Forma Extraordinária do Rito Romano na Canção Nova

Como alguns devem saber, foi celebrada no último domingo (15 de julho de 2012) uma Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano na Canção Nova. Quem a celebrou foi o revmo. padre Demétrio Gomes, já conhecido tanto dos que participam da comunidade quanto dos leitores deste blog. Este (inusitado) fato não significa o fim da batalha pela restauração da Liturgia, mas é um começo: um belíssimo começo, um bálsamo consolador dos Céus, um sinal de esperança de que a nossa luta não é em vão e pode dar frutos. E vai dar frutos, porque é um combate ad majorem Dei gloriam. Aspirando à maior glória de Deus.

Quanto às celeumas em torno desta celebração e da própria Canção Nova, remeto às lúcidas palavras do Pedro Ravazzano sobre o assunto. Em uma palavra, nós não estamos em condições de ficar exigindo perfeição total e absoluta de todos aqueles que nos dão indícios de estarem interessados em anunciar as riquezas da Igreja de Cristo. Mais especificamente: não havendo evidências de má-fé (como de fato não há), não faz sentido rejeitar em bloco todas as contribuições que a Canção Nova quer e pode dar à Igreja Católica no Brasil por conta dos problemas que (infelizmente) ainda existem na emissora. Uma coisa de cada vez. Trabalhar pela divulgação da solenidade da Liturgia significa simplesmente trabalhar pela divulgação da solenidade da Liturgia: isto não é (de modo algum) um apoio – explícito ou tácito – a todas as coisas divulgadas pela conhecida emissora carismática, da mesma forma que batalhar pela publicação de um artigo conservador, digamos, no Jornal do Commercio (íntegra aqui) não significa um apoio irrestrito a tudo o que o jornal publica. Isto precisa ficar bem claro.

Sem dúvidas é importante defender a Doutrina da Igreja e Sua praxis tradicional, mas é também urgente divulgar – positivamente, sem confrontos, sem embates – as riquezas da Sua Sagrada Liturgia. Este apostolado também é profícuo, também é importante; e não parece existir razão pela qual ele, podendo existir e havendo quem queira realizá-lo, devesse ser censurado.

O Silêncio do Cânon

Certa vez, não me recordo agora em que circunstâncias, eu disse para alguém que gostava mais da Missa [Tridentina] rezada do que da cantada. A afirmação pode parecer absurda, uma vez que a Missa cantada é objetivamente mais bonita do que a rezada até por definição: é mais solene, mais rica em símbolos, mais completa [nos acidentes, lógico], mais imponente; mais bonita, em suma. Eu o sei. Mas eu pensava n’alguma coisa de muito particular quando disse gostar mais da rezada: eu pensava naquele santo e sagrado silêncio que chega a ressoar nos ouvidos de quem está acostumado com as missas [mais ou menos] “bagunçadas” das nossas paróquias normais.

O silêncio! Lembro-me, inclusive, que eu pensava em um silêncio específico: no Grande Silêncio do Cânon, na Iconostase Ocidental, naquele silêncio de eloqüência maior impossível. Lembro-me ainda da frase que então empreguei: “a gente se ajoelha pecador [após o Sanctus] e se levanta [após a Doxologia Final] filho de Deus”. É um silêncio sublime e terrível que pesa sobre nós, disposição tão propícia para aquele momento terrível que outra mais adequada não consigo sequer imaginar.

O Sacerdote sobe ao Altar para oferecer à Trindade Santa o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo em expiação pelas nossas faltas. E nós, espectadores de tão inefável mistério, outra coisa não podemos fazer senão cair de joelhos e suplicar a misericórdia do Todo-Poderoso: se os próprios Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins tremem na presença do Altíssimo enquanto chamam três-vezes Santo ao Senhor dos Exércitos, como poderíamos nós – reles humanos! – resistir? Caiamos por terra e nada mais digamos, mudos (e imerecidos!) espectadores destes sublimes acontecimentos! Gosto de pensar que os próprios Anjos cobrem o rosto diante de Deus neste Novo Santo dos Santos, e desviam o olhar de Sua Face Terrível; nós, aqui na terra, imitamos os cobertos rostos angélicos por meio do nosso silêncio, e desviamos o nosso olhar quando, de joelhos, abaixamos a nossa fronte diante de Cristo Elevado na Cruz da Missa.

Pesa sobre nós este silêncio terrível propter peccata nostra; afastamo-nos de Deus e não somos dignos de falar diante d’Ele! A nossa atitude é a de um escravo que, surpreendido em delito por seu Senhor, abaixa a cabeça esperando o azorrague descer com violência sobre si. De repente, no entanto, eis que Alguém Se interpõe entre o Senhor e Seu escravo, entre o pecador e a Ira de Deus: eis que Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima, vem aplacar a cólera do Onipotente, vem levar sobre os Seus ombros os açoites a nós dirigidos, vem ser fustigado em nosso lugar! Diante de uma situação assim, repito, o que fazer senão calar-se e abaixar a cabeça? E é precisamente diante desta situação que nos encontramos sempre que assistimos a Santa Missa. Que outra coisa podemos fazer?

E o silêncio do Cânon é isto: é sentir o cutelo balançando sobre nossa cabeça e esperar o – merecido! – golpe fatal, tendo contudo a confiança, lá no fundo!, de que Outro vai recebê-lo em nosso lugar. A cada missa eu me ajoelho angustiado pensando que, desta vez, pode muito bem ser que o golpe divino recaia sobre mim: seria mais do que merecido. E, a cada missa, o per omnia saecula saeculorum me faz levantar agradecido e aliviado porque, [para mim] mais uma vez, Cristo ofereceu-Se em meu lugar.

Sobre os altares da Sé Primaz do Brasil

Na última quinta-feira, festa da Imaculada Conceição da Virgem Santíssima, foi celebrada em São Salvador uma missa na Forma Extraordinária do Rito Romano. Segundo o Fratres in Unum (que noticiou e publicou algumas fotos), foi a primeira vez que esta Santa Missa foi celebrada na Sé Primaz desta Terra de Santa Cruz depois de mais de quatro décadas.

Missa Tridentina, Comunhão Eucarística, Salvador

Eu não vi esta notícia divulgada em nenhum dos meios de comunicação seculares que, há pouco mais de uma semana, divulgavam mentirosamente uma Missa com acarajés na mesma capital baiana. E, no entanto, a Missa celebrada pelo Pe. Gilson Magno no dia oito de dezembro é que foi histórica. Indiscutivelmente histórica.

Ver Nosso Senhor voltar a ser imolado sobre os altares da Sé Primacial do Brasil segundo o rito que consagrou esta terra e santificou este povo ao longo de mais de quatro séculos e meio é histórico. Quem, ainda há poucos anos, haveria de imaginar algo assim? E, no entanto, ei-Lo que vive e que reina! Ecce Agnus Dei, superando – em muito – as nossas expectativas mais liberais. Louvado seja Deus no Santíssimo Sacramento do Altar.

A loucura da Cruz

Eu queria escrever este texto ontem, mas não tive tempo. Ontem, dia 14 de setembro, foi a Festa de Exaltação da Santa Cruz; foi também o aniversário (quatro anos!) de entrada em vigor do Motu Proprio Summorum Pontificum, e ainda o dia do esperado encontro entre a Congregação para a Doutrina da Fé e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

A exaltação da Santa Cruz, do Lenho Santo do Qual pendeu a Salvação do mundo: vinde, adoremos! «Per lignum servi facti sumus, et per sanctam Crucem liberati sumus. Fructus arboris seduxit nos, Filius Dei redemit nos». O mistério é portentoso demais para ser esgotado; as Escrituras Sagradas dirão que a linguagem da Cruz é loucura para os que se perdem. E onde a loucura?

Loucura entre todos os maus católicos inimigos da Santa Missa celebrada na Forma Extraordinária do Rito Romano, da Missa Gregoriana, Missa Tridentina, Missa de São Pio V ou seja lá o nome que lhe queiram dar. O ódio a esta forma piedosa e tradicionalíssima de celebração – de renovação do Sacrifício de Cristo no Calvário – não é, no fundo, outra coisa que não o ódio à Cruz de Cristo, o desespero diante das exigências de uma Fé [a Fé Católica e Apostólica, a Fé dos Apóstolos!] que parece seguir – em tudo – na contramão dos valores pregados pelo mundo de hoje.

Loucura entre os profetas de desgraças que sentem ojeriza pela aproximação da FSSPX à Sé de Pedro, e que intimamente torcem (quiçá rezem…) pelo malogro das conversações e para que os sacerdotes e fiéis ligados a Lefebvre permaneçam para sempre à margem da Barca de Pedro. Este ódio não é, também, outra coisa que não o ódio à intransigência da Fé Católica e Apostólica, às exigências da Cruz que não querem ver exaltada.

E, por fim, loucura nestas palavras de um Sucessor dos Apóstolos, que propõe-nos aos cristãos escondermos a Cruz (!) ao invés de A exaltarmos, em atenção aos infiéis sarracenos (!!). Sua Excelência termina seu texto dizendo que se deve tomar «cuidado com os marcados por símbolos». Eu diria a Dom Demétrio que, antes, devemos tomar cuidado – e muito! – com os marcados por ideologias estranhas à doutrina católica, ainda que se apresentem de mitra e báculo.

Porque nós, cristãos, somos marcados com o sinal de Cristo, e o sinal de Cristo é a Sua Cruz. «Estou pregado à cruz de Cristo» são palavras do Apóstolo (Gl 2, 19b); como podemos então não carregar em nossos corpos as marcas desta tão importante conformação a Nosso Senhor? Nós cristãos somos marcados indelevelmente com o caráter batismal e, mais tarde, com o selo do Santo Crisma. Os que ascendem às Sagradas Ordens recebem ainda um terceiro caráter indelével, o do Sacramento da Ordem. Ao evocar o adágio latino, Dom Demétrio esquece que ele próprio é três vezes marcado por Nosso Senhor. E, por via adversa, por linhas tortas, sem nexo causal, o bispo de Jales termina por dizer uma grande verdade: que os cristãos devem tomar cuidado com ele.

“Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6, 14). Que nós façamos nossas estas palavras de São Paulo. Que nós não nos gloriemos neste mundo, a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, na festa litúrgica de ontem exaltada. Que nós tenhamos sempre a ousadia de ostentar esta Cruz bem alto – sem respeito humano, sem receios de ofender hereges ou infiéis -, porque só assim as pessoas poderão ser atraídas a Ela. Que nós – como cantam as composições populares de antigamente – possamos sempre, aqui na Terra, cantar louvores à Santa Cruz, a despeito do que digam o mundo e os maus prelados.

Curtas

Imagem de Nossa Senhora e Missa na Forma Extraordinária em São Paulo. «Esta imagem é chamada de Imagem Sagrada, pois, estando exposta numa paróquia em Nova Orléans, verteu milagrosamente lágrimas humanas no dia 17 de julho de 1972. Investigação liderada pelo bispo de Nova Orléans concluiu não haver explicação natural para o fenômeno».

Do mesmo texto: «Em silêncio, devotamente e de olhar atento a tudo o que acontecia no altar, aqueles dois mil paulistanos suburbanos provaram-me definitivamente que a missa de São Pio V pode perfeitamente ser rezada para multidões. Embora a grande maioria dos presentes provavelmente nunca tenha assistido à missa antiga, não houve embaraços nem constrangimentos. Apenas alguns poucos presentes sabiam os momentos corretos de ajoelhar-se, levantar-se etc. e estes poucos foram suficientes para conduzir, pelo mero exemplo, a multidão a adotar a postura correta em cada parte da missa. Enganam-se, portanto, os que pensam que o Usus Antiquior é indicado apenas para pequenos grupos, de espiritualidade mais elevada».

A Virgem e a Eucaristia, como no sonho de Dom Bosco! Ambas – assim esperamos! – como um sinal de que as coisas estão melhorando. Como um prenúncio da vitória da Igreja.

Digno de menção, a propósito, o comentário sobre a Forma Extraordinária do Rito Romano. Eu sempre soube que o povo simples é perfeitamente capaz de assistir – e com muitíssimo fruto – a celebração do Santo Sacrifício segundo as rubricas anteriores à Reforma Litúrgica. São apenas os “sábios deste mundo” que, por não possuírem vida espiritual e por não entenderem as coisas de Deus, pretendem que os pobres também não a possuam ou as entendam…

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Luteranos voltam à Igreja CatólicaDeo Gratias, et iterum dico, Deo Gratias! «Todos os membros da ALCC [Igreja Católica Anglo-Luterana] se farão católicos. A diferença de algumas Igrejas Anglicanas, a ALCC não tem “posturas inamovíveis” A ALCC não está interessada em absoluto em “preservar um patrimônio”. Ao contrário, trata-se de uma Igreja profundamente “romanizada”, que trabalha com todas as suas forças para “desfazer” a Reforma, porque considera que foi um trágico erro de proporções épicas, que nunca devia ter acontecido, e procura restaurar a unidade da Igreja segundo os critérios da Igreja Católica. A ALCC não pede para preservar um “patrimônio luterano”. A diferença do patrimônio anglicano, o patrimônio luterano é essencialmente teológico e, ao ter compreendido plenamente as heresias do luteranismo e ao ter aceitado a fé católica, a única coisa que pede e por que reza a ALCC é que se lhe permita “voltar para casa” e entrar na Igreja Católica, como filhos pródigos arrependidos. A única coisa que queremos é nos dissolvermos na Igreja Católica, como católicos normais».

Isto, sim, são os verdadeiros frutos do Ecumenismo: a volta dos filhos pródigos à casa paterna, o retorno das ovelhas tresmalhadas ao único redil do Senhor. Há festa nos Céus. Que, a este exemplo, sigam-se outros e mais outros em profusão.

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– Enquanto isso, Lula chama de bobagem palavras de Nosso Senhor (!!). Sim, senhoras e senhores, o ex-presidente que é “católico a seu modo” abre a boca para blasfemar desta maneira. «Bobagem», disse o ex-presidente, «essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra».

E quem ainda não compreendeu que o Reino de Nosso Senhor não é deste mundo não foi capaz de chegar nem mesmo aos umbrais do Cristianismo. Passagens de uma sabedoria profunda que inspiraram grandes homens ao longo dos séculos são agora transformadas em “bobagem” por esta sumidade sapiencial que é o sr. Luiz Inácio, vergonha do Pernambuco que um dia lutou pela Fé.

O Lula quer um reino aqui e agora, aqui na Terra. Como são mesquinhos e fúteis os desejos do ex-presidente! Para quê tesouros na terra, onde as traças corroem e a ferrugem consome? Contra este materialismo infeliz – digno de pena, inclusive – do Lula, ficam as palavras de São Paulo: «Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima» (1Cor 15,19). Bom faria o Luiz Inácio se meditasse nesta passagem antes de abrir a boca para falar besteiras.

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As mentiras do filme “Ágora”. O filme não é de hoje (se não me engano, a versão brasileira veio com o nome de “Alexandria” e foi – tanto aqui quanto na Espanha – um estrondoso fracasso de bilheteria), mas talvez valha a pena se prevenir. «Não só havia cristãos nas aulas de Hipátia, não só havia bispos cristãos entre seu círculo de amigos, mas havia também teólogos cristãos – Agostinho, Ambrósio e Orígenes, só para citar os mais proeminentes –  e eles eram entusiastas defensores do neo-platonismo. Portanto, retratá-la como a campeã da nobre razão sobre os intolerantes cristãos primitivos é simplesmente ridículo».

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Motivações do terrorista de Oslo são anti-cristãs. Já que o assunto é recente, é bom deixar claro que este indivíduo não tem nada a ver com a “ultra-direita fanática” no mesmo sentido em que a expressão é (pejorativamente) aplicada aos cristãos que valorizam a sua Fé. Excerto:

O terrorista teria fundado, em 2002, em Londres, junto a outros ativistas, a ordem dos Pobres Companheiros de Cristo do Templo de Salomão, inspirado nos graus Templários da Maçonaria.

Esta suposta Ordem estaria aberta “aos cristãos, cristãos-agnósticos e ateus-cristãos”, quer dizer, a todos que reconhecem a importância das raízes culturais cristãs, “mas também “das judaicas e iluministas”, assim como “das pagãs e nórdicas”, por se oporem aos verdadeiros inimigos, o Islã e a imigração.

“Longe de ser um fundamentalista cristão – esclarece Introvigne – Breivik, batizado na Igreja Luterana da Noruega, define-se um ‘cristão cultural’, cujo apelo à herança cristã tem uma função instrumental anti-islâmica.”

As igrejas, segundo o terrorista, não estão dispostas a lutar contra o Islã. Por isso, ele propõe um Grande Congresso Cristão Europeu, do qual nasça uma nova Igreja Europeia e anti-islâmica. E ameaça diretamente o Papa Bento XVI, pois “abandonou o cristianismo e os cristãos na Europa e deve ser considerado um Papa covarde, incompetente, corrupto e ilegítimo”.

Convite: “Símbolos da Missa Tridentina”

[Repasso o convite que um amigo, o Miguel Frasson, enviou-me por email. Peço perdão pelo aviso vir tão em cima da hora; mas o assunto é muitíssimo interessante e os que puderem ir não irão perder o seu tempo. Ainda mais com o convite para se assistir em seguida à Santa Missa da Ascensão do Senhor na Forma Extraordinária do Rito Romano.]

Palestra: “Símbolos da Missa Tridentina”
Autor: Miguel Frasson
Local: Círculo Católico, Recife (R. do Riachuelo, 105, Recife – PE)
Data e horário: Domingo 05/06, às 9h.
Duração: 2h

Sobre a palestra: “O Rito Romano da celebração da Missa católica tem duas formas em vigor hoje: nova, que é a Missa celebrada correntemente, e a antiga, conhecida como Missa tridentina, celebrada em todo lugar até tempo de nossos avós. Em sentido de promover o rito romano antigo, mostraremos como os principais eventos da história da salvação, desde a criação até Pentecostes, podem ser vistos nos símbolos (gestos, vestimentas, orações) deste belo rito da Missa.

A palestra é acessível a qualquer católico, não sendo necessário nem mesmo conhecer a Missa antiga.  Pode ser uma primeira explicação para quem não a conhece.

Após a palestra, quem se interessar, está convidado a assistir a Missa antiga que se celebra às 12h, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, na Rua Nova, a apenas 600m do local da palestra”.

Instrução Universae Ecclesiae – sobre a aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum

[Publicando ainda sem ler, assim que encontrei. Esta instrução era esperada, literalmente, há anos! Depois teço comentários com mais calma. Hoje é dia da Virgem de Fátima! Que Ela interceda por nós. Que Ela ajude a Igreja. Que Ela nos ajude a todos.

Fonte: Sancta Missa Portugal]

PONTIFÍCIA COMISSÃO ECCLESIA DEI

INSTRUÇÃO
Sobre a aplicação da Carta Apostólica
Motu Proprio Summorum Pontificum
de S. S. O PAPA BENTO XVI

I.
Introdução

1. A Carta Apostólica Summorum Pontificum Motu Proprio data do Soberano Pontífice Bento XVI, de 7 de julho de 2007, e em vigor a partir de 14 de setembro de 2007, fez mais acessível à Igreja universal a riqueza da Liturgia Romana.

2. Com o sobredito Motu Proprio o Sumo Pontífice Bento XVI promulgou uma lei universal para a Igreja com a intenção de dar uma nova regulamentação acerca do uso da Liturgia Romana em vigor no ano de 1962.

3. Tendo recordado a solicitude dos Sumos Pontífices no cuidado pela Santa Liturgia e na revisão dos livros litúrgicos, o Santo Padre reafirma o princípio tradicional, reconhecido dos tempos imemoráveis, a ser necessariamente conservado para o futuro, e segundo o qual “cada Igreja particular deve concordar com a Igreja universal, não só quanto à fé e aos sinais sacramentais, mas também quanto aos usos recebidos universalmente da ininterrupta tradição apostólica, os quais devem ser observados tanto para evitar os erros quanto para transmitir a integridade da fé, de sorte que a lei de oração da Igreja corresponda à lei da fé.”1

Continuar lendo Instrução Universae Ecclesiae – sobre a aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum

Aviso – Missa na Forma Extraordinária em Recife

Atenção! A partir do próximo domingo (24 de abril de 2011 – Domingo de Páscoa), a Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano (missa tridentina) será celebrada não mais na Paróquia da Imbiribeira, onde vinha ocorrendo até então, e sim na Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, na Rua Nova, no Centro da Cidade, ao meio dia.

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A mudança, entre outras coisas, objetiva facilitar o acesso dos fiéis que tinham dificuldades em se locomover até a Imbiribeira (na zona sul da cidade), disponibilizando a Santa Missa em uma área mais central; bem como utilizar-se de um “espaço litúrgico” mais adequado (uma igreja histórica, restaurada há não muito tempo) para oferecer o Santo Sacrifício da Missa na forma antiga [p.s.: para fins de curiosidade histórica, vale a leitura desta crônica da Igreja da Conceição dos Militares].

A Missa ficará ao encargo do revmo. Monsenhor Edvaldo Bezerra, já conhecido dos que assistem esta Santa Missa na Imbiribeira.

Comunicado – sobre Missa Tridentina em Recife

Ontem, domingo 18 de julho, a Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano foi celebrada normalmente, às 11:00 da manhã, na Paróquia da Imbiribeira.

No próximo domingo, 25 de julho, a despeito do reverendíssimo pe. Nildo encontrar-se em viagem (por ocasião de retiro sacerdotal), já está acertado que um outro sacerdote – s.m.j., o mons. Edvaldo Bezerra – vai celebrar esta Missa no mesmo horário e no mesmo local.

A partir do domingo seguinte, 01 de agosto, o padre Nildo retornará à cidade e dará continuidade, normalmente, à celebração da Santa Missa, que continuará acontecendo aos domingos, às 11:00 da manhã, na paróquia da Imbiribeira.

Agradeço a todos os que acompanharam, com orações, a situação pela qual passou a Arquidiocese de Olinda e Recife nos últimos dias, que – graças a Deus – chegou a uma boa solução. Continuemos rezando pela exaltação da Santa Madre Igreja.

Dom Fernando acolhe e apóia católicos que assistem à Missa Tridentina

Jorge Ferraz, Claudemir Júnior, Emílio Filho, Hugo Siqueira, Simone Montfort, Dom Fernando Saburido, Gustavo Souza, Família Gonçalves (Glauco, Daniele e João Lucas ao colo), Coronel Heráclito

 

Profundamente abalados com o fim da celebração da Missa Tridentina em Recife, alguns católicos – uma comissão representativa dos fiéis que há anos assistem esta missa – tiveram uma audiência esta manhã, perto das dez horas, com Sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Saburido, na Cúria Metropolitana. Enquanto alguns entraram para a audiência episcopal, outros ficaram do lado de fora aguardando o seu desfecho.

 

Das mais diversas faixas etárias (de crianças de colo a senhores de mais de cinqüenta anos), de diversas paróquias da Arquidiocese, estes fiéis foram respeitosamente apresentar a Sua Excelência a sua perplexidade com o fim da celebração da Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.

 

Levamos testemunhos dos frutos que têm sido alcançados por meio desta Missa. Famílias foram formadas em torno a ela; crianças, neste rito, foram batizadas. Pessoas afastadas da Igreja há décadas encontraram-se, finalmente, na celebração do Santo Sacrifício do Altar segundo as rubricas antigas, e voltaram à prática da Religião Verdadeira ao verem a piedade deste rito e ao serem nutridas pelas homilias do reverendíssimo padre que a celebrava.

 

Manifestamos todo o nosso amor e a nossa solidariedade para com o sacerdote, pe. Nildo, “diretor espiritual de alguns, confessor permanente de muitos e pai espiritual de todos”. Testemunhamos a sua fidelidade ao sacerdócio, o seu amor à Igreja, a sua dedicação àqueles que a Divina Providência lhe confiou. Um exemplo de sacerdote, sem sombra de dúvidas, pelo qual sempre agradecemos a Deus em privado e em favor do qual, hoje, falamos abertamente diante do Metropolita.

 

Queixamo-nos das incompreensões com as quais nós, católicos ditos “tradicionalistas” desta Arquidiocese, somos tratados. Das insinuações de que provocamos divisão no rebanho, passando pelas acusações de sermos fechados e avessos ao diálogo, e chegando até a calúnias gratuitas como a de ensinarmos que “a Sé de Pedro está vacante”. Queixamo-nos, de tudo isso, ao Arcebispo Metropolitano, que nos ouviu amável e paternalmente.

 

Reafirmamos o nosso mais ardente amor à Igreja e o nosso desejo sincero de estarmos em comunhão incondicional com o Santo Padre, o Vigário de Cristo na Terra, e com o nosso bispo em comunhão com o Papa. Rejeitamos todas e cada uma das acusações injustas que nos eram feitas. Afirmamos que os excessos, se os há, devem ser tratados como casos particulares que são – e não aplicados por meio de generalizações absurdas a todos os fiéis que se nutrem da espiritualidade tradicional da Igreja.

 

Somos provavelmente – como foi colocado para o senhor Arcebispo – o mais heterogêneo grupo de católicos desta Arquidiocese. De paróquias distantes (alguns inclusive de outras cidades e municípios), de atividades pastorais diversificadas (há pessoas que são catequistas, que fazem pastoral com drogados, que realizam missões, etc.), tendo em comum o amor à Santa Missa celebrada em Sua Forma Extraordinária. Não queremos senão ser católicos.

 

Sua Excelência nos concedeu a sua compreensão e a sua solicitude de Pastor. Disse que tínhamos o seu apoio. Garantiu-nos que iria intervir para que a Santa Missa na Forma Extraordinária continuasse a ser celebradaDeo Gratias. Solidarizou-se com as nossas queixas, e prometeu-nos tomar providências a fim de que cessem as perseguições e animosidades. Despedimo-nos, rogando a sua bênção e reafirmando a nossa filial submissão àquele que foi designado pelo Santo Padre para nos pastorear.

Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio dado aos católicos  tradicionais desta Arquidiocese. Obrigado, Dom Fernando Saburido, pelo apoio concedido à Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.