Mais curtas, fechando à tarde

Muita coisa para comentar, pouco tempo para fazer…

Enfatizando: hoje é dia de luto. Há exatamente um ano eram assassinados os gêmeos de Alagoinha. E pouca coisa mudou desde então. Recentemente, foi tornada pública uma declaração sobre a presidência da Pontifícia Academia para a Vida (leia-se Dom Rino Fisichella), subscrita por membros da própria Academia. Nesta declaração, pode-se ler: “Longe de criar a unidade e a genuína harmonia na Academia, o discurso do Arcebispo Fisichella em 11 de fevereiro teve por efeito confirmar nas mentes de muitos Acadêmicos a impressão de que nós estamos sendo conduzidos por um clérigo que não compreende o que envolve o respeito absoluto pela vida humana”.

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– Dom Aloísio Oppermann na CNBB: a criatura contra o seu Criador. São apenas dois parágrafos, leiam. “O que me causa espécie, é constatar que, apesar das evidências, malgrado as palavras claras do governo, em que pese a audácia dos dirigentes políticos, a maioria das pessoas (adormecidas pela propaganda?), acham o malfadado programa [PNDH-3], um progresso. Aí incluo clérigos ingênuos, alguns formadores de opinião, vários líderes de outras denominações cristãs”.

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– Enquanto isso, no Zero Hora, desgraçadamente em sentido contrário, Dom Friedrich Heimler também escreve os seus dois parágrafos. Menores que o de Dom Oppermann, e muito piores. “A CNBB realmente não é a Igreja Católica, mas a Conferência Nacional do Bispos do Brasil representa e fala pela Igreja Católica no Brasil. […] A CF-2010, preparada pela terceira vez em nível ecumênico, é uma campanha com os pés no chão, para até o povo entender”. Sou obrigado a concordar: pés no chão, mãos no chão, olhos no chão, coração no chão, tudo no chão. E nada no Céu, nada no Alto. E, exatamente por isso, estéril.

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– Sobre a mesma campanha: Carta à Congregação para a Doutrina da Fé, pelo Percival Puggina. “É preciso atentar para a gravidade da situação. A totalidade da opinião pública e da imprensa brasileira confunde a CNBB com ‘a’ Igreja. Quando alguém se manifesta nessa organização, seja o presidente, seja um assessor, as manchetes falam em manifestação ‘da’ Igreja. A Campanha da Fraternidade é ‘da’ Igreja. Seus temas e seus lemas também são vistos assim. Jamais, alguém da estrutura da organização faz a necessária distinção e esclarecimento, estimulando uma fusão e uma confusão que, ao que se infere, bem lhes convém”.

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Rei espanhol assina lei abortista – lamentável! A poucos dias da Marcha pela Vida 2010! Que Deus tenha misericórdia da Espanha. Sobre o gesto do Rei da Espanha, diz o pe. Clécio: “Enquanto não me provem o contrário, conforme determina o Código de Direito Canônico (can 1398), defendo a posição de que Su Majestad el Rey Don Juan Carlos, na condição de batizado na Igreja Católica, incorreu em excomunhão latae sententiae. Tal modalidade de excomunhão não carece da necessidade de uma declaração por parte da Autoridade Eclesiástica, exceto no caso de o rei insistir em publicamente ignorá-la. Ainda assim, em se tratando de um caso exemplar, os bispos deveriam declará-la para sanar o escândalo causado pelo ato do rei”.

Quem é socialista propõe uma via comprovadamente retrógrada

[Faço questão de publicar cum jubilo o pequeno artigo de S.E.R. Dom Aloísio Roque Oppermann, cujo título é “Pode existir socialismo cristão?”, e que foi publicado – pasmem! – no site da CNBB. Os grifos são meus.

Vamos ver se, agora, alguns políticos ditos católicos acordam, algumas múmias da Teologia da Libertação voltam para os seus túmulos e alguns leigos param de apoiar partidos socialistas.]

Recebo uma revista católica, que leio religiosamente. Destina-se aos Jovens. É escrita por uma equipe de pessoas de bom nível intelectual e didático. Mas lá no fundo, a linha de pensamento me deixa preocupado. Entre outras coisas, mensalmente sai um artigo que louva certas revoluções, de viés claramente esquerdizantes. É um estímulo aos jovens, para canalizar suas energias, de modo bem suave, para o socialismo. A mesma impressão me causa o Stedile, com seus sequazes nem sempre de origem rural. Novas terras para cultivar, é o que menos interessa. O que se busca é uma nova ordem social, evidentemente socialista. (Ou seria anarquista?) Em todas as latitudes, em qualquer ramo, sempre que se apresenta um corifeu do socialismo, ele se auto-reveste das características simpáticas de moderno, avançado, restaurador da justiça, criador da abundância para todos, enfim, da prosperidade agora ao alcance da mão.

Felizmente, já temos no mundo uma vasta experiência socialista, de duzentos anos, que se instalou em vários países, e deixou rastos de sangue e de atraso. Assim conhecemos sua face. Vejamos as características de tal linha econômico-política. Ela é invencivelmente de alma atéia. E como não consegue convencer a população, via raciocínio, então lança mão do cerceamento da liberdade.  Esvazia tudo o que é de ordem particular, para destinar todos os bens para a administração da sociedade. Como, no seu entender, a livre iniciativa só visa o lucro pessoal e o egoísmo, então o Estado é que deve planejar a produção e a distribuição dos bens. Cabe-lhe ditar regras para a imprensa, selecionar a linha ideológica da escola, e impor a revolução violenta, para implantar o regime dos miseráveis. Para o triunfo do socialismo, a via democrática se mostrou um caminho inviável. Só a coação, para eles, é que resolve. É claro que existem vários tipos de socialismo, mas suas semelhanças são enormes. Com essa descrição também não posso aprovar o capitalismo grosseiro. Mas este admite reformulações, deixa espaço para os partidos de tônica social, e aceita (às vezes constrangido), em aperfeiçoar-se pela Doutrina Social da Igreja. Gente, vamos encurtar caminhos: a via socialista, definitivamente, não é solução. Quem é socialista propõe uma via, comprovadamente retrógrada.

Sugestões de leituras diversas

No “Exsurge Domine”, texto escrito pelo Gustavo Souza e por mim, sobre a moral sexual católica.

No site da CNBB (sim, isso mesmo!), este artigo de Dom Aloísio sobre o ensino da Teologia. Excerto: Quando é que vai haver unidade entre católicos  e outros amantes da  Palavra, lendo a mesma Bíblia?  Nunca. É que para nós “o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita, ou contida na Tradição, foi confiado só ao  magistério vivo da Igreja” (DV nº 10). Essa é a nossa praxe de fé, seguida pelos verdadeiros mestres dos ensinamentos de  Jesus.

Em ZENIT, esta notícia segundo a qual a Igreja Greco-Católica na Romênia corre o risco de ter seus bens expropriados pelo Estado. «Se este projeto de lei for aprovado se repetiria o que aconteceu em 1948, quando Stalin privou a Igreja na Romênia unida a Roma, greco-católica, do direito de existir, subtraindo-lhe os bens e prendendo seus bispos», afirma Dom Virgil Bercea, bispo da eparquia greco-católica de Oradea.

No Jus Navigandi, este texto do dr. Paul Medeiros Krause, sobre o Estado Laico e a religião materialista. O defensor do aborto, seja ele ministro, desembargador ou semideus, é o maior de todos os delinquentes que a humanidade já produziu.

Dom Aloísio questiona campanha de vacinação

E a quantidade de pessoas desconfiadas com a campanha de vacinação contra a rubéola não pára de crescer. O texto abaixo é de Dom Aloísio Roque, Arcebispo de Uberaba, MG. Mais um capítulo sobre o mistério das vacinas… permita Deus que ele seja desvendado em breve.

Repito o que já disse aqui várias outras vezes: não há motivos para pânico, pois há fortes indícios de que seja boato. Mas é inegável que o assunto está tomando proporções tão grandes que não pode simplesmente ser ignorado. Respostas, já! Que a verdade venha à luz.

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Fonte: CatolicaNet

Dom Aloísio Roque – O estranho caso da rubéola – 26/08/2008 – 08:54

Quando se trata do atual ministro da saúde do governo Lula, qualquer iniciativa, por mais normal que aparente ser, nos deixa desconfiados. Suas falas públicas contra a Igreja já encheram muitas páginas de jornal. Entre os atuais homens de confiança do governo federal, que não simpatizam com as posições da Igreja, – embora o doutor seja provindo de família cristã – ele está imbatível, na linha de frente. Estão aí suas falas contundentes a favor do aborto; sua propugnação pelos preservativos sexuais, disponíveis para o uso livre dos alunos das escolas públicas. Isso significa que a escola se declara incapaz de educar a nova geração. Não consegue mais levá-la à prática dos “bons costumes”.  Para haver menos despesas para o poder público, se lança mão desse artifício, para coibir os gastos com tratamentos anti-HIV, e complicações com as adolescentes gestantes. E o mais incrível disso tudo, é que a maioria das mães (querem salvaguardar suas filhas), acha isso muito certo.  É o estímulo para a devassidão. Não há mais tentativa de procurar educar.

Nessa questão da vacinação contra a rubéola, há fatos estranhos. Existem atualmente, 17 casos por ano. Mas isso justifica aplicar 70 milhões de vacinas, mesmo em pessoas que já tiveram a rubéola, e em quem já foi vacinado? Nunca se viu tanto zelo. O desconfiômetro acende a luz vermelha, porque na Argentina, nas Filipinas e na Nigéria foi detectado, em outros tipos de vacina, a presença do hormônio “gonadotrofina coriônica”, conhecido artifício para controle da natalidade, distribuído por certas ONGs. A vacina será aplicada em povos indígenas e em outros grupos, de preferência, selecionados. Diante dessas dúvidas, o ministro da saúde é instado a se pronunciar em público, com afirmações bem categóricas, de que o procedimento nada tem a ver com essa iniciativa de duplo efeito: querer evitar um surto de rubéola (que pode prejudicar o nascituro), e de presente, ainda diminuir mais o índice do crescimento populacional. Este já empata com países destinados a zerar, no futuro, os nascimentos. Essa tranqüilidade o ministro deve conceder à população. E caso a suspeita seja verdadeira, deve dizê-lo em público.