Urgentes orientações do Sínodo da Família sobre os casais de segunda união

Nas últimas semanas a mídia católica — mesmo a mídia católica que se reputava mais fidedigna e confiável — irrompeu em um surto de loucura a respeito do que o Sínodo dos Bispos (que se encerrou no final do mês passado) teria falado a respeito da comunhão dos divorciados recasados. Perplexos, deparamo-nos com manchetes e reportagens o mais disparatadas possível, vindas de órgãos de imprensa que, até então, sempre ou quase sempre tinham primado pelo equilíbrio e pela sensatez.

A Rádio Vaticano diz que a “comunhão aos divorciados recasados” é “uma questão aberta”. No estilo “em cima do muro” que lembra o pior da politicagem tupiniquim, o Cardeal de São Paulo afirma que “há muita divergência” sobre isso, que “questões complexas não podem ser respondidas simplesmente com um sim ou não”, que “o Sínodo, que não é ainda a palavra do Papa, não decidiu nada sobre isso”, que o Papa pode dizer uma coisa ou outra. Ou seja, a questão estaria “aberta” porque o Sínodo não determinou nada.

Aleteia, em manchete ainda pior, vai mais fundo e diz que o “Sínodo dos bispos abre portas para integrar divorciados recasados”. Perdida lá no corpo da matéria está a afirmação — esta, sim, relevante — de que “[o] texto [do Sínodo] não especifica se [os divorciados recasados] poderão realizar a comunhão”.

Por fim, Zenit coloca como chamada principal da matéria que “o acesso à eucaristia [dos “casais em segunda união”] deverá ocorrer na própria paróquia onde reside o casal” (!). No exercício do wishful thinking mais grosseiro, o autor do texto justifica a manchete dizendo que “o documento normativo do Sínodo, a ser elaborado pelo papa Francisco, numa exortação apostólica, eventualmente poderá estimular a verificação de caso a caso, para se aferir a responsabilidade subjetiva”. Ou seja: um eventual documento que o Papa Francisco porventura publique, em data incerta e não sabida, poderá estimular a avaliação caso a caso dos divorciados recasados — o que pode potencialmente levar os casais em segunda união a terem acesso à Eucaristia na própria paróquia onde residem! Tantas condicionantes, possibilidades, eventualidades, incertezas, indeterminações… ora, acaso isso é notícia? Em que mundo?

O mais perturbador disso tudo: nenhuma notícia diz que o Sínodo autorizou a comunhão aos divorciados recasados (primeiro porque o Sínodo, órgão consultivo, não pode “autorizar” nada e, segundo, porque, de fato, os documentos do Sínodo não mencionam em nenhum momento a possibilidade de admitir à comunhão eucarística os divorciados recasados) e, portanto, a rigor, todas as reportagens são formalmente verdadeiras. Mas o modo como elas foram escritas conduz o leitor incauto a imaginar que foram, sim, “abertas portas”, que estas portas são para o “acesso à eucaristia” dos divorciados recasados, que esta questão, outrora fechada, agora foi “aberta” pelo Sínodo e se está somente esperando a formalização pontifícia — que virá a qualquer momento! — para que os casais em segunda união possam, enfim, receber Nosso Senhor na Eucaristia. E, para quem não vai ler o Relatio Synodi (que, parece, só há em italiano…) nem esperar a Exortação Apostólica Pós-Sinodal, a impressão que fica é esta induzida pela mídia católica mesmo.

Esforcemo-nos um pouco para nos elevar acima da mediocridade que contaminou até mesmo a boa mídia católica. O que importa saber sobre o tema é, em resumo, o seguinte: o sínodo tem marcos teóricos muito sólidos, explicitados no próprio Relatio (nn. 42 – 46), entre os quais se destaca — como não poderia deixar de ser — a Familiaris Consortio de S. João Paulo II. Uma (re)leitura desse documento é de enorme importância para se compreender a Igreja hoje. Em particular o seu n. 84. Tudo, tudo ali se explica.

Senão vejamos: há um clamor popular e midiático enorme para que a Igreja se debruce sobre a questão dos divorciados recasados? Sim, trata-se de mal que se vai alastrando mesmo pelos ambientes católicos, e portanto “o problema deve ser enfrentado com urgência inadiável”.

Importa fazer com que a Igreja esteja mais preocupada em acolher do que em condenar? Sem dúvidas, porque a Igreja, “instituída para conduzir à salvação todos os homens e sobretudo os baptizados, não pode abandonar aqueles que – unidos já pelo vínculo matrimonial sacramental – procuraram passar a novas núpcias”.

Então, o que fazer? Estariam porventura estes excomungados? Absolutamente não; é um dever de toda a Igreja, dos pastores como dos fiéis, “ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto baptizados, participar na sua vida”. É fundamental que eles sejam “exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus”.

Conceder-se-lhes-á, então, participar da Ceia Eucarística? Aí não. “Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e actuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio”.

Mas não existe nenhuma exceção? Sim, existe, uma exceção que precisa ser avaliada caso a caso: a daquelas pessoas que, não podendo, por justa causa, abandonar o cônjuge ilegítimo (digamos, por conta dos filhos pequenos que possuam), decidem, conquanto mantendo a habitação em comum, abster-se dos atos sexuais adulterinos. Assim, “[a] reconciliação pelo sacramento da penitência – que abriria o caminho ao sacramento eucarístico – pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimónio. Isto tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios – quais, por exemplo, a educação dos filhos – não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos actos próprios dos cônjuges»”.

Pronto. Com isso, se responde perfeitamente às notícias acima referidas, sem margens para dúvidas ou más interpretações:

  • A questão da comunhão eucarística aos divorciados recasados está aberta? Não, não está aberta, porque São João Paulo II, em texto sobre o assunto ao qual o Sínodo contemporâneo faz expressa referência, já reafirmou a praxis eclesiástica, “fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união” — e não há necessidade de se ficar, a todo ano, a toda reunião, repetindo explicitamente as mesmas coisas (sob pena de elas “deixarem de valer”). Isso não faz sentido algum.
  • Mas então os divorciados recasados devem ser acolhidos na vida da Igreja? Sem dúvidas, como São João Paulo II já disse explicitamente, é dever de todos os católicos tudo fazer para que os divorciados recasados “não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto baptizados, participar na sua vida”.
  • E o que é que deve ser analisado caso a caso? Ora, deve-se analisar individualmente aquelas situações em que as pessoas, não podendo por razões graves abandonar o falso cônjuge, comprometem-se a tentar levar “uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimónio” — i.e., com a abstinência dos atos próprios dos casais.

Tudo isso é porventura novidade? Não, tudo isso consta em um texto do início da década de 80! Qual a razão do alvoroço, qual o motivo do alarde, como se S.S. o Papa Francisco estivesse fazendo alguma coisa inaudita em vinte séculos de Cristianismo? Todas essas coisas — de não estarem excomungados os divorciados recasados, da importância de os integrar à vida da Igreja, da inadmissibilidade de se conceder a Comunhão Eucarística aos que vivem maritalmente com alguém que não é o seu cônjuge legítimo e da necessidade de se avaliar, individualmente, os casos daquelas pessoas que quiserem abandonar as práticas conjugais mantendo, contudo, a habitação comum — já fazem parte das disposições normativas da Igreja Católica há mais tempo do que eu próprio tenho de vida! Se não são obedecidas, e se portanto precisam ser reforçadas, é uma outra história; mas não se diga que a Igreja não tem respostas ao problema do divórcio e nem que Ela está procurando, agora, do nada, soluções para estas questões.

A Igreja é Mãe, e não é de hoje que Ela é Mãe. Os filhos da Igreja são rebeldes, e não é de hoje que esta rebeldia grassa entre aqueles pelos quais Cristo verteu o Seu Sangue na Cruz. Mas a Igreja, Esposa Fiel de Cristo, não vai trair jamais a confiança do Seu Divino Esposo, e isto significa duas coisas: que Ela não vai abandonar os homens por cuja salvação Cristo morreu, por um lado; mas que, pelo outro lado, tampouco vai abandonar a Doutrina por meio da qual somente aqueles homens se podem salvar. Eventuais tentativas de obscurecer qualquer dessas verdades desfigura o rosto da Igreja de Nosso Senhor, e devem portanto ser combatidas.

Encerrou-se a Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família. Mas, ao contrário do que a mídia insinua, não é necessário esperar para ver “o que o Papa vai fazer” com tudo isso. O documento normativo do Sínodo da Família, elaborado pelo Papa, já saiu em português: foi publicado aos 22 de novembro de 1981, e não há razões honestas para esperar nada diferente disso. Todas estas disposições aliás já podem — e devem — ser postas imediatamente em prática. Façamo-las conhecidas e efetivas. Não há tempo a perder.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

27 comentários em “Urgentes orientações do Sínodo da Família sobre os casais de segunda união”

  1. O assunto é muito complexo e sério. A Igreja, se por um lado é divina, por outro é dirigida por homens. E muitas normas, que são canônicas e não evangélicas, muitas vezes… como direi? muitas vezes parecem eivadas de hipocrisia e preconceito. O problema discutido aqui, sem muita ou mesmo nenhuma abertura, interesse a muitos milhões de cristãos católicos em nosso país.
    Talvez eu volte a tentar fazer um comentário equilibrado e abrangente sobre este tema, o problema de “Casais em 2ª união”.
    Por ora quero assinalar alguns pontos, com base nos textos sagrados:
    1. O Papa só é infalível em casos muito específicos. A infalibilidade não se aplica, por exemplo, à indissolubilidade do casamento, nos termos em que é colocada e estritamente e “ferrenhamente” defendida. Nem tampouco ao celibato dos padres. O amor, a responsabilidade, o respeito – são valores mais altos. “Se eu não tiver amor, nada sou”.
    2. São Pedro é o primeiro Papa, o primeiro Chefe Supremo da Igreja Católica. Pois, vejam só, Pedro QUERIA que os primeiros cristãos, gentios convertidos ao Cristianismo nascente, FOSSEM CIRCUNCIDADOS. PAULO, que ao que parece, não tinha papas na língua, “RESISTIU-LHE (A PEDRO) NA CARA.”
    3. São Paulo, admite a separação, o divórcio, em caso especial. É o que os teólogos moralistas chamam de “PRIVILÉGIO PAULINO”. São Paulo é muito claro e taxativo: “Querem separar-se, separem-se, pois DEUS NOS CHAMOU PARA VIVER EM PAZ”.
    Claro, se o casamento, ou o Matrimônio, fosse em si mesmo, essencialmente, indissolúvel, nunca São Paulo poderia admitir isso. Logo, o casamento (o Matrimônio, aqui entendido como Sacramento), não é em si mesmo, em sua essência, indissolúvel. Aliás, nem o ‘ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE” teria sentido.
    Poderíamos prosseguir nesta linha de abordagem, mas não cabe aqui, nem eu estou bem preparado para isso.
    Quero ainda lembrar para quem conhece, e informar a quem não conhece, que existe um livro importante intitulado ESCÃNDALO NA IGREJA, de autoria de Morris West e Robert Francis, publicado no Brasil em 1970, portanto muitos anos antes das discussões que hoje acompanhamos. O livro denuncia, com fatos e argumentos, a hipocrisia e os “dois pesos e duas medidas” com que a Igreja instituição tratava o assunto. Masa parece que alguma coisa está mudando.
    Ah, este assunto é tão polêmico, mas quem ama a Igreja, a nossa Igreja, não pode deixar de encará-lo com coragem e espírito de busca da verdade.
    Jorge Ferraz aborda o tema com coerência. Coerência com seus princípios e com a doutrina ou normas ainda em vigor na Igreja. Mas acredito que é necessário ampliar o ângulo de visão e a real abrangência do tema.

  2. Em seu profundo silêncio, o CLEANER preparava seus argumentos. Assim como procede todo CLEANER, o theologus Recifensis omitiu “apenas” o que é essencial:

    1. Que, em um sínodo sobre a família, não houve nenhuma CONDENAÇÃO (palavra dura, de fariseus!) das diversas formas de destruição da família: divórcio, “casamento gay”, “poliamor” e, sobretudo, “segundas núpcias (!!!)”. Sim, o que falta é CONDENAÇÃO, que é o sinal vermelho a alertar-nos de que, se atravessarmos a fronteira e não nos corrigirmos, haverá consequências terríveis.
    2. O theologus sabe mais do que cardeais como Burke e Schneider, que teceram duras críticas a todo o processo e ao resultado final do Sínodo.
    3. O theologus, em momento algum, menciona os inúmeros cardeais que defenderam e defendem a comunhão para os “recasados”, escandalizando o povo católico. Nem uma palavra sobre esses abutres. Silêncio seletivo característico dos CLEANERS.
    4. O theologus não menciona as palavras terríveis do Papa contra os que defendem a doutrina, chamando-os de fariseus, entre outras: “Significa que testemunhámos a todos que o Evangelho continua a ser, para a Igreja, a fonte viva de novidade eterna, contra aqueles que querem «endoutriná-lo» como pedras mortas para as jogar contra os outros. Significa também que espoliámos os corações fechados que, frequentemente, se escondem mesmo por detrás dos ensinamentos da Igreja ou das boas intenções para se sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas.”
    5. O theologus “mundator” (cleaner) omite as palavras duras contra os fiéis e a tradição da Igreja: “Significa que procurámos abrir os horizontes para superar toda a hermenêutica conspiradora ou perspectiva fechada, para defender e difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da Novidade cristã, por vezes coberta pela ferrugem duma linguagem arcaica ou simplesmente incompreensível.”

    Sim, o MUNDATOR é o único que compreendeu o sínodo, que foi a maior expressão de ortodoxia da história da Igreja. A “imprensa católica” que teve um “surto de loucura” e cardeais como Burke, Schneider e os africanos estão imaginando coisas que nunca aconteceram…
    Sim, nada disso aconteceu. O Sínodo foi extremamente “ortodoxo”, coroando todo o devotamento com que têm sido tratadas as famílias católicas fiéis ao matrimônio, que não receberam nenhuma menção ou apoio, pois são “COMO COELHOS QUE SE REPRODUZEM”. Ao menos, se se reproduzissem como COELHOS que têm vários parceiros(as) e muitos filhos sem nenhuma família, para eles haveria misericórdia. Mas eles são “duros de coração, são fariseus”.
    O mais incrível é que o MUNDATOR, após 50 anos da fundação dessa nova religião qual é seguidor tolo e cego, ainda continue acreditando no conto da carochinha: a Igreja nunca esteve tão bem, estamos vivendo a primavera da fé católica etc. Efetivamente, O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER: “como se S.S. o Papa Francisco estivesse fazendo alguma coisa inaudita em vinte séculos de Cristianismo”. Não, o CLEANER tem razão: nos últimos 50 anos não aconteceu nada contrário aos 20 séculos de Cristianismo (o Cleaner escorregou: é CATOLICISMO, mas o espírito ecumenista vaticano-secundista se manifesta de modo inconsciente…). São João Batista só foi degolado porque era “um radical, de coração fechado, que se escondia por trás dos ensinamentos da Igreja para se sentar na cátedra de Moisés e julgar”.
    Aviso aos CLEANERS: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”

  3. Peralta,

    Na verdade, a indissolubilidade matrimonial é ipsissima verba Christi — consta nas próprias palavras de Cristo — e, portanto, é tão infalível e certa quanto a Transubstanciação. A Igreja é infalível em Fé e em Moral, e a doutrina católica acerca do Matrimônio abrange as duas esferas.

    Portanto,

    1. Sim, a infalibilidade se aplica, sem a menor sombra de dúvidas, à indissolubilidade matrimonial. Absolutamente ninguém discorda disso (os próprios hereges que são contra a indissolubilidade negam a infalibilidade da Igreja tout court, e não somente a sua aplicação a este ponto específico da Doutrina).

    Celibato eclesiástico é totalmente diferente. Aqui é disciplina eclesiástica, e de novo absolutamente ninguém discorda disso, nem os seus defensores, nem seus inimigos. Não faz o menor sentido juntar os dois assuntos na mesma frase.

    2. São Paulo só pôde resistir em face a S. Pedro exatamente porque ele, Pedro, enquanto particular, estava agindo em contradição com o que ele, Pedro, enquanto Papa, determinara no Concílio de Jerusalém.

    3. Não, S. Paulo não admite o divórcio, e sim que um casal de pagãos se pudesse separar caso um dos dois se convertesse à Fé e o outro impusesse obstáculos à Fé. É o que está em 1Cor 7. Inclusive a frase correta é “se o pagão quer separar-se, que se separe”, e não o “querem separar-se” em uma terceira pessoa indeterminada que você colocou.

    O privilégio paulino é a dissolução do matrimônio natural entre não-católico quando uma das partes se converte à Fé. Não tem nada a ver com “divórcio”.

    Sobre o livro de Morris West e Robert Francis eu não posso falar, porque não o conheço (aliás, nem ouvira falar dele antes).

    Sim, é necessário abordar o tema com coragem mas, principalmente, com coerência e verdade. Outra maneira de tratar o assunto é indigna dos seres humanos aos quais ele diz respeito.

    Abraços,
    Jorge

  4. Torre Queimada,

    Na verdade eu passei os últimos dias entre doente (com alguma infecção braba da qual a amoxicilina não tava dando conta), com provas na Faculdade, problemas no trabalho etc. Não precisei “preparar” os argumentos deste texto, que são bastante óbvios e até velhos, sem nenhuma novidade. Apenas sentei pra escrever e urdi os arrazoados conforme ia escrevendo o texto.

    Se você tivesse passado os olhos pela Relazione Finale del Sinodo dei Vescovi ao invés de ficar esbravejando contra um inimigo sinodal fantasmagórico que só existe na mídia de má qualidade, veria que as suas queixas são completamente descabidas.

    Veria, por exemplo, que o texto condena as “contradições culturais” modernas, afirmando que os Padres sinodais estão conscientes “dei forti cambiamenti che il mutamento antropologico culturale in atto determina in tutti gli aspetti della vita” mas, mesmo assim, permanecem “fermamente persuasi che la famiglia sia dono di Dio, il luogo in cui Egli rivela la potenza della sua grazia salvifica”. E ainda: “[a]nche oggi il Signore chiama l’uomo e la donna al matrimonio, li accompagna nella loro vita familiare e si offre ad essi come dono ineffabile”. Matrimônio que tem entre suas propriedades “unità, apertura alla vita, fedeltà e indissolubilità”.

    Veria também que o texto disse que a “Chiesa rigetta con tutte le sue forze gli interventi coercitivi dello Stato a favore di contraccezione, sterilizzazione o addirittura aborto” — afirmando, por sua vez, “che i figli sono un meraviglioso dono di Dio, una gioia per i genitori e per la Chiesa”. Fala que é necessário criar uma cultura de “coraggio di trasmettere la vita”. E ainda, contrastando com a mentalidade antinatalista dos tempos modernos, afirma que “l’Enciclica Humanae Vitae (cf. 10-14) e l’Esortazione Apostolica Familiaris Consortio (cf. 14; 28-35) devono essere riscoperte al fine di ridestare la disponibilità a procreare in contrasto con una mentalità spesso ostile alla vita”.

    Veria, ainda, que ele repetiu, literalmente, as palavras daquelas Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais escrita pela Congregação da Doutrina da Fé quando ainda Ratzinger estava-lhe à frente, em 2003; palavras segundo as quais “non esiste fondamento alcuno per assimilare o stabilire analogie, neppure remote, tra le unioni omosessuali e il disegno di Dio sul matrimonio e la famiglia”.

    E veria outras coisas mais — por exemplo, que a sentença “[l]a presenza delle famiglie numerose nella Chiesa è una benedizione per la comunità cristiana e per la società, poiché l’apertura alla vita è esigenza intrinseca dell’amore coniugale” abre o parágrafo (62) que teve o segundo maior número de votos, 259, não contando com um único voto contrário! — às quais, infelizmente, as cinzas e a fuligem da sua atitude piromaníaca e destrutiva cegam-lhe os olhos.

    Abraços,
    Jorge

  5. Caro senhor Peralta,reveja seus conceitos para que não fique destilando tantas asneiras por aí.

    Procure estudar mais sua religião e doutrina e pare de ficar cometendo essas peraltices a torte e a direita.

  6. Jorge,

    Sobre o livro citado pelo Peralta, aqui vai um resumo:

    “KIRKUS REVIEW

    This unusual small book by Mr. Francis (an Anglican) and Mr. West (the Morris West, a Catholic) may be accurately described in two ways: first, as a competent and amusing manual for Catholics on how to go about obtaining a separation or an annulment from the Church. This section of the book is replete with case histories and instances of the legalistic absurdities of Canon Law; and it reads like a good-humored guide through the Byzantine intricacies of an Italian bureaucracy. And that is precisely the authors’ point: the Roman Curia, and particularly the Rota (or marriage court), is an Italian bureaucracy–even worse, a 16th-century Italian bureaucracy. All of which leads to the second part of the book, which is a plea for reform, for compassion within the Church, and for a re-thinking of Canon Law by virtue of which the needs of the person will take precedence over those of the institution. Along those lines, the authors (along with many respectable Catholic theologians) see no reason why the Church cannot allow divorce and remarriage in certain cases, or why marriage cases should be referred to an antique Curial machinery which seems designed to solve such cases by allowing one or both of the parties to die of old age before a verdict is rendered. Despite the authors’ ability to turn an amusing phrase, this is a serious book, and it will undoubtedly be received as such. Perhaps Mr. West’s fame will work a miracle where a theologian’s treatise can do little.”

    Vale lembrar que Morris West é mais conhecido por sua habilidade em escrever romances sobre futricas curiais, como “As sandálias do pescador”, “A eminência” e ” Os fantoches de Deus”.

  7. As orientações do Sínodo da Família sobre os “casais de segunda união” eram extremamente urgentes, uma vez que a Igreja nunca havia se pronunciado sobre o assunto, nunca disse que era pecado grave, nunca disse que tais pecadores não podem receber a comunhão…

  8. “Renato
    16/11/2015 at 16:38
    As orientações do Sínodo da Família sobre os “casais de segunda união” eram extremamente urgentes, uma vez que a Igreja nunca havia se pronunciado sobre o assunto, nunca disse que era pecado grave, nunca disse que tais pecadores não podem receber a comunhão…”

    Ah, não? E a Familiaris Consortio?

    Bom, que boa parte dos padres boicotaram a difusão e a aplicação da Familiaris Consortio, e outros tantos se acovardaram… isso parece evidente que ocorreu.

  9. O problema é que você, caro editor, é um amador, e não entende nada do que está acontecendo. O que se passou com o Sínodo contra a família, e agora com os seus documentos, é similar ao acontecido com o maldito Concílio Vaticano II – que, não tardará, será devidamente anulado, fique tranquilo quanto a isto – e os seus porcos documentos.

    Para os revolucionários de batina, ops!, de clegyrman, de antanho como de agora, não interessa o que está contido nos documentos, propriamente, nem muito menos o que diz a letra da lei de Deus. O que interessa é o que eles chamam de o “espírito da lei”, o “espírito dos tempos”, é isto o que valeu para o CVII e o que vale agora para o Sinédrio bergogliano. As intenções deles não precisam necessariamente estar respaldadas pela letra da lei, ou seja, pela doutrina. Basta que se ganhe a guerra de versões, a luta de idéias. É assim que eles entendem. Foi a isto que eles rebaixaram a teologia católica.

    Mas, como você não está entendendo lhufas, daí explica-se o seu disparate, a sua inconformidade, o seu escândalo para com a mídia católica. Esta sabe do que se trata; já você, amador que é, não. Este é o problema, sr. Cleaner, portanto, vai estudar e deixe de falar besteira, vai!

  10. FRANCISCO: EUCARISTIA PARA LUTERANOS?
    Confiram spb o título acima no site fratresinuum.com a recente visita dia 15 pp do papa Francisco a uma igreja luterana em Roma, se acaso não teria deixada aberta a possibilidade de comunhão para recasados!

  11. Xiiii,

    Agora quero ver como Mundator Jorge vai se requebrar para tornar ortodoxas as palavras do papa em sua visita aos hereges luteranos (=luciferinos)!! O desafio está lançado: defenda a ortodoxia das palavras do papa. Explique como:

    – ele diz que não entende sobre a eucaristia, que deixa isso para os teólogos;
    – por que ele não usou uma única vez o termo “eucaristia”, mas sempre o maldito “ceia do Senhor” dos hereges protestantes;
    – como os católicos e os hereges protestantes são a mesma coisa, já que tem um mesmo batismo (!!) e um mesmo Senhor(?!?!?!).

    Explica que eu quero ver, Mudator. O desafio está lançado!!
    É triste ver que a cegueira dos “conservadores” os leva a viver em uma realidade paralela, em um mundo de sonhos, no qual tuto está cor de rosa (ou arco-íris) para a Igreja. Com suas falsas palavras e lógica torpe, ajudam a afundar ainda mais a Igreja na lama do modernismo…

  12. Leonardo,

    Estou, sim, bastante familiarizado com a tática dos inimigos de Cristo para semear a confusão na grei de Deus mediante a distorção linguística. Apenas não acho que seja papel dos católicos fiéis facilitar-lhes o trabalho, comprando e divulgando a sua idéia — cuja efetividade depende justamente da amplitude da sua aceitação!

    O que aconteceu com o Concílio Vaticano II foi que um determinado relato tornou-se vencedor e, com isso, conferiu eficácia a uma praxis anti-católica que se encontra na vontade dos derrotados de 65 mais do que nos textos conciliares. Ora, a vitória dos derrotados só foi possível porque muita gente — não apenas os inimigos de Cristo, como também os Seus defensores — comprou a idéia do relato vencedor e o disseminou mundo afora, conferindo-lhe assim abrangência e validade.

    Concordo inteiramente com a sua análise — “[as concepções anticatólicas] não precisam necessariamente estar respaldadas pela letra da lei, ou seja, pela doutrina. Basta que se ganhe a guerra de versões, a luta de idéias” — e, exatamente por concordar com ela, rejeito peremptoriamente a versão dos derrotados de que (e.g.) o Sínodo admitiu os adúlteros à comunhão eucarística.

    Agora você sabe que as ofensas a Cristo e à Igreja crescem na propagação da versão anticatólica do Sínodo e, mesmo assim, abraça esta versão, sanciona-lhe com a própria aceitação, contribui para divulgá-la e reclama de quem a rejeita? E o amador sou eu? Que piada!

  13. Concordo parcialmente, Jorge.

    Achei seu último parágrafo ofensivo a grandes sacerdotes como Burke e Schneider. Eles, e muitos outros, não são amadores e não obstante têm mostrado, por escrito e para o grande público, um quadro muito diferente da pintura rósea lque temos visto aqui.

    É porque há outra questão em jogo: a Verdade.

    Você não diz mentiras. Mas você omite de seus leitores informações importantes, possivelmente por acha-las embaraçosas. Você, por exemplo, nada comenta sobre a montanha de evidências que mostram o Papa Francisco favorável à comunhão dos recasados e também nem deu um pio sobre as críticas que prelados de peso (Burke e Schneider, p.e.) fizeram ao recente sínodo.

    O blog é seu e você não é obrigado a falar sobre o que acha embaraçoso. Mas, nesse caso, você estará fazendo propaganda e não apologética.

    Eu respeito sua linha de defesa. Mas se você não pensar melhor sua estratégia, vai acabar acontecendo o mesmo que aconteceu quando você insistiu em defender o indefensável crucifixo comunista de Francisco: o ridículo seguido pelo descrédito.

  14. JB

    Em que o último parágrafo desse texto foi ofensivo contra Burke e Schneider?

    O Jorge apenas emitiu uma opinião – é verdade que ainda passível de confirmação – de que o Papa Francisco em nada contrariará o Magistério anterior. É perfeitamente lícito dizer isso e há menos de propaganda nisso do que na opinião contrária.

  15. JB,

    Não! Eu não considero a investigação a respeito da opinião do Papa embaraçosa. Considero-a irrelevante, irreverente e daninha às almas.

    Amanhã desenvolvo mais isso.

  16. Georgie Mundator,

    Você diz: “Considero-a irrelevante, irreverente e daninha às almas.” Eis finalmente a admissão ou profissão de fé de Cleaner. É aquele que varre para debaixo do tapete as verdades ou fatos incômodos.
    Sua atitude é a daquele que condena o menininho que denuncia, com a inocência de quem vê a verdade, A NUDEZ DO REI, e que silencia sobre essa mesma nudez, para não ser irreverente, acusando a criança de sê-lo. Ora, não é o menininho que é irreverente, mas o rei, que, ao apresentar-se nu diante de todos, crendo estar regiamente vestido, espera a admiração e os aplausos deste mundo. Aquele que condena o menino é um Cleaner e faz mal às almas dos que vêem a nudez do rei ao “convencê-los” de que eles estão tendo alucinações e que o rei está belamente vestido.
    Quanto a suas palavras sobre o Concílio VII, elas são de uma inocência aterrorizante (parto do princípio de que você não está de má fe). É sabido que, na primeira sessão do CVII, houve um GOLPE. Os esquemas conciliares que haviam sido preparados por cerca de 3 anos foram jogados no lixo na primeira sessão e fez-se, a partir daí, um novo concílio, que não era aquele que havia sido preparado e querido pela Igreja.
    Enfim, lancei o desafio: “defenda a ortodoxia das palavras do papa”. E faço minhas as palavras de JB: “você estará fazendo propaganda e não apologética”. O blog é seu, a nudez é sua, mas eu, como o menininho, não vou deixar de gritar: está nu!

  17. Lampedusa,

    Que o Jorge prefira não criticar Francisco eu até entendo, mas agora criticar quem critica é confundir o papa com um aiatolá.

    Pelo argumento do Jorge…

    …D. Athanasius Scheneider não deveria ter publicado o artigo abaixo.

    http://fratresinunum.com/2015/11/06/o-brado-de-dom-athanasius-schneider-sobre-o-sinodo-non-possumus/

    …o Cardeal Burke não deveria ter dado a entrevista abaixo.

    https://www.lifesitenews.com/news/synods-final-report-misleading-lacks-clarity-on-indissolubility-of-marriage

    …o Pe. Raymond Souza não deveria ter publicado o artigo abaixo.

    http://www.catholicherald.co.uk/issues/november-13th-2015-2/what-will-the-pope-say-his-friends-tell-us/

    …e o Pe. Linus Clovis não deveria ter gravado esse vídeo abaixo.

    https://www.youtube.com/watch?v=jy2hWggjtrg

    O mundo inteiro sabe que o Papa Francisco é a favor da comunhão para os recasados e que o Sínodo de 2015 deixou-lhe a porta aberta. Mas neste blog não se fala disso por ser “irrelevante, irreverente e daninho às almas”.

    Tudo bem. O blog é dele.

    Só não vale dizer que o Catholic Herald, o Life Site News, o National Catholic Register e outros tantos estão errados e certa está sua visão cor-de-rosa do pontificado de Francisco.

  18. Torre Queimada, os conservadores são os maiores responsáveis peoa aumento da crise na Igreja.

    Esses conservadores conseguiram convencer uma boa parte dos católicos com essa historinha de que o Vaticano II está de acordo com o que a Madre Igreja sempre ensinou.

    Quero ver por quanto tempo o teólogo recifense vai manter essa farsa.

  19. QUI TACEAT, CONSENTITUR!
    Os cardeais esquerdistas do Vaticano e alguns expoentes paralelos da vermelha TL todos estavam nas catacumbas, e depois da saída do papa Bento XVI, ressuscitaram e NÃO ESTÃO SENDO CONFRONTADOS!
    Chamar o Cardel Kasper de teólogo, pode?
    Não seria ele da Regua e Compasso?
    Dessa forma são também o Boff, Pe Gutiérrez, Pe Beozzo, toda a TL aliada do PT e da CNBB, a qual é carrinho de rodas do PT…
    Se o papa Francisco fosse do estilo pastoral do magistral Bento XVI, olhe o que disse em Erfurt
    Comunismo, nazismo, fascismo –> chuvas ácidas.
    Nazismo, fascismo –> pestes negras.
    Comunismo –> peste vermelha.
    “Um governo sem principio ético-moral não passa de uma quadrilha de malfeitores”!
    Para o magnífico Bento XVI, boto a mão no fogo por ele!

  20. Ahhh tá! Deixe-me ver se eu entendi.

    Um belo dia, um grupo delinqüente enfronhado furtivamente no seio da Igreja, subitamente, como quem não quer nada, aproveita-se de uma oportunidade (urdida sabe-se lá onde) para lançar contra a mesma uma das trapaças mais descaradas já vista. Esta, por acaso, ocorre ser muitíssimo bem sucedida. Aí, eu, esperto que só eu, ao invés de denunciar toda a tramóia, ajo diferente, não digo nada, finjo que absolutamente nada de errado, de escandaloso aconteceu (claro, aqui entre nós, para não dar publicidade do negócio mafioso, né?). Ao contrário, numa demonstração espetacular de sagacidade, decido lutar contra os tais trambiqueiros no campo deles, no espaço do inimigo (quanta esperteza, não?). Pois a estratégia que utilizaram para lograr vitória foi a elaboração desassombrada – porquanto sabiam contar com o apóio, se não ostensivo, ao menos velado, da alta hierarquia da Igreja – de uns quantos documentos vagos, imprecisos, tortuosos, propositalmente ambíguos, para deixar em aberto a possibilidade de distorcê-los a favor dos seus interesses escusos e inconfessáveis. Ou, nem tão inconfessáveis assim. Pois quando se acharam seguros do sucesso do seu empreendimento criminoso (do qual davam como líquido e certo, não só pela retaguarda que tinham da cúpula, mas pelo domínio incontrastável que detinham sobre os postos-chave das comissões responsáveis pela produção dos documentos), já não escondiam de ninguém, contavam até com satisfação e orgulho, qual foi o ardil que aplicaram diabolicamente (ver http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/5681/49/). Mas, eu, do alto da minha genialidade, peguei aqueles documentos espúrios, conspurcados, comprometidos pela língua dupla da serpente, e apressei-me em purificá-los de toda a malícia e impureza ali contida, através da mais pura e excelsa hermenêutica existente, para que todos pudessem ver e se encantar, saindo de dentro de todo aquele estrume infernal, uma linda e admirável pérola da doutrina católica. No entanto, para minha inabarcável decepção e acabrunhante infelicidade, a natureza foi cruel comigo… Não há como vencer uma luta em que meus adversários tenham criado as regras do jogo astutamente para favorecê-los, de tal modo que estas regras sejam elas mesmas responsáveis por delimitar o espaço onde essa luta é travada, para que, ao manter seus oponentes numa permanente armadilha, possam sair dali sempre vitoriosos. Oh! Que desilusão!… Não é por outro motivo que os meus opositores não só alcançaram um êxito retumbante, acachapante mesmo em seus intentos malignos, realizando tudo o que queriam e que, de fato, anunciaram que fariam, como repetiram a dose anos depois me engabelando novamente de forma desconcertante. Pobre de mim… Ô Céus, o que fazer?

    É isso mesmo, caro Cleaner? Desta feita eu entendi corretamente?

    Pois é… Só que vendo agora, em retrospectiva, acho que fui muito condescendente com você. Amador é elogio a sua pessoa. Você é, na verdade, uma besta-quadrada, uma confusão dentro de um indivíduo. Um caso raro de dislexia misturada com uma teimosia orgulhosa diabólica que nenhuma medicina do mundo pode dar conta. Rezemos por um milagre para o nosso caro Cleaner Ferraz.

  21. Sr. Leonardo, o senhor não entendeu nada. “Lutar no campo inimigo” é PRECISAMENTE conceder que o Concílio ou o Papa estejam do lado dos inimigos de Cristo. É mais forte até: é perder a batalha já de saída, porque ninguém pode nada contra a Igreja de Cristo e o Seu Vigário. Se você não aprendeu isso ainda, falta muito pro amadorismo… :)

    Pare, por cinco minutos, de esbravejar no teclado e pense na seguinte pergunta: no discurso público, qual a corrente hermenêutica que imediatamente se opõe à dos que acusam o Vaticano II de herético? Acaso é a da “hermenêutica da continuidade”? Ou é a do modernismo?

    Responder a esta pergunta talvez lhe faça perceber para os braços de quem essa sua verborragia empurra os que não querem ficar contra o Papa.

  22. “Pare, por cinco minutos, de esbravejar no teclado e pense na seguinte pergunta: no discurso público, qual a corrente hermenêutica que imediatamente se opõe à dos que acusam o Vaticano II de herético? Acaso é a da “hermenêutica da continuidade”? Ou é a do modernismo?”

    Depois de ler isso, acho que o que o Jorge Ferraz faz para defender a igreja conciliar do vaticano II não é apenas ingenuidade de um católico querendo mantar a fé…é de uma pessoa mal-intencionada.

  23. Acredito que este comentário chegou com um pouco de atraso, em todo caso, segue assim mesmo.

    Ocorreu-me a pouco, em razão da sua imensa, inacreditável dificuldade de compreender as coisas mais comezinhas, fazer o seguinte acréscimo ao meu comentário anterior, a fim de evitar ainda mais confusão, se é que isto é possível quando se trata do nobre editor.

    Quando digo que os revolucionários dentro da Igreja buscam, em oposição ao que diz a letra da lei de Deus e a sã doutrina, uma “guerra de versões” ou uma “luta de idéias”, devo dizer também que eles assim procedem não sem antes preparar o terreno para que possam empreender esta estratégia. E esta preparação se dá, exatamente, através dos tais documentos, com disse antes, vagos, imprecisos, tortuosos, propositalmente ambíguos, que eles elaboram para aplicar o embuste. Tontos, ingênuos, incautos são aqueles que não só aceitam e legitimam tais documentos, bem como a trapaça que eles carregam, mas, numa atitude que só o embotamento mental em grau extremo pode explicar, ainda se propõem a esconder, ou fingir que não viu, todo o ardil obscenamente exibido pela máfia de clegyrman. Como explicar uma insanidade destas dentro dos limites da razão? Só que é exatamente isto o que o sr. Cleaner Ferraz, todo cheio de empáfia, recomenda que todos façamos. Como respeitá-lo como um opinador público, ou, pior ainda, como apologeta católico, quando demonstra tamanha inconsciência?

  24. Só mais uma coisinha, porque parece que o sr. esta no jardim da infância no que diz respeito à história da Igreja.

    Para seu conhecimento sr. Ferraz, diversos Sínodos e Concílios da Igreja, legitimamente convocados, foram anulados ao longo da história. Oh! Que horror! O sr. não deve saber disto, não é? Do contrário não diria a bobagem que disse aqui.

    Agora, imagine que desabono para um determinado papa, ter de vir um sucessor seu e anular um Concílio ou Sínodo que ele chefiou e promulgou, sem talvez ter visto nada de errado numa constelação de erros como é o caso malfadado Concílio Vaticano II.

    Como dica para aguçar sua curiosidade, deixo abaixo um link que traz alguns exemplos de anulações de Sínodos e Concílios, com certeza, menos nocivos do que o (Oh! Não fique chocado) maldito CVII.

    http://speminaliumnunquam.blogspot.com.br/2015/02/concilios-anulados-da-igreja.html

  25. Leonardo,

    Há algum exemplo, na História da Igreja, de Concílio cujos documentos tenham recebido a anuência ou aprovação papal e depois tenham sido condenados ou anulados?

  26. “Estamos aqui”,

    Não é de hoje que as “comissões” da CNBB usurpam a autoridade dos bispos para papagaiar os maiores despautérios, como uma visita ao baú do Deus lo Vult! pode mostrar…

    Não dê atenção aos lobos disfarçados de pastores. Ninguém precisa defender a bandida da presidente da República para condenar o bandido do presidente da Câmara.

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