Histórias do aborto no Brasil: Elba Ramalho e Dilma Rousseff

Saiu hoje no Youtube. São dois pequenos fatos que não convém deixar caírem no esquecimento. Primeiro, a Elba Ramalho falando sobre o seu cachê cortado pelo Ministério da Cultura quando o então ministro Juca Ferreira descobriu que ela faria um show em Brasília na seqüência da Caminhada pela Vida. E, depois, os famosos vídeos da sra. Rousseff defendendo, com todas as letras, a sua posição de que o aborto deve ser legalizado no Brasil.

Para registro dos tempos estranhos em que vivemos. Parece completamente surreal que o destino de recursos do Ministério da Cultura tenha algum dia sido determinado pelas posições morais dos artistas que os deveriam receber; mas a Elba Ramalho diz que aconteceu. Parece totalmente inacreditável que uma abortista notória tenha se fantasiado de militante pró-vida durante uma campanha presidencial e as pessoas tenham acreditado nisso; mas é um fato amplamente documentado, com registros de declarações da própria presidente – cuja palavra, que ora diz uma coisa e ora o seu contrário, naturalmente não tem valor algum.

São Paulo: mais uma derrota ridícula de José Serra

Hoje de manhã eu ouvia, na CBN, o Kennedy Alencar dizendo que o PT fora vitorioso em São Paulo, com o Fernando Haddad conquistando inclusive votos de quem era anti-petista. O engano é tão monstruoso que eu tenho dificuldades em mensurar o quanto ele é sincero. O petista do desastrado kit-gay não “ganhou” um voto de confiança dos paulistas e nem – muito menos! – o fato dele ter sido eleito nas atuais conjunturas significa alguma espécie de absolvição do PT, pelo povo de São Paulo (ou, pior ainda, do Brasil!), dos crimes do Mensalão – cujo julgamento já tem um veredicto de “culpado” no STF, estando agora em discussão as questões das penas aplicáveis. Ao contrário do que se disse na mídia, o que aconteceu em São Paulo não foi uma “vitória do PT” ou um “triunfo de Lula”, mas algo muito mais simples, patético e previsível: São Paulo foi palco de (mais) uma derrota ridícula de José Serra.

O fato, por vergonhoso que seja, é que o velho PSDBista não tem envergadura moral para se levantar acima nem mesmo de uma escória política como Fernando Haddad. O fato – ridículo, mas verdadeiro – é que os paulistas não se sentem motivados a votar em um banana como José Serra para impedir o PT de ganhar a maior cidade do Brasil. O fato, inacreditável, é que José Serra conseguiu perder, em São Paulo, uma eleição para o ex-ministro da Educação do Governo do PT. É impressionante, mas é verdade.

Eu já o dissera aqui, há dois anos, que a corrida presidencial entre Dilma Rousseff e José Serra era uma luta de Satanás contra Belzebu; este ano, em São Paulo, as coisas não foram diferentes. O tucano não pode fazer frente às imoralidades petistas: ele tem igualmente as mãos sujas do sangue de crianças abortadas, e também pariu um “kit-gay” para professores quando foi governador em São Paulo. Qual é mesmo a grande diferença? É claro que o PSDB é razoavelmente diferente do PT; mas o Serra não é, e este é o ponto. Quando todas as questões de consciência que podem ser levantadas para afastar o voto no PT aplicam-se também, com assustadora semelhança, ao candidato (dito) “da oposição”… o que se pode fazer? Até parece que o Serra é um petista infiltrado dentro do PSDB, tamanha a sua capacidade de fazer eleições importantes penderem para o lado do Partido dos Trabalhadores. Espero que, desta vez, este velho fantasma seja definitivamente exorcizado do cenário político nacional, pelo bem da Pátria.

A despeito de eu ter votado em José Serra em 2010, deixei claro que o fazia somente pela mais absoluta ausência de alternativas, já no apagar das luzes, em uma última tentativa (dir-se-ia desesperada) de impedir a perpetuação do petismo no governo do Brasil. Não consegui. E, como então, hoje eu continuo entendendo perfeitamente os católicos que, ontem, em São Paulo, preferiram não sacrificar duas teclas na Urna Eletrônica ao velho tucano. Quase um terço dos paulistas não votou nem em Serra nem em Haddad. A mensagem é eloqüente. Assim como a sra. Rousseff (que foi eleita Presidente do Brasil a despeito de dois em cada três brasileiros não terem votado nela), Fernando Haddad assume São Paulo não como um prefeito querido sob a égide da aclamação popular (como a mídia parece estar querendo vender), mas muito pelo contrário: é uma excrescência que os paulistas não querem no poder, mas que teve a “sorte” de competir com um derrotado do nível de José Serra e, entre os dois indesejados, por acaso calhou de a prefeitura de São Paulo cair no colo do petista. É somente isso. Que Deus ajude São Paulo, porque os políticos não estão dispostos a lhe ajudar.

Miscelânea de comentários ligeiros

Houve recentemente em Londrina uma caminhada pró-vida, à qual se fizeram presentes alguns jovens levando um cartaz. Nele se podia ler: “SOU CATÓLICO, não voto em partido abortista”. Mensagem mais sucinta e coerente impossível. Era de se esperar que algumas pessoas não gostassem da manifestação, mas o que causou espécie foi saber que um padre condenou o cartaz. Um padre! O comentário do Wagner Moura é bem pertinente:

Fico imaginando esses garotos do banner pró-vida, coitados, se sentindo repreendidos por serem meramente católicos. Se estivessem com um banner enorme do Che Guevara correriam sério risco de serem homenageados, hein?

Mas é o Brasil. É o campo – por cheio de abrolhos que se encontre – que o Senhor nos deu por partilha. É o combate que somos chamados a travar. Ele não nos deixará desamparados.

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– “A crença no sobrenatural é perigosa”, diz psicólogo. Contraditório, superficial e grosseiro; para ficar num só exemplo: o sujeito escreve que “presenciamos o declínio da crença no sobrenatural” para, duas linhas abaixo, afirmar que hoje “poucos abdicam de crenças sobrenaturais e aceitam a ciência como ferramenta para explicar o universo”. É um disparate que não se presta senão a atacar gratuitamente. Mas merece um pouco de reflexão a última frase do psicólogo:

Se há um Deus, ele me deu um cérebro para pensar. Meu pecado seria usá-lo para raciocinar e buscar explicações? Um ser benevolente não me puniria por utilizar bem as armas que me concedeu.

Ora, há hoje em dia (e aliás sempre houve) incontáveis homens de ciência que nunca julgaram necessário abandonar a sua crença em Deus – ao contrário, repudiaram com energia semelhante idéia. E isso muito tempo depois de que “se acreditou que a Terra viajava pelo cosmo no lombo de um elefante” (!), como diz o psicólogo em uma comparação totalmente anacrônica e sem sentido – a qual aliás dá a entender que, para o psicólogo, o mundo todo achava que estávamos em um safári cósmico sobre o lombo de um mastodonte até a Revolução Industrial. Como é possível que este sujeito acredite sinceramente que isto é “usar bem” (!!) a inteligência que o Todo-Poderoso lhe concedeu?

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A cruz de Cristo, a quem incomoda?, por Frederico Viotti. Fazendo (entre outras coisas) uma elegante e sutil alusão ao célebre artigo de Rui Barbosa (sobre o qual eu já falei aqui) que trata da Justiça moderna à luz dos julgamentos pelos quais passou Cristo, o articulista vai ao ponto fulcral aqui:

Na realidade, o “Estado-juiz”, ao pretender retirar os crucifixos, está demonstrando abraçar outros valores, diversos daqueles que estão representados no Crucifixo.

E é exatamente isto. Não existe “vácuo moral” na gênese da cultura de um povo; a Parede Vazia é um símbolo do ateísmo. A guerra travada contra os símbolos religiosos no Brasil, assim, não é (e nem nunca foi) uma questão de “respeito” aos que não comungam da Fé Católica; trata-se de um ferrenho combate travado contra a cultura ocidental, contra a moral judaico-cristã, contra enfim a própria civilização que nos foi legada por nossos antepassados e à qual devemos todos os bens que nos separam da barbárie.

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– Em tempos onde o nosso Governo planeja pôr em prática políticas de “redução de danos” (como se isto fosse possível…) para aborto ilegal, vale a pena ler esta carta publicada no ano passado na Revista PET Farmácia. As palavras do leitor aplicam-se com maestria à situação que vivemos hoje e bem que poderiam ser dirigidas aos nossos governantes:

A citada “política de redução de danos” (p. 34) é um acréscimo de eufemismo, um modo perverso de justificar a necessidade de se liberar o aborto provocado. Mostrando-o como inevitável, torna injustificável aplicar recursos em educação básica e em melhoria do atendimento médico e curativo. Simplesmente, se é inevitável, então vamos legalizar e apoiar. É um caminho para se destruir a sociedade e corromper os costumes.

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– 10 razões pelas quais o “casamento” homossexual é prejudicial e deve ser combatido, no IPCO. Destaco:

7. O “casamento” homossexual desvirtua a razão pela qual o Estado beneficia o casamento

Uma das principais razões pelas quais o Estado confere inúmeros benefícios ao casamento é que, por sua própria natureza e desígnio, o casamento proporciona as condições normais de uma atmosfera estável, afetuosa, e moral, que é benéfica para a educação dos filhos, frutos do mútuo afeto dos pais. Ele ajuda a perpetuar a nação e fortalecer a sociedade, o que é um evidente interesse do Estado.

O “casamento” homossexual não fornece essas condições. Seu desígnio principal, objetivamente falando, é a gratificação pessoal de duas pessoas, cuja união é estéril por natureza. Não tem direito, portanto, à proteção que o Estado concede ao casamento verdadeiro.

Ou seja: o Estado confere uma série de benefícios à Família não porque seja “bonzinho” ou para “alegrar” os apaixonados nem nada do tipo. Há uma série de direitos tradicionalmente conferidos à família porque ela é a célula-mater da sociedade e, como tal, tem uma série de deveres (em particular, a geração e educação da prole, produzindo cidadãos para o Estado) importantes para a vida em sociedade – que a dupla homossexual, absolutamente, não é capaz de assumir – cujo cumprimento o Estado deve facilitar. É isso. O resto é balela do movimento gay.

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– Vale a pena ler, mesmo que esteja em espanhol, esta história da conversão do filósofo Paul Williams do Budismo para o Catolicismo. Excerto:

Williams explica rapidamente a teoria do karma: alguns males e alguns bens que experimentas são [alegadamente] conseqüência do que fizeste em uma vida passada. Mas em qual sentido se pode dizer que o ditador cruel e maligno que foste em outra vida eras tu? “A idéia de que um bebê sofre uma doença dolorosa por algo que outra pessoa fez, incluindo se o bebê é de alguma maneira un renascimento desta pessoa, não pode ser vista como satisfatória. Não se pode dizer, como alguém já fez, que seja a resposta mais aceitável ao problema do mal. O bebê não é quem fez os atos malvados, da mesma forma que eu não sou uma barata após a minha execução.

Santo Agostinho já ofereceu resposta ao problema do mal. As fábulas reencarnacionistas, além de não explicarem nada, são grosseiras e sem sentido. Diante da vastidão da produção intelectual cristã sobre o assunto, as “explicações” baseadas em karma têm a profundidade teológica de um pires.

“A mentira perdeu” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Bela nota! O Wagner Moura me mandou a imagem por email no fim da tarde; e a transcrição eu encontrei depois no site de Dom Bergonzini. Sim, a mentira perdeu. Nós somos muitos, somos jovens, cheios de sonhos e de vontade de mudar o mundo. À nossa frente marcha Aquela Senhora Terrível como um exército em ordem de batalha; ao nosso redor, todos os santos e anjos de Deus. É Ele que nos sustenta e anima. Marchemos pois com confiança sob o estandarte do Crucificado. Nas fileiras do Senhor dos Exércitos. À vitória.]

Nota de Dom Bergonzini sobre a militância virtual católica

A MENTIRA PERDEU (Nota oficial)

Nas eleições de 2010, a candidata Dilma Vana Rousseff e sua coligação pediram a apreensão do documento “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras” sob o argumento de infringir a lei eleitoral por debater o aborto. Também nos atribuíram a “mentira” de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto.

A Vice-Procuradora Geral Eleitoral, Dra. SANDRA CUREAU, encarregada do parecer sobre a apreensão dos impressos, assim se pronunciou: “Aliás, é natural e saudável que temas como esse sejam debatidos durante o período eleitoral, pois isso permite que os candidatos se posicionem, assumam compromissos, esclareçam suas idéias e pactuem com seus eleitores os termos de sua ação política. Em uma sociedade verdadeiramente democrática e plural, o período eleitoral deveria ser justamente o ápice desse tipo de discussão.”

O Tribunal Superior Eleitoral determinou a devolução dos “panfletos”, que podiam ser distribuídos e o serão durante nos próximos meses. Outros documentos novos poderão ser redigidos e impressos, assinados por nós, para serem distribuídos. A morte não pode vencer a vida.

Na época das eleições, e posteriormente, fomos acusados de criminoso por várias pessoas e veículos de comunicação. Hoje, estamos ajuizando açao de indenização por danos morais contra a entidade “Catolicas” pelo Direito de Decidir. Ordenamos aos advogados que busquem outros artigos ou matérias, passadas ou futuras, ofensivas à nossa honra e reputação, para que sejam ajuizadas novas ações. É hora de buscar a Justiça!

A mentira perdeu. A mentira nunca prevalecerá.  Hoje daremos o ABRAÇO DA VERDADE, no Forum João Mendes Júnior, da Justiça de São Paulo.  A data 21.03.2012 poderá ser o marco da mudança do Brasil, para o BRASIL DA VERDADE.  Queremos a CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

A partir de agora, o Cristianismo conta com um exército virtual de Blogueiros e Internautas da Verdade de Cristo, que mudarão o Brasil.

Jesus Cristo nos disse:

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10)  “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (Jo 14,6)

Chegou o tempo do Brasil da Paz e do Bem, do Brasil da Verdade e da Vida, do Brasil de Jesus Cristo!

O Brasil dos Blogueiros e Internautas de Cristo!

São Paulo, 21 de março de 2012.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
Jornalista MTb 123
www.domluizbergonzini.com.br

Médicos brasileiros não querem ser aborteiros – Ministra das Mulheres diz que é preciso pôr “outra pessoa no lugar”!

Foi com um certo alívio que eu soube desta crítica da Ministra Eleonora Menicucci aos médicos que se recusam a fazer o aborto alegadamente legal. Ao que parece, a maior parte dos médicos ainda não eliminou por completo todos os resquícios da própria consciência e, portanto, ainda se recusa a realizar procedimentos abortivos – mesmo que digam ser legais.

O povo brasileiro é contra o aborto, e esta realidade se manifesta nos mais diversos meios: as pesquisas o demonstram, as urnas o atestam (basta ver como a sra. Rousseff perdeu em 2010 um primeiro turno (que já estava certo) tão-logo a questão do abortismo do PT entrou no debate eleitoral), as mulheres (mesmo as que já abortaram!) o revelam, os médicos (que se recusam a ser aborteiros) o demonstram. É como se, por todos os lados, a rejeição ao aborto precisasse transparecer com clareza a fim de que não reste dúvida razoável sobre o assunto. No entanto, mesmo assim, o Governo do PT continua tentando implantar esta prática criminosa no país!

A “lógica” deste governo é a seguinte: se o povo não aceita o aborto, é preciso reeducar o povo. Se as mulheres não querem abortar, é preciso induzir-lhes (coagi-las até!) a abortarem. Se os médicos não querem ser aborteiros, é preciso – disse dona Eleonora – “que esses serviços coloquem outra pessoa no lugar”. Ora, está demonstrado para além de qualquer possibilidade de dúvidas que a população brasileira é abertamente resistente às políticas macabras que o Governo do PT vem implantando no nosso país! É incrível como os nossos governantes teimam em honrar os seus compromissos escusos – assumidos com fundações internacionais e frontalmente contrários à vontade manifesta do povo brasileiro – ao mesmo tempo em que têm a cara de pau de posar de governo democrático perante a opinião pública.

Os inimigos do povo brasileiro

Apenas atualizando: a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal adiou ontem a votação do projeto de Lei que criminaliza a “homofobia”. Foi a própria Marta Suplicy quem propôs o adiamento, “em busca de [um] acordo” segundo o site do Senado – mas “com receio de uma derrota que levaria ao arquivamento do projeto” segundo outras fontes. A segunda hipótese parece-me muito mais verossímil. Aliás, elas não são excludentes; mas a segunda é bem mais eloqüente. Tanto por mostrar a derrota iminente do projeto (revelando assim pela n-ésima vez a posição do povo brasileiro, nem sodomofílico e nem homofóbico) quanto por apresentar o adiamento como [mais] uma manobra escusa do Governo para prolongar a sobrevida da ameaça gayzista, a despeito de toda a oposição da população brasileira. Registre-se também que a Marta pediu o adiamento antes mesmo das discussões: ou seja, a posição da sociedade é tão clara a respeito deste assunto que antes mesmo da sessão no Congresso já era possível saber o seu resultado. Esta insistência manifesta do Governo em ludibriar o povo e governar na contramão dos anseios dos brasileiros pode porventura chamar-se “democrática”?

Registre-se ainda que eles não desistem nunca e pretendem atirar para todos os lados, a fim de vencer pelo cansaço: a enquete atual disponível no site do Senado (votem lá!) é sobre a PEC 111/2011, de autoria (de novo!) da Marta Suplicy e que foi, há exato um mês (09/11), recebida pela CCJ. A proposta é colocar na Constituição Brasileira, entre os objetivos fundamentais da República (Art. 3º), a promoção do bem de todos “sem preconceitos (…) de identidade de gênero [e] orientação sexual”. De novo, a glorificação da sodomia; de novo, a entronização do vício contra a natureza como uma virtude que deve ser a todo custo protegida e promovida. De novo, contra os anseios da população. Só que desta vez na Carta Magna brasileira.

Ainda sobre o PLC 122/2006: na terça-feira à noite foi divulgado que a Marta teria feito um acordo com a CNBB sobre o projeto, o que rapidamente provocou rebuliço. Mas era mentira de novo: a assessoria de imprensa da CNBB negou tal acordo e, logo depois, a Conferência publicou uma nota oficial de esclarecimento em seu site: «A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto».

E, last but not least, vale ler o artigo publicado ontem na Gazeta do Povo sobre o assunto. «Mais uma vez o PT usa os homossexuais como bucha de canhão. […] Desconstruir a tolerância tradicional e confiar na polícia acaba significando ficar sem nenhuma das duas. Afinal, ataques físicos já são em tese punidos por lei, mas normalmente acabam impunes devido à incapacidade prática de nossas instituições judiciárias». A história mostra que os auto-alegados artífices de um mundo novo e melhor (a ser inexoravelmente implantado, per fas et per nefas) são perigosos. Não permitamos que eles tomem a nossa Pátria por apatia nossa. A despeito de estarem no poder, são inimigos do povo brasileiro e como tais devem ser tratados.

A grande luta do PT contra a sociedade brasileira

Recebi via Wagner Moura o artigo de Dom Bergonzini que diz, com todas as letras, que “PT e Dilma são o pai e a mãe das mentiras e da corrupção”. Vale a leitura. Destaco o seguinte trecho:

O povo brasileiro está tentando lutar contra as mentiras e a corrupção. Os brasileiros  somente conseguirão combatê-las se começarem, como digo sempre, a “dar nomes aos bois”, ou dar os nomes dos pais e da mães das mentiras e da corrupção.

Lembram-se como antigamente davam nomes aos bois?  Era assim: Fora Ditadura, Fora Collor,  Fora FHC, e tantos outros “foras”.  Agora, os brasileiros precisam fazer o mesmo. No caso do governo federal, os nomes do pai e da mãe das mentiras e da corrupção, ou maracutaias, como diziam antigamente, ou malfeitos, como dizem agora, são o PT e Dilma.  No caso dos governos estaduais, os nomes são os dos governadores. E no caso dos governos municipais, os nomes são os dos prefeitos.

Se esta apatia do povo brasileiro é bem verdadeira, tal acontece porque – na minha opinião – a gritaria anterior foi artificial e forçada. O povo não queria “fora Ditadura”, nem “fora Collor” e nem “fora FHC” nem nada do tipo. Os gritos que então se ouviam eram provocados pelos baderneiros que hoje se encontram no poder, e que se aproveitavam da boa vontade do povo brasileiro para passar uma imagem de inexistente insatisfação insustentável.

Agora, no entanto, a insatisfação corre sério risco de se tornar verdadeira. Nunca antes na história deste país nós vivemos em tempos tão interessantes! Sem dúvidas estes momentos são históricos e, neles, a grande luta do PT contra a Igreja Católica (e, por extensão, contra o gênero humano, contra a civilização, contra a sociedade brasileira) ocupa um lugar de não pouca importância. E neste combate será sem dúvidas lembrado o nome do Leão de Guarulhos. Obrigado, Dom Bergonzini!

Mais uma vela para o demônio (Canção Nova dá programa a inimigo da Igreja)

Eu ano passado cheguei a defender abertamente um boicote explícito à Canção Nova. Na ocasião, a pusilânime emissora havia censurado o corajoso discurso do pe. José Augusto contra o abortismo do PT: para vergonha desta Terra de Santa Cruz, a maior emissora “católica” do país veio pedir desculpas e dizer que não endossava as palavras proféticas do reverendíssimo sacerdote. Uma emissora que cala a palavra de Deus não se pode pretender católica e não merece receber apoio algum dos católicos verdadeiros que tratam a sua Fé com a seriedade exigida.

Hoje, dando continuidade aos escândalos e fazendo mais um agrado a Satanás (que zomba e ri dos católicos graças à Canção Nova), a emissora tem a coragem de lançar um programa com um deputado petista, gayzista e perseguidor manifesto da Igreja! Remeto ao Fratres in Unum para a leitura completa da denúncia. Mas cito aqui os dois principais pontos:

1. «O Partido dos Trabalhadores de Araraquara realizou no último final de semana seu 1º Encontro LGBT. […] O presidente do Diretório Estadual, Edinho Silva, enviou uma saudação aos presentes e reiterou o apoio do Partido nos debates envolvendo o movimento.» (site oficial do Deputado Estadual Edinho Silva)

2.1. «Uma gráfica no bairro do Cambuci, região sudeste da capital paulista, estava imprimindo, na manhã deste sábado, panfletos com um texto de um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) contra o PT e a presidenciável Dilma Rousseff. […] Segundo o presidente do PT paulista, Edinho Silva, os advogados da campanha irão à Justiça Eleitoral para impedir a continuidade da impressão.» (Folha de São Paulo, 16/10/2010)

2.2. «O presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, contou como o partido descobriu os milhões de panfletos. Segundo ele, um cidadão foi encomendar um serviço da gráfica, viu os panfletos e resolveu denunciar. Ele telefonou no sábado para o secretário de comunicação do partido e, como o diretório estadual estava reunido, foi possível fazer a mobilização. “Queria parabenizar esse cidadão que não se silenciou diante de uma situação que enfraquece a democracia e desrespeita o povo brasileiro. Quero também reconhecer a determinação da militância que montou uma verdadeira vigília na gráfica para resguardar os panfletos até a chegada da Polícia Federal”.» (site oficial do Edinho Silva, 19/10/2010)

2.3. «Em coletiva, lideranças petistas falam sobre denúncias que mostram a ligação entre a Gráfica Pana que imprimiu mais de 1 milhão de panfletos ilegais, fazendo ataques ao PT e à Dilma, com o PSDB» (foto do Edinho Silva na citada coletiva de imprensa)

Não se trata, portanto, de um simples “deslize”, de um engano justificável, de uma falha normal que todas as pessoas (e portanto também as emissoras) podem inocentemente cometer, ou nem mesmo de um pecado passado já arrependido e pelo qual se faz penitência. Nada disso. Trata-se de uma orientação sistemática para o mal, de uma política durável de militância contra a Igreja por parte da emissora – ao mesmo tempo em que posa de católica e, diabolicamente, no meio de uma programação mais ou menos católica (dentre a qual, justiça seja feita, é possível encontrar materiais excelentes), dá vez e voz a declarados inimigos de Cristo. Isto porventura vai ficar assim? Não está mais do que na hora de alguém – nem que sejam os colaboradores da Canção Nova – exigir um pingo de coerência da emissora? Não está mais do que na hora das pessoas dizerem à Canção Nova que ela não pode continuar acendendo uma vela para Deus e outra pro Demônio?

Dos soutiens às cachorras

Aviso aos leitores mais sensíveis que este post contém uma certa dose – maior do que a que eu me permito usualmente – de expressões chulas, maliciosas e de duplo sentido. Julgo necessário fazê-lo para tratar com mais propriedade do assunto que desejo comentar. Disclaimer feito, vamos ao texto.

Li hoje sobre um projeto de lei – “assinado por 11 deputadas do estado da Bahia” – contra a desvalorização da mulher na música (baiana, em particular, mas eu diria que isto se estende à música brasileira em geral). Trata-se do PL 19.203/2011, da Assembléia Legislativa da Bahia e da autoria da deputada petista Luiza Maia. Tal projeto “[d]ispõe sobre a proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento”. Na sua justificativa, pode-se ler que

é mister atentar para os conteúdos ofensivos de alguns dos hits do momento, especialmente no que se refere ao reducionismo e desqualificação do ser feminino. Em algumas composições, a mulher é tratada como objeto sexual, como se fosse abreviada apenas a peito, bunda e genitália. Em outras, sob o perigoso pretexto de brincadeira momentânea, prega-se, mesmo que involuntariamente, a violência de gênero. É necessário ver essa situação como um problema. Afinal de contas, muitas pessoas internalizam o teor dessas canções no subconsciente. Ou pior ainda: banalizam o destrato contra a mulher

Eu acho que já comentei aqui outras vezes sobre o péssimo gosto da música contemporânea. Acho perfeitamente justo que o dinheiro público não seja empregado na contratação de “artistas” (!) de gosto tão duvidoso, como propõe o referido projeto de lei. Isto, no entanto, é só a ponta do iceberg. O problema estrutural é muito mais fundo e mais complexo.

O prof. Roberto Albergaria, citado na reportagem do Jornal do Commercio (reproduzida no primeiro link), critica este projeto de lei. E justifica: “É uma idéia estúpida e preconceituosa. A deputada não entendeu como essas músicas são recebidas pelo povo. Elas são machistas, como a sociedade também é. Mas as mulheres que ouvem pegam essas letras, retorcem e fazem uma leitura irônica delas”. Sinto-me na obrigação de discordar do senhor antropólogo da UFBA. Esta música – e outras parecidas que apresentam a mulher como um objeto sexual – não são nada machistas. Na verdade, são é feministas.

Sim, feministas. Quem não se lembra das clássicas queixas das incendiárias de soutiens? As mulheres eram forçadas a ficar em casa enquanto os seus maridos iam às ruas atrás de um rabo-de-saia. É contra este status quo que as mulheres (até aqui, justissimamente) se insurgem; no entanto, o que elas reivindicam não é uma maior moralidade masculina, mas sim o contrário: querem direitos iguais. Querem o seu quinhão de participação na imoralidade. E, aqui, a queixa perde toda a justiça e degenera fatalmente nesta depravação que encontramos por aí nos dias de hoje.

Para mim, todas essas músicas nas quais as mulheres são apresentadas como objetos sexuais – de “mulher não trai, mulher se vinga; mulher cansou de ser traída” a “eu não sou brinquedo não; / se não comer as duas / vai rolar a confusão” – têm um forte cheiro de lingerie queimada. Pra mim, está mais do que claro que este tipo de composição poética não poderia jamais encontrar lugar em uma sociedade “machista” nos moldes tão virulentamente atacados pelas feministas, e foi necessário que primeiro as mulheres passassem a se comportar como machos no cio para que, só depois, as músicas populares seguissem-lhes os passos e apresentassem um retrato de tão degradante espetáculo.

E a maior prova disso é que… não se encontram composições com este nível de imoralidade nas músicas legadas por nossos pais e avós. Vejam bem, o problema não é o sexo. Bem ou mal, sempre houve músicas de teor erótico (afinal, quer coisa mais erótica do que uma camisola de renda – de Sevilha! – ocultando o “divino conteúdo” do qual o eu-lírico se reclama dono?). O problema são as situações (sempre intrinsecamente imorais) nas quais o sexo é cantado e – muito pior – exaltado. Antigamente, até mesmo as prostitutas mereciam canções; mas elas recebiam um “eu vou tirar você deste lugar, / eu vou levar você para morar comigo”. Coisa totalmente diversa se encontra nos dias de hoje onde é… “só as cachorras”, e onde as mulheres claramente se orgulham de serem cantadas como se fossem objetos de prazer. Neste mundo de indigência musical, acaso é de se espantar que nos alegremos quando – com toda a desgraça! – encontremos uma menina cantando “se quiser me ter [sim, com total trocadilho aqui] / tem que ser só meu”?

As feministas julgaram por bem exigir os mesmos “direitos” dos homens, entendendo por isso também o “direito” à imoralidade, à promiscuidade, ao sexo casual, ao prazer venéreo buscado pelo próprio prazer venéreo. E esta mentalidade – claro – se reflete também nas músicas. Foi preciso que chegássemos ao fundo do poço para que passássemos a perceber que existem músicas denegrindo as mulheres! Mas isto não é de hoje: começou com os soutiens queimados. Neste caso, a música popular não “cria” cultura: ela reflete e expande uma cultura que já existe subjacente a ela.

Sim, há músicas que se referem às mulheres como um objeto sexual, mas isto não é o pior. O pior é haver mulheres apresentando-se como objeto sexual, em uma busca vazia por prazer venéreo como se isto fosse uma espécie de “libertação” da “opressão masculina” e onde o seu valor é aferido por meio da quantidade e da intensidade de excitações e fantasias que elas são capazes de proporcionar. Sim, eu tenho certeza de que é importante que se parem de cantar músicas nas quais as mulheres são tratadas como animais ou como objetos. Mas, para isto, parece-me ser de capital importância que sejam reconstruídos alguns soutiens.

“Lei da Marta x Lei de Deus”

[Divulgando iniciativa do IPCO (não deixem de verificar o link), conforme recebi por email. O assunto – como todos sabem – é sério, sendo provavelmente a maior ameaça que paira atualmente sobre esta Terra de Santa Cruz. Que jamais desistamos de combater o bom combate – e que São Miguel Arcanjo nele nos defenda sempre.]