“Nascida durante aborto por envenenamento salino”

E nos meus registros médicos também diz, para qualquer cético ver: “nascida durante aborto por envenenamento salino”. Ha! Eles não venceram.
[Gianna Jessen]

Este é o testemunho, em vídeo, da garota chamada Gianna Jessen, cuja mãe – que, quando engravidou dela, tinha 17 anos – não a queria e tentou abortá-la, mas não conseguiu. O vídeo está disponível no youtube em duas partes:

Giana Jessen – Sobrevivente de um aborto – parte 1
Giana Jessen – Sobrevivente de um aborto – parte 2

A história dela é interessante. Primeiro, porque ela sobreviveu a um envenenamento salino, coisa que em si já é bastante rara, porque quando se injeta no útero da mãe uma solução salina, o bebê se queima completamente, tanto na pele [que está em contato com o sal] quanto por dentro [porque engole a solução]; segundo, porque uma enfermeira chamou uma ambulância quando ela nasceu viva, fato que é – nas palavras dela – “absolutamente miraculoso”, porque era prática comum “terminar com a vida de um sobrevivente do aborto por estrangulação, sufocamento, deixando o bebê morrer ou jogando o bebê fora”.

Uma vida que é um verdadeiro milagre, pois sobreviveu a duas tentativas de assassinato quando ainda era criança indefesa: à solução salina e à morte após nascer viva. Mas uma enfermeira chamou uma ambulância! Quem foi esse anjo bom? Uma mulher que possivelmente passou a vida dando assistência ao “médico” que matava as crianças no ventre materno; uma mulher, portanto, cúmplice de sabe-se lá quantos assassinatos. Neste dia, contudo, ela foi tocada pela graça de Deus e fez tudo diferente do que fizera até então. Salvou a vida daquela criança que, hoje, dá esse bonito testemunho. Oxalá ela o possa conhecer e, se ainda não o fez, possa arrepender-se de seus crimes passados e passar a trabalhar para salvar mais vidas – como salvou a da pequena Gianna. Que a Virgem Santíssima possa interceder por ela.

“O quanto vocês estão dispostos a lutar e o quanto estão dispostos a arriscar para falar a verdade no amor, e cordialmente, e ficarem de pé e ao menos estarem dispostos a serem odiados”? É o que pergunta a Gianna. E a provocação dela me é reconfortante, porque peço sempre a Deus a graça de ficar sempre de pé, não importando os ataques, proclamando bem alto a Sua verdade e defendendo os Seus direitos! Alegra-me saber que existem outras pessoas com os mesmos desejos meus; reconforta-me saber que outros fazem, muito melhor do que eu, o bem que eu desejo e não consigo fazer.

“Se o aborto diz respeito – pergunta ainda a Gianna – somente aos direitos da mulher, senhoras e senhores, então quais são os meus direitos?” A pergunta é muito oportuna. Quais são os direitos dos bebês abortados, das crianças assassinadas, dos filhos imolados pelas próprias mães no altar do Deus-Hedonismo? Louvado seja Deus, porque existe uma Gianna, que pode falar com propriedade em nome dos bebês abortados, já que ela mesma sobreviveu a um aborto. Ela fala em nome daqueles que não têm voz. Ouçamo-la. Que a outra Gianna, do Céu – Santa Gianna Beretta Molla – possa ser em favor desta Gianna da terra. Que as duas juntas possam oferecer terrível resistência ao Holocausto Silencioso. Que os abortistas sejam derrotados o quanto antes. E Deus tenha misericórdia de nós todos.

Duas sobre o aborto

Notícia que não sai nos jornais: morreu um bebê de sete meses, em Brasília, vítima de aborto. Por que desta vez saiu na mídia? Saiu – com outra ênfase – porque morreu também a mãe que intentou (e conseguiu) matar o filho que carregava no ventre.

O aborto é letal em 100% dos casos, e isso a mídia não mostra. Quando não morre a mãe, morre o filho (salvo algum caso miraculoso de sobrevivência à tentativa de aborto) e, portanto, sempre se perde ao menos uma vida. Seria, por conseguinte, da mais alta importância que esta prática nefanda fosse completamente proscrita da sociedade atual dita civilizada. Mas as pessoas só se importam com que vêem. Para o que vira lixo hospitalar, ninguém liga. Basta, no entanto, morrer uma mãe, que as autoridades feministas, num cinismo absurdo, vêm a público protestar contra a ilegalidade do aborto que, realizado em condições precárias, terminou por provocar esta morte. No entanto, e a morte dos bebês? Por que esta compaixão seletiva?

Que a Maria, Refúgio dos Pecadores, interceda por esta mulher, cujo nome não foi publicado; e que Nossa Senhora Protetora dos Nascituros livre as nossas crianças da sanha assassina das suas mães.

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Dom Gil Antônio Moreira é bispo de Jundiaí, em São Paulo. Conta-nos, em coluna do Jornal de Jundiaí, a história do milagre que resultou na canonização de Santa Gianna Beretta Molla; recomendo a leitura, para quem ainda não o conheça.

É interessante recordar que a Dra. Giana Beretta Mola, motivada pelo seu irmão sacerdote, missionário no Brasil, tinha grande desejo de vir também ela para nosso País e exercer a medicina em favor dos mais necessitados. Para isso se preparou e estudou português por sete anos. O que não pode realizar em vida, o bondoso Pai do céu lhe está permitindo fazer após sua entrada na eternidade.

Santa Gianna Beretta Molla,
rogai por nós!