Programa ao vivo na internet: aborto e “redução de danos”. Participe!

Debates públicos sobre o aborto praticamente não existem, porque os abortistas não gostam muito de debater. A razão é simples: a idéia de que alguém possa defender o assassinato frio e covarde de uma criança indefesa no ventre da própria mãe é tão repulsiva à maior parte das pessoas normais (aquelas que dão mais valor ao seu bom senso do que à última ideologia da moda) que não é muito estrategicamente esperto ficar alardeando em público essas coisas. Por isso, quando alguém fala em “debate sobre o aborto”, geralmente acontece uma de duas coisas:

1. ou se encena um jogo de cartas marcadas grosseiro onde todas as pessoas que terão uso da palavra minimamente significativo são escolhidas a dedo para estarem alinhadas com a ideologia pró-aborto;

2. ou, quando o show não funciona por conta da presença – por mínima que seja – de vozes que se levantem em defesa da vida e exponham sem rodeios o horror do aborto, os abortistas levantam-se reclamando de que “não dá” para debater sobre o aborto do Brasil por conta da “mentalidade” retrógrada do brasileiro, porque o assunto é “tabu”, por conta da “influência religiosa” que ameaça o “Estado Laico”, ou qualquer outra bobagem que inventem na hora como desculpa para a sua debandada.

Haverá uma oportunidade desta regra se confirmar pela milionésima vez. Amanhã (sexta-feira), às 11h00 da manhã, o site da Fiocruz está anunciando que o programa “Sala de Convidados” – programa “ao vivo e interativo” – irá abordar o tema “aborto e redução de danos” (que já foi comentado aqui). Foi o pe. Mateus Maria quem deu a informação e convidou os internautas a participarem deste evento [mais informações aqui]. Eu faço coro às palavras do reverendíssimo sacerdote: participem deste evento!

Está agendado para acontecer das 11h00 às 12h00. Pelo que entendi, será exibido pelo Canal Fiocruz, que é possível assistir pela internet aqui. Do lado direito do vídeo fica o “Chat Canal Saúde”, através do qual é possível participar do programa. Participem. Mas o façam com serenidade e firmeza, sem dar margem para que os inimigos da vida ganhem pela forma o que não podem ganhar pelo conteúdo. É importante fazermo-nos presentes, porque é importante impedir o solilóquio abortista de ser apresentado como se fosse ampla discussão popular sobre o assunto.

Deus lo Vult! Ano II

Há um ano atrás se iniciava este espaço virtual. Dia 26 de maio de 2008, o Deus lo Vult! levantava âncoras. Começava eu meio trôpego, em parte animado com alguns outros amigos católicos que conseguiam manter na blogosfera um importante trabalho de evangelização, em parte receoso com a minha dificuldade de manter constância em blogs, já muito bem conhecida por mim. No entanto, olhando hoje para trás, só tenho a agradecer a Deus por ter me dado a coragem de começar.

Temos hoje aqui 750 postagens no arquivo e quase 10.000 comentários. Peço a Deus todos os dias que este espaço possa ser de serventia aos católicos que amam a Sua Igreja e – por que não? – aos não-católicos que sempre por aqui aparecem. Por muitas outras vezes comecei e naufraguei, mas graças a Deus hoje o Deus lo Vult! entra no seu Ano II e continua navegando. Permita-o Deus, sempre com o estandarte de Cristo desfraldado. Permita-o Deus, sem nunca temer abismos nem procelas. Permita-o Deus, sem nunca preferir a calmaria dos portos aos desafios do mar aberto.

Escrevia há um ano: “[o] chamado ao combate, aceito ou não, continuará a ressoar em nossos ouvidos, a cada dia de nossas vidas: aux armes! E é melhor que ele nos sirva de ânimo em meio à batalha, do que remorso doloroso da consciência, em meio à pseudo-paz da fuga ao dever”. E subscrevo-me, hoje, repetindo a exata mesma coisa, atestada na pele por meio da experiência do ano que passou: é muito melhor que o chamado ao combate – o chamado que o Senhor dos Exércitos dirige diuturnamente aos Seus soldados, membros da Igreja Militante – sirva de estímulo em meio à batalha, de forças para continuar, do que de lamentos e arrependimentos por não termos feito o que poderíamos fazer. Não permita Deus jamais que nos esqueçamos deste nosso dever, que nos façamos de surdos aos Seus chamados!

À Virgem Santíssima, Maria Porta do Céu – Janua Coeli -, de quem ouso chamar-me escravo, que tantas e tantas vezes me ajudou, repito o oferecimento: que tudo o que faço possa ser por Ti, Contigo, em Ti e para Ti, o Virgo Gloriosa super omnia benedicta. Que este espaço virtual a Ti consagrado possa servir ao Deus Altíssimo. Que Vós, Mãe Admirável, possais tomar sob o Vosso maternal cuidado a mim e a tantos quantos visitam estas páginas da internet. Lembrai-Vos de falar bem de nós – ainda que não mereçamos – na presença do Deus Onipotente.

E a todos quantos visitam este blog, alguns amigos reais que sempre por aqui aparecem e, outros, amigos virtuais que aqui conheci, aos anônimos que lêem sem comentar, os meus mais sinceros agradecimentos. Nada disso poderia ser feito se não fosse por vocês. Que Maria Santíssima os possa manter firmes na Fé Católica, ou a Ela conduzir caso se encontrem distantes da Casa do Pai.

Continuemos alerta, às brechas das muralhas, vigilantes. Porque, mesmo após um ano, continuamos tendo muito por fazer.

Viva Jesus Cristo! Viva a Sua Cruz!

Salve a Santíssima Virgem, Mãe de Deus e nossa também!

Viva a Igreja de Jesus Cristo, Católica e Apostólica!

Longa vida ao Papa, Doce Cristo na Terra!

Levantar âncoras!

Mais uma vez… Sempre começo, sempre interrompo. Aux armes!, todavia, o Senhor dos Exércitos me chama.

Chama a cada um de nós, posto que nós, membros da Igreja Militante, soldados de Cristo, temos a obrigação de colocarmos os dons com os quais a Providência nos agracia a serviço de Cristo e de Sua Esposa Santíssima, a Igreja Católica.

Aux armes!, ouço o brado. Mas minha natureza decaída, fraca e miserável, oferece resistência, e prefere a lassidão acomodada ao desconforto do combate. Prefere não ter obrigações. Fugir das responsabilidades. Deixar as coisas “se resolverem” sozinhas…

Mas as coisas não se resolvem sozinhas. O chamado ao combate, aceito ou não, continuará a ressoar em nossos ouvidos, a cada dia de nossas vidas: aux armes! E é melhor que ele nos sirva de ânimo em meio à batalha, do que remorso doloroso da consciência, em meio à pseudo-paz da fuga ao dever.

Levantemo-nos, pois, e lutemos. Desfraldando o estandarte de Cristo, Rei do Universo, a fim de que seja visto por todos. Somos cristãos. Somos católicos. Temos muito por fazer.

Domine, adsum!

E que triunfe o Imaculado Coração da Virgem, Porta do Céu – Janua Coeli -, a quem é dedicada esta arena virtual.