Uma nova leva de jovens cruzados

O meu Crisma foi há muitos anos. Faz já mais de uma década que eu recebi na fronte a cruz perfumada com a qual o Espírito Santo consuma nos Filhos de Deus a graça do Santo Batismo. O tempo passa: já são mais de dez anos nas hostes do Senhor dos Exércitos…

É dever de todo crismado espalhar o doce odor de Cristo pelo mundo. Desde muito cedo dediquei-me a espalhar a fragrância do bálsamo sagrado por outras frontes; desde o início da minha «plenitude do Espírito» quis preparar outras almas para também receberem a unção do Santo Crisma. E ontem fechou-se mais um ciclo. Ontem, uma nova leva de jovens cruzados sentaram praça nos batalhões do Deus Verdadeiro.

Foram apresentados ao Bispo. Fizeram a sua solene tríplice renúncia: ao pecado, à desunião e a Satanás. Professaram majestosamente a Fé da Igreja. Receberam a imposição das mãos de um Sucessor dos Apóstolos. Depois, a Cruz traçada na testa, e estavam crismados! Até o final da noite, espalharam o perfume do bálsamo que rescendia de suas frontes lustrosas; permita Deus que, até o final da vida, espalhem pelo mundo inteiro o perfume do Evangelho exalado de suas almas indelevelmente marcadas com o caráter crismal.

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Foram meses de preparação para a noite de ontem. Que digo? Para a noite de ontem, não; para o resto da vida de cada um deles, ontem à noite iniciada. Toda cerimônia de Crisma é o final de um ciclo de catequese, mas precisa ser também e principalmente o início de uma caminhada de maturidade na Fé para aqueles que o bispo unge com o óleo sagrado. Senão não faz sentido. Senão, não vale a pena.

Ontem, por assim dizer já tomaram as rédeas de sua vida espiritual. Se até o último sábado tinham semanalmente as palestras e os coordenadores a conduzir-lhes pela mão rumo ao conhecimento das coisas sagradas, hoje já não têm mais. Hoje precisam caminhar sozinhos. É uma honra e uma responsabilidade; e, justamente por isso, é mais digno e mais meritório. Estão preparados para esta jornada, é certo: com a substância da catequese e principalmente a graça do Sacramento, estão aptos a darem abundantes frutos de santidade para a glória de Deus e da Santa Igreja. Rezo para que o façam. E torno a dizer, ousando falar em nome de toda a equipe: quando precisarem, nós estamos aqui!

Estão prontos para seguirem os passos de Cristo, em meio a este mundo a Ele tão hostil. Estão prontos para O confessarem publicamente, «como em virtude dum encargo oficial (quasi ex officio)» – como diz Santo Tomás citado no Catecismo (§1305). É uma missão sublime: rezo para que a desempenhem com desenvoltura e galhardia. Como Deus os chama a desempenhá-la.

Aos novos soldados de Cristo, meus agradecimentos e minhas congratulações. Obrigado por terem perseverado, a despeito de nossas muitas fraquezas. Parabéns pelo caminho que já ontem começaram a trilhar. Se lhes posso dizer uma última coisa, é que não se afastem dessa santa estrada aberta pelos passos ensanguentados do Divino Salvador. Conservem até o final da vida as boas disposições com as quais, ontem, receberam o Espírito Santo de Deus. E sejam bem-vindos! O futuro reserva maravilhas, não duvidem nunca disso. Uma vida nova e fascinante apenas se inicia.

Sobre a autenticidade das relíquias de S. Pedro Apóstolo

Na esteira da primeira exibição pública dos ossos do Apóstolo S. Pedro, alguns meios de comunicação relatam o ressurgimento das polêmicas sobre a autenticidade das relíquias. Ora, essa “polêmica” há muito já deu o que tinha que dar.

Estamos falando de ossos com dois mil anos de idade! A Bíblia Sagrada não nos legou o código genético de S. Pedro para que pudéssemos fazer um teste de DNA, e nem foi erigido para o Pescador da Galiléia um monumento funerário da envergadura das Pirâmides egípcias ou do Taj Mahal. Tudo o que temos – mais ainda, tudo o que podemos ter – é o que nos conta a história cristã. O máximo que nós podemos hoje dizer, portanto, é que as descobertas das escavações feitas sob a Basílica de São Pedro são condizentes com os testemunhos históricos que foram conservados pelos cristãos. É o que temos a apresentar ao mundo. E, sinceramente, parece-me mais do que suficiente.

Há um excelente texto em português contando a instigante história dessas escavações, disponível na internet em três partes (parte 1, parte 2 e parte 3). Não quero entrar aqui em detalhes técnicos. Contento-me em expôr alguns pontos sobre o assunto.

1. Não existe nenhuma dúvida razoável de que o túmulo de S. Pedro tenha sido encontrado. Sempre soubemos que Constantino construiu uma Basílica no lugar onde o Primeiro Papa foi enterrado (um antigo cemitério pagão que à época de Constantino já era destino de peregrinação dos cristãos), e que na Renascença os Papas construíram a atual Basílica Vaticana no lugar da de Constantino. As escavações do século passado encontraram essas duas coisas: sob o edifício atual a Basílica velha, e sob ela a necrópole. Dentre os diversos túmulos que a compunham, um se destacava pela sua posição privilegiada, pelos inúmeros afrescos primitivos que o cercavam, pela posição que os demais túmulos ocupavam em relação a ele, por uma antiga inscrição grega enfim: PETRUS ENI, Pedro está aqui.

2. A polêmica envolvendo os ossos do Príncipe dos Apóstolos envolve uma série de aspectos inerentes à maneira como a história se desenrolou nesses dois mil anos. Havia muitas pessoas – cristãos anônimos – enterradas próximas a S. Pedro; o decurso dos séculos danificou as construções originais; no interior do túmulo foram encontrados ossos de pessoas distintas; etc. Mas, sobretudo, a polêmica reside no fato de que os restos mortais de S. Pedro não foram encontrados exatamente no interior do túmulo do Apóstolo, e sim em uma cavidade de mármore próxima. Não obstante, são ossos de uma única pessoa, do séc. I, de compleição robusta, morto entre os 60 e 70 anos; são ossos que passaram algum tempo enterrados na terra nua (mesma terra do chão do túmulo) e, depois, séculos envoltos em púrpura e fios de ouro.

3. A explicação é óbvia: S. Pedro foi enterrado no chão da necrópole. Os cristãos rapidamente transformaram o lugar em um centro de peregrinação. Foi erigido – ainda durante o tempo das perseguições – um monumento fúnebre no local. Para evitar profanações, em algum momento os restos mortais do Apóstolo foram trasladados do chão do túmulo para um nicho na parede do próprio monumento. Quando Constantino construiu a sua Basílica, envolveu os ossos em púrpura imperial e fechou todo o complexo, só aberto nas escavações do séc. XX. Isso é perfeitamente plausível e bate com as descobertas que foram feitas.

4. As conclusões são tão certas quanto a arqueologia é capaz de proporcionar. A autoridade da Igreja reconheceu a autenticidade dessas relíquias, não nas expressões peremptórias das declarações dogmáticas, mas com fórmulas adequadas à natureza do conhecimento histórico: Paulo VI disse que as relíquias foram identificadas «de modo que se pode julgar convincente», e na urna ontem apresentada ao mundo está gravado que os ossos são atribuídos a S. Pedro («B. Petri. Ap. esse putantur»). É o máximo a que a ciência humana é capaz de chegar. E ela, mais uma vez, está do lado da Igreja.

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Ontem foi o fechamento do Ano da Fé, junto com a celebração da Missa de Cristo Rei. Em Roma, o Papa Francisco fez uma coisa extraordinária: rezou a Profissão de Fé tendo nas mãos a urna com os restos de São Pedro Apóstolo, os quais foram depois expostos à veneração dos fiéis. Mais fotos podem ser encontradas no Facebook.

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As relíquias de São Pedro, nas mãos do seu sucessor, enquanto ele professava o Credo! Se estamos em tempos onde uma boa imagem vale mais do que mil palavras, foquemo-nos nesta imagem assombrosa: um Papa prestando vassalagem ao primeiro que ocupou o sólio pontifício; invocando o Príncipe dos Apóstolos por testemunha, o Bispo de Roma fazendo a sua solene Profissão de Fé. Passado longínquo e presente unem-se, assim, neste grandioso quadro, e o elemento que une o primeiro século aos dias de hoje é justamente a Fé. A Fé dos Apóstolos, a Fé da qual a Igreja é Mestra e Guardiã Infalível, a Fé que não muda e que é a mesma enquanto o mundo dá voltas. Papa Francisco e São Pedro Apóstolo, unidos na mesma Profissão de Fé. Que o mundo perceba a força dessa imagem e entenda essa verdade.

“Efeito Francisco”: Missas mais cheias e filas mais longas nos confessionários

[Publico uma tradução de um texto do Tornielli (em espanhol aqui) sobre os efeitos que o Papa Francisco tem provocado nos católicos americanos. Parece-me sinceramente difícil negar os bons frutos deste Pontificado.

As coisas não me parecem mais “confusas” do que (p.ex.) no ano passado, a despeito de todos os esforços da mídia anti-clerical para seqüestrar o Papa Francisco. Ao contrário, as informações que o Card. Dolan nos trazem dizem o extremo oposto disso: as missas estão mais cheias, há mais interesse sobre a Fé Católica e os confessionários são mais procurados. Os confessionários! Somos tão ímpios ao ponto de ousar pôr em dúvida a eficácia dos Sacramentos da Igreja Santa de Deus? Perdemos tanto assim o senso do sobrenatural que somos incapazes de ver o horizonte enfeitar-se com as cores do arrebol agora, quando mais e mais almas acorrem ao Sacramento da Penitência?

Olhemos o que acontece a nosso redor. Não deixemos que o azedume de alguns feche-nos os olhos às maravilhas da Graça de Deus que, a despeito das limitações humanas, sempre encontra uma maneira de frutificar. Não nos esqueçamos desta verdade: Cristo Crucificado sempre atrai as almas a Si. Ainda que nos esforcemos por afastá-las d’Ele.]

Cardeal Dolan confirma o “efeito Bergoglio” nos Estados Unidos

Em uma entrevista à  CBS: «Meus párocos falam de mais gente nas missas e de filas maiores nos confessionários»

O “efeito Bergoglio” sente-se também nos Estados Unidos, segundo confirmou o cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York, que chegou ao final de seu mandato como presidente da Conferência Episcopal do país.

O purpurado falou sobre o assunto em uma entrevista com a CBS, na qual disse perceber o efeito do novo pontificado «a cada momento». «Não posso caminhar pelas ruas de nossa amada Nova York – explicou – sem que as pessoas se aproximem e me digam: “Ei, obrigado pelo Papa Francisco. Fizeram um excelente trabalho. Nós o adoramos”.

Tenho ouvido nossos párocos, que sempre estão na linha de frente, dizerem que aumenta o número de pessoas nas missas dominicais e que as filas dos confessionários estão cada vez maiores. Aumentam as perguntas sobre a Fé Católica e também as esmolas».

O Arcebispo de Nova York também respondeu sobre o questionário de 39 perguntas enviado às Igrejas locais em vista do próximo Sínodo da Família: «O que o Papa nos está perguntando é: como podemos apresentar melhor o ensino da Igreja? Como podemos ser mais eficazes em ensinar? E como podemos alcançar com o amor e a compaixão aqueles que têm dificuldades em viver a doutrina da Igreja?».

Novos horários de Blood Money em Recife

Atenção aos que moram em Recife ou redondezas: o Cine Rosa e Silva já confirmou que Blood Money vai entrar na sua segunda semana de exibição.

Teremos sessões (pelo menos) até o próximo dia 28/11. O cartaz com os horários – francamente melhores do que os da pré-estréia – segue abaixo:

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Agora, quem estuda somente pela manhã pode assistir tranquilamente ao filme na sessão das dez para as três da tarde. Quem trabalha nos dois expedientes, pode com facilidade se dirigir ao Rosa e Silva às nove horas da noite. E, principalmente, temos mais um final de semana para marcar com os amigos e assistir ao documentário.

Quem não sabe do que se trata ou ainda está em dúvidas se vale a pena ir ao cinema, leia a resenha que escrevi e analise a coletiva de imprensa dada pelo produtor do filme. Vamos ao cinema! Importa conhecer esta verdade inconveniente e fazê-la cada vez mais conhecida. Assista ao filme, discuta-o e o divulgue. O mal cresce no mundo enquanto insistimos em lhe dar as costas. Importa encará-lo de frente. Importa impôr-lhe limites. Já é muito o estrago feito até agora. Já é vergonha demais para nós.

As Verdades Eternas estão aí: ouçamo-las!

Trago aqui algumas recentes palavras do Papa Francisco, nas suas homilias na capela da Domus Sanctae Marthae. Ponho no original italiano (com a respectiva tradução logo abaixo) porque gostei sobremaneira das expressões originais; «ma, guardi» e «se ne fanno tanti», entre outras, são de uma sonoridade deliciosa. Quase imagino o Papa falando.

Não lembro quem foi que me disse ter ficado encantado com o Papa Francisco logo ao final da «Urbi et Orbi» do Habemus Papam, quando ele disse «buona notte e buon riposo». Digam o que disserem a respeito desta informalidade que não raro parece uma intimidade excessiva: há muitas pessoas carentes no mundo, as quais espero serem capazes de melhor assimilar o Evangelho de Cristo nestes termos do que no (inobstante tão necessário) latim eclesiástico das fórmulas solenes.

Veja-se, à guisa de exemplo, o discurso sobre supostas aparições marianas abaixo. A gente pode gastar um bocado de latim para justificar o porquê de certas aparições precisarem ser tratadas no mínimo com reservas; mas um meme do Vigário de Cristo dizendo que a SSma. Virgem não é chefe dos Correios tem um impacto incomparavelmente maior. A gente pode escrever tratados e mais tratados sobre a ditadura do relativismo, mas nada se compara a Sua Santidade chamando de adúlteros os que decidem fazer o que todo mundo faz. Podemos falar diuturnamente contra a maldição do aborto, mas muitas pessoas não vão assimilar o nosso discurso até ouvirem o Sumo Pontífice falar em leis modernas que protegem sacrifícios humanos. Obrigado, Santo Padre!

Sem mais delongas, ouçamos o Papa Francisco:

«Ma, guardi, la Madonna è Madre! E ama tutti noi. Ma non è un capo ufficio della posta, per inviare messaggi tutti i giorni. [Q]ueste novità allontanano dal Vangelo, allontanano dallo Spirito Santo, allontanano dalla pace e dalla sapienza, dalla gloria di Dio, dalla bellezza di Dio» (14 de novembro de 2013).

[«Mas, olhem, Nossa Senhora é Mãe! E nos ama a todos. Mas [Ela] não é chefe dos correios para mandar mensagens todos os dias. Esta novidade nos afasta do Evangelho, afasta-nos do Espírito Santo, afasta-nos da paz e da sabedoria, da glória de Deus, da beleza de Deus.»]

– «Questa gente — ha proseguito il Papa tornando al racconto biblico — ha trattato con il re, ha negoziato. Ma non ha negoziato abitudini… ha negoziato la fedeltà al Dio sempre fedele. E questo si chiama apostasia. I profeti, in riferimento alla fedeltà, la chiamano adulterio, un popolo adultero. Gesù lo dice: “generazione adultera e malvagia” che negozia una cosa essenziale al proprio essere, la fedeltà al Signore» […] Farà bene anche a noi, ha suggerito il Pontefice, pensare a quanto raccontato dal libro dei Maccabei, a quanto è accaduto, passo dopo passo, se decidiamo di seguire quel «progressismo adolescenziale» e fare quello che fanno tutti (18 de novembro de 2013).

[«Esta gente – prosseguiu o papa voltando ao relato bíblico [dos Macabeus] – tratou com o rei, negociou [com ele]. Mas não negociou [meros] costumes… negociou a fidelidade ao Deus sempre fiel! E isto se chama apostasia. Os profetas, referindo-se à [falta de] fidelidade, chamaram-na de adultério, um povo adúltero. Jesus o disse: “geração adúltera e malvada” que negocia uma coisa essencial ao próprio ser: a fidelidade ao Senhor» […] Far-nos-á bem, disse o Pontífice, meditarmos naquilo que é contado no livro dos Macabeus: nisto que ocorre, pouco a pouco, se decidimos seguir aquele «progressismo adolescente» e fazer o que todo mundo faz.»]

– «Voi pensate che oggi non si fanno sacrifici umani? Se ne fanno tanti, tanti. E ci sono delle leggi che li proteggono» (id. ibid.).

[«Pensais que hoje não se fazem sacrifícios humanos? Fazem-se tantos, tantos…! E há leis que os protegem!»]

São palavras duras e verdadeiras. Ouçamo-las! Depois, não poderemos dizer em nossa defesa que não sabíamos. Não poderemos nos justificar dizendo que pensávamos ser o novo Papa diferente dos anteriores. As Verdades Eternas estão aí; e, em um certo sentido, de um modo até mais acessível do que estavam nos lábios dos seus predecessores.

“Aborto: Direito ou Crime?”

É incrível: Elba Ramalho, Lenise Garcia, Luiz Bassuma, Fátima Pelaes (deputada federal), Simone Garuti (repórter) e Sara Winter discutindo sobre o aborto no Superpop da Luciana Gimenez! O programa foi ao ar ontem. Pode ser encontrado (acredito que na íntegra) nos seguintes links:

  1. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373113,entretenimento,redetvi-entretenimento,superpop-debate-a-polemica-do-aborto-1
  2. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373112,entretenimento,redetvi-entretenimento,entenda-como-a-legislacao-brasileira-encara-o-aborto-2
  3. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373117,entretenimento,redetvi-entretenimento,arrependida-elba-ramalho-luta-contra-o-aborto-3
  4. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373116,entretenimento,redetvi-entretenimento,elba-ramalho-explica-razoes-que-a-levaram-ao-aborto-4
  5. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373131,entretenimento,redetvi-entretenimento,publico-opina-sobre-a-legalizacao-do-aborto-5
  6. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373126,entretenimento,redetvi-entretenimento,mae-de-bebe-com-anencefalia-rejeitou-aborto-6
  7. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373125,entretenimento,redetvi-entretenimento,elba-ramalho-canta-sucesso-no-palco-do-superpop-7
  8. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373124,entretenimento,redetvi-entretenimento,gimenez-orienta-a-procurar-ajuda-antes-de-decisao-por-aborto-8

Vale a pena assistir!

Blood Money: coletiva de imprensa e entrevista exclusiva com o produtor do filme em Recife

[O autor do Exsurge, Gustavo Souza, esteve presente à coletiva de imprensa que o produtor do filme Blood Money, David Kyle, concedeu aqui em Recife. É o autor da reportagem seguinte, que me foi enviada por email, inclusive da entrevista exclusiva com o produtor do filme que vai ao final. Agradeço pelo material, que espero ser útil àqueles que estão acompanhando a repercussão do documentário no Brasil.]

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Uma coletiva de imprensa

“Coletiva de Imprensa”: uma porção de jornalistas sabatinando alguém que – quase sem tempo para respirar – tenta responder a perguntas cujas premissas são mais longas que os questionamentos em si. Esta, talvez, seja uma descrição bem verossímil do que é uma entrevista coletiva. Mas com um detalhe: as perguntas (frise-se: enormes!) muitas vezes são feitas com uma, digamos, “sagacidade jornalística”… Se o entrevistado não tomar cuidado, corre o sério risco de cair em armadilhas ideológicas.

David Kyle – escritor, produtor e diretor de Blood Money: Aborto Legalizado – parece ser um especialista em “campo minado”: com seriedade, clareza, objetividade e sinceridade, livrou-se de alguns dardos que lhe foram lançados ontem (13) pela manhã, no Marante Plaza Hotel, em Boa Viagem (Recife – PE), durante uma coletiva que durou pouco mais de uma hora.

Nela estavam presentes Marcos Toledo, do Jornal do Commércio; Júlio Cavani, do Diário de Pernambuco; Marcos Fernandes, do LeiaJá; E eu, um “jornalista” católico. Marcaram presença também: o diretor da Estação Luz Filmes (produtora que adquiriu os direitos de exibição do documentário no Brasil), Luís Eduardo Girão; Iraponan Arruda, do movimento “Brasil sem Aborto”; a assessora (local) de imprensa, Joana Aquino; e a tradutora, Érica Bandeira.

Respostas de David Kyle

Ao ser questionado sobre a participação de religiosos no filme, respondeu:

A intenção nunca foi fazer um filme religioso. Mas, inevitavelmente, quem está ligado a este tema é religioso. Os não-religiosos em geral evitam falar sobre isso. Não acham que seja importante. Os religiosos, por sua vez, não estão promovendo sua religião, mas a causa da vida. Mesmo que no filme haja sacerdotes, o intuito foi preservar a causa científica. Todos os argumentos apresentados são lógicos, fáticos, sem “causas” religiosas.

Ao ser questionado sobre quais as expectativas que tinha com relação à recepção do filme no Brasil, respondeu:

Espero que vá muita gente. Não só para assistir ao filme, mas para promover a causa da vida. É preciso quebrar o tabu que a sociedade criou. É preciso falar do polêmico.

Sobre o forte teor negativo de alguns depoimentos dados (que associam, por exemplo, o aborto ao nazismo, ao racismo, etc.):

Apenas mantivemos as câmeras ligadas. Não manipulamos nenhum testemunho. Apenas demos o espaço para as pessoas falarem, e elas – livremente – se acusaram em alguns momentos. Esta é a avaliação e a sensação que elas têm sobre o que fizeram. A mídia americana apresenta apenas um lado da história e ninguém diz nada. Fiz o filme para adolescentes (para os quais o uso de imagens é importante). Por isso é que apresento as imagens de Hittler, de Obama, de Ronald Reagan, etc. A concepção ideológica da Planned Parenthood guarda, efetivamente, uma estreita relação com a mentalidade nazista. São fatos, não suposições.

Sobre sua escolha por fazer um documentário mais “leve”, isto é, sem as cenas chocantes e sanguinárias que outras obras a este respeito trazem, afirmou:

Alguns grupos até me criticaram por não colocar cenas mais fortes. Eu acho que não é necessário. Prefiro gráficos e palavras. A expressão das mulheres que falam em Blood Money já é chocante. Então basta. Eu vi pessoas chorando no cinema, em certas cenas. Portanto, imagino que tenha sido atingido o objetivo de tocar as pessoas mais profundamente. Mas sem recorrer a cenas de grande impacto.

Acha que o filme tem a capacidade de mudar a realidade?

Várias pessoas serão atingidas, de modo que isso pode acontecer. O maior desejo é informar. Nada vai mudar se nos calarmos. É preciso escutar os dois lados. Eu espero que nos EUA se torne ilegal novamente. Mas não exatamente por causa do filme e sim por causa da consciência social. As chances são reais: lá, 51% de pessoas são contrárias ao aborto atualmente. Os jovens são, em grande medida, responsáveis por isso. Desde 1973, 52 milhões de abortos foram praticados nos EUA. Isso é o que acontece nos EUA. Estes são os fatos que precisam mudar.

Sobre a Planned Parenthood:

A Planned Parenthood implantou-se no Afeganistão e funciona com a mesma sistemática dos EUA. Ela tem um modelo – que veio ou virá para o Brasil se o aborto for liberado. Nada da visão do filme é inaplicável ao Brasil. A Planned Parenthood é a maior instituição promotora do aborto no mundo e dita as regras onde quer que esteja.

Sobre a necessidade de “mostrar o outro lado”, isto é, um lado positivo na realização de abortos, foi enfático:

Quando foi a última vez que você viu um documentário sobre o lado bom da Alemanha nazista ou serial killers? Não há justificativa para tais comportamentos.

Sobre se a promoção e realização de abortos está concentrada apenas nas grandes fundações (Ford, Rockfeller, etc), respondeu:

Há médicos que faziam isso individualmente. E outras organizações também. Marie Stopes, por exemplo, é uma fundação independente que promove isso.

Sobre a indústria abortista:

Os anticoncepcionais não são feitos para funcionar 100%. A maioria das que abortavam usavam-nos. Assim a indústria ganha dinheiro ao vender o anticoncepcional e também, depois, quando precisava corrigir a falha por ele provocada com o aborto.

Sobre se teve alguma motivação pessoal – surgida a partir de algum episódio de sua história de vida) – para produzir o filme, alegou:

Não.

Sobre o aspecto legal do aborto nos EUA:

A constituição americana é o limite sobre até onde o governo pode ir. Diversos grupos tentam fazer algo para mudar isso. Alguns estados colocam mais restrições sobre o modo e o período de praticar o aborto. Mas, abolir de vez ainda é difícil – por causa do lobby abortista.

Sobre a associação de Obama ao movimento pró-aborto, esclareceu:

Associo as ideias de Obama às de outro político porque é claro. Ambos mostraram publica e abertamente qual o seu pensamento a respeito do aborto.

Sobre os frutos que o filme tenciona produzir, falou:

Toda a mulher que assistir ao filme vai lembrar as cenas e vai manter sua gravidez.

Sobre ultrassonografia:

Uma das leis é tornar o ultrassom obrigatório antes do aborto. As instituições de planejamento familiar não querem isso. Por quê? Porque a maioria das mulheres desiste diante da imagem de seus bebês na tela do monitor de vídeo usado na ultrassonografia.

Sobre o filme “bruto”, declarou:

Ao fim, tinha 5 horas de filme. Precisei editar bastante…

Sobre se havia tentado maior divulgação do filme entre os canais de TV aberta ou por assinatura, disse:

Não é uma grande companhia. Não quer fazer muito dinheiro. Não tentou penetração em grandes canais e em TV por assinatura.

Sobre as vendas de DVD com o filme, informou:

Desde janeiro de 2011, todos os dias vendeu um DVD. Apenas em um dia não vendeu.

Luís Eduardo Girão – Diretor da Estação Luz Filmes

O diretor da Estação Luz Filmes também deu algumas breves declarações. Segundo Girão, os veículos midiáticos no Brasil têm auxiliado a instigar o debate sobre o aborto. Ele avalia isto positivamente. Para ele, trazer este tema à tona, tirá-lo da gaveta, lançar luzes sobre os diversos aspectos que o envolvem, é fundamental. O diretor da Estação Luz Filmes informou que, até o momento, 10 salas, em 9 cidades do Brasil, exibirão o filme. Apenas o Rio de Janeiro conta com duas salas. De acordo com ele, a mobilização popular é o que garante a permanência do filme em cartaz. Nos Estados Unidos, ele recorda, este filme circulou apenas por salas alternativas. O Brasil está sendo o primeiro país em que a película entra no circuito comercial, concorrendo – inclusive – com outras produções norte-americanas mais populares (como Thor 2 – O Mundo Sombrio, atualmente em exibição).

Luís Eduardo Girão complementou em alguns momentos a explanação de Kyle. Chamou a atenção para alguns detalhes subjacentes, mas fundamentais, que – em sua opinião – devem ser enfatizados ao se falar de aborto: primeiramente, recordou o caráter eugênico deste “planejamento familiar” propalado por instituições abortistas (de acordo com ele, não é coincidência que o maior índice de abortamento nos EUA esteja entre os negros). Em seguida, recordou que a implementação de um controle de natalidade a nível mundial (que já vem ocorrendo sorrateiramente) pode afetar a soberania das nações. Por fim, alertou que falar do aborto como questão de “saúde pública” implica não em oferecer meios de abortar, mas em tratar doenças como o alcoolismo, a dependência química e a depressão – que muitas vezes acometem as mulheres que se submetem a um abortamento.

Girão aventa a possibilidade de, em breve, produzir algo relacionado ao trabalho do Dr. Bernard Nathanson, que se tornou um ícone do movimento pró-vida depois de filmar, na década de 80, o documentário “Grito Silencioso”. O Dr. Nathanson faleceu em fevereiro de 2011.

Entrevista exclusiva com Gustavo Souza

Ao final da coletiva, David Kyle permitiu-se responder a ainda algumas perguntas. Confira.

Tradução: Érica Bandeira

Como foi conseguir financiamento para Blood Money?

Não recebi dinheiro de instituição nenhuma. O financiamento da obra se deu integralmente por meio de doações recebidas de pessoas físicas. Não recebi dinheiro de nenhuma empresa.

Você sofreu algum tipo de perseguição (política, social, religiosa, etc.) por causa do filme?

Não. Nunca sofri nenhuma ameaça nem perseguição alguma. Nos EUA esta discussão é aberta. Fala-se disso naturalmente.

E como fez para obter os dados que precisava para produzir o documentário?

Os dados científicos eu obtive por meio de consulta a especialistas de diversas áreas. Os depoimentos, evidentemente, eu colhi de pessoas que haviam praticado o aborto.

Mas como o senhor chegou até estas pessoas?

A maior parte delas está ligada a movimentos pró-vida nos EUA. Algumas tinham receio de falar, é verdade. Mas fui atrás daquelas que eram indicadas por seus próprios parentes e amigos. Eles as estimulavam a que contassem sua história. E elas relatavam os fatos a mim na esperança de que, ao expor o que ocorreu em suas vidas – e as consequências que advieram de seus atos – pudessem ajudar outras mulheres a não cometer aborto.

Pensou em fazer outro tipo de filme sobre a mesma temática? Um romance baseado em fatos reais, por exemplo.

Sim. Isto é uma possibilidade. Existem situações novas que surgem a todo o momento e que me motivam a fazer outras produções neste sentido. Mas não a nada definido até o momento.

Se tivesse oportunidade de gravar novamente o filme, faria algo diferente?

Como se trata do meu primeiro filme, certamente há coisas a melhorar. Mas não me recordo agora de algo específico que eu modificaria.

Acha que é possível produzir uma obra semelhante aqui no Brasil, onde a indústria do aborto ainda é clandestina?

Sim, claro. Se quiserem, podem fazê-lo. Uma obra neste sentido terá efeitos em qualquer país onde for produzida.

Resenha: Blood Money

Cinema lotado, com pessoas sentadas inclusive ao chão. Amigos dos mais diversos lugares reunidos em peso no Cine Rosa e Silva. Presenças ilustres, como a do produtor americano David Kyle e a do diretor da Luz Filmes, Luís Eduardo Girão. Assim foi a première de «Blood Money» em Recife à qual tive o privilégio de assistir hoje à noite.

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O filme me surpreendeu muito positivamente. Trata-se de um documentário e, como todo documentário, não tem o apelo intrínseco de um blockbuster de ação; mas tem o seu ritmo próprio que é bastante cativante. Há uma história que se descortina diante dos olhos dos espectadores, e ela não é trivial: chegamos – por diversas vezes – a nos perguntar o que virá depois. A história da indústria do aborto é-nos contada como em camadas, e quando parece que atingimos o fundo do poço o filme nos surpreende com um outro aspecto da questão ainda mais tenebroso do que aquele que acabáramos de assimilar.

Há uma frase logo no início do filme que o resume bem: nós reconhecemos a vida quando a vemos, e a reconhecemos ainda melhor quando a vemos ser tirada. Mais adiante, uma das mulheres entrevistadas – que já trabalhou numa clínica de abortos – vai dizer que ninguém pode lidar todos os dias com mortes e mentiras sem que isso o afete profundamente. E penso ser este o ponto central do documentário: as nefastas conseqüências – individuais e sociais – de um império de mentiras, da mais radical negação da realidade.

A história começa, claro, com Roe v. Wade. A conhecida farsa gerou um precedente, mas há uma questão de fundo muitas vezes negligenciada: por que deveríamos defender um precedente somente por ele existir? Isso não faz sentido em ciência alguma e também não faz sentido em nenhum dos ramos do Direito, à única exceção das decisões dos Tribunais. As coisas devem ser defendidas por serem corretas, e não meramente porque são antigas. Mas, curiosamente, embora o monstruoso erro de Roe v. Wade já seja amplamente reconhecido, ainda se insiste em seguir uma jurisprudência sabidamente injusta. E as conseqüências disso o documentário passa então a apresentar.

A mudança de enfoque é sempre sutil. Os sucessivos aspectos do problema parecem se encadear, chamam-se uns aos outros, como abyssus ad abyssum invocat in voce cataractarum. O aborto é apresentado sucessivamente como um negócio lucrativo, como um instrumento de controle racial (sabiam que a Planned Parenthood prefere abrir suas clínicas de aborto em bairros de minorias, e que crianças negras são abortadas em proporção muito maior do que as brancas?), como uma violência contra a mulher, como causa de inúmeras seqüelas físicas e psicológicas. Ao final do filme, é impossível disfarçar a revolta: é tudo inadmissível.

É inadmissível que direitos humanos básicos sejam assim violados ao arbítrio de terceiros. É inadmissível que se possa livremente lucrar milhões de dólares com a desgraça de mulheres fragilizadas. É inadmissível que o mais escancarado racismo encontre um campo vasto de ação no aborto legalizado. É inadmissível que as mulheres não recebam nenhuma espécie de apoio no momento em que se encontram mais vulneráveis – diante de uma gravidez inesperada. É inadmissível que o Governo avise aos cidadãos sobre os malefícios de tudo, do cigarro à gordura hidrogenada, mas silencie criminosamente quanto aos males causados pelo aborto. É inadmissível que esta história macabra seja verdadeira e, longe de fazer parte d’algum passado distante e tenebroso, tenha plena cidadania no nosso mundo moderno e dito civilizado.

Causam particular comoção os testemunhos das mulheres que praticaram aborto. Uma delas diz que jamais teria abortado se o seu companheiro dissesse por um momento que eles poderiam ter aquela criança. Outra afirma que, longe de encontrarem compreensão e apoio, elas se deparam com homens que dizem “eu posso te dar 300 dólares e nós continuamos bem, ou tu podes decidir ter este filho e a porta da rua é aquela ali”. A outra, aos prantos, diz que sua família toda ficava o tempo inteiro dizendo que ela tinha que resolver isso, que precisava ir pra clínica, que tinha que se apressar. Todas, em suma, relatam em uníssono a mesma coisa: nunca se tratou de uma «escolha». Elas foram empurradas para o aborto porque não lhes havia mais nada o que fazer. Nunca lhes foi dada nenhuma outra opção.

http://www.youtube.com/watch?v=mx3ZHc54RE4

E esta é talvez uma das maiores sacadas deste documentário: trazer à luz todo o sofrimento das mulheres que abortam, transformando-as em verdadeiras protagonistas da película. No fundo, é sim sobre mulheres que nós estamos falando: mulheres cujas vidas foram destruídas por hipócritas interesseiros que se aproveitaram de um momento de fragilidade para lhes vender uma “solução” que só fez agravar ao infinito os seus problemas. Mulheres nas quais os pró-aborto não pensam jamais. Mulheres que também são vítimas dessa ideologia assassina, cujos tentáculos se estendem igualmente sobre crianças abortadas e mães coagidas a abortar.

É por isso que é importante assistir Blood Money: porque ele trata sobre a talvez mais inconveniente das verdades que interesses escusos tudo fazem para manter na penumbra e na obscuridade. Como disse o produtor do filme antes do início da exibição: trata-se de mostrar a verdade às pessoas que não têm noção do que está por trás do lobby pró-aborto. Trata-se de uma luta travada com base no engodo e na desinformação, contra os quais é necessário levantar a verdade dos fatos. Este documentário que estréia no próximo dia 15 de novembro presta-se muito bem a desmistificar o aborto, e só isso já seria o bastante para valer uma ida ao cinema. Acrescente-se a isso a envergadura dos testemunhos, a qualidade técnica, a envolvente trilha sonora e a empolgante capacidade narrativa, e não pode mais haver desculpas para permanecer em casa. Assista e divulgue, e com isso colabore para um mundo melhor.

Documentário sobre aborto ganha destaque na mídia recifense

O portal NE10 (Jornal do Commercio) colocou uma chamada de primeira capa para uma resenha do filme Blood Money:

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A matéria, somente publicada hoje à tarde, chegou a entrar no ranking das mais lidas do dia:

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Abaixo, alguns trechos da crítica. Para lê-la na íntegra, acessem aqui.

  • «Sem levantar bandeiras religiosas e com argumentos científicos de que “a vida humana inicia no momento da concepção” e “mãe e feto são dois indivíduos independentes e distintos”, o documentário não condena as mulheres que praticaram o aborto, mas, ao contrário, considera que elas também são vítimas de uma indústria milionária».
  • «O documentário é narrado pela cientista e ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King e envolvida em discussões sobre o mecanismo de controle racial nos EUA».
  • «Segundo Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que junto com a Europa Filmes lança a produção no Brasil, esta é a primeira vez que o cinema tira o aborto da invisibilidade».