Comissão Episcopal para a Vida e a Família contra o PNDH-3!

Eu acredito em milagres. Por isso, considero uma extraordinária graça de Deus a recente mudança de comportamento de alguns setores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Após o panfleto da Regional Sul 1 que comparava Lula a Herodes, fui hoje (positivamente) surpreendido por dois artigos publicados no site da Pastoral Familiar da CNBB.

1. O Brasil é pego de surpresa pelo Programa Nacional de Direitos Humanos do presidente. “O Programa de Direitos Humanos, do presidente da República, trata-se de iniciativas que se manifestam em atitudes antiéticas, arbitrárias, agressivas, antidemocráticas, intolerantes, preconceituosas, um atentado à justiça e uma violação à Constituição Federal” – Pe. Luiz Antonio Bento.

2. Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família sobre O Programa Nacional de Direito. “Repudiamos toda lei ou doutrina que em nome dos Direitos Humanos, defende o aborto, destrói a família, desrespeita o direito natural e impõe o pensamento de uma minoria. O povo brasileiro já se manifestou em sérias pesquisas, contrário ao aborto, ao casamento de pessoas homossexuais, e elegeu a família como maior bem social.  A democracia e a ética foram gravemente lesadas neste lamentável episódio” – Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina/PR.

Bravo! Deus seja louvado! Os contatos da Pastoral Familiar podem ser encontrados aqui. Enquanto isso, não encontrei nenhuma menção, menor que fosse, a nada disso no site nacional da CNBB – nem mesmo na parte do site dedicada à Comissão Episcopal para a Vida e a Família! Por que não divulgar precisamente aquilo que as comissões episcopais estão fazendo de melhor?

Semana Nacional da Vida

Ontem começou a Semana Nacional da Vida. Iniciativa altamente louvável da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a semana precede o Dia do Nascituro, que se comemora em 08 de outubro. A semana vai, portanto, do dia 01 (ontem) até o dia 07 (próxima terça-feira, festa de Nossa Senhora do Rosário), inclusive. A proposta é “celebrar anualmente o dia do Nascituro com a Semana de Defesa e Promoção da Vida, por meio de mobilização nas paróquias e dioceses de todo o país”, nos dizeres do padre Luiz Antônio Bento.

Gostei bastante do cartaz: uma família “dentro” do mapa do Brasil. Como afirmando que é de famílias que o país é feito e, por conseguinte, é necessário proteger a instituição familiar para que se proteja a nação. A família aparece, também, como se sintetizasse a Defesa da Vida, impedindo o tema de ser reduzido a questões de, p.ex., segurança pública: pois, como afirmou o Santo Padre João Paulo II, “não é possível construir o bem comum sem reconhecer e tutelar o direito à vida, sobre o qual se fundamentam e desenvolvem todos os restantes direitos inalienáveis do ser humano. Nem pode ter sólidas bases uma sociedade que se contradiz radicalmente, já que por um lado afirma valores como a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, mas por outro aceita ou tolera as mais diversas formas de desprezo e violação da vida humana, sobretudo se débil e marginalizada” (Evangelium Vitae, 101). E, ainda: a família retratada no cartaz tem três filhos. Três! Num país que está em franco suicídio demográfico, o sutil incentivo às famílias maiores (afinal, famílias com três ou mais filhos são tão escassas…) é justo e necessário. Em suma, a imagem passa muito bem valores importantíssimos, que hoje em dia são ameaçados: ao “casamento gay”, contrapõe uma família; ao aborto, contrapõe um bebê; ao controle de natalidade, contrapõe os filhos do casal. Muito eloqüente!