Curtas

As maravilhas de uma editora que se diz católica. “É simplesmente incrível como a cada dia que passa os católicos que conhecem a doutrina, a moral e a disciplina oficiais da Igreja se surpreendem com as coisas que encontram nos locais em que tais coisas deveriam ser conservadas naturalmente”. O pior é que, a cada dia, a gente se surpreende menos com essas coisas.

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– Outro exemplo: do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia! É uma revista de liturgia. E tem tanto lixo, de uma ponta a outra do artigo, que eu não sei nem o que comentar. “Nas duas celebrações ficou evidente a relação liturgia e ecologia: as duas celebrações aconteceram em espaço aberto, em contacto direto com a terra e o céu, com o sol e a lua, o ar, as estrelas, a escuridão da noite e a chuva… Os diversos elementos – cestos, vestes, vasos de argila, bombons – foram confeccionados pelas comunidades locais, em projetos de economia sustentáveis… Os textos bíblicos e as palavras (monições, orações, cantos, poemas…) que acompanharam os diversos ritos, faziam clara referência aos elementos cósmicos, ligando o memorial da páscoa de Jesus ao grito da terra, das águas e de toda criação”. Tem horas em que a vontade que dá é a de soltar um palavrão e pronto.

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Apelo aos bispos silenciosos, que [ainda] não assinaram o abaixo-assinado contra o PNDH-3. É simples e rápido. Vão lá.

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Vida: o primeiro instante. É um artigo da conceituadíssima revista de incontestável profundo valor científico, a SUPERINTERESSANTE. Quem tiver estômago para o ler e, depois, comparar com o artigo do Schwartsman que eu comentei aqui na semana retrasada, verá que é praticamente a mesma coisa. Com a diferença de que a revista da Abril publicou o lixo dela em 2005. A Folha, esperou cinco anos para reciclar a porcaria.

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O que Chávez, Zelaya e Lula têm em comum ver com Palpatine? “Atualmente, na América-Latina, observa-se um fenômeno muito peculiar, embora não inovador: utilizam-se de instrumentos democráticos para destruir as bases da democracia, enquanto os líderes se disfarçam como amigos do povo”.

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Uma homenagem ao programa nacional-socialista dos direitos humanos. É uma figura. Cliquem.

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¡Más honestidad, por favor! É de junho passado, mas eu ainda não havia lido. “[H]a de ser obvio por qué demando más honestidad en el presente debate sobre el Concilio. En vez de acusar a otros, incluso al Papa, de desear volver a un pasado anterior al Concilio, habría que aconsejar a todos estudiar sus libros y volver a examinar su posición sobre el Concilio. Porque no todo lo que fue dicho y hecho después del Concilio, fue llevado a cabo en concordancia con el mismo”.

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A situação da Igreja: uma ameaça, uma chance. De Dom Henrique, bispo auxiliar de Maceió Aracaju. “O clero e os religiosos deveriam deixar de lado as ideologias, as teorias pouco cristãs e nada católicas defendidas em tantos cursos de teologia e livros muito doutos e pouco fiéis, e serem mais atentos ao clamor do povo de Deus e aos sinais dos tempos – sinais de verdade, que estão aí para quem quiser ver, e não os inventados por uma teologia ideologizada de esquerda! Além disso, é necessário considerar que a Igreja não é nossa: é de Cristo. Ele a está conduzindo, a está purificando, a está levando onde ele sabe ser o melhor para que seu testemunho seja mais límpido, coerente e puro”.

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Secretária de Educação assina portaria que garante uso de nome social a travestis e transexuais. “Um estudo entitulado Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas, realizado pela Rede de Informação Tecnologia Latino Americana (Ritla), mostrou que a discriminação está presente entre os jovens, na rede pública de ensino do DF. Do total, 16,3% dos alunos com mais de 18 anos, não gostariam de ter homosexuais como colegas de classe. Entre estudantes que têm entre 17 e 18 anos, o índice sobe para 20,5%. Entre os mais novos, com menos de 11 anos, o índice fica em 48,7%. A pesquisa foi realizada com 9.937 estudantes, que foram ouvidos no ano de 2008 em 84 escolas das 14 Diretorias Regionais de Ensino”.

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– E, enquanto isso a Vodafone pede desculpa por mensagem homofóbica publicada por funcionário. Em inglês, com printscreen do tweet que causou a celeuma, aqui.

Ainda sobre o abaixo-assinado dos bispos contra o PNDH-3

Só atualizando: o abaixo-assinado dos 67 bispos contra o PNDH-3, que eu publiquei aqui na semana passada, encontra-se disponível no site da Arquidiocese do Rio de Janeiro. No da CNBB, ao que me conste, ainda não.

E saiu na mídia secular: Bispos condenam Programa de Direitos Humanos em texto.

Bispos condenam Programa de Direitos Humanos em texto.

Comissão Episcopal para a Vida e a Família contra o PNDH-3!

Eu acredito em milagres. Por isso, considero uma extraordinária graça de Deus a recente mudança de comportamento de alguns setores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Após o panfleto da Regional Sul 1 que comparava Lula a Herodes, fui hoje (positivamente) surpreendido por dois artigos publicados no site da Pastoral Familiar da CNBB.

1. O Brasil é pego de surpresa pelo Programa Nacional de Direitos Humanos do presidente. “O Programa de Direitos Humanos, do presidente da República, trata-se de iniciativas que se manifestam em atitudes antiéticas, arbitrárias, agressivas, antidemocráticas, intolerantes, preconceituosas, um atentado à justiça e uma violação à Constituição Federal” – Pe. Luiz Antonio Bento.

2. Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família sobre O Programa Nacional de Direito. “Repudiamos toda lei ou doutrina que em nome dos Direitos Humanos, defende o aborto, destrói a família, desrespeita o direito natural e impõe o pensamento de uma minoria. O povo brasileiro já se manifestou em sérias pesquisas, contrário ao aborto, ao casamento de pessoas homossexuais, e elegeu a família como maior bem social.  A democracia e a ética foram gravemente lesadas neste lamentável episódio” – Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina/PR.

Bravo! Deus seja louvado! Os contatos da Pastoral Familiar podem ser encontrados aqui. Enquanto isso, não encontrei nenhuma menção, menor que fosse, a nada disso no site nacional da CNBB – nem mesmo na parte do site dedicada à Comissão Episcopal para a Vida e a Família! Por que não divulgar precisamente aquilo que as comissões episcopais estão fazendo de melhor?

Curtas

– Os ateus não gostaram do panfleto da Regional Sul 1 da CNBB contra o PNDH-3. No “Bule Voador”: “Todos conhecemos a incrível capacidade da CNBB e da Igreja Católica para se pronunciar em assuntos que deveria deixar para especialistas. (…) A vítima agora, é inclusive uma pessoa declaradamente cristã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Alguém avise aos “humanistas” que se dizer cristão é bem diferente de sê-lo.

La Iglesia católica, en el punto de mira del lobby homosexual en todo el mundo. E não poderia ser diferente. A aplicação da velha história de “como cozinhar um sapo” (que, em espanhol, ficou “una rana”): “No se trataba ya de pelear, sino de conseguir con mano izquierda y buena presencia que el americano medio llegara a pensar con un bombardeo mediático incesante que «la homosexualidad solo es otra cosa y se encogiera de hombros. De esa manera – aseguraba Kirk [neuropsiquiatra]-, la batalla por tus derechos y tu reconocimiento estaría virtualmente ganada y solo sería cuestión de esperar»”.

Deus e a terra, do Schwartsman. Só queria apontar que (a) Epicuro é um falso paradoxo, como o próprio articulista comenta; (b) o mal não é uma “aparência”, e sim uma ausência; e (c) é interessantíssimo que o articulista reconheça que o acaso, “a ausência de propósito”, são insuportáveis ao ser humano. Pena que tenha perdido uma ótima chance de se aprofundar nas causas dessa insuportabilidade.

O bebê de Frei Betto. O sujeito atingiu novos patamares de blasfêmia ao imaginar os filhos das núpcias de Santa Teresa de Ávila com Che Guevara (!!!!). Faço coro ao Reinaldo: “É chocante saber que este senhor é considerado um ‘pensador’ em certo círculos do Brasil”.

Dom Williamson diz que os diálogos entre a Santa Sé e a FSSPX são uma conversa de surdos. “Ou a Fraternidade trai a si própria, ou Roma se converte, ou então será um diálogo de surdos”. Infeliz posicionamento! Que a Virgem Santíssima, Sedes Sapientiae, interceda por estas disputationes theologicae.

Cardeal Hummes próximo de ser substituído. Não só ele, como também o cardeal Kasper (iminente) e o cardeal Re (por volta da Páscoa). Que o Espírito Santo ilumine o Papa Bento XVI, e o salve das mãos de seus inimigos!

A tragédia no Haiti

Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.

Íntegra do discurso de Zilda Arns no Haiti

Pedem-me que escreva sobre a tragédia no Haiti e, em particular, sobre o trágico falecimento da dra. Zilda Arns. Não o tinha feito antes por motivos diversos; faço-o, agora, mais em tom de justificativa do que para agregar alguma coisa a tudo o que já foi falado.

Muita coisa já foi escrita sobre o assunto, e de maneira muito melhor do que eu próprio poderia escrever. Basta procurar no Google. Há uma nota de solidariedade da CNBB, a insensível posição do Cônsul do Haiti no Brasil, há um pastor culpando o diabo pela tragédia e muito mais.

Em particular, o Reinaldo foi um dos primeiros a escrever, e o texto dele destaca aquilo que eu próprio destacaria na vida da pediatra: “[a] médica católica, a trabalhadora incansável em defesa das crianças (…) era contra o aborto e se opunha à aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias”. Este texto vale a leitura.

Não havia escrito também porque não tenho palavras para me expressar diante de uma tragédia da magnitude desta que se abateu sobre o Haiti. Quando ouvi, apressado, as primeiras notícias, achei que se tratava de um terremoto normal que havia vitimado algumas dezenas de pessoas. Quando soube depois que a cifra dos mortos está na casa das dezenas de milhares e, a dos desabrigados, na dos milhões, foi um verdadeiro choque. Diante desta multidão de seres humanos mortos, a perda de uma médica brasileira parece pequena, e soa-me quase como uma ofensa às vítimas da tragédia reduzir o luto ao falecimento da dra. Arns. O nosso luto é primeiramente pelo Haiti e – ainda mais – pela fragilidade da condição humana, que não pode acrescentar um côvado à duração da própria vida.

Acredito já ter dito aqui outras vezes que tragédias assim devem nos levar a considerar a brevidade de nossas vidas, quase como se fossem uma tentativa desesperada do Todo-Poderoso de fazer os homens relembrarem os novíssimos cuja meditação esqueceram. Lembro-me de Santo Agostinho, o qual cito de memória: todos os dias celebramos funerais e, no entanto, continuamos a nos prometer longos anos de vida. Na verdade, ninguém pode se prometer longos anos de vida. Ninguém pode garantir que vá viver até a próxima semana, até amanhã, até o fim do discurso que se está pronunciando. O terremoto do Haiti lembra-nos disso. Importa estarmos sempre vigilantes.

Ontem eu voltava para casa e, no Marco Zero (a praça pública do centro antigo da cidade), uma banda tocava cover de Raul Seixas. A música era outra, mas me lembrei do “Canto para a minha morte” que, se não tivesse sido composta pelo nada religioso baiano, eu diria ter sido feita para se meditar sobre o fim de nossas vidas. “Cada vez que eu me despeço de uma pessoa, pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez! A morte, surda, caminha ao meu lado, e eu não sei em que esquina ela vai me beijar”.

Não sabemos quando a morte vai nos encontrar – lembremo-nos do Haiti! Importa vivermos como se fosse na próxima esquina. Importa estarmos sempre preparados.

Gostaria de ter aqui em mãos o meu missal quotidiano, porque me lembro de que há algumas orações – não sei se de uma missa votiva – para tragédias e, especificamente, para terremotos. Pedindo ao Altíssimo que dê conforto às vítimas, que nos livre dos terremotos – aliás, isso tem também na Ladainha de Todos os Santos. A flagello terraemotus, libera nos, Domine. Já houve quem dissesse que nunca a terra tremeu tanto como nestes nossos dias, nos quais as orações que pedem a Deus proteção contra tragédias naturais foram abandonadas; não saberia dizer se é verdade. Mas saberia dizer, sim, que é útil pedir a Deus proteção contra as intempéries da natureza, e que não o fazer faz falta aos homens de hoje. E só o percebemos quando a terra treme, quando o mar se levanta revolto e engole cidades, quando os ventos raivosos destroem tudo. A fulgure et tempestate, libera nos, Domine – bem que poderíamos rezar mais vezes.

E não havia também escrito antes sobre a morte da Dra. Arns por não querer ser injusto ou leviano. Aliás, até mesmo agora tenho medo de o ser. Não morro de amores pela família Arns e não posso, em consciência, dizer que a mesma é um exemplo de fidelidade a Cristo e à Igreja. Por outro lado, também não posso, em consciência, negar a beleza do trabalho feito pela dra. Zilda Arns com a Pastoral da Criança, bem como naquilo que foi dito pelo Reinaldo Azevedo e que, na minha opinião, é a forma como ela gostaria de ser lembrada: “era contra o aborto e se opunha à aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias”. Daria um belo epitáfio.

Podem dizer que isso, sozinho, é meramente uma obra naturalista, sem valor sobrenatural. É verdade. Não quero canonizar desde já, no calor da comoção, a irmã do Cardeal Arns. No entanto, seria estúpido e profundamente injusto negar a importância do trabalho desta mulher para as crianças do Brasil e do mundo. A caridade verdadeira e a mera filantropia – concedamos! – podem ser materialmente indistinguíveis. Mas, se a distinção entre ambas é formal, torna-se temerário questionar de maneira leviana as intenções da dra. Zilda, as quais são somente de Deus conhecidas. Diante do Justo Juiz, cada um vai comparecer com as próprias culpas e as próprias boas obras, não as da família. E, boas obras, é indiscutível que Zilda Arns possui.

Disse acima que a perda de uma médica brasileira parecia pequena perto da multidão de mortos no terremoto do Haiti. No entanto, sem querer, absolutamente, relativizar a dor das famílias cujos membros sofrem no Haiti, seria também de uma injustiça atroz não lembrar, de modo particular, a dra. Zilda Arns. É importante dizer que a perda desta médica em particular, da fundadora da Pastoral da Criança, é sem dúvidas grande. Ela era contra o aborto, e era corajosamente contra o aborto; e, hoje em dia, isso faz falta.

E, para o cúmulo da hipocrisia, Lula e Dilma vão ao velório de Zilda Arns em Curitiba. O mesmo presidente Lula que desistiu de fazer novas mudanças no decreto e, assim, vai manter o compromisso do Governo com a descriminalização do aborto. Volto a citar o Reinaldo Azevedo: “Enquanto a esquerda de gabinete celebrava a sua tara pela morte naquele decreto vagabundo, Zilda celebrava a vida no Haiti. Os contrastes são ainda mais evidentes: enquanto ela morreu para dar a vida — e se opunha ao aborto —, outros viveram para matar, consideram o aborto uma redenção e tentam impô-lo à sociedade como medida de mero bom senso”. É incrível a cara de pau dessa gente.

Que o Deus Altíssimo tenha misericórdia de todos nós, pecadores. Que a Virgem Santíssima, Consoladora dos Aflitos, possa ser em favor dos que sofreram as terríves conseqüências da tragédia no Haiti; e que Ela, Porta do Céu, possa receber o quanto antes na Casa do Pai os que perderam as suas vidas sob a fúria do terremoto.

Requiem aeternam dona eis, Domine,
Et lux perpetua luceat eis.

Requiescant in Pace.
Amen.

Passando a vista por duas notícias

Supositório-bomba é nova arma da Al -Qaeda, diz ‘Figaro’. Eu juro que achei que era piada, quando vi no Twitter de manhã. “As investigações revelaram que o ativista islâmico não usava explosivos amarrados em um cinto, como ocorre normalmente. Ele carregava a bomba no interior de seu corpo, algo até então inédito, ressaltam os especialistas franceses”.

É algo parecido com o que faz o Coringa, no último Batman (O Cavaleiro das Trevas). A diferença é que, no filme, a barriga do infeliz havia sido aberta e costurada com os explosivos dentro. E, lá, o sujeito não parecia nem um pouco à vontade com o ideal suicida…

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Em nome da doutrina da proteção integral à criança, Justiça impede homossexual de adotar menina de 4 anos. No meio do patrulhamento ideológico gayzista em que vivemos, é uma decisão surpreendente. “O empresário Jonathas Ste­phen Barros Júnior foi habilitado para a adoção, mas com a condição de que a criança tivesse mais de 12 anos para dizer se está de acordo ou não em ter um pai que vive união estável com outro homem. Há quem diga que este pré-requisito é inconstitucional”.

Inconstitucional, inconstitucional, blá-blá-blá-blá-blá. Pra começo de conversa, onde é que a Constituição Federal estabelece as regras para adoção de crianças? Também não está prevista a “adoção homossexual” nem no Código Civil, e nem no Estatuto da Criança e do Adolescente. Qual o motivo da histeria?

Impeachment para o presidente Lula e Celso Amorim, no entanto, pela palhaçada que está sendo feita em Honduras, ninguém ousa pedir…

Para ler

1. Íntegra da nota em que o governo interino [hondurenho] acusa a ingerência de Lula. “[S]endo a presença do senhor Zelaya na missão do Brasil em Tegucigalpa um ato promovido e consentido pelo governo do Brasil, recai sobre este a responsabilidade pela vida e pela segurança do senhor Zelaya e pelos danos à integridade física das pessoas e às propriedades derivadas por permitir que se converta dita missão em uma plataforma de propaganda política e concentração de pessoas armadas que ameaçam a paz e a ordem pública em Honduras”.

2. Não Agüentamos Mais! (Carta ao Clero Italiano) – parte 1 e parte 2. “Nós, leigos, ousamos queixar-nos ao Clero, mas não somos anticlericais, são tais, esses sim, os que renegando o sacerdócio, recusam a instituição, sua dignidade, seus poderes. […] Nosso silêncio poderia ser culposa aquiescência, logo cumplicidade, que convidaria o mundo ridicularizar nossa fé, pisotear nossos mais amados e eternos valores”.

3. O abortamento legal e as mortes evitáveis. “Legalizar o abortamento e disponibilizá-lo na rede pública de saúde se trata de uma ação indispensável na luta por uma justiça social”. É o PSB. O partido ao qual vai se filiar o Gabriel Chalita. E então, Canção Nova?

Oração e doenças, aborto e STF

Saiu no Diário de São Paulo: Estudos mostram que oração ajuda na cura de doenças graves. “Em um estudo com 455 idosos internados, Koenig observou que a média de internação dos que frequentavam a igreja mais de uma vez por semana era quatro dias. Já os que iam raramente ou nunca chegavam a passar até 12 dias hospitalizados. Outra pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina de Dartinouth, revelou que a probabilidade de pacientes cardíacos morrerem após a cirurgia era 14 vezes maior entre os que não participavam de atividades religiosas. Em seis meses, 21 morreram. Já todos os 37 que se declararam extremamente religiosos tiveram alta”.

Isso não é evidência de sobrenaturalidade – até porque, até onde me conste, este efeito se observa independentemente da crença do doente, e pode muito bem ter as suas raízes em mecanismos psicológicos. Mas um amigo trouxe uma provocação interessante: se os que crêem são mais facilmente curados de doenças graves do que os que não crêem, será que a seleção natural não vai levar os ateus à extinção?

Enquanto isso, é noticiado que deve sair a qualquer momento a indicação de Toffoli para o Supremo Tribunal Federal, para ocupar a vaga do ministro Menezes Direito. Quem é José Antonio Dias Toffoli? Infelizmente – mas não surpreendentemente -, é mais um abortista. Que teve a capacidade de se dizer “contra o aborto e contra sua criminalização”.

E é “católico praticante”! Há exatamente um ano, eu escrevi aqui no Deus lo Vult! contra quem julga poder se dizer católico e fazer o contrário do que prega a Igreja, como se esta esquizofrenia espiritual fosse a coisa mais normal do mundo. Infelizmente, não há nenhuma novidade no STF: Lula indica mais um abortista, e mais um católico parece fazer parte do fã-clube das Católicas pelo Direito de Decidir. E, segundo o estudo supracitado, o dr. Toffoli parece ter maior expectativa de vida do que um Richard Dawkins da vida. E provavelmente pode fazer muito mais mal do que o nada ilustre cientista. E é “tão” católico praticante quanto o falecido ex-ministro. É impressionante. Tem coisas que só o PT faz por você.

Uh, olha o golpe aê!

Barreto: Dilma não motiva meu pedido de 3º mandato.

– Foi a certeza de que a continuidade das políticas do presidente Lula melhoraram a condição de vida da população nordestina. Hoje o sentimento da população em relação ao Lula é de alguém que olhou para os pobres e para o nordeste. Então eu, como intérprete do pensamento das minhas bases, fiz o que achei preciso.

[…]

A proposta de Barreto é permitir duas reeleições para presidente, governador e prefeito. A emenda prevê também a realização de um referendo em setembro, assim, faz valer para a eleição de 2010. Para Barreto, esta é uma maneira de assegurar “o jogo democrático”.

E o Brasil vai se transformando numa grande Venezuela…