MPF intima Igreja Católica a prestar “esclarecimentos” sobre texto alegadamente “homofóbico”

Remeto à importante denúncia feita pelo blog “Porta da Fé” a respeito de um pedido de “esclarecimentos” feito pelo Ministério Público Federal por conta de um número do Boletim Universitário da Universidade de Londrina (UEL) que trazia um texto contrário ao homossexualismo. O início do texto já sintetiza tudo:

“Igreja e UEL devem esclarecer boletim homofóbico”. A matéria é do portal de notícias Bonde e é referente ao um periódico católico que circulou em setembro do ano passado na Universidade Estadual de Londrina. Entre os artigos publicados pelo “Boletim Universitário”, um chamou a atenção do público acadêmico por fazer sérias críticas ao comportamento homossexual.

A notícia também repercutiu em outros veículos da imprensa local – como p.ex. aqui, sob o título “MPF apura suposta homofobia em texto de Boletim Universitário em Londrina”. Esta reportagem diz que “[j]á foram dados três encaminhamentos relativos ao processo, [sendo] dois para a Arquidiocese de Londrina, em nome do arcebispo Dom Orlando Brandes e do padre César Braga de Paula”.

Cabe notar algumas coisas:

a) Não existe nada de preconceituoso, degradante, desrespeitoso ou coisa parecida no texto do Boletim Universitário da UEL. Trata-se de um texto simples (escrito no formato de diálogo) sobre vocação e matrimônio, claramente destinado a católicos, e que repete o óbvio: só existe Matrimônio entre duas pessoas do sexo oposto.

b) Não existe “homofobia” tipificada no ordenamento jurídico brasileiro!! Causa espécie que o Ministério Público Federal não tenha mais o que fazer a não ser aporrinhar católicos cobrando “esclarecimentos” sobre supostos crimes inexistentes no Brasil!

c) O encaminhamento do processo feito a religiosos – a um bispo e um padre – é uma piada, um acinte ultrajante, uma verdadeira ofensa. Quando os católicos – cidadãos que fazem parte da sociedade brasileira e que, portanto, têm total direito civil de participarem do processo democrático – manifestam as suas posições sobre temas morais contemporâneos, os laicínicos começam com a histeria cretina de que vivemos em um “estado laico”. Não obstante, o Ministério Público pretende intimar a Igreja para determinar como Ela pode ou não ensinar o Catecismo, e aparentemente ninguém vê nada errado nisso! É ridículo.

E assim, com base em uma lei inexistente, um órgão federal pressiona e constrange uma instituição religiosa bimilenar a mudar o ensino de seus princípios morais. É patético, mas é verdade. Contra esta ignomínia, são muitas oportunas as considerações do “Porta da Fé”:

Peço encarecidamente a todos os leitores e amigos que se manifestem contra esta ação do Ministério Público. Mandem e-mails de forma respeitosa a todos os contatos disponíveis no site da Procuradoria Geral da República. Nosso clamor deve ser ouvido.

Também mandem e-mails ao clero e à Arquidiocese de Londrina para que sejam firmes na Fé e não tenham receio de proclamar a Palavra de Deus com valentia e bravura. Para entrar no site da arquidiocese é só clicar aqui.

A situação é tão surreal que faltam até palavras para reagir. Reclamemos, enquanto nos é dado falar. Apontemos o ridículo, ainda que ninguém o perceba e ele tenha a ousadia de se apresentar pomposamente travestido de “progresso” ou “evolução”. Continuemos falando, ainda que intentem nos silenciar. Pois seremos cobrados também pelo nosso silêncio. Se ninguém chamar esta loucura pelo nome, pode ser que o mundo enlouqueça mais rápido – por nossa culpa.