Sobre o «sou feliz sendo prostituta» do Ministério da Saúde

A Gazeta do Povo de Curitiba publicou mais uma vez um corajoso e oportuno editorial: «Um apagão ético-jurídico», falando sobre a “campanha de apologia à prostituição que o Ministério da Saúde colocou e retirou do ar”. Trata-se da campanha que continha, entre outras, a imagem abaixo. O responsável por ela foi demitido após o escândalo.

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Não me parece crível que a veiculação dessa campanha possa ter sido um mero engano. Afinal de contas, exaltar a prostituição está perfeitamente de acordo com os rumos que a nossa elite “bem-pensante” julga necessário impôr ao país para o “modernizar” (a bandeira, inclusive, é despudoradamente defendida na Câmara pelo sr. Jean Wyllys, o deputado que parece ter um prazer doentio em se colocar a favor de tudo o que não presta). O mais provável é que a peça tenha sido calculadamente liberada para “sondar” a aceitação popular; se não houvessem chovido reclamações, eu sinceramente duvido de que o senhor Padilha tivesse se dado ao trabalho de mover mundos e fundos para retirar a campanha de circulação.

Mas voltemos ao editorial do periódico curitibano. A Gazeta do Povo é contundente no seu diagnóstico:

Em questões que envolvem a dignidade humana, a mera neutralidade do Estado já seria preocupante, por ser, no fundo, uma omissão. Mas pior ainda é ver o poder público abraçar essas plataformas, chegando-se a extremos como o “Eu sou feliz sendo prostituta”.

E, no fundo, trata-se exatamente disso. Palavras como “direitos humanos”, “dignidade humana” e similares são hoje em dia meros talismãs destituídos de significado, empregados no discurso político para justificar quaisquer barbaridades que os detentores do poder em um determinado momento histórico julguem por bem impôr à população. A prostituição é somente o aspecto menos tragável dessa revolução moral abjeta, uma coisa contra a qual os cidadãos ainda acham importante se levantar. É óbvio que não há nada de digno na mercantilização do sexo; que seja necessário defender publicamente isso contra uma campanha oficial do Governo do Brasil que afirma haver felicidade na prostituição, no entanto, serve para nos fazer ver quão densas são as trevas em que o Século XXI achou a sociedade brasileira mergulhada.

Em um comentário que enviei à Gazeta do Povo cumprimentando-a pelo editorial [coisa que, aliás, recomendo que todos façam; ou pelo site ou pelo email leitor@gazetadopovo.com.br], eu pontuei que nem sempre dignidade e liberdade andam de mãos dadas. O livre-arbítrio humano, que sem dúvidas é parte constituinte da nossa dignidade, por sua própria natureza pode ser empregado para nos degradar. Qualquer pessoa há de convir que existem diversas formas pelas quais um ser humano pode degradar-se a si mesmo, e que portanto somente o binômio “voluntário” x “coagido” não se revela satisfatório para nos dizer se certas atitudes são dignas ou não. É importante defender a liberdade sim, mas isso não nos pode fazer fechar os olhos à existência de certas coisas que, por mais que nos incomodem e desconcertem, são ao mesmo tempo radicalmente voluntárias e vergonhosamente indignas. E, se é sem dúvidas necessário defender a liberdade, não se pode nunca, a este pretexto, louvar a degradação humana.

Guerra ideológica e grupos de risco

Na esteira da recente decisão do Conselho Nacional de Justiça de obrigar os cartórios de todo o Brasil a realizarem casamentos gays, há duas notícias que merecem ser melhor divulgadas.

A primeira delas é esta do IPCO, que faz uma sóbria leitura do que está acontecendo no país a respeito desta onda de concessão de falsos direitos (cada vez mais exagerados) ao vício contra a natureza. Ainda, apresenta uma iniciativa (foi a primeira vez que eu a vi) que tem potencial para se tornar interessantíssima: uma página para “contato com a imprensa”, contendo os endereços de email de diversos veículos de comunicação a nível nacional e estadual, bem como um breve texto sobre «Como aumentar o efeito de sua carta à imprensa» que merece uma leitura.

O grande problema do Brasil contemporâneo é a enorme discrepância que existe entre as posições ideológicas dos Quatro Poderes e as dos demais cidadãos, meros mortais. Quanto mais estes puderem se fazer ouvir, melhor, e neste sentido é muitíssimo bem-vinda qualquer iniciativa que se proponha a tirar o tal “povo brasileiro” dos discursos demagógicos e trazê-lo para o protagonismo da vida social verdadeira. Há uma guerra ideológica em curso, e simplesmente não faz sentido nos omitirmos de lutá-la.

A segunda notícia é esta d’O Estado de São Paulo, replicada por Zero Hora: HIV ainda desafia saúde pública. Vem da imprensa laica, portanto. Os dados apresentados nela são os seguintes:

Nos dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2012, homens que fazem sexo com homens aparecem como de maior vulnerabilidade: 10,5% estão infectados [com o vírus da AIDS]. Na população em geral, a incidência é de menos de 0,5%.

A desproporção salta aos olhos: na população em geral, nós só encontramos um soropositivo a cada 200 pessoas. Entre os tais «homens que fazem sexo com homens»gays, portanto, por mais que os homossexuais “puros” aparentemente não queiram ser contados entre eles e vice-versa -, é um a cada dez! Por mais que o tempo passe, os grupos de risco continuam existindo, e mudar a forma como se lhes denomina («Não é mais uma questão de se falar em grupo de risco — como ocorreu no começo da epidemia e criou estigmas até hoje dolorosos —, mas entender quem está mais vulnerável», fala Alexandre Naime Barbosa, infectologista entrevistado na matéria) é somente uma tentativa cômoda de mascarar o problema. É óbvio que não o resolve, e nem muda o fato de que há proporcionalmente muito mais soropositivos entre os que vivem como em Sodoma do que entre os que vivem como a Igreja prega! Que aos olhos de muitos Ela seja culpada pela epidemia da AIDS no mundo ao mesmo tempo em que se exalta nas alturas o homossexualismo é somente outro sintoma das loucuras e contradições do mundo moderno.

Tem mais um detalhe. Essa notícia não é muito diferente de outra que eu comentei há quase cinco anos aqui no Deus lo Vult!; na verdade é praticamente igual. Em meados de 2008 eu disse aqui: «Os “[h]omens que fazem sexo com homens são 19 vezes mais propensos a contraírem o vírus HIV do que a população em geral”, como diz o GLOBO» – os dados eram a nível mundial. A matéria de então d’O GLOBO ainda está lá.

Cinco anos, toneladas de camisinhas e milhões gastos com campanhas anti-homofobia depois, os gays em questão ainda são 20 vezes mais propensos a contraírem o HIV do que a população em geral! A realidade não tem compromissos ideológicos. E, depois de fracassos acumulados sobre fracassos, é espantoso que aparentemente ninguém nunca se pergunte se estão de fato fazendo a coisa correta para combater a AIDS. Mas a ideologia fala sempre mais alto: questionar o establishment é pecado mortal, e é incompreensível que os nossos dados epidemiológicos ainda insistam em ser tão obscurantistas.

Atenção: Ministério da Saúde orienta como fazer aborto usando Cytotec!

[Publico na íntegra esta importante nota do Brasil Sem Aborto, denunciando um folheto do Ministério da Saúde que ensina a fazer aborto com Cytotec. A foto do citado folheto foi publicada no perfil da entidade no Facebook, e a dra. Lenise Garcia – presidente do movimento – o tem em mãos. Não veiculamos a íntegra do documento por razões óbvias: não temos interesse em divulgar o conteúdo de uma cartilha que ensina como fazer um aborto.

Quando a idéia de redução de danos para aborto ilegal foi aventada pelo governo brasileiro, nós protestamos aqui. E repetimos o nosso repúdio a esta agenda abortista que avança às escuras, de maneira sub-reptícia, por debaixo dos panos e longe do olhar crítico da sociedade brasileira. Fazemos coro à nota: em tempos de transparência, causa espécie que certas coisas ainda sejam conduzidas no subterrâneo da política.]

Nota do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida
(Brasil Sem Aborto)

Ministério da Saúde orienta como fazer aborto usando Cytotec

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No apagar das luzes de 2012, o Ministério da Saúde mandou imprimir uma cartilha com o título “Protocolo Misoprostol”, com as instruções para o uso desse medicamento abortivo, mais conhecido pela marca Cytotec, cuja comercialização é proibida no Brasil. O responsável pela publicação é o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde e o texto também se encontra disponível na Biblioteca Virtual do Ministério.

Contrariamente ao que é habitual em publicações governamentais, não há, em todo o folheto, nome de qualquer autor ou responsável.

O folheto aparenta destinar-se a público especializado, para a realização do dito “aborto legal” e outros usos. Em sua página 2, explicita: “apresentamos a seguir o Protocolo para Utilização de Misoprostol em Obstetrícia, em linguagem técnica, dirigido a profissionais de saúde em serviços especializados”. Entretanto, alguns aspectos chamam a atenção.

– A 1ª edição tem uma tiragem de 268.108 exemplares, sendo que dados recentes publicados no site da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) indicamque há no Brasil 22.815 médicos em atividade nessa área. A publicação ultrapassa, portanto, em mais de dez vezes, o número de profissionais aos quais teoricamente se destinaria.

– Contrariamente ao que é habitual em protocolos para atuação médica, o uso de Misoprostol não é comparado a outros medicamentos ou técnicas que seriam possíveis na mesma situação. Por exemplo, indica-se a dose e modo de uso para “indução do parto com feto vivo”, uma utilização não aceita pela FDA (Food and Drug Administration) americana, e para a qual existem alternativas. Os próprios fabricantes do Misoprostol alertaram para o risco de ruptura uterina quando ele é usado como indutor do parto.

– Ao contrário do que se diz na apresentação, a linguagem do folheto, especialmente em sua segunda parte, quando trata do uso, é sintética e direta, facilmente compreensível por público leigo. Praticamente se restringe às doses a serem utilizadas para o“esvaziamento uterino” no primeiro, segundo e terceiro trimestres da gestação.

Assim, mais do que ao médico que precisa tomar decisões de tratamento, o folheto parece dirigir-se a pessoas que já conseguiram ou pretendem conseguir clandestinamente a droga e tem dúvidas sobre como utilizá-la para realizar o aborto. Já em junho de 2012 a mídia brasileira noticiou que o Ministério da Saúde estaria preparando uma cartilha para a mulher que decidisse abortar.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/06/07/governo-prepara-cartilha-para-mulher-que-decide-abortar.htm

Quando o assunto veio a público, o Ministério da Saúde apressou-se a desmentir que estivesse trabalhando nessa política de “redução de danos”. Entretanto, a publicação desse folheto aponta novamente na mesma direção.

A Dra Lenise Garcia foi pessoalmente protagonista de um curioso fato envolvendo essa negativa do Ministério. Ela foi entrevistada pela TV Brasil, conjuntamente com o Dr. Thomas Gollop, no dia 12/06/2012, em vídeo que pode ser visto aqui:

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/video/28470/

No início da entrevista, o Dr. Gollop nega qualquer envolvimento do Ministério da Saúde nessa política de“redução de danos”, pois a cartilha estaria sendo elaborada pelo “grupo de estudos sobre o aborto” da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Entretanto, publicações desse grupo de estudos indicam a sua fonte de financiamentos: “O GEA não é uma organização não-governamental e não tem verbas próprias. Conta com o apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e seu foco é capilarizar a discussão do tema do aborto sob o prisma da Saúde Pública e retirá-lo da esfera do crime”. Fonte:

http://www.aads.org.br/gea/documentos/GEA_folheto_apresentacao.pdf

Além disso, a reunião estava marcada para acontecer no prédio do Ministério da Saúde, tanto que, ao ser convidada para a entrevista, a Dra Lenise foi informada de que esta ocorreria, às 8h00, em frente ao Ministério. Na noite anterior, recebeu um telefonema urgente da TV Brasil mudando o local da entrevista para o hotel em que estava hospedado o Dr. Gollop.

Em tempos de transparência, e diante do compromisso assumido na época eleitoral pela nossa presidente Dilma Rousseff de que o Executivo não trabalharia para a implantação do aborto no Brasil, os fatos mostram forte contradição entre as aparências e a realidade.

Brasília, 28 de Janeiro de 2013.

Lenise Garcia
Presidente

Jaime Ferreira Lopes
Vice-Presidente

“Mais uma vez a questão do aborto” – Dom Antonio Keller

[O bispo de Frederico Westphalen vem, mais uma vez, levantar a sua voz contra os que desejam implantar no Brasil o morticínio “legal” de crianças no ventre de suas mães. Que o Altíssimo possa recompensar Dom Antonio Keller! Tenhamos a certeza de que Deus não nos deixa desamparados e, do Alto, Ele vê e vela por nós. Nós não queremos o aborto no Brasil. Melhor fariam os nossos governantes se respeitassem a vontade do povo brasileiro, ao invés de ficarem inventando subterfúgios para instaurar, às escondidas, aquilo que ele sabe que não conseguirá à luz do dia.

Fonte: Diocese de Frederico Westphalen.]

DOM ANTONIO CARLOS ROSSI KELLER

PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA

BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

 

Nota Pastoral

“Mais uma vez a questão do aborto”

 

 

“Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.” (São Mateus 5,19)

 

Caros Diocesanos de Frederico Westphalen, irmãos e irmãs que compreendem o valor da vida humana.

Mais uma vez o Bispo Diocesano sente-se no dever, derivado de seu Ministério Episcopal, de vir a público e manifestar-se em relação ao tema do aborto. Mais especificamente, às veladas e covardes ações levadas a cabo por autoridades, que deveriam zelar pela defesa da vida, mas que “na calada da noite” estão empenhadas em implantar a prática do aborto em nossa Pátria, passando por cima da vontade da grande maioria da população que é contrária a esta prática.

Poucos dias atrás, os jornais “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo” e “Correio Brasiliense”, traziam, em suas primeiras páginas, notícias de ações que visam, na prática a implantação do aborto no país.

Somente a título de exemplo, para justificar esta preocupação em relação à introdução velada da prática do aborto, cito, em primeiro lugar “A Folha de São Paulo”. Em reportagem de capa afirmava que, segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães: O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO PASSARÁ A ACOLHER AS MULHERES QUE DESEJAM FAZER ABORTO E ORIENTÁ-LAS SOBRE COMO USAR CORRETAMENTE OS MÉTODOS EXISTENTES PARA ABORTAR. CENTROS DE ACONSELHAMENTO INDICARÃO QUAIS SÃO, EM CADA CASO, OS MÉTODOS ABORTIVOS MAIS SEGUROS DO QUE OUTROS.

A Folha afirmava ainda que o modelo será copiado do Uruguai, que o adota desde o ano de 2004.

A PROPOSTA, diz a FOLHA, FOI ABORDADA NA ÚLTIMA SEMANA DE MAIO PELA MINISTRA ELEONORA MENICUCCI, QUE AFIRMOU ‘SOMENTE SER CRIME PRATICAR O PRÓPRIO ABORTO, MAS QUE O GOVERNO ENTENDE QUE NÃO É CRIME ORIENTAR UMA MULHER SOBRE COMO PRATICAR O ABORTO’.

Depois de orientada sobre como praticar o aborto, uma vez consumado o delito, a mulher passaria por uma nova consulta para evitar maiores conseqüências pós aborto. Ainda segundo a Folha, PARA OS QUE DESENVOLVERAM A POLÍTICA, ELA NÃO SÓ É UMA ATITUDE LEGAL, COMO É ÉTICA E DE DIREITO HUMANO BÁSICO.

É preciso recordar que a matéria veiculada pela “Folha de São Paulo” traz dados inverídicos em relação aos números do aborto do Brasil. A “Folha” acolhe os números do governo, que afirma que há mais de um milhão de abortos por ano, no Brasil. Os números reais são bem outros. Hoje, no Brasil, acontecem cerca de cem mil abortos por ano, e este número está diminuindo pouco a pouco. Isto é o que pode se concluir dos próprios dados do Ministério da Saúde, que mostram que o número de internações por aborto no Brasil, nos últimos quatro anos, está diminuindo à taxa de 12% ao ano, todos os anos. Na matéria veiculada pelo jornal paulistano, não são apresentados os números reais, por exemplo, das internações por razões de aborto. Ao afirmar que são cerca de duzentas mil as internações por causa do aborto, o jornal não leva em consideração que destas duzentas mil, cerca de cinquenta mil são por causa do aborto provocado. As outras cento e cinquenta mil são devidas ao aborto espontâneo. Ou seja, há um propósito do governo, secundado pela “Folha de São Paulo” em inflar os números do aborto…

Há uma “Pesquisa Nacional do Aborto”, levada a cabo pela Universidade de Brasília em conjunto com a ANIS, que revela números mais reais: No Brasil, de cada duas mulheres que provocam o aborto, uma é internada. Portanto, se há cinquenta mil internações por ano por aborto provocado, isto significa que são realizados cem mil abortos por ano e não o milhão e meio de abortos provocados, números estes anunciados pelas autoridades.

A realidade mostra não só que os números dos que são contrários ao aborto, entre a população brasileira, estão aumentando. Mas que também as brasileiras estão abortando cada vez menos, no Brasil. Esta é a realidade dos números.

A Matéria de “O Estado de São Paulo”, por sua vez, trata da elaboração, por parte do Ministério da Saúde e de um “grupo de especialistas” de uma “cartilha” que tem como finalidade orientar as mulheres que desejam abortar. “A INTENÇÃO É FECHARMOS O MATERIAL DE ORIENTAÇÃO EM, NO MÁXIMO, UM MÊS”, AFIRMOU O COORDENADOR DO GRUPO DE ESTUDOS SOBRE O ABORTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA (SBPC), THOMAZ GOLLOP. O FORMATO FINAL DO PROGRAMA SERÁ DEFINIDO PELO MINISTÉRIO. A CARTILHA CONTERIA, POR EXEMPLO, INFORMAÇÕES PARA MULHER ESCOLHER O LUGAR DO PROCEDIMENTO“.

Já o “Correio Brasiliense” noticiava que ao longo do mês de junho uma comissão de trabalho se reunirá com os técnicos do Ministério da Saúde para formular uma norma técnica que servirá de base para um programa de aconselhamento para mulheres com gravidez indesejada. Além disso, o Correio informa que o Ministério da Saúde tem a intenção de liberar a venda de remédios abortivos, hoje de uso reservado à rede hospitalar. Desta maneira, os médicos poderão orientar as mulheres sobre como praticar o aborto seguro e os medicamentos necessários estarão nas farmácias amplamente disponíveis para o público.

Interessante que no decorrer de poucos dias, aparece como que uma onda gigantesca em setores do atual governo a favor, em última instância, do aborto, veiculada por grandes e importantes jornais do país.

Muito mais interessante e importante, seria recordar o compromisso que a atual presidente da República assinou, no dia 16 de outubro de 2010, durante a campanha eleitoral, declarando que: “SOU PESSOALMENTE CONTRA O ABORTO E DEFENDO A MANUTENÇÃO DA LEGISLAÇÃO ATUAL SOBRE O ASSUNTO. ELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NÃO TOMAREI A INICIATIVA DE PROPOR ALTERAÇÕES DE PONTOS QUE TRATEM DA LEGISLAÇÃO DO ABORTO E DE OUTROS TEMAS CONCERNENTES À FAMÍLIA E À LIVRE EXPRESSÃO DE QUALQUER RELIGIÃO NO PAÍS. […] COM ESTES ESCLARECIMENTOS, ESPERO CONTAR COM VOCÊ PARA DETER A SÓRDIDA CAMPANHA DE CALÚNIAS CONTRA MIM ORQUESTRADA“.

Assim, apesar de todas as negativas e desculpas, o que se vê, concretamente, é um encaminhamento por baixo dos panos de medidas que visam pura e simplesmente, a prática livre do aborto, já que o grupo que está elaborando, junto com o Ministério da Saúde a nova Norma Técnica que pretende criar em todo o país centros de orientação sobre o aborto, liberalizar a venda de drogas abortivas na rede nacional de farmácias e difundir uma cartilha que ensine as mulheres como e onde praticarem o aborto é exatamente o mesmo Grupo de Estudos sobre o Aborto, coordenado pelo mesmo médico Thomas Gollop, cujo convênio com o Ministério da Saúde estava sendo contratado pelo governo enquanto a atual presidente, na época candidata garantia que jamais promoveria o aborto no Brasil.

Ou seja, hoje, em nossa Pátria está acontecendo na prática um verdadeiro ataque que visa obter à revelia da atual legislação e da imensa maioria do povo brasileiro, a pura e simples liberalização do aborto. Há anos nosso país vem sendo alvo destes ataques, já que há muito dinheiro investido por organizações estrangeiras para obter, por razões ideológicas e de cunho geopolítico, a pura e simples liberalização do aborto no Brasil e demais países da América Latina.

É preciso reagir a esta sanha abortista, que navega de velas soltas, alimentada por interesses desumanos, e que contraria o desejo da imensa maioria do povo brasileiro. Calar-se, fingir que o problema não existe e desvincular-se de uma ação de reação a esta sanha, é covardia e traição aos princípios mais elementares da fé cristã que professamos.

Escrevo esta “Nota Pastoral” ainda sob o efeito da tristeza pelo falecimento de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito de Guarulhos (SP), um digno e combativo Bispo da Santa Igreja Católica, que enfrentou com coragem e destemor até mesmo perseguições e calúnias, por sua intransigente defesa da vida.

Há dias, do leito do hospital, Dom Bergonzini escrevia: “Se Ele determinar que eu continue por aqui, todos daremos as mãos e seguraremos nas mãos de Deus para, juntos, combatermos as iniquidades e propagarmos o Evangelho por todos os telhados… e por todos os meios existentes”.

Deus determinou outra coisa, e este seu servo certamente já goza da visão beatífica. Sua dedicação em defesa da vida deve servir-nos de alento neste combate exigente.

Sabedores de que o aborto é um pecado gravíssimo contra Deus e contra a humanidade, venho apresentar algumas indicações práticas, no sentido de que se busque reagir contra esta imposição por parte das autoridades que deveriam cuidar e promover a vida. É preciso frear estes ataques à vida humana. Tais indicações são oferecidas pela Comissão de Defesa da Vida, do regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) e enquadram-se no direito que todos nós, católicos temos, como cidadãos deste país, em nos manifestar.

 1. Telefonar, enviar fax e mensagens ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência, mostrando com clareza, ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência que o povo brasileiro compreende exatamente o que nosso governo está fazendo e não está de acordo com a implantação do aborto no país.

2. Pedir em seguida (e isto é importante, já que são aqueles que estão à frente destas ações de violência à vida):

(A) A DEMISSÃO IMEDIATA DA MINISTRA ELEONORA MENICUCCI DA SECRETARIA DAS MULHERES.

(B) A DEMISSÃO IMEDIATA DO SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, HELVÉCIO MAGALHÃES.

(C) O ROMPIMENTO IMEDIATO DOS CONVÊNIOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE COM O GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE O ABORTO NO BRASIL.

Os contatos para estas manifestações são os seguintes:

– CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA:
GLEISI HELENA HOFFMANN, MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL

TELEFONES: (61) 3411-1573, 3411-1935, 3411-5866, 3411-1034

FAX: (61) 3321-1461, 3322-3850

MAILS:  casacivil@presidencia.gov.br

– MINISTÉRIO DA SAÚDE:
ALEXANDRE PADILHA , MINISTRO DA SAÚDE

TELEFONES: (61) 3315-2392, (61)3315-2393, (61) 3315-2788, (61) 3315-9260, (61) 3315-9262

FAXES: (61) 3224-8747, (61) 3315-2680, (61) 3315-2816

MAILS: ministro@saude.gov.br

– SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE:
HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES

TELEFONES: (61) 3315-2626 3315-2133

FAX: (61) 3225-0054

MAIL:  helvecio.junior@saude.gov.br

 

Que Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria e nos livre da praga do Aborto.

 

Frederico Westphalen, 13 de junho de 2012.

Festa Litúrgica de Santo Antonio

Padroeiro da Catedral Diocesana


Redução de danos para aborto ilegal: mais uma investida pró-aborto do governo

As atuais políticas de redução de danos não fazem sentido. Acho que nunca conheci alguém que fosse defensor entusiasta delas e, ao mesmo tempo, não nutrisse uma simpatia mal-disfarçada pela prática cujos “danos”, supostamente, se está querendo minimizar. Na teoria, tais políticas deveriam servir para minimizar os impactos de uma prática nociva enquanto se trabalha diligentemente por sua erradicação; na prática, elas servem para anestesiar as consciências e acostumar as pessoas (e o orçamento público) a determinadas atitudes pouco aceitas pela sociedade enquanto se planeja (e se executa) a sua inserção social.

E a coisa se reveste de uma particular perversidade quando alguém propõe políticas de redução de dano para o aborto. A notícia já provocou reações bastantes fortes internet afora. À guisa de exemplo, trago duas.

Primeiro, o Reinaldo Azevedo, dizendo que o Ministério da Saúde estuda forma oblíqua de legalizar e patrocinar o aborto. Destaco: «Dilma era favorável à legalização do aborto. Disse isso mais de uma vez. Declarou ter mudado de opinião quando se fez candidata. […] Eleita, Dilma nomeou para o Ministério das Mulheres uma abortista fanática e aborteira confessa e mantém o tema como agenda permanente do governo, embora escolha sempre um caminho oblíquo».

Depois, este excelente editorial da Gazeta do Povo sobre o assunto. Excerto: «A população brasileira não quer o aborto livre – fato demonstrado por inúmeras pesquisas. Todas as tentativas de legalizar a prática foram, até o momento, barradas pelo Congresso Nacional. É lamentável que, na contramão do desejo dos cidadãos e da garantia do direito fundamental à vida, o governo federal siga insistindo em maneiras de contornar a legislação e permitir a eliminação indiscriminada de inocentes».

Não se trata, por óbvio, de socorrer as mulheres que tenham complicações por conta de abortos clandestinos já consumados. É óbvio que não é este o objetivo destas novas políticas, uma vez que jamais passou pela cabeça de ninguém defender que se negue assistência médica às mulheres que chegam aos hospitais após saírem das clínicas dos aborteiros. O objetivo orquestrado aqui (e na questão do aborto dos anencéfalos, dos embriões humanos destruídos em pesquisas, em “normas técnicas” de atenção humanizada ao abortamento, na alquimia jurídica transmutando um crime em um dever do Estado, na nomeação de abortistas escancarados para postos-chave da administração pública, no anteprojeto de reforma do Código Penal, etc., etc.) é claramente a implantação do aborto no Brasil à revelia da população.

Sim, porque a população brasileira é majoritariamente contrária ao aborto, como lembrou recentemente a Dra. Lenise Garcia. E esta ubiqüidade subreptícia da agenda abortista no Brasil só revela o quanto o nosso atual governo está pouco se lixando para os anseios da população brasileira, ao menos tempo em que trabalha com afinco para honrar os compromissos abortistas assumidos com entidades e organismos internacionais.

As preocupações do Ministro da Saúde

Quatro dias atrás: Brasil não precisa se preocupar com gripe suína, diz Lula.
Ontem: Ministro descarta pânico, mas diz que chegada da gripe suína ao Brasil é inevitável.

Eu não questiono tanto assim os erros, os enganos de percurso, os equívocos de avaliação; isso é normal e todo mundo faz. O que me incomoda profundamente é a bazófia das autoridades que não têm o menor pudor em fazer declarações apressadas e irresponsáveis, julgando-se intocáveis e protegidas, por alguma razão misteriosa (competência de governo é que não é), de todos os males que afligem o mundo.

A Folha de São Paulo diz [agora, quando escrevo] que 60% das pessoas têm medo da gripe suína. O Brasil tem sete casos suspeitos [aliás, vi que tem um em Pernambuco sendo monitorado…]; a OMS chegou a dizer que uma pandemia é inevitável! Oras, se o ministro Temporão disse por telefone ao presidente Lula  no domingo passado que o Brasil não precisava se preocupar “por enquanto” com a gripe suína… “por enquanto” significava, então, seis dias? E será que não havia mesmo necessidade do Brasil se preocupar com a gripe suína no início da semana, ou foi só [mais] um caso de empáfia do senhor ministro do Ataúde?

“Temos um plano de contingência estruturado desde 2005”, diz o ministro à Band. Gostaria muitíssimo de acreditar que isso é provável, dado que o surto só ocorreu este ano; ademais, um ministério que não se preocupa na semana anterior com a epidemia que hoje diz ser inevitável, acaso poderia ter se preocupado há quatro anos com a epidemia então inexistente? Ou é mais fanfarronice?

É por isso que eu temo pelo Brasil: as autoridades estão sempre mais preocupadas em passar uma [falsa] sensação de segurança do que em arregaçar as mangas para trabalhar naquilo que precisa ser feito. Se o Brasil não consegue dar conta da dengue, terá acaso condições de enfrentar uma pandemia? Que a Virgem Santíssima, Salus Infirmorum, seja em favor desta Terra de Santa Cruz.

A Novilíngua Gay

– Não vês que todo o objetivo da Novilíngua é estreitar a gama do pensamento? No fim, tornaremos a crimidéia literalmente impossível, porque não haverá palavras para expressá-la. Todos os conceitos necessários serão expressos exatamente por uma palavra, de sentido rigidamente definido e cada significado subsidiário eliminado, esquecido.

[…]

Como será possível dizer “liberdade é escravidão” se for abolido o conceito de liberdade? Todo o mecanismo do pensamento será diferente. Com efeito, não haverá pensamento, como hoje o entendemos.

[George Orwell, 1984, apud Mídia Sem Máscara]

A linguagem é evidentemente importante para o pensamento; via de regra, nós pensamos por meio de palavras, e as palavras (a rigor, as idéias significadas pelas palavras – não é trivial concebermos uma idéia sem que a associemos a uma palavra para a designar) que nós conhecemos provocam uma inegável influência nos raciocínios que nós somos capazes de produzir. A pior escravidão, portanto – eis o cenário surreal imaginado por Orwell – é a escravidão do pensamento que nem mesmo sabe ser escravo, pois não tem sequer consciência do significado de “escravidão”.

Era nisso que eu pensava quando li uma notícia segundo a qual a ONG Anis havia feito uma pesquisa em livros e dicionários e “descoberto” que eles eram homofóbicos (ou pelo menos “homoindiferentes”). Sem nenhuma surpresa para nós, esta baboseira foi financiada pelo Ministério da Saúde.

“Livro didático ignora diversidade sexual”; não tenho certeza de que a conclusão da pesquisa seja verdadeira. Se for, Deo gratias!, porque ainda não estamos no fundo do poço e nossas crianças ainda não estão sendo (tão) expostas à deformação nas escolas. Não existe “diversidade sexual”, de modo que os livros fazem muito bem em ignorar as coisas que não existem. A diversidade aqui é dupla: masculino e feminino, ponto. Agora, independente disso, existem as depravações comportamentais sexuais, que aí podem incluir qualquer coisa, ao gosto do freguês, desde relações entre pessoas do mesmo sexo até relações com defuntos, ou com animais, ou com carros, ou com cabeças de frango (atenção! Conteúdo textual inadequado!), et cetera, et cetera, et cetera. Não há limites. Por acaso os livros didáticos para as crianças deveriam cobrir esta gama interminável de horrores? Tal despautério absurdo só faz sentido na cabeça dos gayzistas que, financiados com dinheiro público, não desejam senão transformar o mundo numa grande Sodoma.

Não me incomodam tanto as conclusões disparatadas da tal Anis; o que me deixa realmente preocupado é o previsível passo seguinte: a substituição da linguagem. Os dicionários são homofóbicos? Que sejam reescritos na forma de apologias gayzistas! Os livros nada falam sobre os depravados? Transformem os livros em contos de pornô gay! E, assim, o sentido das palavras vai sendo perdido, e as mentalidades vão sendo (de)formadas dentro da agenda gayzista. Quando for proibido falar em “anti-natural” (aliás, palavra cujo sentido já foi, em larga escala, perdido…) para se referir às depravações sodomitas, e as pessoas acabarem de perder completamente o senso moral por não serem nem mesmo capazes de chamar o erro de erro e de conceituá-lo como aquilo que ele é, então o pesadelo de Orwell estará realizado. Acho que nem mesmo ele jamais acreditou que tal situação absurda pudesse existir fora dos seus escritos.

Assuntos diversos

Foi criada a CPI do aborto! De acordo com a notícia veiculada por G1, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, assinou terça-feira (08) a criação da CPI que “investigará o comércio de substâncias abortivas e a prática de aborto”. Já não era sem tempo;  desde fevereiro que se fala nisso. Rezemos para que o crime seja combatido, e o assassinato de crianças inocentes não seja tratado pela sociedade com indiferença e impunidade.

No Senado, o sen. Gerson Camata “criticou em Plenário a edição de uma cartilha, pelo Ministério da Saúde, intitulada “O álcool e outras drogas alteram seus sentidos, mas não afetam seus direitos no serviço de saúde”, com orientações para o consumo de maconha, crack, cocaína e ecstasy”. A política criminosa de “redução de danos” está ganhando força no Brasil; questiona o senador – muito apropriadamente – “se é lícito usar dinheiro público para ensinar a usar cocaína, crack, maconha”. Um mínimo de bom senso e uma lufada de ar fresco contra os descalabros feitos pelo Ministério do Ataúde – que, ao parecer, só se preocupa em gastar dinheiro financiando  caravanas abortistas Brasil afora, incentivando a depravação das crianças nas escolas públicas, custeando cirurgias mutiladoras para “transexuais” e, agora, ensinando os cidadãos a usarem drogas, enquanto o povo brasileiro sofre com o precário serviço de saúde oferecido pelo Governo.

Frei Betto traz uma “nova versão” do Pai Nosso; ele deve pensar que Nosso Senhor não teve competência para ensinar os discípulos a rezarem como devia, ou deve ter se esquecido daquela passagem bíblica onde Jesus fala que as Suas palavras não passarão jamais. A caricatura blasfema da oração dos filhos de Deus só revela o quanto está perdido o frade (?) dominicano. Que Deus tenha misericórdia dele.

– Ainda falando em blasfêmia, rezemos fortemente em desagravo pelo que fizeram no México: uma modelo como a Virgem Maria na capa da Playboy (!!!). Nem encontro palavras para exprimir o horror diante do horrendo sacrilégio. Que Nosso Senhor tenha misericórdia de nós todos, e a Virgem Santíssima possa aplacar a ira do Todo-Poderoso.

– O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez – que vetou recentemente a lei pró-aborto aprovada pelo Senado do seu país – desvinculou-se do partido socialista ao qual pertencia. Parabéns, mais uma vez, ao político que mostra coerência de vida e intransigência nos valores fundamentais. Aqui, no Brasil, quantas pessoas seriam capazes de fazer isso? Quantos “católicos” vivem em promíscua relação com o partido abortista que hoje governa o país?

O calendário do Vaticano que mostrava algumas fotos de jovens e bonitos padres, e que provocou uma enorme discussão em diversos lugares da internet uns dias atrás, era um hoax! De acordo com este site, eram modelos vestidos de padres, e não sacerdotes verdadeiros. Graças a Deus.

Ministério da Saúde financia ABORTO na UNE!

Incrível: o Ministério da Saúde está promovendo o aborto com recursos públicos por meio da União Nacional dos Estudantes! Segundo notícia da Folha de São Paulo, o “Ministério da Saúde deslocou R$ 2,8 milhões, previstos no Orçamento deste ano para apoio à educação permanente de trabalhadores do SUS (Sistema Único da Saúde), para financiar a “Caravana Estudantil da Saúde”, organizada pela UNE (União Nacional dos Estudantes)”.

Quase três milhões de reais! Cabe perguntar – o que a UNE tem a ver com o Ministério da Saúde? Infelizmente, a única resposta que se apresenta é: a tal “Caravana Estudantil da Saúde” é um veículo de apologia descarada ao aborto. Está no site da UNE que esta Caravana é “uma iniciativa que pretende levar para as universidades debates sobre o aborto e demais temas relacionados à formação da juventude como drogas e alcoolismo”. E, para que não fiquem mais dúvidas sobre em quê está sendo aplicado o dinheiro público, o roteiro da Caravana do Ataúde é o seguinte (destaques meus):

RIO DE JANEIRO
14 – Quinta-feira – Estácio de Sá
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura.

ESPÍRITO SANTO
18 – Segunda-feira – UFES
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

MINAS GERAIS

20 – Quarta-feira – UFMG
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura.

22 – Sexta-feira – PUC
Manhã – Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – Saúde, educação e cultura.

SÃO PAULO
26 – Terça-feira – USP
Manhã – Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite – Saúde, educação e cultura.

28 – Quinta-feira – UNINOVE
Manhã – UNINOVE – Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – UNIP – Saúde, educação e cultura.

SETEMBRO

PARANÁ
01 – Segunda-feira – PUC
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura

SANTA CATARINA
03 – Quarta-feira – UFSC
Manhã – Direitos sexuais e reprodutivos e a violência de gênero
Noite – Saúde, educação e cultura.

RIO GRANDE DO SUL
05 – Sexta-feira – UNISINOS
Manhã – Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – Saúde, educação e cultura.

MATO GROSSO DO SUL
09 – Terça-feira – UFMS
Manhã – Saúde e sexualidade
Noite – Saúde, educação e cultura.

MATO GROSSO
11 – Quinta-feira – UFMT
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

RONDÔNIA
16 – Terça-feira – UNIR
Manhã – Saúde e sexualidade
Noite – Saúde, educação e cultura.

ACRE
19 – Sexta-feira – UFAC
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

AMAZONAS

23 – Terça-feira – UEA
Manhã – Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite – Saúde, educação e cultura.

RORAIMA

26 – Sexta-feira -UFRR
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura.

AMAPÁ
30 – Terça-feira – UNIFAP
Manhã – Saúde e Sexualidade.
Noite – Saúde, educação e cultura.

OUTUBRO

PARÁ
03- Sexta-feira – UNAMA
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

MARANHÃO
08 – Terça-feira – UFMA
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura

PIAUÍ
10 – Sexta-feira – UFPI
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública
Noite – Saúde, educação e cultura.

CEARÁ
14 – Terça-feira – UFC
Manhã – Violência de gênero e exploração sexual.
Noite – Saúde, educação e cultura.

RIO GRANDE DO NORTE
17/10 – Sexta-feira – UFRN
Manhã – Saúde e sexualidade.
Noite – Saúde, educação e cultura.

PARAÍBA
21 – Terça-feira – UFPB – João Pessoa
Manhã – Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – Saúde, educação e cultura.

24 – Sexta-feira – UEPB – Campina Grande
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura

PERNAMBUCO
28 – Terça-feira – UNICAP
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

30- Quinta-feira – UFPE
Manhã – Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite – Saúde, educação e cultura.

NOVEMBRO

ALAGOAS
03 – Segunda-feira – UFAL
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura.

SERGIPE

05 – Quarta-feira – UFS
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

BAHIA
07 – Sexta-feira – UFBA
Manhã – Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo.
Noite – Saúde, educação e cultura.

11 – Terça-feira – UCSAL
Manhã – Drogas – Legalizar ou não?
Noite – Saúde, educação e cultura.

TOCANTINS
14 – Sexta-feira – UFT
Manhã – Lei seca, avanço ou retrocesso?
Noite – Saúde, educação e cultura.

GOIÁS
18 – Terça-feira – Católica de Goiás
Manhã – Saúde e Sexualidade.
Noite – Saúde, educação e cultura.

20/11 – Terça-feira – UFG
Manhã – Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública.
Noite – Saúde, educação e cultura.

DISTRITO FEDERAL

27/11 – Quinta-feira – UnB – Encerramento
Saúde, educação e cultura

Ver o Ministério da Saúde financiando uma programação escandalosa dessas (e olhe que eu não destaquei as questões sobre a legalização das drogas e sobre a saúde e sexualidade, porque senão o cronograma ia ficar todo vermelho) é deprimente. Quem vê tem a impressão de que o SUS está esbanjando dinheiro, uma vez que pode direcionar parte do seu orçamento para fazer cirurgias de mutilação, parte para financiar um “passeio” Brasil afora de uma caravana com o objetivo de defender o aborto nas universidades.

O Estado e a Depravação Sexual

Reinaldo Azevedo, hoje: protejam suas crianças do molestamento do Estado. É um texto longo, como o próprio Reinaldo diz, mas recomendo enfaticamente a leitura, para quem tiver estômago. Refere-se a um “kit” para as aulas de (des)educação sexual que o Ministério da Saúde está enviando às escolas. Não sei se a depravação está já generalizada por todo o território brasileiro ou se ainda se restringe à terra da garoa; mas as fotos exibidas pelo Reinaldo foram enviadas por uma pai de família que mora em São José do Rio Preto, no interior do Estado de São Paulo.

O tal kit contém coisas como um DIU, um diafragma, pílulas anti-concepcionais, pílula do dia seguinte, camisinha feminina e… um pênis de borracha (!), para ser usado nas aulas práticas (!) onde os alunos vão aprender a colocar a camisinha. O “público-alvo” desta educação petista são meninos e meninas de 12 ou 13 anos em diante. Não é novidade. Houve já, no ano passado, o escândalo da cartilha de educação sexual, lembrada pelo Reinaldo no texto acima linkado, e que vale a pena copiar aqui:

A cartilha sexual de Lula é destinada a jovens entre 13 (!!!) e 19 (!!!) anos, como se essa faixa etária existisse. Observem: estamos falando praticamente de uma criança e de um adulto, ambos expostos à mesma informação e, lamento dizer, estimulados a praticar sexo, inclusive entre si — o que pode até configurar crime. Tanto uns quanto outros lerão nas cartilhas entregues por Lula coisas assim:

– O beijo é como chocolate por “aguçar todos os sentidos” e “liberar endorfinas”. E tem uma vantagem: “queima calorias”, ao contrário do doce.
– Há espaço na cartilha para o estudante — de 13 a 19 anos, reitero — relatar suas “ficadas”. E o governo federal ensina que ficar compreende “beijar, namorar, sair e transar”.
– O pênis com a camisinha é chamado de “O pirata de barba negra e de um olho só [que] encontra o capuz emborrachado”. A associação entre pênis e pirata merece um estudo…
– O uso dos verbos no imperativo não deixa a menor dúvida: “Colocar o preservativo pode ser uma excelente brincadeira a dois. Sexo não é só penetração. Seduza, beije, cheire, experimente!”.

A cartilha de Lula é pornografia pura e simples. E eu não lastimo apenas o gosto estético de quem redigiu, mas também a saúde mental. Quem se dirige a crianças e adolescentes nessa linguagem tem problema. Precisa se tratar. Se algum adulto, na minha presença, referir-se a sexo, nesses termos, com as minhas filhas no ambiente, leva um tapão na orelha. Leva um pé no traseiro.

Sinceramente, isso já ultrapassa em muito todos os limites do tolerável. Estamos falando de um pênis de borracha! Como criticou muito apropriadamente o Reinaldo (que, óbvio, não publicou a foto do dito cujo), “alunos de 12, 13 anos estão sendo expostos a um “material didático” que não pode ser exibido em blogs e jornais voltados para o público adulto”. A educação dos filhos compete aos pais em primeiríssimo lugar, e só subsidiariamente ao Estado, como ensina a boa Doutrina Católica e também a Lei Natural. É óbvio ululante que esta pornografia chula ministrada em sala de aula para adolescentes de treze anos, além de ser uma agressão estatal aos direitos da Família, não pode provocar senão profundas deformações morais nos alunos. Crianças que têm contato com utensílios eróticos, que lêem material pornográfico e são incentivados a escrever neles as suas “experiências”, que são apresentadas a toda uma gama de apetrechos contraceptivos e abortivos (como o DIU ou a pílula do dia seguinte), que podem pegá-los gratuitamente e por si próprias nos postos de saúde (ou nas “máquinas de camisinhas” das escolas), que fazem “aulas práticas” nas salas de aula para aprenderem a sua utilização, tudo isso no clima da mais absoluta normalidade e não raro à revelia da sua família… que espécie de jovens irão se tornar? Será que é preciso ser psicótico ou neurótico, ou ultra-conservador e reacionário, ou alienado fundamentalista, ou estar vendo chifre em cabeça de cavalo, para perceber que tal processo não pode produzir senão monstros?

Evocam tanto a laicidade do Estado para retirar dos espaços públicos quaisquer referências a Deus ou à religião, sob o (furado) pretexto de que a exposição de um certo conjunto de crenças pode ferir as susceptibilidades das pessoas que não lhe são adeptas; mas e quanto a esta palhaçada pornográfica? Ela ofende, se não todas, uma parte sem dúvidas muito considerável das religiões existentes! Por que, quando se trata de impôr a depravação moral nas escolas públicas, o governo não se preocupa com a pluridade religiosa e a diversidade cultural do povo brasileiro – ao contrário, as desrespeita frontalmente? O Estado está firmemente empenhado em impôr a sua própria “moral” aos seus cidadãos, numa clara extrapolação das suas funções e num flagrante desrespeito ao seu povo. Colocam-se mil dificuldades para o ensino do Catecismo nas escolas; mas, para ensinar o anti-catecismo, o Partido é rápido e eficaz, e não aceita nenhuma discordância! Por acaso isto é governo? Isto é educação? Isto é respeito? Quanta patifaria!