«A prudência impõe aos monarquistas absterem-se de qualquer participação em tais manifestações» – Dom Luiz de Orleans e Bragança

[Reproduzo o comentário que recebi via «Acontece na Monarquia». Disponibilizo para download em .pdf aqui. O conselho de “prudência” é importante e revela a sabedoria do Chefe da Casa Imperial do Brasil. O povo está nas ruas e não sabe o que quer. Tenho para mim que, no fundo, o que aquelas multidões de pessoas querem é um Rei pra chamar de seu.]

Pró Monarquia

COMUNICADO

Pró Monarquia comunica que S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em vista da onda de protestos que se generaliza por todo o País, refletindo um fundo de insatisfação geral e evidenciando que pode haver nos bastidores quem esteja procurando tirar proveito desses acontecimentos, e ademais considerando o risco de envolvimento em atos de anarquismo, julga que a prudência impõe aos monarquistas absterem-se de qualquer participação em tais manifestações.

São Paulo, 18 de junho de 2013.

Vídeos da palestra de D. Bertrand em Recife

Para os que não tiveram a oportunidade de prestigiar a conferência de S.A.I.R. o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança ocorrida aqui em Recife no último dia 04 de julho, seguem abaixo os vídeos produzidos no evento. São quatro partes, disponíveis, respectivamente, aqui (parte 1), aqui (parte 2), aqui (parte 3) e aqui (parte 4). Assistam e divulguem.

HOJE, no Círculo Católico de Pernambuco: pelos verdadeiros direitos humanos!

Recife já está preparado para o Fórum sobre o PNDH-3, que acontecerá logo mais no auditório do Círculo Católico. O evento recebeu notas na imprensa local, tanto na Folha de Pernambuco quanto no Blog do Jamildo.

O primeiro lembra que o príncipe «acredita que os problemas sociais são reflexos de outros problemas, de ordem moral». O Jamildo diz a mesma coisa, de modo mais extenso:

D. Bertrand se posiciona claramente no campo da propriedade privada, livre iniciativa e respeito ao princípio de subsidiariedade, o qual limita o Estado ao âmbito que lhe toca por sua natureza. Tendo bem claro que os problemas sociais não são senão reflexo de outros mais profundos, de ordem moral.

Sim, os problemas da sociedade decorrem de problemas doutrinários. Da mesma forma que a Sã Doutrina influencia positivamente a vida social, desabrochando na bela flor da caridade – bálsamo poderoso para aliviar as conseqüências sociais negativas do pecado humano -, a heresia sempre se degenera em cânceres no tecido social. O fenômeno é tão universalmente repetido que chega a ser previsível. Assim, não existem as (falsas e caluniosas) oposições entre o “conservadorismo” e o “cuidado social”, muito pelo contrário: é preciso pensar com clareza para agir de maneira profícua. O conservadorismo, longe de atravancar o desenvolvimento social, é precisamente o que o possibilita e protege contra as influências nefastas – essas sim desagregadoras – dos erros e das heresias, dos experimentos sociais irresponsáveis, da cupidez de coisas novas que historicamente tanto mal provocou às sociedades e aos povos.

Quanto aos que estiverem hoje à noite no Recife, não percam a oportunidade de participar do evento promovido pelo Círculo Católico em parceria com o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. Ouçamos o que conferencistas tão ilustres – o Dr. Eduardo Barreto Campello, o Coronel da PMESP Paes de Lira e S. A. I. R. o Príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança – têm a nos dizer. E debatamos, sim, os Direitos Humanos, mas os verdadeiros, e não os pseudo-direitos revolucionários e injustos que nos querem impôr na base de canetadas advindas do Palácio do Planalto. Furemos a censura da grande mídia, que – salvo honrosas exceções – está mancomunada com os novos bárbaros inimigos da Pátria: com aqueles que atualmente nos governam e que trabalham pela destruição do Brasil tanto por vias oficiais quanto pelas oficiosas. Levantemo-nos em defesa desta Terra de Santa Cruz, desta Pátria-Mãe Gentil que ora se encontra tão terrivelmente ameaçada. Que a Virgem Aparecida salve o Brasil.

Quem foi rei nunca perde a majestade

Foi em 1993. Eu tinha nove anos de idade, mas me recordo perfeitamente da música: “O plebiscito, / palavra difícil, / torna mais fácil encontrar a verdade! / Nosso passado é o pai do futuro: / quem foi rei nunca perde a majestade. / Quem foi rei nunca perde a majestade”.

Não podia deixar de recordar a música hoje, quando estou ainda sob os efeitos da brilhante conferência de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, proferida ontem à noite em Campina Grande por ocasião do lançamento da revista Vila Nova. São amigos caríssimos os responsáveis pela revista; fora eu próprio convidado e reconvidado, nominalmente, para prestigiar o evento. Mesmo cansado, não podia deixar de ir. Arrepender-me-ia amargamente se tivesse ficado em Recife.

E fui. De Recife a Campina Grande, segundo o Google, são 190 quilômetros que percorri contente. Saí à tarde, às pressas; cheguei quase no exato momento em que a mesa era formada e as mensagens de apoio à iniciativa da revista eram apresentadas. Depois, alguns rápidos pronunciamentos de membros da Sociedade São Bento e responsáveis pela publicação; logo após, o momento tão esperado da palestra do Príncipe. Ontem à noite, o prazer de ouvi-lo falar era indescritível: a Família que um dia deteve o Trono do Brasil não perde a graça, a educação e os bons modos com a perda do poder temporal. A majestade do Príncipe estava intacta a despeito do seu Trono ter sido usurpado.

Confesso, envergonhado, que nunca antes ouvira Dom Bertrand falar. Tanto melhor, que a forte impressão positiva da palestra de ontem marcou-me mais profundamente. Sua Alteza é um orador nato, de modo que chega a ser assombroso. O discurso não estava já escrito; ele falava de memória. A linha de raciocínio era reta e clara, da qual o Príncipe só se afastava para abrir algum parêntese que, logo depois, era fechado e fazia o fluxo da conferência retornar ao seu fio principal. Lembro-me do que disse ontem para alguns amigos: há pessoas prazerosas de se ouvir mas que, contudo, não dizem lá muita coisa que se aproveite, e há também pessoas que têm um excelente conteúdo a transmitir mas que, no entanto, são difíceis de acompanhar. Dom Bertrand une estas duas qualidades no seu sotaque macio e consegue ser, simultaneamente, um orador que ouvimos com prazer e do qual podemos aprender bastante coisa. A conferência foi maravilhosa.

Vi o Príncipe falar da história do Brasil e de Portugal, pontuada por episódios familiares (afinal de contas, estamos falando do bisneto da Princesa Isabel e trineto do Imperador Dom Pedro II) que não costumam figurar nos livros de história. Vi-o apresentar o período do “Brasil Colônia” de uma forma bem diferente do esquema “explorador-explorado” que estamos acostumados a estudar sob o tópico de “História do Brasil” no colégio: vi-o falar de um Reino que se estendia para além das fronteiras do Atlântico e o qual, antes de ser “colônia de exploração”, era extensão legítima – de fato e de direito – da Coroa Portuguesa. Vi-o relatar a “fuga” da Família Imperial de Lisboa não de forma intempestiva e desesperada, mas politicamente planejada: de tal forma que as tropas francesas foram frustradas pelo engenho de Dom João VI, o (único) rei que deixou Napoleão literalmente “a ver navios”, consagrando assim a expressão que até os dias de hoje é usada. Vi-o falar com ternura da sua bisavó, a Princesa Regente Isabel do Brasil, apresentada como uma mulher forte e decidida que não poupou esforços para – na contramão das conjunturas políticas de então – fazer o melhor para o povo brasileiro.

– Papai, é verdade que um dia este povo será meu? – Não, minha filha – respondeu Dom Pedro II -, um dia tu serás deste povo. A história é simples mas significativa. Mostra a diferença entre a nobreza sinceramente preocupada com as pessoas que a Divina Providência lhe confiou e os tiranos absolutistas sem outra preocupação que não obter benesses às custas da exploração do povo. Para a mentalidade revolucionária moderna, todos os monarcas são do segundo tipo. Se tal fosse verdade, seria um fenômeno verdadeiramente notável que tantas nações tivessem prosperado ao longo de tantos séculos sem outra força motriz que não estas práticas tão execráveis. A absurda incoerência das proposições, no entanto, não raro passa despercebida. Saúda-se a República como “O Progresso” por antonomásia, sem que se gaste muito tempo pensando no assunto.

Contra esta visão canhestra da História estão os descendentes da Família Imperial, os que guardam a memória da monarquia brasileira e podem contá-la com a força do testemunho de um “Meninos, eu vi”. Se as gerações posteriores perderam o contato com este passado, é algo pelo qual não podemos senão lamentar; mas é reconfortante notar que parece haver uma juventude cansada das vilezas do cenário político atual, uma juventude que se maravilha com a descoberta da verdadeira história da sua Pátria – que outros muitos gostariam de ver enterrada e esquecida. Mas isto eles não conseguirão, porque – graças ao bom Deus! – nós temos ainda os legítimos curadores deste legado, nós temos pessoas como Dom Bertrand que conseguem fazer – e com maestria! – esta tão necessária ponte entre o presente e o passado, condição indispensável para que a nossa Pátria encontre o futuro glorioso ao qual está destinada.

Campina Grande: Revista Vila Nova e membro da Família Imperial

[Apresento matéria conforme me foi enviada por email por amigos de Campina Grande, com apenas algumas mínimas alterações em relação ao release. É uma honra que um membro da Família Imperial venha ao nordeste – à nossa Paraíba! A Campina Grande! – para participar do lançamento da revista católica “Vila Nova”, produzida pela Sociedade São Bento. Que os frutos desta santa iniciativa sejam abundantes, e que a Virgem Santíssima – Medianeira de todas as graças – possa alcançar do Seu Divino Filho um bom êxito para esta empreitada.]

MEMBRO DA FAMÍLIA IMPERIAL
VISITA CAMPINA GRANDE

A convite do grupo católico Sociedade São Bento, formado por jovens intelectuais, a cidade de Campina Grande (PB) recebe, entre os dias 20 e 23 de novembro, Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe D. Bertrand de Orléans e Bragança.

O Príncipe Imperial do Brasil é trineto de D. Pedro II, bisneto da Princesa Isabel e irmão do Chefe da Casa Imperial Brasileira, D. Luiz de Orleans e Bragança. Nascido em fevereiro de 1941, Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach é figura expressiva no movimento imperial brasileiro e, caso o Brasil fosse uma monarquia, ele seria o segundo candidado a pleitear o trono do país sul-americano.

Dentre as várias atividades agendadas para o príncipe, está a palestra que ele irá proferir no lançamento da Revista Vila Nova que será realizado em ato solene no auditório da FIEP, às 19h30 da segunda-feira (21 de novembro), a qual terá como tema norteador: Brasil, um país predestinado a um futuro glorioso.

Sobre a revista Vila Nova

A Revista Vila Nova foi fecundada a partir do desejo dos membros da Sociedade São Bento de fomentar a cultura intelectual. Em sua maioria filhos de Campina Grande, enxergaram na escassez intelectual da cidade uma ótima oportunidade de lançarem um produto diferenciado e ao mesmo tempo de dar um pontapé inicial na restauração cultural da Rainha da Borborema.

A revista traz em seu conteúdo diversificado matérias sobre esporte, moda, política, cultura e arte no geral, além de entrevistas e, como não poderia deixar de ser, visto a origem do grupo, matérias relacionadas à doutrina católica.

Seu nome foi dado em homenagem à cidade de Campina Grande, antes chamada de Vila Nova da Rainha.

A Sociedade São Bento (SSB)

Fundada em 2010 pelos então estudantes do curso de direito da Universidade Estadual da Paraíba – Mateus Mota, Diego Erick, Bruno Roberto, Danilo Mendes, Pedro Silva e Taiguara de Souza, todos consagrados pelo método S. Luís de Montfort* -, a Sociedade São Bento promove cursos de Doutrina Católica em diversas paróquias da cidade.

Inicialmente formada pelos seis membros, a SSB vem atraindo para si cada vez mais integrantes. Contando hoje com nove membros, tem o intuito de expandir o reinado social de Jesus Cristo, propagar a devoção à Maria e resgatar a cultura erudita, base da civilização ocidental.

*Método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, pelo qual a pessoa consagrada entrega todos os seus bens temporais e espirituais aos cuidados de Nossa Senhora; Esse método foi ensinado por São Luís Maria Montfort no exemplar Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. Também foram consagrados por este método o Papa João Paulo II e Madre Tereza de Calcutá.

Diversos

– Um pequeno – mas muito bom! – texto sobre a alma da Dicta & Contradicta: Apenas Letal. “Uma casa é uma pilha de tijolos, mas não é apenas uma pilha de tijolos. Não acredita em mim? Vá aos fundos de uma olaria; lá haverá muitas pilhas de tijolos, mas nenhuma casa. A definição dada responde à causa material, à pergunta ‘do que é feito?’, mas é apenas uma parte da resposta à pergunta mais ampla ‘o que é?’. Faltou o mais essencial: uma casa é definida, antes de tudo, não pelos materiais que a compõem (embora também por eles), mas por seu projeto: ela é dividida em cômodos, cada um com sua função no todo cujo fim último é abrigar e permitir a vida de uma pessoa ou grupo delas. E o que é esse projeto? Ele está desenhado num papel, na planta, mas ele não é o desenho. Tanto é assim que é possível desenhar o mesmo projeto em outro papel com outro lápis, e nem por isso a casa terá dois projetos. O projeto é aquilo que o desenho expressa: a estrutura lógica, racional, da construção: os tamanhos e localizações dos cômodos, onde cada material será usado, a função de cada cômodo, etc. […] Tijolos sem projeto, e projeto sem tijolos, não seriam uma casa”.

Número especial da revista “Brava Gente” sobre o príncipe Dom Pedro Luiz de Orleans e Bragança. Um compêndio de tudo o que aconteceu com a Família Imperial desde o desaparecimento do vôo 447 da Air France; de quebra, uma oportunidade de conhecer melhor a Casa Imperial.

Não há lugar no ministério sacerdotal para pedófilos, como diz Dom Cláudio Hummes. Sem dúvidas, Eminência, sem a menor sombra de dúvidas: eis o verdadeiro discurso do óbvio! No entanto, é de se lamentar que Sua Eminência prefira louvar os sacerdotes por serem homens que “se esforçam pela dignidade humana, pelos direitos humanos, a justiça social e a solidariedade com os pobres”. Data venia, Eminência, não é este o apanágio do sacerdote católico!

– Hoje é dia de San Josemaría Escrivá, e o santo espanhol fala sobre o sacerdócio muito melhor do que o cardeal brasileiro: “Através desse sacerdócio ministerial, que difere essencialmente – e não com uma simples diferença de grau do sacerdócio comum de todos os fiéis -, os ministros sagrados podem consagrar o Corpo e o Sangue de Cristo, oferecer a Deus o Santo Sacrifício, perdoar os pecados na confissão sacramental e exercer o ministério da doutrina in iis quae sunt ad Deum, em tudo e somente naquilo que se refere a Deus”. San Josemaría Escrivá de Balaguer, rogai por nós!

– Uma interessante decisão do juiz Valter Alexandre Mena, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, ao suspender parte da Lei Antifumo estadual. Vale a pena dar uma olhada na íntegra da decisão, da qual destaco:

Veja-se o paradoxo: o governo federal aumentou a alíquota para os cigarros e a reduziu para os carros, supostamente para reduzir o consumo daqueles em proteção da saúde. Na verdade, trata-se apenas de compensar a perda (1,5 bilhão) com a redução tributária de um setor, transferindo-a para o outro. Ora, os veículos (dada a péssima qualidade do combustível) poluem muito mais e prejudicam muito mais a saúde. E nada indica que haverá redução do consumo de cigarro, porque 40% não pagam impostos (contrabandeados ou produzidos por sonegadores), mas sim estimular a ilegalidade.

Quanto ao tabaco, existem alternativas, há medida intermediária à proibição: de um lado, áreas reservadas ou fumódromos; de outro, a livre escolha dos não-fumantes em frequentar tais ambientes.

As discotecas (danceterias) são ambientes de marcante poluição sonora (também prejudicial à saúde, inclusive dos empregados) e freqüentadas voluntariamente pelos que gostam de barulho, sem qualquer proibição em respeito à liberdade individual. Quem não aprecia, não é obrigado a nelas ingressar. Se o faz, pratica ato de opção (alguém dirá que o freqüentador está viciado por dependência química? Ou está apenas ficando surdo?).

Mais de dez anos depois de a lei federal obrigar os empresários a despender recursos na instalação de fumódromos, vem a norma estadual dizer que eles são inúteis e devem deixar de existir em 90 dias.

Duas diversas

Duas de G1:

1. ‘Só existe um remédio: a fé’, diz pai de príncipe brasileiro. A missa no Rio de Janeiro, sexta-feira passada, na intenção das vítimas do acidente, foi celebrada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. “Estou aqui como um pai que perdeu um filho. Eu acredito que todos compartilham do mesmo sentimento nessa hora de dor. Só existe um remédio: a fé. Deus levou o meu filho, mas ele é misericordioso, sabe o que faz”, disse Dom Antonio de Orleans e Bragança, pai do príncipe vítima da tragédia.

2. Enquanto isso, na Coréia do Norte, duas jornalistas americanas foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados. “Laura Ling, de 32 anos, e Euna Lee, de 36, ambas de uma rede de TV da Califórnia, foram detidas na fronteira em 17 de março, na região do Rio Tumen, perto da China”. Segundo o New York Times citado por G1, “Ling sofre de úlcera e precisa de medicação e Lee deixou uma filha de quatro anos em casa”.

Deus e o vôo 447

“A esperança se foi”, disse dom Antônio de Orleans e Bragança em entrevista à ÉPOCA. Dom Antônio é o pai do Príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, que estava no fatídico vôo 447 da Air France.

Sua Alteza deixa transparecer serenidade em meio à dor; a entrevista, embora curta, possui muito conteúdo exatamente por causa disso. Perguntado sobre como está a família com esta perda, Sua Alteza responde: “Conformados. Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus”.

O Mallmal perguntou no seu blog onde estavam agora os católicos, para atribuírem à vontade de Deus o acidente aéreo da mesma forma como atribuem à Sua mão os acidentes que são evitados. Pois bem: eis aqui um membro da Família Imperial, católico, em meio à dor da perda de um filho, afirmando respeitar a vontade de Deus no acidente!

E isso conforta. São ainda palavras de Sua Alteza, imediatamente após curvar-se ante a vontade divina: “Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo”. Tristeza, sem dúvidas; luto, inegavelmente. Mas um luto sereno, e não desesperado. Isso faz toda a diferença.

Porque a dor é inevitável para quem vive. Nós, católicos, sabemo-lo muito bem; dizemos à Virgem Santíssima todos os dias que a Ela recorremos e suspiramos, “gemendo e chorando neste Vale de Lágrimas”. A dor, repito, não deveria surpreender ninguém cuja religião brotou de uma Cruz no alto do Gólgota. Ao contrário do que parecem acreditar os detratores da Religião, Ela não promete (e nem nunca prometeu) um mundo isento de dores, e sim conforto e fortaleza em meio à dor, um sentido para a dor.

Outrossim, não somos marionetes nas mãos do Altíssimo, como também parecem acreditar os irreligiosos. O Mallmal disse que “quando o Airbus da US Airways caiu no Rio Hudson em Janeiro de 2009, multidões de religiosos (…) [d]esmereceram a incrível habilidade e experiência do piloto, que realizou um pouso dificílimo e arriscado” ao dizerem que foi “a mão de Deus [que] guiou o piloto”. Negativo. A Providência não “age sozinha”, e Deus de ordinário não evita acidentes por meio de milagres no sentido estrito (de uma derrogação das leis da natureza). À Providência de Deus, no caso do avião que pousou no Rio Hudson, coube fazer com que, no avião acidentado, estivesse exatamente um piloto com incrível habilidade e experiência, que conseguisse fazer o pouso arriscado, e não outro piloto inexperiente que não o conseguiria. Não tem ninguém “desmerecendo” a habilidade do piloto quando agradece a Deus, muitíssimo ao contrário. Agradecemos a Deus a habilidade do piloto e a sua presença no momento em que ela foi necessária.

Do mesmo modo, Deus não “derrubou” o avião da Air France no sentido de  que  uma Mão Gigante tivesse caído dos céus e batido no avião como a gente bate num mosquito. Não é isso que significa a vontade de Deus. O fato é que o avião caiu e ponto; e, se caiu, é porque aprouve ao Onipotente que caísse, porque nem mesmo um passarinho cai por terra sem o consentimento do Deus que está nos Céus (cf. Mt 10, 29). Ao religioso, cumpre reconhecer esta verdade e buscar as forças para vencer a dor em Nosso Senhor Jesus Cristo, cujo Sagrado Coração é fons totius consolationis. Repetimos: a Igreja não prometeu jamais uma terra sem males, e ninguém pode dizer-se enganado quanto a isso.

O que se pode esperar do Onipotente é consolo e fortaleza, e disso a Família Imperial está dando um belíssimo testemunho. Fé, em meio à dor. A pseudo-religiosidade atacada pelos anti-clericais, de um deus que fosse muleta para os fracos e os fizesse acreditar que não sofreriam, não existe na Igreja Católica, porque uma tal religiosidade desmanchar-se-ia qual castelo de areia quando confrontada com a dura realidade que é sempre dolorosa. Mas a Fé Católica resplandece, mesmo durante as tragédias, e as vence e supera porque é maior do que elas. Nossos pêsames a todos os vitimados por esta tragédia; que a Virgem Santíssima possa conceder a Misericórdia do Altíssimo aos que partiram e a Fortaleza do Espírito Santo aos que ficaram.

Acidente do vôo 447

A família Orleans e Bragança confirmou que o príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança,  herdeiro da Família Real Brasileira, estava no vôo 447 da Air France que desapareceu de ontem para hoje. Dom Luiz, chefe da Casa Imperial, pede orações pelo sobrinho e pela família. A notícia foi também publicada no site da Associação Causa Imperial; vejam também a árvore genealógica da Família Imperial.

O acidente já é o maior da Air France e da Airbus. O presidente Lula divulgou uma nota sobre o desaparecimento do avião. Que a Virgem Santíssima, Consolatrix Afflictorum, possa conceder o dom da Fortaleza aos parentes e amigos dos passageiros do vôo; e que Ela possa interceder pela vítimas da tragédia.