O Papa na Terra Santa 2: judeus e muçulmanos

Lusa: Bento XVI apela à “reconciliação” entre cristãos e judeus. Folha: Bento 16 diz que religião se “corrompe” se servir à violência e ao abuso. Mais dois discursos do Santo Padre que ganham espaço na mídia: o primeiro no Monte Nebo, o segundo numa mesquita.

“Nas águas do Batismo, nós passamos da escravidão do pecado para a nova vida e a esperança. Na comunhão da Igreja, Corpo de Cristo, nós aguardamos [look forward] a visão da cidade celeste, a Nova Jerusalém, onde Deus será tudo em todos”. Estas palavras foram proferidas no monte onde Moisés contemplou a Terra Prometida; um lugar, portanto, sagrado para os judeus. No coração do Velho Testamento, o Vigário de Cristo fala do Novo Testamento: a verdadeira Terra Prometida é a Igreja de Nosso Senhor, e a verdadeira libertação da escravidão jorra das águas do Batismo. As coisas antigas passaram e cederam lugar para as novas; a Sinagoga deu lugar à Igreja de Cristo.

Os “liames inseparáveis entre a Igreja e o povo judeu” estão radicados precisamente na clara noção da “unidade dos Dois Testamentos”; não é ao povo judeu dos nossos dias, àqueles que renegaram a Nosso Senhor, que a Igreja encontra-se teologicamente unida. A plena “reconciliação entre cristãos e judeus” passa – obviamente – pelo reconhecimento de que Nosso Senhor é o Messias; somente assim haverá verdadeira paz no Oriente Médio, a paz que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo e que o mundo não é capaz de dar. Enquanto este dia não chega, o “respeito mútuo” – que, como já disse, não mútua concordância – é condição essencial para que a Igreja possa frutificar: para que os cristãos possam anunciar a sua Fé e para que o Evangelho possa ser pregado também aos judeus.

“A religião é desfigurada quando é forçada ao serviço da ignorância ou do preconceito, do desprezo, da violência e do abuso”, disse o Papa neste sábado na cerimônia de colocação da pedra fundamental da futura Universidade Católica da Universidade de Madaba; mais tarde, diante de uma mesquita, disse o seguinte, quase repetindo as palavras anteriormente proferidas:

Alguns sustentam que a religião falha em sua pretensão de ser, por natureza, uma construtora de unidade e harmonia, uma expressão de comunhão entre as pessoas e com Deus. Sem dúvidas, alguns afirmam que a religião é necessariamente uma causa de divisões no nosso mundo; e então eles argumentam que, quanto menos atenção for dada à religião na esfera pública, melhor. Certamente, a contradição de tensões e divisões entre os seguidores de diferentes tradições religiosas, tristemente, não pode ser negada. Entretanto, não seria também o caso de, freqüentemente, ser a manipulação ideológica da religião, às vezes para fins políticos, o verdadeiro catalisador de tensões e divisões e, às vezes, até de violência na sociedade?

Tal incômoda pergunta, dirigida a líderes muçulmanos na frente de uma mesquita, é por si só bastante eloqüente e bem poderia ser tomada como uma provocação. É bem conhecida a violência do Islam e a violação dos direitos humanos básicos nos países que estão sob o jugo dos infiéis filhos de Maomé; passa-me a impressão de que, divertidamente, o Papa utiliza-se de uma espécie de ad hominem e pergunta retoricamente se a violência do Islam é fruto do Islam em si ou de uma sua ideologização. A primeira resposta é embaraçosa para os muçulmanos moderados e, a segunda, para os radicais; qualquer uma delas é constrangedora para o Islam como um todo.

No meio deste discurso perigoso e deste “campo minado” no qual o Vigário de Cristo precisa mover-se cautelosamente, há uma belíssima defesa da complementaridade entre Fé e Razão no âmbito público (grifos meus):

E, como crentes no Deus único, nós sabemos que a razão humana é ela própria um dom de Deus, que se eleva [soars] para seu mais alto patamar quando preenchida [suffused] com a luz da Verdade Divina. De fato, quando a razão humana humildemente permite a si mesma ser purificada pela Fé, ela está longe de ser enfraquecida; ao contrário, é fortalecida para resistir à presunção e para ultrapassar [to reach beyond] suas próprias limitações. Desta maneira, a razão humana é encorajada [emboldened] a perseguir seu nobre propósito de servir à humanidade, dando expressão às nossas mais profundas aspirações comuns e estendendo, ao invés de manipulando ou confinando, o debate público. Assim, a genuína adesão à religião – longe de estreitar [narrowing] nossas mentes – alarga o horizonte do entendimento humano. Ela protege a sociedade civil dos excessos do ego desenfreado que tende a absolutizar o finito e eclipsar o infinito; ela garante que a liberdade seja exercitada de mãos dadas [hand in hand] com a verdade; e ela adorna a cultura com insights relativos a tudo que é verdadeiro, bom e belo.

Que Deus abençoe o Santo Padre em sua peregrinação!

Entre a Lua e a Estrela

Dentre uma infinidade de outras coisas que eu recebo no meu email, vez por outra vem um texto do PSOL. Tenho por hábito não apagar absolutamente nada antes de, ao menos, passar a vista por cima da mensagem (por isso que minha caixa de entrada sempre tem centenas – literalmente – de emails não lidos…); foi o que me levou a abrir o email do Partido Socialista e descobrir este texto pró-palestina escrito pela Executiva Nacional do partido.

O PSOL exige que o governo brasileiro mude sua atitude e assuma uma posição ativa de apoio a causa palestina, seguindo no campo diplomático os passos da Venezuela – diz o texto. Penso cá com os meus botões; quem é o PSOL para exigir alguma coisa? Qual a necessidade de que o Governo Brasileiro aja com a mesma insensatez da ditadura venezuelana? Hoje em dia, parece que qualquer um se sente no direito e no dever de fazer exigências passionais, baseando-se em qualquer coisa ou mesmo em nada, e esperando que sua histeria seja sinceramente levada em consideração!

Não tenho conhecimento de causa suficiente para tecer considerações aprofundadas sobre o conflito no Oriente Médio. Outros já o fizeram; em particular, há vários textos do Reinaldo Azevedo no seu blog sobre o assunto nos últimos dias, que podem e devem ser lidos e levados em consideração. Pra ficar em um só exemplo de vários que poderiam ser dados, há um post do dia 05 de janeiro que diz o seguinte:

É dever de todo governo defender o seu território e a sua gente. Mas, curiosamente (ou nem tanto), pretende-se cassar de Israel o direito à reação. Por quê? O que grita na censura aos israelenses é a voz tenebrosa de um silêncio: essa gente é contra a existência do estado de Israel e acredita que só se obteria a paz no Oriente Médio com a sua extinção. Mas falta a essa canalha coragem para dizer claramente o que pretende. Nesse estrito sentido, um expoente do fascismo islâmico como Mahamoud Ahmadinejad, presidente do Irã, é mais honesto do que boa parte dos hipócritas europeus ou brasileiros. Ele não esconde o que pretende. Aliás, o Hamas também não: o fim da Israel é o segundo item do seu programa, sem o qual o grupo terrorista julga não cumprir adequadamente o primeiro: a defesa do que entende por fé islâmica.

Evidentemente, sou muitíssimo mais simpático à posição defendida pelo Reinaldo do que àquela proposta pela Executiva Nacional do PSOL. Ademais, é reconfortante saber que a condenação (virtualmente unânime na mídia nacional) a Israel não é compartilhada pelos próprios israelitas: eles estão unidos.

“Esta é uma Guerra justa, e não nos sentimos culpados quando civis que não pretendemos ferir são feridos porque nós sabemos que o Hamas usa esses civis como escudos humanos”, afirma Elliot Jager, que cuida da página editorial do Jerusalém Post.

Há todavia um outro aspecto da questão que, a meu ver, é posto um pouco de lado. Claro que, no caso presente, a condenação aos judeus repetida ad nauseam et ubique é uma estupidez; claro que Israel tem o direito de se defender, e não há desproporcionalidade alguma. No entanto, e quanto à solução definitiva? O Reinaldo reproduz Ali Kamel:

[P]ara que haja paz, os dois lados têm de ceder em questões tidas como inegociáveis, o apelo às armas têm de ser abandonado, o Estado Palestino deve ser criado ao lado de Israel, cujo direito a existir não deve ser questionado. Se isso acontecer, muitos árabes e israelenses daquela região não se amarão, terão antipatias mútuas, mas viverão lado a lado.

E eu não consigo ver as coisas com esta simplicidade toda, porque existem questões religiosas em jogo, e estas são sempre inegociáveis. Como vão dividir Jerusalém? Como vão distribuir entre as duas partes litigiosas o Monte Sião? A resposta definitiva ao problema, que sempre apontam como se fosse a criação de dois estados – um israelita, um palestino -, é tão absurda que me causa repugnância. O aspecto religioso – o predominante nesta confusão toda – é simplesmente descartado, e querem oferecer soluções “na canetada” que não o levem em consideração. É estúpido.

Então, como se resolve o problema de uma vez por todas? Eu não sei e, sinceramente, não consigo ver nenhuma solução humanamente possível. Não me sinto à vontade para tomar partido entre os infiéis e os pérfidos judeus – ou, para dizer as coisas de outra maneira, entre os descendentes de Ismael e os nossos “irmãos mais velhos” (os descendentes de Esaú), entre árabes e judeus. Não há solução definitiva nestes moldes; há males menores e maiores, mas sempre condicionados a diversos fatores, sempre contingentes.

Não me parece correto dizer, simpliciter, que “a Terra Santa pertence aos judeus”, simplesmente porque – como Esaú – a Sinagoga perdeu a primogenitura, e o verdadeiro povo de Deus é, hoje, a Igreja Católica e Apostólica. Incomoda-me um pouco um certo entusiasmo exagerado pró-judaísmo que eu encontro por aí: afinal, ainda sendo justa a reação israelita atual (e isso é ponto pacífico), não muda o fato de que os judeus não são o lado branco da Força. No entanto, ainda falando sob uma ótica humana, creio ser importante lembrar que, historicamente, há uma diferença muito grande entre os dois povos. Basta olhar para a Guerra da Reconquista, ou para a degradação promovida pelos filhos de Maomé em países que eram prósperos antes das cimitarras chegarem…

Qual é, portanto, a verdadeira solução? Só consigo ver uma, expressa magnificamente nas orações que a Igreja faz na Sexta-Feira Santa: oremus et pro Iudaeis e oremus et pro paganis. É somente quando Cristo vencer, que poderá haver paz no Oriente Médio; e é somente sob o signo da Cruz – não da Lua Crescente, nem da Estrela de David – que a terra onde foi derramado o Sangue do Salvador poderá enfim ter aquilo que lhe compete por direito.

Diversos, diversos, diversos…

– Excelente entrevista publicada ontem em ZENIT sobre a Humanae Vitae! Ironicamente muitíssimo mal-recebida até por católicos [memento Martini…], a encíclica do Papa Paulo VI que condena a regulação artificial da natalidade é apresentada como “profética” do ponto de vista médico pelo dr. José María Simón Castellví, espanhol. Segundo ele, a pílula é causa de muitos problemas, quer de saúde, quer de relacionamento, quer ambientais. Leitura indispensável. Cito:

No 60º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem se pode demonstrar que os meios anticoncepcionais violam pelo menos cinco importantes direitos:

O direito à vida, porque em muitos casos se trata de pílulas abortivas, e cada vez se elimina um pequeno embrião.

O direito à saúde, porque a pílula não serve para curar e tem efeitos secundários importantes sobre a saúde de quem a utiliza.

O direito à informação, porque ninguém informa sobre os efeitos reais da pílula. Em particular, não se adverte sobre os riscos para a saúde e a contaminação ambiental.

O direito à educação, porque poucos explicam como se praticam os métodos naturais.

O direito à igualdade entre os sexos, porque o peso e os problemas das práticas anticoncepcionais recaem quase sempre sobre a mulher.

– Muitos já comentaram e eu ainda não o fiz, mas não posso deixar de registrar o meu estupor diante da incitação estatal ao crime (leiam). Foram 80.000 reais liberados pela Fiocruz para a produção de um filme abortista, a ser distribuído entre ONGs e escolas. Segundo o JC daqui da terrinha (para assinantes), a diretora da produção de “O Fim Silêncio” – Thereza Jessouroun – disse que “Documentário não é jornalismo, que tem a obrigação de ser imparcial. Tem que ter posição marcada, e este é claramente a favor do aborto”. Segundo o GLOBO, ela ainda “chegou a entrevistar especialistas contrários e favoráveis à prática, como previa o projeto original, mas optou por manter apenas a participação das mulheres”. É uma canalhice explícita; chega a dar náuseas.

– Enviaram-me uma verdadeira pérola da nossa internet brasileira: o blog recém-criado (é de dezembro último) de um sacerdote de Juiz de Fora, o padre Elílio. Vale muitíssimo não apenas uma, mas várias visitas. É extremamente reconfortante encontrar um sacerdote do Deus Altíssimo zeloso das coisas de Deus, com sede da salvação das almas, e empenhando-se em levar a Sã Doutrina da Igreja àqueles que agonizam de sede no árido deserto doutrinal dos nossos dias. Só para ter uma idéia, o reverendíssimo sacerdote está atualmente traduzindo e disponibilizando o De Rationibus Fidei de Santo Tomás de Aquino! Que a Virgem Santíssima o possa abençoar com abundância, e tornar fecundo o seu ministério sacerdotal.

– Mas uma que todo mundo comentou e eu ainda não o fiz, foi a entrevista publicada por ZENIT no último Natal, com o mons. Michel Schooyans, membro da Pontifícia Academia para a Vida e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, sobre a ONU e a ameaça aos [verdadeiros] Direitos Humanos. Excerto:

Tudo o que a gente explicou a respeito dos direitos inatos do homem que, por ser homem, tem naturalmente direitos, é contestado. Tudo isso é negado, é colocado entre parênteses, é desprezado e esquecido. Só subsistem as normas jurídicas; só subsiste o direito positivo, barrando toda referência aos direitos que os homens têm naturalmente. Nesse contexto, as determinações jurídicas são a única coisa que merecem estudo e respeito. Agora esses ordenamentos jurídicos, essas disposições lavradas nos Códigos, podem mudar ao sabor de quem tem força para defini-las. São puro produto da vontade de quem tem poder, de quem consegue impor a sua visão do que seja tal ou tal direito humano. De modo que, como salta aos olhos, a visão puramente positivista dos direitos humanos depende finalmente do arbítrio de quem tem a possibilidade de impor a sua concepção própria dos  direitos humanos, já que não há mais nenhuma referência à verdade, concernente à realidade do homem.

É exatamente o que nós sempre dissemos. Aproveito o ensejo para frisar duas coisas: (1) os “Direitos Humanos” do jeito que a ONU os entende hoje não têm nada a ver com os Direitos Humanos (estes, os verdadeiros) que a Igreja sempre defendeu; e (2) o, digamos, “espírito” original da Declaração Universal dos Direitos Humanos assemelha-se mais ao defendido pela Igreja do que ao defendido pela ONU de hoje em dia. Diz o monsenhor que os direitos humanos (expostos na Declaração original) “são reconhecidos em decorrência de uma atitude moral e antropológica”, e que “hoje em dia, a Declaração de 1948, que se inspira nítida e explicitamente na tradição realista (…) está sendo contestada”.

Vale a pena meditar nas – já citadas aqui – palavras de Bento XVI: “os direitos do homem estão fundamentados em última instância em Deus criador, que deu a cada um a inteligência e a liberdade. Quando se prescinde desta sólida base ética, os direitos humanos se enfraquecem, pois ficam sem seu fundamento sólido”. Este enfraquecimento é exatamente o que a ONU está fazendo nos nossos dias.

– “Alguns cristãos pensam que podem ajudar os muçulmanos fortalecendo-os em sua fé, e encorajando-os a serem bons muçulmanos. Isto é mais ou menos o que os cristãos fazem no Diálogo Inter-religioso. Mas há outros cristãos que pensam que a única coisa realmente útil que nós podemos fazer pelos nossos amigos muçulmanos é falar-lhes das maravilhosas novidades sobre Jesus Cristo”. Assim começa um maravilhoso artigo que fala sobre o padre Zakaria Botros – sacerdote copta, inimigo público número um do Islam, sobre o qual eu já falei aqui. Vale muitíssimo a leitura, apesar de estar em inglês e eu não estar com tempo de traduzi-lo na íntegra agora. Apenas a conclusão: “Sim, nós podemos dialogar e conversar com os muçulmanos. Mas nosso objetivo deve ser sempre libertá-los das algemas do Islam, conduzindo-os ao conhecimento salvífico de Jesus Cristo”.

Vale a pena também a (re)leitura do artigo “A derrota islâmica na África”, publicado no ano passado no Veritatis Splendor. E pode ser-nos útil e reconfortante lembrarmo-nos sempre destas estatísticas, ocultadas sob a cortina de ferro da mídia anti-cristã: “na África, a cada ano, seis milhões de muçulmanos deixam o islamismo e se convertem à fé cristã”.

Imposição muçulmana

Traduzo reportagem do The Daily Mail, de Londres:

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Alunos punidos com suspensão por terem se recusado a se ajoelharem na sala de aula e rezarem a Allah

04 de julho de 2008

Dois alunos foram suspensos da escola após terem se recusado a se ajoelharem e “rezarem a Allah” durante uma aula de religião.

Os pais ficaram indignados quando souberam que os dois garotos do sétimo ano (11-12 anos) foram punidos por não quererem tomar parte na demonstração prática de como Allah é adorado.

Eles disseram que forçar os seus filhos a tomarem parte no exercício da “Alsager High School”, próxima de “Stoke-on-Trent” – que incluía pôr chapéis muculmanos – era uma violação de seus direitos humanos.

Uma mãe, Sharon Luinen, disse: “Isto não está correto, é levar as coisas longe demais”.

“Eu entendo que eles têm que aprender sobre outras religiões. Eu posso conviver com isso, mas serem punidos porque não quiseram se juntar à oração muçulmana já é demais”.

“Fazê-los rezarem a Allah, que não é quem eles adoram, é errado e o que mais me incomoda é que lhes disseram que eles estavam sendo desrespeitosos”.

“Eu não quero encarar como se eu tivesse algum problema com a escola, porque no geral eu estou muito feliz com ela”.

Outra mãe, Karen Williams, disse: “eu estou absolutamente furiosa, porque fizeram minha filha tomar parte nisso e eu não acho isso aceitável”.

“Eu não tenho nenhum problema com o fato de meus filhos serem ensinados sobre outras religiões, pois alguma informação não vai prejudicar ninguém”.

“Mas eles não só tiveram que rezar; a professora entrou na sala de aula e fez com que eles assistissem a um filme curto e então disse: ‘agora nós vamos pra fora, para rezarmos a Allah'”.

“E então dois garotos foram suspensos e todos os demais perderam o seu recreio por causa da professora”.

“Não somente os forçaram a rezar, como também a minha filha recebeu uma reclamação por não ter feito o exercício direito”.

“Eles nunca tinham feito isso antes, e imaginaram que eles poderiam fazê-lo em outra língua!”.

“Minha criança foi forçada a rezar a Allah em uma atividade escolar”. O avô de um dos alunos disse: “é absolutamente repugnante, não existe nenhuma outra maneira de colocar as coisas”.

“Minha filha e várias outras mães estão furiosas por terem feito suas crianças ajoelharem-se no chão e rezarem a Allah. Se elas não fizessem, seriam suspensas”.

“Eu não sou racista, eu sou amigo de um indiano há 30 anos. Também estive em um casamento muçulmano, onde me foi explicado que não seriam servidas bebidas alcóolicas, e eu respeito isso”.

“Mas se pedissem aos muçulmanos para irem a uma Igreja no Domingo e comungarem, haveria uma guerra”.

Os pais disseram que fizeram com que seus filhos se ajoelhassem e se curvassem sobre os seus joelhos em uns tapetes de oração que a professora de religião havia tirado do armário, e eles também foram instruídos a usarem chapéus muçulmanos, durante a aula de terça-feira à tarde.

O vice-diretor da escola, Keith Plant, disse: “é difícil saber agora se isto fazia parte do currículo ou não. Eu não sou um professor de religião, e sim um professor de inglês”.

“Agora é nossa ‘enterprise week’ [n.t.: não sei o que é isso; alguma espécie de evento] e muitos dos nossos funcionários estão fora”.

“A professora com o qual você precisa falar não está por aqui. Penso que é uma pena que muitos pais tenham procurado a imprensa antes de terem vindo falar comigo”.

“Falei com a professora e ela ficou de me dar a sua versão dos acontecimentos, mas isso é tudo que eu posso dizer a você por enquanto”.

Uma declaração do Cheshire County Council, em nome da escola, diz: “o diretor David Black entrou em contato com esta autoridade imediatamente após receber as queixas”.

“Questionamentos estão sendo feitos sobre as circunstâncias, em caráter de urgência, e todos os pais serão informados a contento”.

“Educar as crianças nas crenças de diferentes credos é parte da diversidade curricular, que se baseia no pressuposto de que conhecimento é essencial para compreensão”.

“Aceitamos que tal ensinamento é para ser conduzido com sensibilidade”.

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Comento eu: é vergonhoso que o “respeito humano” seja levado a tal ponto. Como dizia Chesterton, a tolerância é a virtude do homem que não tem convicções; triste Europa que, tendo vencido os infiéis por meio das armas durante a Cristandade, capitule vergonhosamente diante da imposição cultural muçulmana com a qual é humilhada pelos filhos de Maomé.

É necessário afirmar corajosamente a própria identidade, é fundamental que os cristãos não aceitem se submeterem às iatagãs retóricas dos mouros. É absolutamente indispensável defender Cristo, e não deixar que os turbantes islâmicos soterrem a Cruz do Calvário. Na semana passada, saiu uma notícia segundo a qual a Santa Sé estudava declarar que um grupo editorial espanhol não é católico por causa – entre outros motivos – da publicação de uns manuais para ensino do Islam. Uma boa notícia, sem dúvidas.

Que a Cruz triunfe sobre a lua crescente. Não permita a Mãe de Deus que, após termos nos livrado do jugo infiel durante os séculos gloriosos da Idade Média, sucumbamos diante dos filhos de Maomé no século XXI.