Homossexuais franceses contra o “casamento” gay e a adoção de crianças por duplas gays

[Fonte: infoCatólica.
Tradução: Wagner Marchiori

Trata-se de novo protesto acontecido no último domingo (24/03) na capital francesa, à semelhança daquele realizado em janeiro último, sobre o qual falamos aqui. Há uma verdadeira (e compreensível) luta midiática pelo verdadeiro número de manifestantes: segundo Le Figaro, as estimativas variam entre 300.000 e 1.400.000 pessoas. Novamente, os nossos parabéns aos franceses que tiveram a coragem de tomar as ruas de Paris – de Paris! – para protestar contra o experimento social que está convulsionando a sociedade francesa.

Na entrevista abaixo referida, é uma mulher lésbica [p.s.: de acordo com este comentário (que cita esta referência, que me pareceu verídica), ela não é lésbica, e sim mãe de família casada há vinte e cinco anos – por favor, levem isso em consideração ao ler todo o resto] que dá a sua opinião sobre o assunto – e toma posição firme e decidida contra o projeto que pretende legalizar o “casamento” gay e a adoção de crianças por duplas de sodomitas e safistas. Genial a declaração dela: se a dupla homossexual adota uma criança que perdeu seus pais biológicos, então esta criança está sendo mais uma vez privada de um pai e uma mãe. Por infortúnio da primeira vez; mas, desta, por capricho ideológico premeditado. E isto é cruel. Contra esta terrível discriminação contra as crianças nós temos que lutar. Por mais que sofismem os bárbaros. Por mais que nos agridam e nos tentem calar.]

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«SOU FRANCESA, SOU HOMOSSEXUAL E A MAIORIA DE NÓS NÃO QUEREMOS O CASAMENTO E NEM A ADOÇÃO»

Diferentemente do que costuma divulgar a mídia, Nathalie Williencourt, uma das fundadoras do HOMOVOX, considera que a maioria dos homossexuais, incluído ela, não quer nem o matrimônio gay e nem a adoção de crianças e, portanto, não concordam com a proposta de lei do presidente da França François Hollande. Em uma entrevista concedida em 11 de janeiro ao site italiano Temp.it, Nathalie afirmou que “o par homossexual é diferente do par heterossexual por um simples detalhe: não podemos dar origem à vida”.

Williencourt afirmou com clareza: “sou francesa, sou homossexual e a maioria de nós não queremos o casamento e nem a adoção de crianças. Sobretudo, não queremos ser tratados como heterossexuais, porque somos diferentes; não queremos igualdade, mas sim justiça”.

A líder gay disse, ainda, que “cremos que as crianças têm direito a ter um pai e uma mãe, se possível, biológicos e, se possível, que se amem. Uma criança que nasce fruto do amor de seu pai e de sua mãe tem o direito de saber disso. Se os pares homossexuais adotam crianças que já estão privados de seus pais biológicos, deixá-las-ão sem um pai e uma mãe mais uma vez”.

“Os pares heterossexuais estão esperando anos sem poder adotar uma criança, e corre-se o risco de que muitos países não permitam mais adoções para pais franceses se essa lei for aprovada. China e outros países da Ásia contam com procedimentos que excluem a possibilidade de adoção por pares do mesmo sexo”.

“A paz se constrói na família e para ter paz na família é necessário dar às crianças a imagem mais natural e que mais segurança infunde para crescer e ser adulto. Isto é, a composição clássica de homem e mulher”.

Williencourt denunciou que “na França somos censurados (Homovox.com). Escuta-se sempre o lobby dos ativistas LGBT que sempre falam nos meios de comunicação, mas a maior parte dos homossexuais estão incomodados pelo fato dessa organização fazer lobby em nosso nome. Não votamos neles para que nos representem”.

Nathalie explicou que os membros do lobby gay já têm uma ferida em relação à sua homossexualidade “porque não a aceitam, reivindicam ser como os heterossexuais . Em vez disso, nosso movimento reinvidica que os homossexuais sejam tratados de forma distinta dos heterossexuais porque somos diferentes”. “Não podemos pedir igualdade porque somos diferentes. Não é a igualdade que é importante, mas a justiça. É uma desigualdade justa e uma igualdade injusta”, insiste.

Homovox é a associação que reúne o maior número de homossexuais na França. A associação foi uma das organizações gays que marcharam pela ruas de Paris no último 13 de janeiro com mais de um milhão de pessoas em defesa do autêntico matrimônio.

 

É urgente desmascarar este fascismo gayzista

Ainda sobre o bárbaro ataque perpetrado semana passada em Curitiba por militantes gays raivosos contra os católicos que estavam fazendo uma pacífica campanha na cidade de defesa dos valores judaico-cristãos (ver aqui e aqui), vale muito a pena conferir a coluna do Carlos Ramalhete na Gazeta do Povo de hoje sobre o assunto.

Com a clareza de raciocínio que lhe é peculiar, o articulista consegue a proeza – no reduzido espaço hebdomadário que lhe cabe – de realizar dois feitos de extrema importância.

O primeiro, é fazer um honesto exercício de crítica histórica e situar o período da Ditadura Militar brasileira dentro dos estreitos limites numéricos que lhe são próprios. São palavras do Ramalhete: durante a Ditadura Militar no Brasil, «[n]ão houve, contudo, práticas quase genocidas como as que mancharam a história militar dos demais países do Cone Sul, e a Lei da Anistia perdoou os excessos de ambos os lados». Eu mesmo já chamara a atenção para este detalhe no ano passado, quando comentei aqui sobre os mortos e desaparecidos dos anos da Ditadura: «Para fins comparativos, a lista de pessoas assassinadas em Recife no mês de abril de 2008 tinha praticamente o mesmo tamanho da de mortos e desaparecidos em todo o Brasil durante toda a Ditadura Militar». Poupem-se os esquerdopatas do trabalho de me atirarem pedras: os links estão aí. Isto são fatos que precisam ser levados em consideração, obviamente não para condescender com torturas e assassinatos mas para que seja possível manter um razoável senso de proporções capaz de proporcionar um juízo sereno sobre estes tristes fatos da história recente do país.

O articulista da Gazeta do Povo, aliás, vai ainda mais além e afirma que «[p]oucos trabalharam tão acirradamente no combate pacífico às tentativas de estabelecimento de um Estado totalitário quanto a Tradição, Família e Propriedade (TFP), entidade laical de inspiração católica baseada em São Paulo», fazendo assim justiça à atuação política de centenas de milhares de brasileiros (o artigo fala que a TFP já «chegou a contar com mais de 1 milhão de correspondentes e simpatizantes espalhados por todo o país» em seu auge) durante os anos de chumbo. Destarte, não é possível aceitar pacificamente os rótulos odiosos lançados pela esquerda raivosa contemporânea, que procura impedir a ação política atual unicamente por meio da agitação frenética de espantalhos mal cosidos do passado. E ainda que a TFP tivesse tomado posições políticas censuráveis na segunda metade do século XX, isto em nada vetaria aos seus descendentes o acesso aos meios democráticos de manifestação pacífica no Brasil atual. Defender a democracia e dizer o contrário disso é hipócrita e incoerente.

O segundo feito digno de nota que o Ramalhete realiza no seu artigo é classificar, sem papas na língua, o assalto da horda gayzista em Curitiba aos caravanistas do IPCO como aquilo que esta agressão é: «outra demonstração clara da índole fascista deste movimento». Os vídeos já foram vistos e revistos, mas nunca é demais repetir: não se pode tolerar que grupos de pessoas usem violência (moral e física) para impedir a manifestação pacífica de idéias com as quais não concordam. Diferente do que disseram em blogs e redes sociais afora, isto não é uma vitória da democracia, mas muito pelo contrário: é o sacrifício das liberdades democráticas ante a barbárie da intolerância atroz. É urgente desmascarar este fascismo gayzista que está nas graças da imprensa e vem sendo apresentado à sociedade brasileira como o contrário mesmo do que ele é na verdade.

A defesa da tolerância contra o obscurantismo (ou qualquer outro chavão que esteja na moda) não pode ser usada como pretexto para a realização de atrocidades como a que aconteceu em Curitiba no início da semana passada. É fundamental que a sociedade tome consciência do que está acontecendo no Brasil: de como um movimento cínico e depravado está se fazendo de vítima indefesa perante a opinião pública ao mesmo tempo em que age com a mais bárbara truculência contra qualquer um que não se alinhe aos seus interesses degenerados. Esta é uma história que precisa ser contada já, enquanto ela ainda está acontecendo e enquanto é ainda possível fazer alguma coisa para evitar o final trágico que ela anuncia com tanta clareza.

Turba de ativistas homossexuais agride católicos com obscenidades, cusparadas, pedradas: veja o vídeo!

Se a coisa já estava feia para os militantes homossexuais somente com base no vídeo que eles próprios produziram da agressão contra os caravanistas do IPCO que estavam em Curitiba no início da semana passada, agora a coisa ficou ainda mais séria: o Instituto produziu e disponibilizou um vídeo mostrando toda a confusão do ponto de vista dos agredidos. Vejam abaixo:

Eis o texto com o qual ele me foi apresentado:

Ele demonstra bem para onde caminha nosso país se não fizermos algo contra a perseguição pró-homossexual contra a moral católica.

Os defensores do homossexualismo chegaram a jogar uma pedra na cabeça de um dos jovens da caravana, além de provocar, de todas as maneiras possíveis e imagináveis, uma reação violenta dos caravanistas (provavelmente, já organizado com algum elemento da imprensa para causar um escândalo midiático).

O Brasil está caminhando para uma intolerância contra a doutrina católica referente ao homossexualismo. Uma situação semelhante ao que ocorreu em alguns países comunistas, onde o regime totalitário podia até aceitar a presença da Igreja (como na Polônia, por exemplo), mas exigia que os Padres e Bispos silenciassem a doutrina contrária ao comunismo. Aqui no Brasil, no “andar da carruagem”, vão permitir que um católico reze dentro do recinto interno das Igrejas e até que seja publicamente católico, desde que não combata o homossexualismo…

Espero que esse vídeo ajude a despertar a indignação contra essa onda de lama – verdadeira avalanche – pró-homossexualismo. Uma onda que intimida, processa judicialmente, calunia, persegue de todas as maneiras qualquer um que se levante contra ela.

Gostaria de saber como irão se justificar agora as militantes feministas que comemoraram a expulsão da TFP de Curitiba e os comentaristas políticos que ironizaram a agressão sofrida pelos caravanistas, bem como todas as outras pessoas (v.g. o sr. Milton Alves) que dedicaram os últimos dias para louvar a atitude dos ativistas homossexuais baderneiros e para fazer troça dos jovens que estavam, tão-somente, realizando uma manifestação pacífica em defesa dos valores nos quais eles acreditam.

“Tolerância” é uma palavra muito bonita nos lábios de alguns, doce até; mas ela de nada vale se o discurso não corresponde ao juízo moral que se faz sobre fatos concretos ou se, hipocritamente, o nobre ideal só se aplica àqueles com os quais se concorda – os demais, é bom que sejam execrados e humilhados, agredidos e escorraçados dos espaços públicos nos quais é inimaginável que eles possam ser suportados. Os membros do IPCO que estavam em Curitiba suportaram heroicamente as maiores provocações: reitero aqui os meus parabéns a estes jovens, pela fortaleza louçã que demonstraram diante da turba raivosa que com tanta virulência se lançava sobre eles.

É preciso tomar cuidado com o movimento homossexual! Como vem ficando cada vez mais evidente, a “tolerância” que ele prega é somente da boca pra fora, é só um discurso bonito pra inglês ver: na prática, sempre que ele tem oportunidade, age com a mais cínica violência contra aqueles que discordam (ainda que pacificamente) do seu estilo de vida. Eis aí, sem máscaras, mais uma vez, a verdadeira ameaça à civilização que paira sombria sobre a sociedade brasileira. Que ninguém se engane: tempos terríveis se anunciam, e não por causa dos alcunhados “homofóbicos”.

O fascismo, a liberdade e a TFP

Penso que deveríamos prestar mais atenção ao trabalho que os caravanistas do IPCO estão realizando neste mês de férias escolares. A razão é simples: os próceres do movimento revolucionário têm se mostrado muito preocupados com a Cruzada pela Família que está sendo conduzida com galhardia por estes jovens de São Paulo.

Quem tiver paciência, assista ao vídeo abaixo. São dezessete angustiantes minutos, filmados por alguém que era contrário à campanha do IPCO que estava sendo realizada no centro de Curitiba. Desde já advirto que ele contém palavras de baixo calão proferidas em alto e bom som, com uma nitidez despudorada que faria o Gloria.tv classificar o vídeo como impróprio para menores se o mesmo critério usado pelo Youtube para identificar imagens indecentes fosse aqui aplicado na identificação de palavras indecorosas. O Edson Oliveira também denunciou.

A situação é verdadeiramente surreal. Logo no primeiro minuto, alguém grita “Opa, opa, não vai encostar a mão em mim!”, quase esfregando a cara no rosto do caravanista do IPCO, no mais caricato estilo “cavando falta” que era comum encontrar na minha infância entre meninos que estavam doidos para brigar mas não queriam dar o primeiro tapa – e, talvez por alguma espécie de farisaísmo congênito, pareciam estar moralmente convencidos de que o estopim da briga não lhes poderia ser atribuído conquanto não fossem os primeiros a usar as mãos. Enquanto isso, outra menina grita: “vai, seu palhaço, bate, seu palhaço”. Este comportamento se repete com uma monótona regularidade ao longo de todo o vídeo. Os rapazes do IPCO demonstraram um auto-controle admirável, uma paciência de Jó: estão de parabéns.

Por volta dos dois minutos, a turba ameaça não deixar os caravanistas passarem. Eles gritam: “Queremos liberdade! A rua é de todos!”. Seguem. Aos 3m40,  começam a cantar: “A nossa Fé, ó Virgem, o brado abençoai! Queremos Deus, que é o nosso Rei! Queremos Deus, que é o nosso pai!” Enquanto a música está sendo cantada (até perto dos seis minutos), o “narrador” do vídeo (o sujeito que está gravando) vomita os mais baixos impropérios, atingindo níveis estratosféricos de histeria.

Aos 6m15, o “narrador” do vídeo proclama o seu manifesto: “isto aqui é pra mostrar a palhaçada … é pra mostrar a ridicularidade, que estes aqui dizem se chamar de liberdade. Liberdade é expressar seu pensamento, mas sem agredir o pensamento de ninguém. Sem incitar violência, sem usar o nome de Deus. Sem usar o Santo Nome pra se promover. Nazista! Nazista! Nazista!”. Aparentemente sem fazer a menor idéia do que está acontecendo, uma garota (talvez atraída pelo oba-oba) ostenta um cartaz recauchutado onde se pode ler “Todo apoio à luta do povo sírio”.

As agressões são muitas e várias. Sem mencionar as impublicáveis (que ocupam a maior parte das palavras de ordem berradas pela turba revolucionária), temos, p.ex.:

  • Aos 11m48, “Cadê o seu Deus agora?”
  • Aos 14m00. “vai embora, bando de racista! Vai embora, bando de racista!”
  • Perto dos 15m00, “volta pra São Paulo! Volta pra São Paulo pra levar [CENSURADO], lâmpada na cara! Quero ver!”
  • Logo depois, aos 15m30, enquanto os caravanistas estão indo embora e sobem na parada de ônibus: “Pedófilos! Pedófilos!”

É este “protesto” de baixo nível feito por gente “moderna” e “esclarecida” que querem nos empurrar goela abaixo, como se fosse natural ou – pior ainda! – como se fosse o único padrão de comportamento aceitável nos dias de hoje. Olhando o vídeo, é muito fácil de se ver de que lado está a intolerância, a incitação à violência, a ameaça à liberdade e a incapacidade de convívio social. É bastante óbvio que os jovens caravanistas do IPCO são as vítimas, e não os agressores nesta história toda.

Inacreditavelmente, há quem louve e aplauda este comportamento. Em um post de tom pateticamente ufanista chamado “Vamos rechaçar os reaças”, a sra. Lola Aronovich, feminista dedicada, jacta-se desta barbaridade. Diz que «semana passada, Curitiba mandou pra longe um grupo da TFP», linkando para este vídeo do Youtube onde estão registrados os minutos finais da odisséia que acompanhamos aqui. É cinicamente impressionante: todo o texto dela está carregado de um ar superior, civilizado e moderno, como se ela (e os que ela louva) fosse(m) porta-voz(es) de um mundo novo e melhor em nobre duelo contra as trevas da barbárie obscurantista. Ora, contra a beleza desta retórica fingida, basta olhar para as imagens nuas e cruas que nós temos! Maior discrepância entre a propaganda e o fato propagandeado não se poderia imaginar numa mente sã; a peça publicitária é de fazer inveja a Goebbels, já que esta turma gosta de referências nazi-fascistas (e as minhas, pelo menos, eu faço questão de justificar). E ela ainda termina o texto dizendo que não pretende entregar” a cidade «p[a]ra ser palco de fascistas»! Para alguém cujo texto parece um projeto do Ministero della Cultura Popolare, a referência chega a ser cômica. Vai ver, o que ela reivindica é o monopólio da praça pública para si, a fim de transformá-la em um veículo de propaganda ideológica barata. Deve ser isso.

Multidões de franceses acorrem às ruas de Paris para protestar contra o “casamento gay”!

Confesso que fiquei emocionado com os franceses que, no último domingo (13 de janeiro), reuniram-se – às centenas de milhares! – em Paris para protestar contra o “casamento gay” que o presidente prometeu introduzir na legislação francesa. A manifestação «começou em três pontos diferentes da capital francesa, com as colunas partindo da Place d’Italie, da porta Mailot e de Denfert-Rochereau, convergindo para o a Torre Eiffel». E ainda: foi «uma das maiores manifestações na capital francesa desde 1984, quando a população saiu às ruas contra a reforma educacional». O Fratres in Unum também repercutiu.

Algumas fotos do evento foram publicadas no Facebook (p.ex. aqui e aqui) e nos órgãos de imprensa internacionais (p.ex., esta galeria da BBC): são bonitas de se ver! As enormes ruas que Napoleão mandou abrir no coração da França tomadas por multidões e mais multidões de cidadãos franceses defendendo o casamento entre um homem e uma mulher. Homens e mulheres dos mais variados pontos da França afluindo à capital do país para dizer um sonoro “não!” ao casamento gay.

protesto-paris

Como era de se esperar, houve quem reclamasse. A mesma trupe avant-garde que aplaude com entusiasmo qualquer protesto de mau gosto contra os valores cristãos não gostou nem um pouco do protesto pacífico dos franceses: num átimo surgiram as acusações de sempre de gente retrógrada e imbecil que não tem o que fazer, reacionários implicantes que querem regular a vida sexual dos outros, etc., etc. É até engraçado: manifestação social só é boa quando está a serviço da agenda ideológica da vez. Ao contrário, quando ela defende valores tradicionais, os manifestantes esclarecidos se transformam em idiotas manipulados e o povo soberano vira plebe ignara que não sabe o que está fazendo.

Nunca é demais repetir que ser contra o “casamento gay” não tem nada a ver com proibir os homossexuais de se relacionarem com quem eles bem entenderem. Como já tivemos a oportunidade de falar aqui, substituir arbitrariamente, no ordenamento jurídico de uma sociedade, a entidade familiar por outro agrupamento social distinto dela é entregar o bom senso às feras. A questão jurídica não depende de elementos subjetivos como o “amor” que porventura os cidadãos sintam ou deixem de sentir entre si. O Matrimônio é um tipo específico de contrato firmado entre duas pessoas, que possui algumas características próprias e dos quais decorrem alguns deveres. Pegar outros tipos de uniões e chamá-las de “casamento” é no mínimo uma leviandade lingüística. Contudo, como as deficiências conceituais sempre têm conseqüências práticas, equiparar a dupla de homossexuais à família formada pela união entre o homem e a mulher é solapar as bases da organização social, porque toda sociedade tem por célula-mater a família, e não uniões genéricas de outro tipo, e isto simplesmente não tem como ser de outra forma.

Foi para repetir esta verdade óbvia que, no domingo passado, os franceses encheram as ruas de Paris. Uma manifestação, serena, sóbria e educada: que diferença entre isto e aquelas quatro senhoritas que, no mesmo dia, tiraram a roupa na Praça de São Pedro para defender o homossexualismo! Elas atrapalharam tanto os católicos que queriam acompanhar a oração do Angelus que precisaram ser arrastadas para fora por policiais. O contraste entre este protesto raivoso (que fica patente pelas fotos divulgadas na mídia – cuidado, contém cenas de nudez!) e a manifestação pacífica ocorrida em Paris já é, por si só, evidência suficiente de quem está com a razão.

O governo garantiu que, mesmo com o protesto do domingo, nada muda no seu propósito de legalizar o “casamento gay” em breve. «A porta-voz governamental Najat Vallaud-Belkacem, que também é ministra para assuntos femininos, disse à rádio Europe 1 que nada mudou e que a intenção do governo continua sendo a de submeter o projeto ao Parlamento neste mês e sancioná-lo até junho». Rezemos pela França! No entanto, a manifestação do dia 13 foi histórica. O governo francês pode até legislar a iniqüidade; mas não poderá borrar da História a bela página heroicamente escrita por estes franceses que, num domingo, reuniram-se em Paris para dizer em alta voz o que é um casamento de verdade.

CBN entrevista Carlos Ramalhete

A polêmica envolvendo os bárbaros que querem a cabeça do Carlos Ramalhete continua. Hoje foi a vez da CBN Curitiba divulgar o evento anti-Ramalhete organizado no Facebook e fazer ao vivo uma entrevista com o autor da coluna mais odiada das redes sociais revolucionárias.

O “Fora Carlos Ramalhete: Preconceito na Gazeta do Povo” é um evento de ódio dogmático e intransigente que foi criado na própria quinta-feira em que a coluna do professor Carlos foi publicada. Tem por objetivo declarado “pedir a retirada deste elemento” (sic) dos quadros da Gazeta do Povo; para isso, está marcando um encontro (ou sei-lá-o-quê) de dia inteiro em Curitiba, no próximo dia 30 de setembro. Das mais de 30.000 pessoas que foram convidadas, três mil e poucas (até o momento) disseram que iriam. Foi este o evento original onde se publicou o primeiro abaixo-assinado pela demissão do Ramalhete, no qual os delirantes intolerantes soltaram a patacoada de que os jornais são “concessão pública” (sic) e, por conta disso, exigem que a Gazeta do Povo “apresente uma retratação pública, e que a coluna do Sr. Carlos Ramalhete seja encerrada”. Puro delírio totalitário: televisão é concessão pública, mas a mídia impressa não. Em sua sanha persecutória cega, os que querem calar a voz do prof. Carlos meteram feio os pés pelas mãos.

A entrevista com o professor Carlos pode ser ouvida no site da CBN (ou aqui, em .mp3 para download). Dentre as coisas muito bem ditas por ele a despeito da patente má vontade do entrevistador, eu destaco:

  • A questão não é se o matrimônio gay é feliz ou não é feliz, ou existe ou não existe: a questão é botar uma criança na ponta de lança de uma luta que não é a luta dela.
  • O Estado está avançando muito além dos seus limites – inclusive de maneira impopular, por isso que isso tá sendo feito só por tribunais, cartórios, nunca por representanes eleitos da população: porque a maior parte da população não concorda com esse tipo de coisa – ao ficar tentando desmontar a família tradicional, tentando impôr como se fosse exatamente equivalente qualquer tipo de união.
  • Olha, eu não acho que o Estado deva organizar a sociedade, eu acho que o Estado deva reconhecer como a sociedade se organiza. A sociedade se organiza naturalmente. (…) As uniões, tanto uniões de vida em comum, quanto uniões (pra voltar ao tema) religiosas, quer dizer, as pessoas que se agrupam em denominações religiosas, tudo isso existe: e é isso que gera a ordem da sociedade. Ao Estado compete manter esta ordem, ao Estado compete impedir que haja violência contra quem quer que seja: violência contra a maioria silenciosa que aceita preceitos religiosos, no Brasil em geral cristãos, ou a violência contra os homossexuais, ou a violência de qualquer tipo. O Estado está aí justamente para impedir que esta ordem se desfaça, não pra tentar construir uma ordem nova.

Oferecemos, mais uma vez, o nosso apoio e solidariedade ao professor Carlos. E se você ainda não o fez, assine (e divulgue) agora o abaixo-assinado “em favor da liberdade de expressão do prof. Carlos Ramalhete”. Vamos desmascarar o hipócrita discurso de ódio dos que só sabem se fazer de vítimas clamando por tolerância mas, ao primeiro sinal de discordância, põem as garras de fora e buscam calar na marra o seu interlocutor. Já basta deste inverno estéril no qual querem transformar o Brasil à força de truculência ideológica. Que floresçam as flores, pois já é tempo. Força, prof. Carlos! Nós estamos com você.

Vandalismo e iconoclastia na Rússia e na Ucrânia

Ativistas do grupo feminista Femen derrubaram hoje uma cruz em Kiev. Dizem que é protesto por conta da prisão das “Pussy Riot”. Não sei quem são. A mesma matéria dá um pouco de contexto: trata-se de uma banda de jovens roqueiras russas que foram presas por conta de “um protesto contra o Kremlin feito no altar de uma igreja” no início do ano. A referência ajuda; lembro-me de ter lido algo sobre o caso. Vou ao Google. Lembrei; são as três garotas que foram recentemente consideradas culpadas “por terem entoado em fevereiro, encapuzadas e acompanhadas de guitarras, uma “oração punk” contra Putin, na catedral do Cristo Salvador, em Moscou”.

Não nutro simpatia pelo ex-agente da KGB que é hoje o presidente da Rússia. Não me incomodo que as meninas russas protestem contra ele. O que me incomoda, claro, é o vilipêndio ao Cristianismo, a profanação de um lugar sagrado. A catedral de Cristo Salvador é um templo religioso destinado à oração, e não palco para reivindicações políticas (ainda que fossem justíssimas – não entro neste mérito, não conheço a política russa). Transformá-la em objeto de protesto – à revelia dos cristãos que a utilizam para o culto a Deus, vale salientar – é sim vandalismo, é sim ódio religioso; e isso não pode ser tratado como se não fosse nada demais.

Como também é vandalismo usar uma motosserra para derrubar uma cruz de praça. Vandalismo, iconoclastia e ultraje a culto. Não sei o que leva estas garotas a fazerem isso com a cara mais lavada do mundo, como se existisse alguma coisa de louvável ou heróico em derrubar símbolos que milhões de pessoas mundo afora consideram sagrados; mas o aspecto particularmente anti-religioso dessas manifestações se repete. Antes uma propriedade privada, agora um monumento público: antes uma catedral, agora uma cruz. São atos de evidente incitação ao ódio religioso, às quais as autoridades deveriam dar maior atenção. Por mais que sejam legítimas as divergências políticas, não há sentido em permitir aos insatisfeitos com o governo que descontem nos símbolos cristãos. Não deveria haver espaço para estes proto-pogrons em uma sociedade que se pretenda civilizada.

O protesto e o anti-protesto – #RetrateseDepJeanWyllys

Duas coisas interessantes aconteceram no “Twittaço” de ontem contra o deputado Jean Wyllys. A primeira é que a adesão ao protesto foi bastante significativa – o que me foi uma grata surpresa. As pessoas realmente se dedicaram e, no fim da tarde, na hora do jantar (a manifestação estava marcada para as 18h00), estavam empenhadas em inundar o Twitter com a hashtag que demonstrava o nosso repúdio ao discurso de ódio do ex-BBB. A despeito das minhas preocupações com os acontecimentos do dia – World War Web e Luíza voltando do Canadá -, nós ficamos por quase duas horas no segundo lugar dos TT-Brazil. Com certeza fomos vistos e bem vistos. Parabéns aos que participaram desta batalha!

A segunda é que surgiu um anti-protesto; alguém lançou a tag #RetrateSePapa e o fogo de palha rapidamente se espalhou pelo microblog; chegaram ao primeiro lugar dos Trending Topics, ultrapassando inclusive a tag do protesto católico. Ora, isto é interessante por alguns motivos. Em primeiro lugar, a anti-tag é exatamente isto: uma anti-tag, um anti-protesto que se define pela negação do protesto católico e que, portanto, precisa deste para existir; não é uma proposta positiva (carece até de criatividade: basta ver o nome que é mera cópia da iniciativa católica), é em suma uma pura birra. Em segundo lugar, não era propriamente uma defesa do deputado do PSOL porque reunia toda a velha cantilena de besteiras contra a Igreja em um lugar só: pedia-se que o Papa se retratasse por ser contra a camisinha na África quando mesmo os especialistas em AIDS e demais DSTs concordam com ele; pedia-se que o Papa se retratasse por ser líder da Igreja que queimou Joana d’Arc na fogueira por ele usar roupas de homem (!!!), quando qualquer Zé Mané com dois minutos de Google sabe que a sua condenação foi feita à revelia de Roma; pedia-se até mesmo que o Papa se retratasse por ter beatificado “o reacionário do João Paulo II” (!!!!), e outras “pérolas” do tipo. Em terceiro lugar, as coisas que foram alardeadas nesta anti-tag só demonstram, de maneira cabal, a existência de um forte e violento preconceito anti-cristão e, portanto, só aumentam a gravidade do discurso de ódio proferido e ratificado pelo sr. Jean Wyllys. Por fim, em quarto lugar, a hashtag foi somente um rastilho de pólvora: subiu rapidamente, ficou no alto por pouco tempo e, também rapidamente, caiu e desapareceu. Artificial e superficial. Tanto que ninguém mais está falando em #RetrateSePapa, enquanto que #RetrateSeDepJeanWyllys está sendo atualizada até agora.

Veja-se, à guisa de registro histórico do alcance do protesto (e da irrelevância do anti-protesto), o que o @PorqueTTs falou sobre ambas as tags:

Por fim, viramos notícia, o que não pode ser considerado senão um grande sucesso. Além da mídia laica, vários blogs internet afora repercutiram o twittaço: destaque para o blog do Tiba, da Canção Nova e para este excelente texto de S. E. R. Dom Antonio Rossi Keller (leiam na íntegra!), bispo de Frederico Westphalen. Deste último, destaco:

Como Bispo da Igreja, não posso calar-me frente à afronta vergonhosa e covarde à pessoa do Santo Padre. Bento XVI, mais do que Chefe de um Estado com o qual o Brasil mantém relações amistosas, é o Chefe de uma instituição que tem cerca de dois mil anos de história a serviço da humanidade. Antes de emitir um julgamento histórico em relação à Igreja, um parlamentar tem a obrigação de, pelo menos, não dizer bobagens fundadas em inverdades e preconceitos.

É em nome da população católica do Brasil, que sustenta seus representantes no Congresso (mesmo aqueles que, de forma “biônica” a ele foram associados, ou seja, sem votos pessoais suficientes) que exige-se, no mínimo, uma retratação do infeliz deputado.

Vejam também: 25% das pessoas com AIDS são tratadas pelo Papa. Falar mal da Igreja sempre foi fácil! Difícil é fazer o que Ela faz. Tagarelar sempre foi fácil: o difícil é ter razão.

Mais sobre o #RetrateseDepJeanWyllys: os cargos públicos exigem compostura!

A esta altura do campeonato, todo mundo – até a Luíza, que voltou do Canadá – com certeza já sabe “que a agência Reuters atribuiu ao Papa Bento XVI uma frase sobre o “matrimônio homossexual” que ele nunca pronunciou e o converteu em alvo de furiosos ataques sem motivo em todo mundo”. Depois que foi divulgada a sutil manipulação do discurso pontifício, as Portas da Esperança estavam escancaradas para o deputado Jean Wyllys – oferecendo-lhe uma saída honrosa para o “piti” escandaloso que ele deu publicamente na semana passada. Para quem não lembra, vão aí os printscreens de novo:

Não há nem o que tergiversar. O deputado insinuou que o Papa era filo-nazista e acobertador de pedófilos, além de afirmar textualmente que ele era um “genocida em potencial”. É uma clara incitação ao ódio religioso e uma tentativa vil e covarde de jogar a opinião pública contra a Igreja Católica, além de ser crime contra a honra (porque é atribuir a outrem não apenas um fato desabonador, mas um fato criminoso). É calúnia. Acrescente-se a isto o fato da calúnia ter sido feita por veículo oficial de comunicação do deputado (no caso, a sua conta de Twitter) e ter sido dirigida a um Chefe de Estado (o Papa é Chefe do Estado do Vaticano) que mantém relações diplomáticas com a República Federativa do Brasil. O excelentíssimo deputado está todo errado: quanto mais a gente procura, mais agravantes encontra.

Quando foi revelada a manipulação da imprensa, o deputado podia perfeitamente ter pedido desculpas e dito que agiu por impulso, em um momento de indignação provocada pela crueza da (falsa) frase que fora divulgada. Mas não. Em um texto publicado no seu site ontem (18/01), o Jean Wyllys cita o discurso correto (com o link para o texto completo no site do Vaticano), inventa uma interpretação reducionista das palavras do Papa (como já foi explicado e como é óbvio para qualquer pessoa que tenha tele-encéfalo minimamente desenvolvido e polegar opositor, o “casamento gay” não é a única política que atenta contra a família e, portanto, não é intelectualmente honesto atribuir ao Papa a frase do jeito que Reuters divulgou e à qual até agora se agarra pateticamente o Jean Wyllys) e mantém cada palavra que disse. O texto publicado no site do deputado diz, expressamente, que ele “ratifica cada uma de suas palavras”. Portanto, o sr. Wyllys sustenta toda a cena histérica feita no seu Twitter, que está acima reproduzida e onde se vê a deprimente descompostura de um representante do povo brasileiro desbocado lançando calúnias contra um Chefe de Estado e líder espiritual da maior parte do povo brasileiro (que ele, o deputado, deveria supostamente representar).

Naturalmente, ninguém está obrigado a concordar com os discursos do Papa. Mas o mínimo que se espera de quem gosta de subir nas tamancas para bradar por “respeito” diante de qualquer mínima manifestação de discordância (por educada que seja) é que se tenha ao menos a decência de tratar o seu opositor da mesma maneira que se exige ser tratado. Discordar é uma coisa, caluniar é outra completamente diferente. Os deputados são representantes do povo brasileiro e são pagos com dinheiro público; o salário deles, absolutamente, não é pago para que eles fiquem fazendo estas cenas lamentáveis.

A dignidade do cargo que um deputado ocupa exige um mínimo de compostura. É quebra de decoro parlamentar “o uso de  expressões que configurem crime contra a honra ou que incentivem a prática de crime”, e foi exatamente isto o que o deputado fez na semana passada e disse ontem que ratificava. O twittaço do #RetrateseDepJeanWyllys é para deixar claro que nós nos importamos, sim. Queremos que os nossos políticos sejam homens sérios, e não bufões deselegantes que saem cuspindo acusações de quinta categoria ao lerem (mal) qualquer notícia mal escrita ou ao ouvirem o galo cantar sem saber onde. Já basta de impunidade: um mandato na Câmara é uma responsabilidade que deve ser tratada com seriedade, e não um salvo-conduto para a calúnia ou uma tribuna para que qualquer moleque ataque de um modo tão grosseiro os valores dos cidadãos de um país. O Brasil merece mais do que isso. Enquanto as pessoas não exigirem que os políticos se comportem de acordo com o cargo que eles exercem, as coisas irão de mal a pior. E exigir respeito à coisa pública do país é exigir que um deputado tenha modos e que aprenda a controlar a sua língua, antes de caluniar um chefe de Estado e de incitar o ódio contra uma entidade – a Igreja Católica – que está presente e atuante no país e da qual faz parte a maioria do povo brasileiro. Se nós não exigirmos este respeito (que é o mais básico de todos), não poderemos exigir decência alguma dos nossos políticos em outros aspectos.

Mais sobre o Jean Wyllys e sua agressão gratuita ao Papa Bento XVI: PROTESTE!

Bem rapidamente, gostaria de recomendar com alegria este texto sobre as absurdas declarações do deputado Jean Wyllys. Vale uma leitura completa. Eu só destaco:

A história e os fatos demonstram que o senhor Jean Wyllys e os demais gays e lésbicas do Brasil devem dar graças a Deus por terem nascido em um país com bases cristãs. Isso que ele chama de “Ocidente” foi criado pela Igreja Católica. Se o deputado tivesse nascido em um país muçulmano ou governado por comunistas, não teria a liberdade de dizer essas asneiras.

Agradeçam ao Papa por terem o direito de espezinhá-lo despreocupadamente, seus ingratos.

Durante o dia de ontem houve algumas manifestações na página do Facebook do deputado; e foram todas apagadas. Não cheguei a tirar printscreen de nenhuma. No entanto, é muito importante protestar energicamente no site da Câmara contra a atitude do deputado do PSOL, que esta semana caluniou publicamente um Chefe de Estado chamando-o (entre outras insinuações) de “genocida em potencial”. Não deixem de enviar uma mensagem, não custa nada: nem que seja somente para que percebam que somos muitos. Para que percebam que nos importamos. Para que percebam que não estamos dispostos a engolir de graça os seus desaforos hipócritas.