O pelagianismo e “essa coisa de contar”: entre a TL e o Papa Francisco

Uma seqüência de três posts do Rorate Caeli (aqui, aqui e aqui), aos quais desgraçadamente o Fratres in Unum fez eco do lado de cá do Equador (aqui), colocou recentemente o mundo católico em polvorosa. O motivo é que o Papa Francisco encontrou-se com um grupo de representantes da CLAR (Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosas e Religiosos) e, neste encontro, teria feito algumas declarações inusuais. O encontro é fato, mas as declarações são fofoca pura no sentido mais depreciativo da expressão. No entanto, como elas ganharam enorme repercussão (saindo até nas páginas da mídia secular, como o El Mundo), pode ser proveitoso analisá-las um pouco.

De todas as coisas que podem ser concluídas a partir da leitura do texto, a mais evidente é a sua inverossimilhança tanto maior quanto mais filo-modernistas são as palavras que a CLAR põe nos lábios do Papa Francisco. O apogeu deste delírio se encontra aqui (na tradução do Fratres):

Partilho com vocês duas preocupações. Uma é a corrente pelagiana que existe na Igreja neste momento. Há alguns grupos restauracionistas. Conheço alguns; coube a mim recebê-los em Buenos Aires. E nos sentimos como se tivéssemos voltado 60 anos atrás! Antes do Concílio… Sentimo-nos em 1940… Um relato, só para ilustrar esse grupo, não é para que riam disso, eu tive respeito, mas preocupa-me; quando eu fui eleito, recebi uma carta de um desses grupos, e eles disseram: “Sua Santidade, nós lhe oferecemos este tesouro espiritual: 3.525 rosários.” Por que eles não dizem: “nós rezamos pelo senhor, pedimos…”? Mas essa coisa de contar… E esses grupos voltam a práticas e disciplinas que eu experimentei – não vocês, porque vocês não são velhos – a disciplinas, a coisas que naquele momento aconteceram, mas não agora, elas não existem hoje em dia…

Que o Papa não tenha nenhuma predileção especial pelas disciplinas católicas pré-conciliares é uma coisa que me parece bastante evidente. No entanto, que ele fosse capaz de zombar das orações que fiéis lhe entregaram, é um absurdo sem nenhum cabimento. Não é plausível – absolutamente! – que o Papa tenha pronunciado essas palavras, por pelo menos quatro razões.

Primeiro, porque o hábito de contabilizar rosários (e missas, e comunhões, etc.) não é uma prática da década de 40. Chama-se “ramalhete espiritual” e nunca deixou de ser praticada, ao menos esporadicamente, pela totalidade do mundo católico sério. Por ocasião do conclave que elegeu o Papa Francisco foi criado um site especificamente para este fim, cujos resultados foram depois entregues aos cardeais em Roma: naquele momento, eram «37450 Missas, 121434 Pai Nossos, 661646 Ave Marias, 41038 Angelus, 41988 Terços, 13853 Vias Sacras, 20130 Adorações (horas), 17843 Jejuns (dias) e 29401 Sacrifícios». Ainda: que me conste, o Apostolado da Oração (que não tem nada de “grupo restauracionista”!) sempre teve a prática de produzir ramalhetes espirituais, e não é crível que o Arcebispo de Buenos Aires pudesse desconhecer este fato. O mais provável, certamente, é que a parte podre da vida religiosa, a cúpula da CLAR que se encontrou com o Papa, por não rezar e por estar acostumada a tratar com desdém aquelas velhinhas de fitas vermelhas, desconheça o fato de que o costume não é apanágio do mundo tradicionalista.

Segundo, porque o Papa já falou de “pelagianismo” antes, e o alvo da crítica pontifícia era exatamente o oposto do excesso de orações: era a falta delas! De fato, assim se expressou o Papa Francisco: «os cursos de auto-ajuda na vida podem ser úteis, mas viver a nossa vida sacerdotal passando de um curso ao outro, de método em método leva a tornar-se pelagianos, faz-nos minimizar o poder da graça». Estas palavras estão no site do Vaticano e, portanto, nós temos certeza de que o Papa as disse; já as da CLAR…

Terceiro, porque imaginar que o Papa – e justo o Papa Francisco! – pudesse exercer a maledicência diante uma comitiva oficial é mais do que inverossímil: é ultrajante à pessoa do Santo Padre, injurioso, inadmissível e não pode ser tomado a sério por ninguém. Como disse um amigo, tem toda a cara de ser intriga TL, que lamentavelmente o mundo tradicionalista recebe de braços abertos e divulga alegremente como se fosse a coisa mais fidedigna do mundo. Mais uma vez, estas supostas palavras do Papa Francisco estão em franca oposição às suas palavras reconhecidamente autênticas: há não muito tempo, ele disse com todas as letras que «as fofocas destroem a Igreja»! Acusá-lo de fazer em privado aquilo que ele condena em público é tremendamente ofensivo, e semelhante insinuação não deveria ser aceita por ninguém sem que fossem apresentadas provas bastante sólidas a seu favor. E o relato oficioso de uma comitiva da CLAR não atende aos critérios mínimos de confiabilidade exigidos para pôr em dúvida o caráter do Papa Francisco.

Quarto, porque quando a coisa começou a feder a presidência da CLAR veio a público dizer que não era bem assim: lamentou a divulgação do texto e acrescentou, como se fosse uma banalidade, que «não se pode atribuir ao Santo Padre, com segurança, as expressões singulares contidas no texto, mas apenas o seu sentido geral».

“Apenas o seu sentido geral”, certo. Esta declaração camaleônica pode significar qualquer coisa. Ela, no entanto, nos dá autorização para rejeitar, e com veemência, que o Papa possa ter menosprezado a piedade tradicional de tantos católicos que rezam por ele. Dá-nos autorização para descartar esta intriga que um grupelho da Teologia da Libertação parece empenhado (com a inacreditável ajuda da mídia tradicionalista!) em provocar. Entre a TL e o Papa Francisco, parece-me óbvio que todo homem de bem tem o dever moral de se colocar ao lado deste último.

E no sentido geral, será que é possível interpretar corretamente estas declarações? Será que se pode criticar esta prática tradicional de alguma maneira? Sim, por certo, e fazer esta meditação é sem dúvidas proveitoso para quem tem o costume de confeccionar ramalhetes espirituais. Para tanto, remeto à leitura deste post, do qual traduzo (rápida e livremente) apenas o finalzinho:

A oração não muda Deus, ela muda a nós. Todas as nossas orações vocais, por mais que remontem às grandes tradições da Igreja, precisam desta espécie de substrato [hinterland] se nós não quisermos moldá-las, involuntariamente, às nossas próprias paixões.

E é a isto que eu penso que o Papa se referiu quando falou de Pelagianismo no contexto de contar rosários. (…) Se a oração é um sistema preconcebido e humanamente controlável – com as numerosas parafernálias das ações racionais -, então em que medida ela pode ser uma relação com Deus, uma união de corações e mentes? Não há máquinas de rezar, como não há máquinas de amar. Estas coisas não funcionam desta maneira.

Esta reflexão, sim, este sentido geral, é razoável imaginar que o Papa Francisco possa ter feito. O tom de deboche que a CLAR empregou (certamente para indispôr bons católicos para com o Vigário de Cristo, criando atritos desnecessários dentro da Igreja de Deus), este não. Decerto não vem do Papa, e sim do ranço estrebuchante de uma teologia moribunda que, contra tudo o que esperava, está vendo no Papa Francisco o coveiro destinado pela Providência a lançar a última pá de cal sobre o seu caixão.

Last but not least, não deixem de ver a foto (ao que parece, oficial) do encontro. Notem duas coisas. Primeiro, a total falta de respeito dos membros desta comitiva, apresentando-se à paisana diante do Vigário de Cristo: sem uma legenda na foto ninguém diria que se trata de superiores religiosos. Segundo, a cara do Papa Francisco, o novo Papa-Sorriso, que ainda outro dia afirmou que «o cristão jamais é triste». Vejam o terrível efeito que a CLAR conseguiu provocar no Bispo de Roma.

papaclaruno

Rezemos pelo Papa, porque ele precisa desesperadamente de nossas orações. Rezemos com amor e confiança, com submissão filial ao Vigário de Cristo, sem nos deixarmos perturbar com o que dizem inimigos declarados da Igreja Católica. Rezemos à Santíssima Virgem, a quem o Papa tem tão especial devoção, para que Ela o ilumine sempre no governo da Igreja e não o entregue jamais nas mãos dos seus inimigos. Mesmo dos que o visitam em comitivas oficiais. Mesmo dos que dão crédito a fofocas.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

76 comentários em “O pelagianismo e “essa coisa de contar”: entre a TL e o Papa Francisco”

  1. Prayer does not change God, it changes us. All our vocal prayers which draw on the great traditions of the Church need to have this kind of hinterland if we are not unwittingly to reforge them into images of our own appetites.
    A oração não muda Deus, ela muda a nós. Todas as nossas orações vocais, por mais que remontem às grandes tradições da Igreja, precisam desta espécie de substrato [hinterland] se nós não quisermos moldá-las, involuntariamente, às nossas próprias paixões.
    Grande constatação e ensinamento ! Gratias!

  2. Lamento que mesmo depois da queda do Muro de Berlim, ainda exista este tipo de “teologia” marxista, que corrompeu muitos católicos (inclusive a mim, por curto intervalo de tempo, felizmente). Fico triste, pois eles não têm escrúpulos para usar nem mesmo o Vigário de Cristo nos seus planos para disseminar a discórdia. É a fumaça de Satanás da qual nos falou o Santo Padre Paulo VI, que sufoca os católicos mais fieis. Aproveito a oportunidade para perguntar como faço para acompanhar os discursos e atividades do Santo Padre, Papa Francisco. Desde já muito grato.

  3. Emanuelle,
    A minha intenção ao louvar a “transparência” do colega Sandro de Pontes, foi o de apontar e deplorar a mesquinha e covarde dissimulação que acomete muitos católicos. O fingimento, o uso de estratagemas espúrios, a mentira, a calúnia, a má vontade, o ciúme, a soberba, a desobediência, a falta de caridade, nunca foram e nunca serão qualidades de um cristão! Isso evidentemente não tem nada a haver com ser ingênuo, alienado, abobalhado, frouxo.Não se trata absolutamente de embarcar numa maré colorida de “paz-e-amor-somos-todos-irmãos-tudo-é-bonito”. Mas, por temperamento e formação sinto-me obrigada a dar o meu voto de confiança, o meu respeito e estima àquele que o Espírito Santo ( ainda acreditamos nisso?) decidiu ser o nosso Pastor.
    Porque a minha aliança e compromisso é com essa Igreja santa contra a qual as portas do Inferno nunca prevalecerão. Ciente, sim, de que os homens que a compõem nem sempre são santos , muito pelo contrário. Mas isso não me fará desistir ou trabalhar contra ela. Para mim, ela está acima de tudo isso, até mesmo da minha pouca capacidade de compreensão.
    Abraços

  4. Marta,

    Você acha que o Sandro é “irmão”? Um cara que vem chamar o Papa de herege publicamente?

    Muito engraçado. Leia um pouco da discussão linkada e pense duas vezes quando for elogiar alguém que se acha melhor que o Papa.

  5. Marta, salve Maria.

    dona Emanuelle está um pouco magoada porque ela tomou um coro do Jorge no outro debate, e infelizmente acabou descontando em mim suas frustrações.

    Note a caridade dela, que não tem a mim, filho de Deus, de Cristo, de Nossa Senhora e da Igreja, que professo integralmente a fé católica, como irmão, mas que tem como pai um desviado que participa ativamente de cultos acatólicos, sendo por isso suspeito de heresia, no mínimo, entre outras sandices.

    Ah, e você viu a última deste senhor, prezada irmã Marta? Agora ele disse que a pena de morte deve ser abolida da face da terra, porque contraria a dignidade humana. Eis o link:

    http://www.aciprensa.com/noticias/el-papa-aboga-por-abolicion-mundial-de-la-pena-de-muerte-54727/#.Ub5ShefyJIF

    Ora, Marta, de acordo com os manuais de teologia a pena de morte é doutrina católica certa que ninguém pode discordar. É um ensinamento unânime que vai desde o pentateuco até Pio XII, constando em todos os catecismos da Igreja. O que dizer então do fato de Francisco negar mais esta doutrina católica?

    Mas é em mim que dona Emanuelle desconta suas frustrações. Fico feliz com isso, ela precisa de alguém para descarregar. Que seja em mim então, eu aguento!

    Cordialmente,

    Sandro de Pontes

    Obs.: como disse, acho que ela deve usar calças…

  6. Sandro Pontes,

    Você acha que uso calças e eu acho que você usa saias. Lembra do seu amigo Rodrigo Antônio da Silva (“ÓDIO À HERESIA”). Ele era da Monfort e virou Sedevacantista. Hoje defende o sexo livre e xinga Jesus Cristo com os piores epítetos:

    http://luzecalor.blogspot.com.br/2012/12/apresentacao.html

    Já dizia Sto. Afonso Ligório: ninguém vai ao inferno senão por meio de pecar contra a castidade.

    Pense nisso.

  7. Irmã Marta, salve Maria.

    Para ver bem como contrariar a pena de morte atenta contra a Regra da Fé, que é o Magistério Católico, e a própria indefectibilidade da Santa Igreja, tenha a bondade de acompanhar esta citação um pouco longa do finado Côn. Emílio Silva:
    “O jesuíta Beristain afirma categórico: ‘Condenar à morte um delinquente é um abuso, um assassinato que aumenta a espiral da violência.’ (…Cita como modelo o famoso teólogo protestante K. Barth, que nega a licitude da pena capital…) Raciocinemos um pouco para valorizar a audácia desta expressão: O assassinato é um gravíssimo pecado, um daqueles que ‘pedem vingança ao céu’, agora bem, a Igreja, não só por seus doutores, teólogos e moralistas de todos os tempos, unanimemente, afirmou a licitude da pena de morte, quando infligida pelos poderes públicos aos réus de graves delitos; como também, POR SEU MAGISTÉRIO INFALÍVEL, CONDENOU OS HEREGES QUE NEGAVAM A LICITUDE DE TAIS EXECUÇÕES. Logo — a conclusão é inevitável [para os hereges anti-pena de morte (F.C.)] — a Igreja errou gravemente ao ensinar e defender a licitude do horrendo homicídio qualificado, que é o assassinato, crime este que se opõe à natureza, e que, portanto, não poderá ser lícito em nenhum lugar, tempo ou circunstância. Portanto A IGREJA NÃO É SANTA NEM INFALÍVEL EM SEUS ENSINAMENTOS, PATROCINANDO ERROS GRAVÍSSIMOS. (…) Não pretendamos ser mais cristãos que Cristo e que sua Santa Igreja, nem mais delicados de sentimentos. Cristo foi quem disse: ‘Quem com ferro mata com ferro deve morrer’, e a Igreja DEFENDEU SEMPRE ESSA DOUTRINA. Até o grande Pontífice que foi Pio XII ESTABELECEU-A NO ESTADO DO VATICANO (Giuseppe Maggiore: ‘La pena di morte esiste nello Stato dei Vaticano per la legge 7 gennaio, 1929.’ Principi di Diritto Penale, Bologna, 1937, 2.ª ed. tomo I, pág. 370). O sentimento cristão de compaixão pelos que sofrem sempre se compaginou com o amor à justiça. Estes dois sentimentos são atributo de todos os doutores e santos que no mundo têm sido nos dois milênios de vida cristã” (Ibid., p. 112). (…) mesmo como sacerdote, sinto-me à vontade na posição de defensor da pena capital pois que a meu lado formam TODOS OS GRANDES SÁBIOS E FILÓSOFOS QUE NO MUNDO FORAM, E VINDO AO CRISTIANISMO, ENSINARAM A LICEIDADE E JUSTIÇA DA PENA DE MORTE, a começar por SÃO PAULO, TODOS OS SANTOS PADRES E DOUTORES DA IGREJA, TODOS OS TEÓLOGOS, TODOS OS CANONISTAS, É DOUTRINA CONTIDA NO MAGISTÉRIO ORDINÁRIO DA IGREJA, EXERCIDO PELOS PAPAS NO DECORRER DOS SÉCULOS, ATÉ O GRANDE PONTÍFICE DA PAZ, O SAUDOSO PIO XII que, em suas alocuções, ao menos NOVE VEZES SE REFERIU COM APROVAÇÃO À PENA DE MORTE (Ver: Leme Lopes em Verbum, setembro de 1957) e manifestou-se favorável à sua restauração na Itália; mais ainda, no Estado do Vaticano manteve a pena capital estabelecida pelos tratados de Latrão, que, assinados por PIO XI, tinham sido redigidos principalmente pelo próprio Pio XII, ao tempo, Cardeal Pacelli… Repito, pois, que não me sinto mal ao lado de tão crescido número de santos, sábios e Papas E NÃO PRETENDO DAR-LHES LIÇÕES DE AMOR E MANSIDÃO, ANTES DESEJO APRENDER DELES A VERDADE CRISTALINA QUE DE SEUS ENSINAMENTOS SE DESPRENDE” (Ibid., p. 181).

    Irmã Marta, como reagirá dona Emanuelle as palavras de Francisco contra a pena de morte, doutrina ensinada infalivelmente por São Paulo na bíblia, por todos os santos padres e doutores da igreja, por todos os teólogos, por todos os canonistas, sendo doutrina contida no Magistério Ordinário da Igreja exercido pelos papas no decorrer dos séculos?

    Finalizo com a citação tirada da obra deste mesmo douto sacerdote, que assim conclui o seu ensinamento a respeito do assunto:

    “(os contraditores da pena de morte a impugnam) ou por IGNORÂNCIA DO CATECISMO ou por se APEGAREM COM TEIMOSIA À SUA OPINIÃO CONTRA O SENTIR DA IGREJA EM TODOS OS TEMPOS” (Ibid., p. 186).

    Durma-se com mais um barulho destes.

    Cordialmente,

    Sandro de Pontes

  8. Prezada irmã Marta, salve Maria.

    dona Emanuelle cobra de mim o fato do tal Rodrigo Maria ter apostatado da fé católica e ter se tornado um pervertido!!!! E ela ainda coloca o link para o site lixo daquele infeliz, sem se dar conta que alguém seguindo o link que ela indica pode vir a se desviar e perder a fé e a inocência….

    Ora, se Rodrigo, o infame, apostatou, isso é pecado dele, e somente dele, que será devidamente cobrado por Deus, naquele dia.

    Se eu fosse cobrar dela então a apostasia dos católicos da igreja conciliar, então, o que seria desta coitada? Somente aqui na minha cidade milhares de pessoas, desde o Vaticano II, abandonaram a Igreja verdadeira, trocando-a pelas seitas. E isso acontece igualmente em todo o Brasil, como se constata facilmente. Milhões de pessoas que antes professavam a fé nos papas conciliares, no Vaticano II, na missa nova, etc., apostataram nos últimos anos.

    Coloco na conta de quem esta apostasia? Não, não serei como ela, injusto, cobrando dela algo que ela certamente não deve. Emitirei a duplicata nos nomes de Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e agora este Francisco, porque Deus certamente lhes cobrará cada alma que se perdeu por conta das omissões injustificadas destas pessoas.

    Agora, poderia dizer a dona Emanuelle que sou casado, e que tenho filhos, e que os educo na fé católica? Ela parece estar um tanto quanto interessada em minha pessoa…

    Cordialmente ,

    Sandro de Pontes

  9. Sandro Pontes,

    Seu amiguinho Rodrigo Maria apostatou da fé desde o dia em que virou Sedevacantista como você. O resto foi só consequência.

  10. Irmã Marta, salve Maria.

    Diga a dona Emanuelle que ela “apostatou” desde o dia em que aceitou o Vaticano II, a missa nova e todas as reformas conciliares e pós conciliares.

    E por favor diga também a esta senhorita “católica de calças” que os manuais de teologia ensinam o seguinte sobre o papa desviado e os fiéis que dele desconfiam:

    “Tampouco é alguém um cismático por negar a sua sujeição ao Pontífice com base em ter dúvidas solidamente fundamentadas concernentes à legitimidade da eleição dele ou AO PODER DELE [referências a Sanchez e Palao]” (DE LUGO, Disputationes Scholasticae et Morales, De Virtute Fidei Divinae, disp. xxv, sect. iii, nn. 35-8).

    E também:

    “NÃO PODEM SER CONSIDERADOS entre os cismáticos aqueles que se recusam a obedecer o romano pontífice por considerar A SUA PESSOA SUSPEITA ou, tendo em conta os rumores em circulação, duvidosamente eleito” (F.X. Wernz e P. Vidal – Ius Canonicum, 7:398, 1943).

    Cordialmente,

    Sandro de Pontes

  11. Sandro Pontes,

    Já que você não gostou do fato de se mencionar o blog do apóstata Rodrigo Maria Antônio da Silva, vou mostrar aqui o seu blog mencionando seu amiguinho mesmo depois dele ter apostatado. E como a amizade dos dois era ou é estreita! Rodrigo Maria, o apóstata, teve tanta consideração para com sua pessoa que doou os textos do seu antigo blog (“ÓDIO À HERESIA) para você!

    E não adianta apagar, que eu já copiei (PrtSc):

    http://cumexapostolatusofficio.blogspot.com.br/2011/09/o-combate-aos-hereges.html

  12. Irmã Marta, salve Maria.

    Diga a dona Emanuelle que eu não teria motivo nenhum para apagar um post onde eu apenas comunico que o Rodrigo Maria me cedeu os textos espetaculares que estavam no blog dele antes de sua apostasia.

    Aliás, Rodrigo até mesmo fez um grande favor a ela, dando-lhe a oportunidade de ler e estudar estes textos e comparar aquilo que os doutores ensinam com a forma tíbia com que ela trata os desviados da fé católica.

    Diga a esta senhorita também que pedirei aos meus filhos, antes de dormirem, que rezem para que ela arranje um bom marido, caso seja solteira, para ser o senhor da vida dela!!! E que caso ela seja casada que rezem para que os laços matrimoniais sejam fortalecidos, porque ela certamente está precisando.

    Por favor, não deixe de transmitir estes recados a ela.

    Cordialmente,

    Sandro de Pontes

  13. Prezada Emanuelle,
    Para esclarecer de uma vez , embora não concorde absolutamente com as posições do colega Sandro, você há de concordar que ele pode ser acusado de muitas coisas, inclusive de padecer de um estado confusional crônico segundo a sua opinião, mas certamente não pode ser acusado de dissimulação. E foi à dissimulação, à hipocrisia, à fofoca ( tão presentes no meio católico!), que dirigi o meu comentário.
    Quanto ao sedevacantismo em si, não consigo imaginar nada tão torturante para uma alma. Que eles encontrem a Paz que tanto procuram, é a minha oração.
    Abraços fraternais

  14. Sandro, Bergoglio aprontou mais uma.

    Qual será a desculpa que o Jorge vai dar para atentar justificar mais um ataque a moral católica dita por esse Bergoglio?

  15. Haja paciência, Renato.

    Colocar-se contra a pena de morte em circunstâncias específicas não é, nem mesmo sob a mais alucinada ótica, um «ataque a (sic) moral católica»! O Papa Francisco não disse nada que já não tivesse sido dito por João Paulo II na Evangelium Vitae ou mesmo pelo Catecismo de 1992!

    A todos, eu vou passar a ser menos tolerante com este tipo de aleivosia contra o Papa. Eu entendo que o Renato seja papagaio de rad-trad e que o Sandro tenha problemas de consciência com os “Papas Conciliares”, mas eu preciso que entendam que isto aqui é um espaço católico onde se reconhece a Sua Santidade o Papa Francisco o Sumo Pontificado na Igreja de Deus e, portanto, exige-se um mínimo de deferência. Portanto, queiram por gentileza evitar o “destratamento” que está sendo empregado aqui. Discutir respeitosamente fatos novos é uma coisa, insistir em acusações antigas ou em figuras de retórica depreciativas para indispôr (mais por força de repetição do que por mérito argumentativo) os católicos ao Papa Francisco é um expediente do qual não precisamos aqui.

    Grato pela compreensão,
    Jorge Ferraz

  16. Lampedusa, é a forma como os opositores do Vaticano II em seus diversos espectros chamam a Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e agora Francisco. Não tenho certeza de se João XXIII entra na classificação ou não. :)

    Na verdade, eu acho que nunca empreguei o termo sem aspas antes. Vou alterar, obrigado.

    Abraços,
    Jorge

  17. “Eu entendo que o Renato seja papagaio de rad-trad e que o Sandro tenha problemas de consciência com os “Papas Conciliares”,…”

    Nossa!, como você fica parecendo um bobo escrevendo desse jeito!

  18. Marta,

    Uma pessoa que contrai matrimônio dentro de uma seita Sedevacantista está em fornicação aos olhos de Deus. Existe dissimulação maior que isso? Eles dissimulam:

    1. Que são católicos;
    2. Que são casados;
    3. Que são o ponto de restauração da Igreja Católica. E por isso foram chamados de Pelagianos pelo Papa Francisco.

    A única alternativa para essas pessoas é xingar muito os Papas porque eles não podem aceitar o fato de que seus padres cismáticos não têm autorização do Vaticano para serem testemunhos oficiais em casamentos, nem mesmo para confessá-los. Todas as confissões e casamentos são inválidos.

    É uma seita de pessoas que vive em pecado mortal.

    Já dizia Santo Afonso Ligório: ninguém vai ao inferno senão por meio de pecar contra a castidade.

    Pense nisso.

  19. Prezado Jorge, salve Maria.

    Justo o comentário onde eu arrumei pretendente para a moça você não aceita?

    Magooei…

    Abração,

    Sandro de Pontes

  20. O Jorge tem mais respeito pela prostituta da Sarah Winter do que pelo Papa Francisco.

    Deixa um tal de Sandro Pontes ficar xingando o Papa o tempo inteiro, não censura os comentários que já foram publicados pelo sedevacantista desrespeitosamente acusando Sua Santidade e, depois, o máximo que faz é trocar recadinhos açucarados.

    Realmente, Jorge, como já disse o rad-trad Renato, você parece um bobo.

    Sandro Pontes,

    No passado, Rodrigo Maria xingava o Vigário de Cristo como você, hoje ele xinga Cristo e tem um site de pornografia, virou “deísta”. Acontece que, muito antes, ele já xingava Cristo, como você, ao desrespeitar o Papa.

    Você pode continuar com suas afetações, com suas insinuações vulgares. Mas a mancha que esse tal Rodrigo Maria, seu amiguinho, é para o movimento sedevacantista não vai ser apagada com isso.

  21. Desculpe, Jorge Ferraz, esqueci que o Sandro Pontes é o seu “querido excomungado” que lembra muito o Rodrigo Maria Antônio da Silva (no passado). Eram tão idênticos que pareciam irmãos gêmeos nas ideias toscas. Eu é que sou imprudente, conversando com pessoas que não são dignas senão de pena. Já dizia São Paulo… A alma dessas pessoas é negra como carvão e não podem se aliviar disso nem no Confessionário, pois só procuram padres cismáticos para realizar o teatrinho que chamam de confissão (na verdade, não só ilícita como inválida). Muita pena desses pobres coitados. Nem mesmo casados aos olhos de Deus estão, vivem em fornicação e acham que estão abençoados em Matrimônio legítimo.

  22. Prezado Jorge, salve Maria!

    Nossa, o que a falta de um casamento não faz com o ser humano, não é mesmo? Estou impressionado com algumas coisas que tenho visto por aqui nestes dias….

    Agora a moçoila estrebuchante resolveu assumir o papel de papisa e sair excomungando geral….e eu penso que se você não tomar cuidado também sobrará para ti!!!

    E pensar que a fulana defende o Vaticano II, que diz existir comunhão entre protestantes o ortodoxos, pedindo que se evite todo tipo de palavra que aumente a animosidade entre as partes…por que então ela desobedece ao concílio, recusando qualquer comunhão para com a minha frágil pessoa, que tão bem a quer???? Não a compreendo! E como sofro por isso.

    Penso que a falta do matrimônio para algumas destas senhoritas um pouco mais sensíveis pode realmente causar incríveis males a saúde, especialmente a mental…

    Sempre cordialmente,

    Sandro de Pontes

  23. O grande mal dos tradicionalistas é a mesma dos protestantes: a soberba de serem considerados salvos.

    Os rad-trads se acham salvos, detentores de todo o conhecimento e se julgam acima de todos, inclusive, do próprio Papa. Se escondem atrás do “posso julgar o Papa intelectualmente de acordo com a doutrina Católica”, e, com isso em mente, jogam pedras, mas esquecem do telhado de vidro. É o puro farisaísmo. Jogariam pedra na adúltera.

    Não conseguem entender que o CVII é um fato imutável, parte da história e que nunca vai ser condenado, o máximo vai ser um interpretação diferente para emendar algumas coisas. Querem uma Igreja gloriosa da Idade Média, coisa que nunca mais vai existir, pois o mundo mudou. Além do fato de ser doutrina que no final dos tempos a fé seria abalada fortemente. Vão até contra os planos de Deus.

    Enfim, como os protestantes, vivem numa bolha e são soberbos.

    Enquanto isso, basta-me ser Católico Apostólico Romano. E saber da crise atual da Igreja, dos problemas dos CVII e tudo mais. E não ser um utópico cruzado do teclado, pois, percebe, que a maioria no fundo é tudo frouxo, criado em apartamento e soltando pipa no ventilador, não serviria para um verdadeiro cruzado, pois desmaiam ao ver sangue.

    Vivam suas vidinhas medíocres e na sua bolha, pois são uns frouxos para viver no mundo real. São tão frouxo que não conseguem fazer um protesto mínimo e criticam outros movimentos da Igreja quando atuam. Veja bem, não justifico a grande maioria dos movimentos, mas somente digo para mostrar a frouxidão dos rat-trads. São bons somente para criticar.

  24. Fábio, salve Maria.

    Você escreve:

    “(…) [Os rad-trads] Se escondem atrás do “posso julgar o Papa intelectualmente de acordo com a doutrina Católica”, e, com isso em mente, jogam pedras, mas esquecem do telhado de vidro. É o puro farisaísmo. Jogariam pedra na adúltera”.

    Gostaria que você me explanasse, ainda que resumidamente, o que a doutrina católica diz sobre este tema.

    Cordialmente,

    Sandro de Pontes

    .

Os comentários estão fechados.