é muito diferente de depôr a tiara e Deus nos exige submissão mesmo a maus papas. Nas atuais circunstâncias, expôr-lhes os pecados equivale a incitar os fiéis a lhes desobedecerem, o que – aqui sim, sem dúvidas – é a definição mesma de “escândalo”!

    Escândalo por escândalo, aliás, se fôssemos aplicar os mesmos pesos e medidas aos Pontífices do passado, o que dizer de um Papa que repetidamente passasse a noite na cama da amante? É uma atitude escandalosa e que demonstra um ostensivo desprezo aos Mandamentos da Lei de Deus, portanto aos mais básicos rudimentos da Fé. Se nos fosse lícito perscrustar as atitudes de fulanos e sicranos para, a partir delas, julgar se eles possuem Fé ou não, parece-me lógico e evidente que seria necessário considerar que não tem Fé quem desprezasse dessa maneira o Decálogo, muito mais do que alguém que tivesse amigos judeus e uma vez ou outra visitasse uma sinagoga. A única diferença é que à época não havia internet para que o rasgar público de vestes tivesse a dimensão que hoje aparenta ter.

    Sobre o Papa Francisco (ou melhor, sobre o Card. Bergoglio) eu não vou falar agora e peço que não se fale aqui. Vou abrir um post específico para isso quando puder.

    Por fim, sobre a última pergunta:

    Ah, só uma coisa: o que você pensa do ósculo ao alcorão?

    Eu penso que esse beijo é lenda :) Ou, pelo menos, que deve ser tratado como lenda, uma vez que não se encontram sobre o mesmo nada a não ser referências míticas. Aliás, o então secretário de João Paulo II disse que esse beijo nunca aconteceu.

    A respeito da famosa foto, das quatro possibilidades elencadas aqui, penso (como o autor do texto) que todas são (pelo menos) prováveis e que, portanto, não se deve abraçar (e muito menos divulgar!) de modo ligeiro precisamente aquela opção que é mais desabonadora.

    Mas, por fim, ainda que fosse verdade que o Papa tivesse beijado o Corão sabendo que beijava o Corão, isto seria no máximo um pecado grave de sua parte, etc., que não o torna menos Papa por conta disso, como creio ter sido justificado à exaustão acima.

    Abraços,
    Jorge Ferraz

  27. Roberto,

    Não entendi por que você trouxe aqui a citação dessa passagem. Ela já foi aqui apresentada por mim com a devida colocação de data, local, ocasião, etc. Há algum outro motivo?

  28. Jorge e demais amigos, salve Maria.

    Vejam que coisa mais impressionante neste vídeo onde Bergoglio administra o crisma: como sabemos, tradicionalmente no ato sacramental o crismando recebe um tapa no rosto para demonstrar que está pronto a sofrer tudo por Cristo.

    Mas aqui ele recebe um beijo e um abraço de Bergoglio, prova incontestável que este Francisco rejeita o símbolismo da Crisma e consequentemente toda a sua teologia, porque quem rejeita o simbolo rejeita o que dele deriva ou o antecede.

    Abraços,

    Sandro

    https://www.youtube.com/watch?v=72FgkMPVpBM

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