Muita coisa para pouco tempo…

Primeiro casamento gay do Malauí termina com prisão dos noivos. “Um casal homossexual do Malauí foi preso na segunda-feira acusado de ‘ultraje’, depois de ter se casado na primeira cerimônia de matrimônio gay do país”. A notícia está muito incompleta, pois não explica exatamente o que veio a ser a tal “cerimônia de matrimônio gay”. Não posso deixar de comentar, no entanto, que “ultraje” é um tipo penal curioso; gostaria de saber melhor do que se trata.

–  Campinas terá 1ª escola do Brasil voltada para público gay. Piada, se não fosse trágico. A escola terá “um curso para formação de drag queens”, e receberá alunos “com idade entre 12 a 18 anos”. Enquanto isso, as pessoas permanecem inertes, porque a patrulha da Gaystapo faz com que seja “homofobia” protestar contra esta imoralidade. Detalhe: tal escola “surgiu a partir de um convênio entre a ONG E-Jovem, o governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura”. É o dinheiro público sendo aplicado na promoção da sodomia. Lamentável.

Califórnia destina US$ 200 milhões para pesquisa aplicada com célula-tronco. No mesmo saco, como se fossem uma só e a mesma coisa, estão “células-tronco pluripotentes induzidas” e “células-tronco embrionárias humanas”. Gostaria de saber como anda a aplicação destes recursos dentre as diversas linhas de pesquisa, bem como os resultados obtidos

Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz. “Se o magistério da Igreja exprime perplexidades acerca de uma concepção do ambiente inspirada no ecocentrismo e no biocentrismo, fá-lo porque tal concepção elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos. Deste modo, chega-se realmente a eliminar a identidade e a função superior do homem, favorecendo uma visão igualitarista da «dignidade» de todos os seres vivos. Assim se dá entrada a um novo panteísmo com acentos neopagãos que fazem derivar apenas da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, a salvação para o homem”.

Os clones da Dra. Zatz

Loucuras da dra. Zatz: estamos mais próximos de produzir um clone humano? O “raciocínio” da geneticista: é mais fácil [do ponto de vista técnico] clonar um ser humano por meio das iPS do que por clonagem terapêutica. Os religiosos foram contra a clonagem terapêutica e aplaudiram as iPS. Então, os religiosos são culpados por se terem aberto as portas à clonagem humana que eles próprios condenam (!).

Resta “somente” lembrar à Mayana que “clonagem terapêutica” é já clonagem e, portanto, condenável ab initio. A petição de princípio é gritante: para a Mayana Zatz, um “clone” é somente um ser adulto. A ovelha Dolly só passou a ser um clone… quando nasceu! Se a gente pegasse um óvulo humano e inserisse nele material genético adulto, “transformando-o” num embrião – “clonagem terapêutica” -, isso não seria clonagem, na cabeça da cientista. Mas, graças a Deus, a realidade não é plasmada pelo raciocínio da Dra. Zatz.

Se a clonagem terapêutica é já clonagem, o mesmo não acontece com as células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) – e esta “sutil” distinção parece escapar completamente à Mayana Zatz. A técnica permite, sim, que as células adultas sejam reduzidas ao estado de embrião – e isto seria clonagem, moralmente inaceitável -, mas permite igualmente que elas não o sejam. Com as iPS, não é necessário (é possível, mas não necessário) produzir embriões para fins terapêuticos, ao contrário da assim chamada clonagem terapêutica. Portanto, é óbvio que não há problemas morais intrínsecos com esta técnica.

Se isso tornou mais fácil produzir clones adultos, tal temor só se justifica por causa da mesma falta de ética que nós denunciamos o tempo inteiro, e que está presente na sanha por clonagem terapêutica e por pesquisas com embriões humanos. E vem a dra. Zatz falar de ética… oras, o que ela sabe sobre o assunto? É a Igreja que é Mestra em Moral, e não a dra. Zatz. Louvável (sem dúvidas) a preocupação da geneticista, mas completamente inócua, porque se assenta sobre a areia. Há pessoas sem ética que poderiam usar iPS para clonar humanos? Há, sem dúvidas. Mas há igualmente pessoas sem ética que destroem embriões humanos em laboratório. E estas últimas não são muito melhores do que as primeiras.

“Célula embrionária é para fazer bebê”

Milagres acontecem: o Jornal do Commercio publicou uma excelente reportagem sobre um neurocirurgião português, falando sobre células-tronco. Excerto:

Para ele [o neurocirurgião português Carlos Lima, do Hospital de Egas Moniz, em Lisboa], não se investe mais em células-tronco adultas porque não se pode patenteá-las. “Grupos econômicos fazem toda essa publicidade em torno de células embrionárias, que na minha opinião nunca vão funcionar. A natureza não faz células embrionárias para reparar o corpo, mas para fazer bebês.

O especialista explica que existem células com a potencialidade das embrionárias, como as do nariz, que não só fazem neurônio, mas fazem fígado, sangue ou pâncreas. “Querem continuar a gastar tempo, dinheiro e energia, causando sofrimento ao paciente, por uma única razão: célula da mucosa olfativa não tem patente. Do ponto de vista financeiro, não traz benefício”, disse o neurocirurgião.

Enquanto isso, o Brasil continua na contramão do progresso científico! Às custas de vidas humanas; e sob os rótulos odiosos atribuídos à Igreja…

Obama: financiamento para pesquisas com CTEHs

Em linhas rápidas: Obama liberou na segunda-feira o uso de dinheiro público em pesquisas com células-tronco. Embrionárias, óbvio. Contrariando a política pró-vida de George W. Bush; acabando com a proteção à vida humana que o presidente anterior tinha erguido a duras penas.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta segunda-feira um decreto suspendendo o veto de seu antecessor, o republicano George W. Bush, ao uso de dinheiro público em pesquisas com células-tronco. Obama prometeu uma “nova fronteira” para a ciência, livre de interferências políticas.

Em agosto de 2001, Bush assinou um decreto que proibia o uso de fundos federais em estudos com células embrionárias.

Deus tenha misericórdia dos Estados Unidos.

Tratamento “pioneiro” com CT’s fetais gera tumores

Lembram-se daquele caso da garota que foi à China fazer um tratamento com células-tronco obtidas a partir de fetos abortados? Não sei se é a mesma técnica, mas G1 publicou hoje uma triste notícia de um garoto que “recebeu o tratamento pioneiro em 2001, em um hospital em Moscou”: ele desenvolveu tumores.

A manchete fala apenas em “menino tratado com células-tronco”, o que é uma meia-verdade que, no atual contexto do debate sobre o assunto, transforma-se em uma grande mentira. Não foi meramente um tratamento “com células-tronco”, e sim um tratamento com células-tronco fetais. Não sei – como disse – se é o mesmo tipo de tratamento ao qual se submeteu a brasileira na China, mas é sem dúvidas algo de muito similar. A notícia original da BBC repete o óbvio: todo mundo concorda que as células-tronco embrionárias geram tumores e, aparentemente, as células-tronco fetais têm o mesmo problema.

Quantas tragédias o homem ainda vai produzir na sua busca desenfreada por panacéias universais obtidas às custas de vidas humanas julgadas descartáveis? Que o Altíssimo se compadeça de nós, e o Espírito Santo – Spiritus Sapientiae – possa sempre iluminar os homens da ciência.

Aborto e CTEHs, no Brasil e no mundo

– No Brasil: o número de abortos “com amparo legal” cresceu 43%. Vale salientar que não existe aborto com amparo legal, como (entre outras pessoas) o padre Lodi já mostrou muito bem. O que existe é o assassinato ilegal e imoral de crianças sendo praticado graças aos impostos pagos pelos cidadãos de bem e à sanha assassina do Ministro da Saúde et caterva. Rezemos pelo Brasil, a fim de que Deus tenha misericórdia e o sangue de inocentes derramado nesta Terra de Santa Cruz não atraia a justa ira do Todo-Poderoso.

– No mundo: Estados Unidos aprovam testes de CTEHs em humanos. A FDA autorizou que uma empresa na Califórnia fizesse testes (que devem começar “ainda no verão deste ano”) com dez pacientes, dos quais oito estão completamente paralisados. É estranho, porque há bem pouco tempo – em outubro do ano passado – a agência reguladora norte-americana havia recusado estes testes clínicos

A sra. Lygia Pereira, que encabeça o assassínio de embriões humanos tupiniquim, havia dito em setembro último: “agora já acho que no ano que vem teremos o primeiro teste clínico com células-tronco embrionárias no mundo”. Infelizmente, parece que a pesquisadora vai acertar no seu palpite. Que Deus tenha piedade dos Estados Unidos.

– Não sei se todos já leram o padre Lodi: cadeia para as mulheres que fazem aborto? Vale muito a pena, e é crucial que entendamos muito bem o jogo dos abortistas, nestes tempos em que a vida humana é tão atacada e o Governo Brasileiro está tão diligentemente empenhado na implantação, per fas et per nefas, a ferro e a fogo, do assassinato de crianças no Brasil. Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida livre esta Terra de Santa Cruz da maldição do aborto.

União Européia nega patente para pesquisa com CTEHs

[Tradução bem livre]

União Européia rejeita patente que “envolve necessariamente a utilização e destruição de embriões humanos”

1º de Dezembro de 2008 (LifeSiteNews.com) – O Escritório de patentes da União Européia decidiu que, nos termos da Convenção Européia de Patentes (European Patente Convention – EPC), ele não pode oferecer uma patente para o então chamado “Projeto de Células-Tronco de WARF/Thomson”, argumentando que ele envolve a destruição de embriões humanos. O projeto é sobre um método para a obtenção de culturas de células-tronco embrionárias de primatas, incluindo humanos, e foi apresentado pela “Wisconsin Alumni Research Foundation” (WARF) em 1995.

O comitê de financiamentos do Escritório de Patentes decidiu que não é possível conceder uma patente para uma invenção que envolve necessariamente a utilização e destruição de embriões humanos. O EPC não permite que sejam patenteadas invenções cuja exploração comercial seja contrária à ordem ou à moralidade públicas.

Wesley Smith, um advogado americano e escritor [especializado] em questões bioéticas, disse que a decisão é extraordinária pois é a primeira vez em que há uma indicação da União Européia de que o estatuto moral do embrião humano está em causa.

Embora uma decisão do Departamento de Patentes não proíba o uso de embriões em pesquisas, Smith escreve que isto vai “desencorajar os que poderiam usar embriões comercialmente”.

“Em todo caso”, Smith escreveu, “não vamos mais ouvir sobre zelotas religiosos impondo suas vontades aos racionais modernos. A Europa possui uma cultura tão secular quanto se pode encontrar no mundo”.

Curtas sobre o aborto (começando a semana…)

Muita coisa!

– O pai de uma garota que teve anencefalia está fazendo um excelente trabalho de divulgação na internet da sua experiência de vida. Vejam n’O Possível e O Extraordinário. Marcelo Pires é o nome deste pai; Giovanna, o nome desta filha. Ela, com a vida que viveu e, ele, com o testemunho dado – por atos e por palavras – do que é ser um pai, lutam juntos para garantir a todas as crianças (também às deficientes) o direito de nascer. Confiram o site abaixo: uma excelente iniciativa de se montar um portal em língua portuguesa para esclarecer as pessoas sobre anencefalia:

http://www.anencefalia.com.br/

– Ainda sobre anencefalia: Marcela era anencéfala. O padre Lodi disponibiliza os laudos de médicos que atestam a existência da má-formação. Tem também um álbum com algumas fotos da pequena guerreira.

– O abortista que foi eleito presidente da maior potência do mundo já prenuncia como será o seu governo: assessor diz que Obama deve reverter ações de Bush. Entre estas ações a serem revertidas, estão (claro!) o “decreto que limita o financiamento de pesquisas científicas usando células-tronco de fetos humanos” e “leis que regulamentam o aborto”. Tenha Deus misericórdia dos Estados Unidos.

Governo promove abortismo no ENADE. É inacreditável encontrar uma cretinice deste tamanho nas provas do Governo de avaliação do Ensino Superior! A questão aplicada aos alunos de História diz o seguinte:

As melhores leis a favor das mulheres de cada país-membro da União Européia estão sendo reunidas por especialistas. O objetivo é compor uma legislação continental capaz de contemplar temas que vão da contracepção à eqüidade salarial, da prostituição à aposentadoria. Contudo, uma legislação que assegure a inclusão das cidadãs deve contemplar outros temas, além dos citados.

São dois os temas mais específicos para essa legislação:
(A) aborto e violência doméstica
(B) cotas raciais e assédio moral
(C) educação moral e trabalho
(D) estupro e imigração clandestina
(E) liberdade de expressão e divórcio

A resposta correta é a letra (a). Ou seja, para o Governo, uma instituição de Ensino Superior é boa se ela ensina aos alunos que o aborto deve estar contemplado em “uma legislação que assegure a inclusão das cidadãs”! Isto é vergonhoso e preocupante. Denunciemos, antes que seja tarde demais.

Células-tronco de gordura

Todos os dias surgem na mídia nacional notícias referentes ao estado das pesquisas com células-tronco no Brasil, quer adultas, quer embrionárias. As primeiras, trazem sempre resultados terapêuticos ou, quando menos, perspectivas alcançáveis e bem definidas; as segundas, trazem sempre apenas promessas e utopias.

Segundo notícia de hoje da Folha de São Paulo, será realizado um estudo de uma terapia com células-tronco adultas, obtidas de tecido adiposo, com pacientes humanos, por dois institutos (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em parceria com o Instituto Ludwig) em São Paulo. Conforme explica a matéria,

[o] estudo envolverá 200 pacientes entre 40 e 75 anos que necessitam passar por uma cirurgia de revascularização do músculo cardíaco (ponte de safena), em razão de lesões nas coronárias e de um enfraquecimento do músculo do coração.

Metade do grupo fará apenas a cirurgia tradicional e a outra metade receberá uma injeção de célula-tronco no músculo cardíaco. Por meio de uma cânula semelhante à usada na lipoaspiração, é feita a punção de 100 ml de gordura da barriga do paciente (…).

[…]

“A intenção é que essa célula-tronco se transforme em vasos sangüíneos e, principalmente, em células cardíacas, o que aumentaria a força do batimento na parede [do coração] que estava parada”, diz o cardiologista Marcelo Sampaio, responsável pelo Laboratório de Biologia Molecular do Dante.

Enquanto os resultados obtidos no mundo inteiro com as células-tronco adultas são mais do que evidentes – “[a] previsão é de que, em seis meses, sejam obtidos os primeiros resultados do estudo”, diz a citada reportagem da FOLHA -, é de se lamentar que uma parte dos 30 milhões reservados para o financiamento dessas pesquisas no Brasil venha a ser desperdiçado na destruição de embriões humanos; e o mais aterrador é não conseguir mensurar quantas vidas ainda serão ceifadas, quanto dinheiro ainda será gasto, quanto tempo ainda terão que esperar os doentes, por causa da teimosia de Mayanas e Lygias.

Mais células-tronco embrionárias

Notícia trazida pela FOLHA DE SÃO PAULO de hoje: “UFRJ usa célula de embrião para curar cobaia paralítica”. A notícia chama o sucesso de “feito inédito no país” – o que é verdade. No entanto, nada foi dito sobre o fato de que cientistas americanos já fizeram isso antes (desde 2006 ou talvez até desde 2003) e, até agora, as células-tronco embrionárias são um tremendo fracasso terapêutico. Ou seja: nada de novo sob o sol.

O Jornal da Ciência traz a notícia (ou melhor, a nota) da FOLHA que complementa a anterior: “Nos EUA, teste deve começar dentro de poucos meses”. Mesmo? Que maravilha de rigor jornalístico! “[U]ma empresa” (qual?) fez o pedido, e os testes “deve[m] começar” em poucos meses. Sem fonte, sem nada… sei não, estou com a forte impressão de que isso é somente a cenoura amarrada na frente do burro…

Enquanto isso, cientistas europeus dizem que células-tronco retiradas dos testículos podem ser são tão boas quanto as embrionárias. O mundo inteiro preocupado com as questões éticas relativas ao extermínio sistemático de seres humanos em estado embrionário, com as (mais que conhecidas) limitações terapêuticas das células-tronco embrionárias… e o Brasil comemorando por se enveredar em caminhos que outros já trilharam e não levaram a lugar nenhum!

Também enquanto isso, o menino João Victor, de 9 anos, está esperando o remédio cuja promessa a Tia Zatz fez. Será que a doutora da USP já se esqueceu? Eu, não esqueci.