Deixa as pessoas!

De ontem para hoje a internet se encheu de homenagens a Mr. Catra, o funkeiro que morreu aos 49 anos deixando 3 viúvas e 32 filhos. Em particular, tem obtido boa circulação o seguinte tweet do artista, que condensa em cento e poucos caracteres uma seletiva forma de laissez-faire curiosamente com muito boa aceitação nos dias de hoje:

Deixa as pessoas!

Divulgam-no, como é de praxe, toda a caterva dos anti-clericais, que não esconde a vontade de ver a Igreja deixar de “se meter” na “vida dos outros”. E, nos shares dos paladinos desse neoliberalismo moral, o defunto — cujo corpo nem esfriou direito ainda — se transforma em ponta de lança para atacar o alegado moralismo religioso. Mas o que dizer disso?

Cumpre, em primeiro lugar, deixar claro uma coisa: a Moral, assim como a religião em geral e o Catolicismo em particular, deixam e sempre deixaram as pessoas fazerem de suas vidas o que bem entendessem. E nem poderia ser diferente, porque os preceitos morais, assim como os religiosos, não têm propriamente a força de coagir ninguém a fazer nada. A não ser, é claro, a força moral que lhes é intrínseca e que, em um certo sentido muito particular, constrange, sim, a alma humana — que não obstante é sempre livre — a agir de tal maneira ou a deixar de agir de tal outra. Mas essa força moral é própria das idéias e não lhes pode ser retirada: só é possível acabar com aquela silenciando estas.

Daí a importância de entender bem a revolta dos anticlericais. Eles não querem que a Igreja deixe (p. ex.) “os gay ser gay” no sentido, digamos, físico do verbo deixar. Porque ninguém jamais precisou de autorização eclesiástica para namorar rapazes e nem a Guarda Suíça anda à caça de sodomitas para os impedir de conspurcar o ato sexual criado por Deus. O que querem os revoltosos de hoje é uma coisa mais profunda (e mais diabólica) do que as simples liberdades civis das revoluções burguesas: por detrás de um tweet de efeito, o que eles exigem é que as pessoas deixem de condenar como imorais determinados comportamentos — tais como, p. ex., o ato sexual contrário à natureza, a gula, a fornicação.

E vamos colocar as coisas em seus devidos lugares. Ninguém está obrigado a seguir o ensino moral da Igreja Católica (ou de qualquer outra religião) acerca da sexualidade responsável. Exigir, no entanto, que se silencie ou se modifique este ensinamento moral a fim de que as pessoas não sejam sequer confrontadas com uma visão de mundo antagônica às suas próprias, tal é extrapolar um pouco o (justíssimo) papel que as liberdades individuais devem desempenhar em uma sociedade saudável. 

No fundo, o que os propagadores do tweet mistercátrico querem não é simplesmente que a gente deixe “as mina dar” (!), como se elas nos pedissem permissão para isso ou como se tivéssemos o hábito de interromper à força intimidades alheias. Em vez disso, o que eles querem, exigem!, é que a gente sequer ouse levantar um juízo de censura sobre a degradação da sexualidade humana que o Mr. Catra soube tão bem consolidar em menos de 140 caracteres. No fundo, o que ele quer não é apenas fazer os seus filhos, porque isso ele passou a vida inteiro fazendo com espantosa prodigalidade: ele quer fazê-los sem que ninguém sequer sugira que o ato de sair por aí gerando várias crianças em várias mulheres talvez não corresponda muito bem àquilo que entendemos por dignidade humana.

Enfim, não se trata simplesmente de deixar as pessoas; o que se almeja é deixá-las imunes mesmo àquelas palavras que talvez inquietem um pouco as suas consciências. Não é um grito de liberdade, é o contrário: é um libelo em que o que se pede, ao fim e ao cabo, é a censura de idéias pura e simples.

O livre-arbítrio é uma coisa importante. Devíamos deixar as pessoas tomarem as suas próprias decisões, sim. Só que isso inclui também deixar a Igreja dizer o que é certo e o que é errado. Afinal de contas, segue-A quem quer.

Quanto a Wagner Domingues Costa, o Mr. Catra, que o Bom Deus tenha misericórdia dele e lhe conceda, pela Sua Misericórdia, o descanso eterno, a luz e a paz. Que Ele olhe com particular cuidado também para as ex-companheiras do cantor, bem como para a prole generosa que ele (tão desordenadamente) deixa sobre a terra. E que o Evangelho nunca deixe de ressoar na sociedade, ainda que isso incomode o estilo de vida eventualmente adotado por alguns.

Corte americana decreta: fotógrafos cristãos não têm o direito de recusar trabalhos em “casamentos” homossexuais

Foi com profunda consternação que eu fiquei sabendo desta decisão de uma corte americana de obrigar fotógrafos cristãos a trabalharem em “casamentos” de homossexuais. A notícia diz também que uma pesquisa realizada em julho constatou que 85% dos americanos acreditam que um fotógrafo cujas crenças se oponham ao “casamento” homossexual deve ter o direito de se negar a trabalhar em uma cerimônia desse tipo, contra só 8% que acham que ele deve ser obrigado a isso. Na contramão dos verdadeiros direitos humanos (como as justas liberdades individuais), do bom senso mais elementar e da esmagadora maioria dos cidadãos do país, contudo, um tribunal se acha no direito de obrigar um pobre fotógrafo a trabalhar numa cerimônia que ofende as suas convicções mais íntimas!

Já antevejo os sofistas que aparecerão por aqui para me perguntar se o fotógrafo se recusasse a tirar fotos de um casal negro. Respondo de imediato: primeiro, que as duas coisas não são de nenhuma maneira da mesma espécie (o que por si só impede a comparação), uma vez que características físicas não podem ser equiparadas a comportamentos sexuais. O adultério, p.ex., é outro comportamento sexual condenado pela moral cristã, e é bastante lógico que um fotógrafo católico não pode ser obrigado a produzir o álbum das “segundas núpcias” de ninguém. Se alguém tivesse a cara de pau de comparar divorciados recasados com negros, não provocaria senão risos da platéia, uma vez que o descabimento da comparação ficaria patente. Comparar sodomitas com negros não é menos descabido. Em qualquer um dos casos, tem-se uma característica física de um lado contra um comportamento sexual do outro, duas coisas que evidentemente não têm nada a ver uma com a outra.

Segundo, que não existe uma única religião na face da terra que considere que a “negritude” ofende profundamente as suas crenças, e portanto a referência a situações hipotéticas inexistentes só demonstra o desespero dos promotores da causa gay, que precisam aventar situações que só existem nas suas cabeças para desqualificar o direito à liberdade de crença por meio de um rótulo odioso sem correspondência com a realidade.

Terceiro, que se fosse um ator ateu recusando-se a fazer o papel de Jesus Cristo ou um publicitário homossexual recusando uma campanha de promoção da Família Tradicional não apareceria um único palhaço para perguntar se seria certo eles se recusarem a interpretar um personagem negro ou a fazer uma peça publicitária para a valorização da cultura negra. Todos defenderiam alegremente o direito destes profissionais de não realizarem trabalhos que contrariassem as suas convicções, sem recorrer a sofismas de botequim para pintar direitos legítimos como se fossem discriminações odiosas.

A despeito de tudo o que se possa dizer em favor desta arbitrariedade e deste abuso de poder das autoridades de Justiça, o fato é que esta sentença da Suprema Corte do Novo México vai na contramão dos direitos e garantias individuais conquistados a tanto custo no decurso dos séculos. Se as pessoas não reagirem de imediato e com veemência contra esta sanha totalitária dos tribunais modernos, serão terríveis os dias que estão por vir.

Hoje é o dia do Martírio de São João Batista. O santo foi preso e posteriormente decapitado por denunciar as relações indecorosas entre o rei Herodes e a esposa do seu irmão, Herodíades. Naquela época não era lícito compactuar com a iniqüidade, mesmo que para isso fosse necessário confrontar os maus costumes dos reis. Atualmente, as coisas não mudaram: ainda não é lícito ser conivente com as imoralidades contemporâneas. Mesmo que para isso seja necessário desafiar os poderosos dos dias de hoje. Mesmo que isso nos custe a honra, a liberdade e a vida. Que São João Batista mártir interceda por nós.

O reino dos papa-bostas

Durante muito tempo as pessoas souberam a diferença entre o início e o fim do sistema digestório humano. Desde tempos imemoriais as crianças aprendiam – na escola e no dia-a-dia – que uma coisa era a comida que elas botavam para dentro e, outra coisa, os dejetos que elas botavam para fora. Em hipótese alguma era permitido confundir essas duas coisas.

Também desdes tempos imemoriais, contudo, alguns indivíduos pareciam não se adaptar àquele exigente estilo de vida. Sempre houve aquelas pessoas que, por razões quaisquer, desenvolviam uma compulsão por ingerir os próprios dejetos ou os de outras pessoas. O hábito, nojento e repugnante, sempre foi repudiado com veemência pela sociedade. Ser papa-bosta era um sinal de infâmia e de vergonha, e os que padeciam de tão estranho prazer queriam se libertar dele mais do que qualquer outra coisa no mundo. Havia também, contudo, aqueles que não conseguiam se libertar de seus hábitos alimentares; estes, comiam fezes somente às escondidas, às escuras, sozinhos, como quem comete uma espécie de crime do qual as demais pessoas não podem tomar ciência.

Um dia isso mudou. Não se sabe bem por qual motivo, um dia os papa-bostas cismaram que tinham o direito de comer bosta mesmo e ai de quem não gostasse. Pior: todos tinham que gostar. Disseram que tinham direito de escolher o que comiam, que a boca era deles mesmo e, nela, eles colocavam o que melhor entendessem. Disseram que com isso não estavam fazendo mal a ninguém, e era um absurdo injustificável que, em pleno século XXI, os degustadores de detritos (o primeiro dos nomes pomposos que se auto-atribuíram) fossem discriminados.

As pessoas normais reagiram com estranheza. Como alguém poderia se orgulhar de ser um papa-bosta?! No entanto, toleraram. Pensavam: “eles que comam a bosta deles para lá!”. Não sabiam, no entanto, que eles queriam muito mais do que isso.

Por serem olhados com estranheza, passaram a dizer que eram vítimas de preconceito e de tratamento desumano pelo simples fato de terem gostos alimentícios diferenciados. Passaram a combater com virulência a comidanormatividade alimentícia! E mais: a injustiça era ainda mais gritante porque o gosto por fezes, como é óbvio, não era uma escolha e sim uma condição. A pessoa nascia gostando (ou não) de comer detritos! Não era justo discriminar uma pessoa por aquilo que ela é: mulher, negro ou papa-bosta… Aliás, este termo passou a ser rapidamente considerado ofensivo e indigno de uma sociedade civilizada. Os degustadores de detritos, agora, queriam ser chamados escatófagos.

Muitos reagiram: “Sim, é verdade que cada um come o que quiser, mas eu não quero passar pela experiência desagradável de estar num restaurante e ver alguém comendo bosta na mesa ao lado, nem quero que meu filho adquira estes hábitos por conviver com gente assim”. Os papa-bostas urraram: escatofagofobia! Escatofagofobia! O termo (recém-cunhado) designava, segundo os seus inventores, o ódio irracional pelas pessoas que, ao fim e a cabo, gostavam de comer bosta. Era inadmissível que os seus gostos alimentares fossem considerados inferiores aos dos demais. Era intolerável existir alguém que não tolerasse um escatófago.

Rapidamente, jurisprudências em favor dos papa-bostas foram estabelecidas. Se alguém entrasse em um estabelecimento qualquer comendo bosta e fosse maltratado, o dono do estabelecimento era punido. A escatofagofobia, argumentavam os papa-bostas, matava centenas de milhares de escatófagos por ano. Se um pai descobria que a babá contratada por ele para tomar conta do seu filho era papa-bosta, e a demitia, os tribunais o condenavam a pagar pesadas indenizações. Ninguém podia nem mesmo recusar-se a contratar um candidato para um emprego pelo fato dele ser um papa-bosta. Os hábitos alimentares, diziam, não influenciavam nada na capacidade de exercer a sua função. O resto era puro preconceito.

As pessoas ficaram perplexas, mas pouco fizeram. Os papa-bostas passaram a se organizar em grandes manifestações de ruas, chamadas paradas, onde as pessoas lambuzavam-se publicamente com as fezes umas das outras. Faziam uma grande festa, atraíam muitas pessoas, dançavam e bebiam e papavam bosta e diziam que isso era tudo muito natural. Reivindicavam a criminalização da escatofagofobia, i.e., que nenhum papa-bosta fosse tratado como um ser humano inferior. Que fossem presos os que pensassem diferente.

Grupos mais conservadores rapidamente começaram a dizer que isto era errado. Os papa-bostas reagiram chamando-os de escroques fundamentalistas e retrógrados, escatofagofóbicos calhordas, dizendo que a única base que eles possuíam para dizer que era errado degustar detritos era um livro velho escrito há milhares de anos que continha um monte de proibições absurdas que, hoje, não eram levadas a sério por ninguém. A violência da reação foi tão grande que os conservadores, no primeiro momento, se retraíram. Os papa-bostas comemoram publicamente.

Foi iniciada uma campanha de inclusão cidadã da escatofagia. Nas escolas, as crianças eram apresentadas a materiais educativos que diziam ser normal comer fezes. A experiência escatofágica era estimulada. Os papa-bostas eram apresentados como pessoas de bem, modelos famosas, executivos de sucesso, bons pais de família, excelentes cidadãos. A figura da mãe obrigando o filho a comer verduras era pintada como se fosse o supra-sumo da opressão alimentar, uma violência sem precedentes e que não podia ser tolerada. Psicólogos renomados subscreviam esta tese. Um escatófago – diziam – não ia deixar de sentir vontade de comer fezes porque sua mãe lhe forçara a comer verduras. Ao contrário, o que ele devia fazer era se assumir, sair do banheiro e ser feliz.

Os conservadores, percebendo as dimensões que a loucura estava tomando, resolveram se manifestar. Mas a tropa dos papa-bostas já tinha tomado grande parte das estruturas de poder social, da imprensa aos órgãos de governo. Quando um conservador dizia que comer bosta fazia mal, rapidamente diziam que isto era puro preconceito dele. Quando ele mostrava a maior incidência de infecções intestinais em pessoas que tinham o hábito de comer bosta, os escatófagos rapidamente diziam que isto era justamente devido ao preconceito social que os papa-bostas sofriam – que os forçava a praticarem a escatofagia em ambientes e condições pouco adequados. Quando um conservador dizia que a boca foi feita para alimentar o corpo, os papa-bostas o ridicularizavam dizendo que as pessoas já há muito comiam para ter prazer, e não somente para se nutrir. Ousaram dizer que era anti-natural comer bosta, só para ouvirem os escatófagos listarem as inúmeras ocorrências de animais que comiam as próprias fezes, provando assim que a escatofagia era, na verdade, uma exigência da natureza.

No fim, foram vencidos. Humilhados impiedosamente, foram se tornando cada vez mais odiados pelas novas gerações. Muitos se renderam aos “novos tempos” e passaram até mesmo a gostar dos papa-bostas. De vez em quando, para não serem olhados com muita estranheza, aceitavam participar de uma degustação fecal. Outros tantos foram presos por escatofagofobia, e não se sabe ao certo o que aconteceu com eles. Alguns outros simplesmente foram embora, buscando algum rincão do mundo onde pudessem simplesmente se estabelecer e viver em paz; onde pudessem educar os seus filhos ensinando-lhes que é errado comer bosta, da forma como eles próprios foram ensinados. A verdade é que, no fim, quase nenhuma voz dissidente restou. E eles deixaram para trás um mundo sem preconceitos: onde ninguém era tratado como um inferior por gostar de comer detritos. Deixaram para trás um mundo moderno e civilizado, de ruas fétidas, pessoas de mau hálito e doentes. E todos se julgavam felizes por terem conseguido dar mais este importante passo na erradicação do preconceito da humanidade.

Este texto é de ficção.
Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência.

“Eu não tenho orgulho nenhum de ser gay”

O vídeo é antigo, mas relembrar é importante. Quando um homossexual público vem colocar-se contra o gayzismo com tal clareza – dizendo que eles estão confundindo liberdade com libertinagem – a ponto de ser vaiado pelo Movimento Gay, talvez nós consigamos por fim enxergar a qual abismo moral estão nos tentando conduzir. Se, entre os próprios gays, há aqueles que percebem a tentativa de se institucionalizar a imoralidade, pode ser que haja uma luz no fim do túnel e nós, enfim, possamos levantar a nossa voz em defesa dos verdadeiros direitos do ser humano.

Destaque para “eu sou a favor da família, eu acho que eu nasci de um homem normal e de uma mulher normal”, aos 7m38s. Seguido de manifestações raivosas da turba gayzista.

http://www.youtube.com/watch?v=YLnXn9LpwuU

Curtas

“A ousadia da santidade”, pelo Carlos Alberto Di Franco e publicada… no Estadão! “A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados de uma mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. O jornalismo de qualidade, verdadeiro e livre, está profundamente comprometido com a dignidade do ser humano e com uma perspectiva de serviço à sociedade”.

Comunicado da Santa Sé sobre a audiência entre o Papa Bento XVI e o Cardel Schönborn. “A palavra ‘chiacchiericcio’ (fofoca) foi erroneamente interpretada como desrespeitosa às vítimas de abuso sexual, para com as quais o Cardeal Angelo Sodano nutre os mesmos sentimentos de compaixão e de condenação do mal, como expressado em várias ocasiões pelo Santo Padre. A palavra pronunciada durante a saudação de Páscoa ao Papa Bento XVI foi tomada literalmente da homilia pontifical do Domingo de Ramos e se referia à ‘coragem que não se deixa ser intimidada por fofocas de opiniões predominantes'”.

Crônicas Vaticanas: o Papa e a Itália. “Bento XVI e os seus estreitos colaboradores intervêm muito rapidamente em questões italianas, dando mais atenção em relação a outros países do mundo. Isso porque a Itália constitui uma espécie de laboratório para os muitos desafios que a Igreja deve enfrentar: é um país historicamente católico, mas a prática da fé e o seu impacto social estão em decadência. Portanto, a campanha de nova evangelização do Papa só pode começar literalmente do jardim de casa”.

El cardenal Kasper anuncia su partida y traza un balance de su gestión. Em espanhol, mas dá para compreender. “El balance examinó luego las relaciones con las Iglesias y las comunidades eclesiales de la Reforma: ‘Errores o, más bien, imprudencias en el modo de formular la verdad – admitió el cardenal Kasper -, han sido cometidos entre nosotros e incluso de parte nuestra’. Pero en lo que concierne a este diálogo, el cardenal quiso remitirse al texto recientemente publicado por el dicasterio, ‘Harvesting the fruits’, en el que se hace un balance de los resultados y de los acuerdos alcanzados”.

Poesia sobre a morte de Saramago. Destaco: “Proponho assim, por descargo / – Como quem dá a camisa / – Rezarmos por Saramago / Que bem precisa coitado…! / Mãe dos Céus, Oh se precisa”.

– Sobre a Bélgica: “Papa se solidariza com bispos belgas” e “Indignação da Santa Sé pela brutal inspeção ao episcopado belga”. Deste último: “‘Manifestaram que haveria uma inspeção do arcebispado devido a denúncias de abuso sexual no território da arquidiocese’, explica um comunicado assinado pelo porta-voz da Conferência Episcopal da Bélgica, acrescentando que ‘não se deu nenhuma outra explicação, mas todos os documentos e telefones celulares foram confiscados e se manifestou que ninguém poderia deixar o edifício. Este estado, de fato, durou até quase as 19h30′”.

“Eu venci o mundo” – São Paulino de Nola

Fonte: Evangelho Quotidiano

Segunda-feira da 7ª semana da Páscoa : Jn 16,29-33

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Paulino de Nola (355-431), bispo
Carta 38, 3-4: PL 61, 359-360

«No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!»

Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1, 8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (2Ts 1, 10; Sl 67, 36 LXX). Em Abel, foi assassinado pelo irmão; em Noé, foi ridicularizado pelo filho; em Abraão, conheceu o exílio; em Isaac, foi oferecido em sacrifício; em Jacob, foi reduzido a servo; em José, foi vendido; em Moisés, foi abandonado e rejeitado; nos profetas, foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos, foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires, foi torturado e assassinado. É Ele quem, ainda hoje, carrega a nossa fraqueza e as nossas doenças, porque Ele é o verdadeiro homem, exposto por nós a todos os males e capaz de tomar a Seu cargo a fraqueza que, sem Ele, seríamos totalmente incapazes de suportar. É Ele, sim, é Ele que carrega em nós e por nós o peso do mundo para nos libertar dele; e assim, é «na fraqueza que a Minha força se revela totalmente» (2Cor 12,9). É Ele que em ti suporta o desprezo, é Ele que este mundo odeia em ti.

Demos graças ao Senhor, porque se Ele é posto em causa, também é Ele que recebe a vitória (cf. Rm 3, 4). Segundo esta palavra da Escritura, é Ele quem triunfa em nós quando, ao tomar a condição de servo, adquire para os Seus servos a graça da liberdade.

©Evangelizo.org 2001-2010

Bento XVI: colaborar com a graça de Deus

Caros amigos, esta é a verdadeira razão da esperança da humanidade: a história tem um sentido, porque é “habitada” pela Sabedoria de Deus. E, no entanto, o desígnio divino não se cumpre automaticamente, porque é um projeto de amor, e o amor produz liberdade e pede liberdade. O Reino de Deus vem certamente e, na verdade, já está presente na história; graças à vinda de Cristo, já venceu a força negativa do maligno. Mas todo homem e mulher é responsável por acolhê-lo na [sua] própria vida, dia a dia. Assim, também o [ano de] 2010 será melhor ou pior [più o meno “buono”] na medida  em que cada um, segundo as próprias responsabilidades, souber colaborar com a graça de Deus.

Voltemo-nos então à Virgem Maria, para aprendermos d’Ela esta atitude espiritual. O Filho de Deus encarnou-Se n’Ela [ha preso carne da Lei] não sem o Seu consenso. Toda vez que o Senhor quer dar um passo adiante conosco [insieme con noi] em direção à “terra prometida”, bate primeiro ao nosso coração; espera, por assim dizer, o nosso “sim”, tanto nas pequenas quanto nas grandes escolhas. Ajude-nos Maria a acolher sempre a vontade de Deus, com humildade e coragem, para que também as provações e os sofrimentos da vida ajudem [cooperino] para apressar a vinda de seu Reino de justiça e de paz.

Bento XVI, Angelus, Domenica, 3 gennaio 2010

Censura e Liberdade

Reinaldo Azevedo contra a censura na internet. Concordo, para o caso específico, mas não para o geral. A premissa utilizada pelo articulista – “os males da liberdade se combatem como mais liberdade” – é falsa. Atenção! O Reinaldo Azevedo faz questão de frisar que isto se aplica “nesse caso”. No entanto, faltou a ele dizer o resto da sua posição; e em outros casos, como se combatem os males da liberdade?

“Liberdade” – na definição que sempre ouvi atribuída a Santo Agostinho, mas não sei a referência – “não é fazer o que se quer, e sim fazer o que se deve porque quer”. À primeira vista, a frase esvazia completamente a noção de “liberdade” que nós temos, mas isso acontece justamente porque a palavra foi prostituída. Liberdade, ao contrário do que prega o nosso século, não está relacionada à ausência de limites para se agir. Liberdade tem a ver com a deliberação individual. Não faz o menor sentido falar em “liberdade absoluta”. Há limites que simplesmente existem, e não podem ser ignorados.

Por exemplo, os limites morais. Advogar uma liberdade que os ignore é como pretender uma geometria euclidiana que “ignore” a limitação dos triângulos de possuírem três lados, ou desejar abolir a limitação da aritmética que está sujeita à contingência da soma de dois números naturais ser sempre maior ou igual a cada um deles. A melhor geometria não é a que é livre o bastante a ponto de desenhar uma bola quadrada, nem a melhor matemática é aquela que escapa à necessidade exata de suas operações – ao contrário, tais coisas teriam pouca ou nenhuma aplicação.

Igualmente, o melhor homem não é aquele “livre” o suficiente para ser desregrado. O melhor homem é o que tem sob controle as suas paixões e que, dotado de um apurado senso moral, pauta a sua vida por ele – este é verdadeiramente livre, porque não está sujeito à mais terrível escravidão, que é a escravidão do pecado e das próprias paixões. É necessário resgatar o sentido da palavra “liberdade”, distorcido nos nossos dias a ponto de se apresentar quase irreconhecível aos olhos dos homens modernos.

E, voltando à censura estatal ora em pauta, faço coro ao Reinaldo Azevedo e sou a ela contrário exatamente porque ela não é justa, não é razoável, não está orientada ao bem comum. Não por ser um advogado da “liberdade” sem limites, mas por acreditar que a liberdade (a verdadeira, sem aspas) está sendo ultrajada quando os criminosos que tomaram conta dos poderes constituídos, não contentes em sacrificarem a própria liberdade, querem impôr as suas más escolhas aos cidadãos desta Terra de Santa Cruz. Isto, não se pode admitir – esta “liberdade” não têm os excelentíssimos governantes do Brasil.

Comentário – Vaticano II

O sr. Sizenando postou um comentário na página sobre o Vaticano II. Como foi avisado, gostaria de pedir encarecidamente para que não postassem lá, porque isso vai dificultar o desenrolar da conversa entre o sr. Sandro e eu. Comentários lá serão apagados.

O comentário do sr. Sizenando – apagado por mim lá – foi o seguinte:

Caros amigos

desculpe a intrusão
Jorge exclua este comentário se quiser.

Há 43 anos que este tema está em debate
e jamais chegarão a um consenso.

Por exemplo esta pergunta de Sandro.

A Bíblia diz:

Que somos a Imagem e semelhança de Deus.

Deus é LIVRE ! O Homem não é ?

http://www.bibliacatolica.com.br/01/1/1.php
27.    Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.

Gn. 2,17    mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente.”

Isto certamente era um limite de nossa liberdade !

Mas Deus apesar de ter aconselhado o homem a não comer desta arvore ele não impediu o homem de comer daquele fruto dito proíbido !
Porque ?
Não seria esta a vontade do Pai ?

http://www.bibliacatolica.com.br/busca/01/1/h%E1+liberdade
(II Coríntios 3,17)
Ora, o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

O Espírito do Senhor não habita em Teplos feitos por mãos humanas, mas sim em nossos corações.

http://www.bibliacatolica.com.br/busca/01/1/sois+o+templo
(I Coríntios 3,16)
Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?

Se quando fomos batizados recebemos o Espírito Santo, e se quando fomos crismados nos foi confirmado que este Espírito Santo habita em nossos corações, então em nós habita a liberdade doada gratuitamente por Deus.

Isto significa que:  Jesus morreu por amor de todos nós, mas somente aqueles que aceitarem este sacrifício e amá-lo de todo coração seguindo e praticando os seus mandamentos, serão salvos.   Pelo contrário aqueles que regeitarem a luz de Cristo já estão condenados.

http://www.bibliacatolica.com.br/busca/01/1/amaram+mais+as
(São João 3)
18.    Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado; por que não crê no nome do Filho único de Deus.
19. Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.

O Homem é livre, mesmo que seu caminho escolhido seja o do inferno, Jesus não o impedirá assim como não obrigou a Nicodemos e ao jovem rico de seguí-lo, deixou-os ir embora.

Isto não seria liberdade de escolha ?
Isto não seria livre arbítrio ?
Ou você pretende dizer que serei obrigado a entrar no céu contra a minha vontade, logo não preciso me santificar, porque o céu já está garantido ou não seria assim ?

Jesus também disse a seus discípulos:
Acaso vós também quereis ir embora ?
Pois, podem ir, eu não impedirei !

Ir embora para onde ?
Seria para outros Mestres ?
Seria para outros deuses ?
Seria para outras religiões ?
Seria para o Mal ?
Seria para o Mundo ?

Certamente ninguém será obrigado a seguir Jesus ou a doutrina da Santa Igreja Católica, mas certamente quem não seguir irá morrer eternamente, como aquele que comesse o fruto proíbido.

Por outro lado a Bíblia Diz que o anticristo, aquele que é o oposto de cristo irá obrigar a todos os homens a adorá-lo para humilhar o “Verdadeiro Criador”, e quem não adorá-lo será morto para servir de exemplo aos demais, e será um massacre dos verdadeiros filhos de Deus.

Isto sim é falta de liberdade, aliás isto já acontece com as pessoas dominadas pelo mal “Possuidos pelo mal”,

(São Mateus 8,32)
Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.

Os demonios matam as pessoas assim como mataram estes porcos, porque as usam como corpos descartáveis apenas como recipientes ocos e vazios sem o menor valor.
O Maior desejo de um endemoniado é se matar, de preferência enforcado.

Nosso Deus é um Deus de Amor e quem ama não prende.
Não tira a liberdade, e Deus nos quer Livres e não escravos.

Se o homem escrever qualquer texto que contrarie esta verdade estará a serviço de seu mestre, aquele que só sabe escravizar e tirar a liberdade, substituíndo no máximo, como prémio o vício mórbido da dependência.

Dom Marcel Lefebvre fez uma escolha clássica, preferiu morrer excomungado garantindo o Futuro de sua filha a FSSPX do que pedir perdão ao Papa e retornar à casa do Pai.

Mesmo assim usou do seu mais precioso direito e Don de Deus  “A Liberdade”, que nem mesmo o Papa lhe privou dela, como no passado a “*(Santa)*” Inquisição costumava fazer com os desobedientes, acusá-los de heresia e queimá-los na fogueira da “Famosa Igreja pecadora do passado”, já que a Igreja não peca e é perfeita e o Papa é infalível e não erra, saberemos quem era o pecador desta história de trevas quando estivermos no grande julgamento universal e a luz divina iluminar todas as trevas.

Quanto a mim, jamais atirarei uma pedra sequer, seja na Igreja, no Papa, nos Lefevristas, nem mesmo na Cruz de Cristo.  Porque eu sou um pecador, e como pecador me coloco ao lado de Jesus na Cruz lhe pedindo pelo menos uma lembrança apenas.
Pelo que vejo os maiores defensores desta Igreja Santa, são os que mais pecam contra esta santidade, porque acusam o homem mais Santo do mundo de ser o maior Herege do mundo.

Pai perdoa.

Jesus autem dicebat Pater dimitte illis non enim sciunt quid faciunt dividentes vero vestimenta ejus miserunt sortes.

Só não vé esta verdade quem não quer, logo você pode ver que debater é inútil, principalmente se tratando de sedevacantismo.

Vaticano II apenas reafirmou o que Genesis já havia dito, poderia dizer mais, prefiro citar.

http://www.bibliacatolica.com.br/busca/01/3/liberdade
http://www.bibliacatolica.com.br/busca/01/1/livres

Fiquem com Deus.

Estimado sr. Sizenando, o senhor tem o nome do meu avô paterno, que eu não conheci. É-me uma honra conhecer alguém que tem o mesmo nome de um parente próximo. Agradeço a intervenção do senhor, bastante oportuna, na qual não obstante eu precisaria fazer alguns apontamentos, principalmente de cunho histórico. Talvez eu poste algo sobre a Santa Inquisição aqui, em breve. Por enquanto, basta dizer que o tom do comentário do senhor neste ponto é inadequado e injusto para com um acontecimento histórico importante como a Inquisição Romana.

Sobre a pergunta do sr. Sandro, ela é um pouco mais específica, porque se refere ao ensinamento da Igreja sobre temas filosóficos como “a liberdade” e a questão da supressão de alguns “direitos” quando um bem maior passa a ser ameaçado. Pretendo escrever a minha primeira resposta a ele no Domingo, no mais tardar segunda-feira, e então vou detalhar melhor isto que estou falando aqui.

Fique com Deus,
abraços, em Cristo,
Jorge Ferraz